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Decisões sobre novas explorações de petróleo no Brasil devem passar por crivo climático, diz MMA | Café com ESG, 23/05

Metas do Plano Clima e novas fronteiras exploratórias no Brasil; Big techs compram créditos de carbono

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE caindo 1,38% e 1,82%, respectivamente.

• No Brasil, (i) a decisão final sobre a abertura de novas fronteiras exploratórias no Brasil é do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), mas vai passar pelas discussões das metas do Plano Clima, segundo a secretária Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ana Toni – em elaboração a partir das contribuições individuais de cada ministério, o Plano Clima vai ser o grande direcionador das políticas para atingir um nível de emissões de 1,2 giga toneladas de carbono até 2030; e (ii) mesmo com os trabalhos de resposta às enchentes no Rio Grande do Sul ainda em andamento, o governo brasileiro já se preocupa com a ocorrência de novo evento climático extremo no país – ainda segundo Ana Toni, uma seca terrível está prevista para ser registrada em breve na Amazônia.

• No internacional, as big techs Google, Meta, Microsoft e Salesforce anunciaram ontem a criação da Symbiosis Coalition, uma iniciativa que visa a compra de até 20 milhões de toneladas de créditos de remoção de carbono até 2030 – trata-se de um dos maiores compromissos coletivos já assumidos para a aquisição de ativos baseados na natureza.

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Brasil

Empresas

Vast diversifica tancagem de combustíveis marítimos de olho na descarbonização de navios

“A Vast (antiga Açu Petróleo) vai começar em junho a construção de um terminal de tancagem com foco em combustíveis marítimos e biocombustíveis. A companhia quer oferecer um leque de opções de abastecimento para os navios que exportam o petróleo brasileiro, incluindo misturas entre fósseis e renováveis, de modo a reduzir a pegada de carbono na navegação. Localizado no Porto do Açu, no norte fluminense, o Terminal de Líquidos do Açu (TLA) vai entrar em operação a partir do final de 2025 com capacidade para 80 mil metros cúbicos de combustíveis. A intenção é expandir o projeto em fases, com a possibilidade de chegar a 300 mil metros cúbicos. Para o CEO da Vast, Victor Bomfim, a trilha para a descarbonização do setor marítimo no Brasil passa pelo biodiesel e etanol. Na visão do executivo, o uso do metanol e da amônia azuis ou verdes como combustíveis limpos na navegação têm um apelo menor no país do que na Europa, pois são mais tóxicos e de difícil manuseio. “Eu acho que o Brasil tem outras vantagens competitivas que vão deixar o metanol, talvez, como uma opção um pouco mais abaixo na linha de prioridade”, afirmou em entrevista à agência epbr. Em meio aos esforços para descarbonizar a navegação internacional, a mistura do bunker com biocombustíveis tem sido uma das demandas dos clientes do Porto do Açu, segundo Bomfim. A adição de um teor renovável ao produto fóssil reduz as emissões sem necessidade de grandes adaptações dos motores existentes. No caso das novas embarcações, os armadores estão apostando em diferentes caminhos, que incluem a eletrificação e os motores flex, capazes de operar a combustíveis fósseis, biocombustíveis ou misturas entre os dois.”

Fonte: Epbr, 22/05/2024

Um CRA de R$ 100 milhões para recuperar pastos na Amazônia

“A startup Rio Capim Agrossilvopastoril, spinoff da Belterra Agroflorestas criada no ano passado para recuperar pastagens degradadas unindo pecuária, agricultura e florestas, anunciou a emissão de R$ 100 milhões em certificados de recebíveis do agronegócio (CRA). A operação terá duas etapas. A primeira, de R$ 50 milhões, foi lançada nesta terça-feira. Por meio do Fundo JBS pela Amazônia, um veículo filantrópico, a gigante das proteínas animais adquiriu uma cota de R$ 10,2 milhões. Outra tranche tem o mesmo valor, e uma terceira é de R$ 30 milhões. O plano é fazer uma emissão do mesmo tamanho em 2025. A operação foi estruturada pela Vox Capital, gestora de impacto que começou a atuar na originação de ativos. A startup Rio Capim Agrossilvopastoril, spinoff da Belterra Agroflorestas criada no ano passado para recuperar pastagens degradadas unindo pecuária, agricultura e florestas, anunciou a emissão de R$ 100 milhões em certificados de recebíveis do agronegócio (CRA). A operação terá duas etapas. A primeira, de R$ 50 milhões, foi lançada nesta terça-feira. Por meio do Fundo JBS pela Amazônia, um veículo filantrópico, a gigante das proteínas animais adquiriu uma cota de R$ 10,2 milhões. Outra tranche tem o mesmo valor, e uma terceira é de R$ 30 milhões. O plano é fazer uma emissão do mesmo tamanho em 2025. A operação foi estruturada pela Vox Capital, gestora de impacto que começou a atuar na originação de ativos. A Rio Capim se concentra nos pequenos pecuaristas, uma vulnerabilidade da longa cadeia produtiva da carne. Com poucos recursos financeiros e técnicos, eles sofrem com baixa produtividade e representam um ponto cego nas tentativas de rastrear os animais do nascimento ao abate. Consumidores, investidores e reguladores pressionam os frigoríficos a comprovar que seus produtos não estão associados ao desmatamento – incluindo os fornecedores indiretos. “Somos parte do desafio da transição climática com foco no pequeno produtor, para que ele não seja excluído”, diz Valmir Ortega, sócio-fundador da empresa.”

Fonte: Capital Reset, 22/05/2024

Rio terá usina de “CO2 verde” – que vem do lixo

“Com investimento de US$ 10 milhões, a Gás Verde vai inaugurar em março de 2025 a primeira planta de geração de CO2 verde do país. A unidade está sendo equipada na fábrica de biometano da empresa, no aterro sanitário de Seropédica (RJ), o maior da América Latina. Lá, a companhia do grupo Urca Energia já produz 140 mil m³/dia de gás natural renovável que abastecem companhias como Ambev, L’Oreal, Ternium e Saint Gobain. O CO2 verde é um subproduto do processo de obtenção do biometano, que envolve a purificação do biogás liberado na decomposição de resíduos orgânicos. Em vez de ir para a atmosfera, o gás carbônico – principal causador do efeito estufa – será vendido para clientes industriais. Por ser inodoro, insípido e compatível, o CO2 é o principal gás utilizado para carbonatar refrigerantes e cervejas. Mas, com exceção da Ambev, que produz ela própria o insumo, outras empresas de bebidas da região precisam buscar o produto em Estados vizinhos, como São Paulo e Espírito Santo. Após iniciar conversas com empresas como Pepsico, Coca-Cola e o Grupo Petrópolis, a Gás Verde já firmou contratos que vão absorver mais da metade da capacidade de sua produção do CO2 verde (100 toneladas/dia) nos próximos cinco anos, disse ao Reset o CEO da empresa, Marcel Jorand. A companhia não revela quais serão os compradores. A estratégia mira a demanda por um produto cuja destinação final seria a queima, gerando as enormes chamas das chamadas torres de flare. “O que era resíduo se torna insumo para produzir outro combustível”, afirma o executivo. Com uma tecnologia de separação por membranas, o CO2 sairá com um grau de pureza de 99,9%, uma exigência dos clientes da indústria.”

Fonte: Capital Reset, 23/05/2024

Política

Ministério do Meio Ambiente defende incentivos para municípios investirem em adaptação climática

“O Ministério do Meio Ambiente defende a criação de mecanismos econômicos para que os municípios invistam na prevenção e adaptação das cidades ante os efeitos das mudanças climáticas. De acordo com a secretária nacional de mudança do clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, o governo está empenhado na discussão sobre como mobilizar mais recursos para adaptação. Ela avalia que o governo federal já está estruturado para disponibilização de verbas públicas quando os municípios decretam calamidade pública, como no caso do Rio Grande do Sul. No entanto, ela avalia ser necessário criar políticas que incentivem também os projetos de prevenção pelas cidades. “A gente está trabalhando muito em um arranjo econômico para prevenção, preparação, logicamente, adaptação. Estamos colocando muito esforço em como é que se põe mais recursos para adaptação. O que a gente está pensando é como é que a gente cria incentivos a nível, principalmente municipal, para que os municípios não só priorizem as ações de adaptação e prevenção, mas também tenham condições de trazer recursos e investimentos para esse tipo de ação”, disse a jornalistas, após participar de um evento sobre transição energética na zona sul do Rio. A desburocratização do acesso a verbas federais e ao financiamento de organismos multilaterais e bancos de desenvolvimento para enfrentar as mudanças climáticas têm sido um pleito dos municípios brasileiros no âmbito do G20, grupo de maiores economias do mundo, presidido pelo Brasil.”

Fonte: Valor Econômico, 22/05/2024

Novas fronteiras para exploração de petróleo precisam se alinhar às metas do Plano Clima, diz secretária do MMA

“A decisão final sobre a abertura de novas fronteiras exploratórias no Brasil é do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), mas vai passar pelas discussões das metas do Plano Clima, afirma a secretária Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ana Toni. Em elaboração a partir das contribuições individuais de cada ministério, o Plano Clima vai ser o grande direcionador das políticas brasileiras para atingir um nível de emissões de 1,2 gigatoneladas de carbono até 2030 e zerar o volume nas próximas duas décadas. “No Plano Clima, com as metas de descarbonização, o Ministério de Minas e Energia vai apresentar os seus planos de descarbonização para todas as fontes, não só para uma, mas incluindo, logicamente, combustíveis”, disse a jornalistas após o seminário Rotas de Descarbonização da Economia, organizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (22/5). O Plano Clima é a atualização da Política Nacional sobre Mudança do Clima, aprovada em 2016 com as metas brasileiras para redução das emissões de gases de efeito estufa. É o principal orientador no tema da transição para a economia de baixo carbono. O papel do MMA é coordenar o debate entre os diferentes setores para garantir o atingimento das metas. A versão final do Plano vai ser aprovada por um comitê interministerial que é presidido pela Casa Civil. “Quem vai decidir não é um ministério, é o centro do governo com a liderança da Casa Civil”, ressalta Toni.”

Fonte: Epbr, 22/05/2024

Após chuvas no RS, Amazônia deve enfrentar seca severa em 2024

“Mesmo com os trabalhos de resposta às enchentes no Rio Grande do Sul ainda em andamento, o governo brasileiro já se preocupa com a ocorrência de novo evento climático extremo no país. Segundo a secretária nacional de Mudança do Clima, Ana Toni, uma seca “muito terrível” está prevista para ser registrada em breve na Amazônia. “O governo já está tentando se adiantar, entendendo que municípios provavelmente vão ser atingidos, que tipo de prevenção [será necessária]. Isso está sendo liderado pelo Ministério da Integração Regional, onde está a Secretaria [Nacional] de Defesa Civil, já pensando em ações de prevenção”, afirmou Toni, em seminário do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais) sobre descarbonização da economia, no Rio. Na última semana, a Defesa Civil do Amazonas divulgou alerta de que a estiagem este ano no Estado deve ser tão ou mais severa que a registrada em 2023. A orientação é para que pessoas estoquem água, alimentos e medicamentos a fim de que possam enfrentar o período mais crítico da seca. A estiagem na Amazônia se dá no 2º semestre, com o pico da vazante dos principais rios da região se concentrando entre os meses de outubro e novembro. Em 2023, a Amazônia já havia enfrentado uma das piores secas de sua história, com grande redução do nível dos rios, o que prejudicou o transporte para comunidades ribeirinhas e, consequentemente, seu acesso à água, à comida e a remédios. Estudos indicaram que a principal causa para o fenômeno foi a mudança do clima, decorrente de ação humana. De acordo com a secretária, os eventos extremos provocados por essas mudanças climáticas mostram que não basta só mitigação e adaptação, mas é necessário também ter recursos para reconstruções.”

Fonte: Poder 360, 22/05/2024

Internacional

Empresas

CEO e diretores da petrolífera TotalEnergies são processados criminalmente por crise do clima

“Um grupo formado por oito pessoas que se sentem prejudicadas por condições climáticas extremas e mais três ONGs climáticas entrou com uma ação criminal em Paris, na França, contra o CEO e os diretores da petrolífera TotalEnergies. O Ministério Público que recebeu o processo tem três meses para decidir se abre inquérito judicial ou rejeita a denúncia. O caso, segundo o The Guardian, visa estabelecer a alegada responsabilidade criminal dos diretores da empresa e de seus principais acionistas por colocarem deliberadamente em perigo a vida de outras pessoas, além de homicídio culposo, negligência na resolução de desastre e danos à biodiversidade. Tais crimes, se comprovados, são puníveis com prisão e multa. Um dos demandantes, nomeado William C, perdeu a mãe nas enchentes provocadas pela tempestade Alex no sudeste da França, em 2020. “Estou defendendo a honra da minha mãe, que morreu por causa de um desastre climático”, disse ele. “As escolhas que a Total e os seus acionistas fizerem na assembleia geral anual terão um impacto decisivo nas nossas vidas no futuro.” Os outros autores individuais da ação são do Paquistão, da Austrália, do Zimbabué, da Bélgica, das Filipinas e da Grécia. Todos dizem que foram prejudicados por tempestades, inundações ou incêndios florestais. Segundo estudos, esse tipo de evento climático extremo se tornou mais intenso e mais frequente devido às emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis. Simon Frémaux, da Alliance Santé Planétaire, uma das ONGs que apresentou o caso, enfatizou que as mudanças climáticas são a maior emergência sanitária do mundo. “A TotalEnergies e as outras empresas de petróleo e gás estão perfeitamente conscientes do que estão fazendo. E, uma vez que você esteja ciente do que está fazendo, você não pode dizer que não é responsável.”

Fonte: Um Só Planeta – Globo, 22/05/2024

Big techs se unem para comprar 20 milhões de créditos de carbono até 2030

“As big techs Google, Meta, Microsoft e Salesforce anunciaram nesta quarta-feira a criação da Symbiosis Coalition, uma iniciativa que visa a compra de até 20 milhões de toneladas de créditos de remoção de carbono até 2030. Trata-se de um dos maiores compromissos coletivos já assumidos para a aquisição de ativos baseados na natureza. O foco inicial estará em projetos de florestamento, reflorestamento e revegetação – incluindo agroflorestas. Estão previstos ainda projetos envolvendo a restauração de manguezais em um segundo momento. A coalizão quer dar prioridades a projetos que combinem transparência financeira, benefícios para a biodiversidade e envolvimento e resultados equitativos para populações indígenas e comunidades locais. Além de desenvolver o mercado em si, a ideia também é trazer parâmetros de qualidade para os projetos, buscando mais transparência e integridade. A coalizão considera que o mercado de soluções de carbono baseada na natureza tem sido prejudicado por uma “aparente falta de projetos de restauração de alta qualidade” e pela “incerteza quanto à disposição de pagar, mantendo os investidores à margem e minando a confiança do público no potencial dos créditos de remoção baseados na natureza.” “[A coalizão] envia um forte sinal aos desenvolvedores de projetos de que os compradores estão dispostos a pagar o que for preciso por projetos de alta qualidade que beneficiem o meio ambiente e as comunidades locais”, afirma a diretora executiva da iniciativa, Julia Strong, em comunicado à imprensa. As empresas não informaram se os projetos vão ter foco em uma região específica do planeta nesta etapa inicial ou ainda se já existe, por exemplo, uma meta traçada de quantidade de área a ser reflorestada.”

Fonte: Capital Reset, 22/05/2024

Eurazeo pretende 750 milhões de euros para novo fundo de fronteiras planetárias

“O investidor francês de private equity Eurazeo (EURA.PA) abre novos planos para arrecadar pelo menos 750 milhões de euros (813,08 milhões de dólares) para um fundo de aquisição focado no impacto, visando empresas que ajudam o mundo a operar dentro de seus limites ecológicos, disse um executivo à Reuters. O Fundo Eurazeo para Fronteiras Planetárias baseia-se no conceito científico de “fronteiras planetárias”, que definem limites para tudo, desde a poluição até à perda de biodiversidade, dentro dos quais o mundo deve permanecer para ser habitável. Utilizando critérios científicos como guia, o fundo investirá em pequenas e médias empresas focadas na economia regenerativa e circular ou que estejam a ajudar a transição mundial e a adaptação a um futuro favorável ao clima. Investindo principalmente em empresas sediadas na Europa, o fundo concentrar-se-á em sectores que incluem a agricultura, os resíduos e a energia de baixo carbono, e 20% dos juros transportados do fundo – a parte dos lucros paga ao gestor do fundo – estariam ligados ao alcance do nível da carteira impacto. O lançamento do fundo ocorre num momento em que as empresas e a economia em geral da Europa iniciam a transição para uma economia mais circular, onde são utilizados menos materiais e mais são reutilizados ou reciclados. Essa mudança, parte dos esforços da União Europeia para cumprir os seus objectivos climáticos, está agora a começar a concretizar-se sob a forma de regras mais rigorosas sobre o uso de água, têxteis, plásticos e embalagens, disse a sócia-gerente Sophie Flak.”

Fonte: Reuters, 23/05/2024

“Tempestades sem fim” que atingiram Reino Unido foram 10 vezes mais prováveis com mudanças climáticas, aponta estudo

“A chuva que atingiu o Reino Unido e a Irlanda entre outubro do ano passado e março deste ano, e provocou graves inundações, foi 20% mais intensa por conta do aquecimento global causado pelo homem. É o que aponta um estudo realizado por uma equipe de cientistas internacionais que fazem parte da World Weather Attribution (WWA). A precipitação foi ditada principalmente pela posição e força da corrente de jato, uma faixa de fortes ventos de oeste no alto da atmosfera impulsionados por diferenças de temperatura entre a Linha do Equador e os polos. Na temporada 2023-2024, essa corrente foi mais forte do que o normal. Neste trabalho, os especialistas responsáveis compararam a probabilidade e a intensidade do outono-inverno chuvoso no mundo aquecido de hoje com a probabilidade do que teria sido em um mundo sem elevados níveis de emissões de carbono. Os resultados demonstraram que o nível de chuva causado pelas tempestades teria ocorrido apenas uma vez em 50 anos sem a crise climática, mas agora é esperado a cada cinco anos devido aos 1,2ºC de aquecimento global alcançados nos últimos tempos. Além disso, se a queima de combustíveis fósseis não for rapidamente reduzida e a temperatura global atingir os 2ºC nas próximas uma ou duas décadas, este clima úmido severo ocorreria a cada três anos, em média. “As chuvas aparentemente intermináveis deste outono e inverno no Reino Unido e na Irlanda tiveram impactos notáveis”, disse Mark McCarthy, cientista climático do UK Met Office e parte da equipe da WWA. “No futuro, podemos esperar novos aumentos – é por isso que é tão importante que nos adaptemos às mudanças climáticas e nos tornemos mais resilientes.”

Fonte: Um Só Planeta – Globo, 22/05/2024

Índia altera calendário escolar diante do calor intenso

“Autoridades de Nova Déli, capital da Índia, determinaram que as escolas da cidade fechem mais cedo para as férias de verão, depois de previsões que apontam para temperaturas de 47,4º Celsius. As autoridades municipais de Déli pediram que a medida tenha “efeito imediato” devido ao calor escaldante, de acordo com uma ordem do governo citada pelo “Hindustan Times”, na terça-feira (21). O departamento meteorológico da Índia alertou sobre “condições severas de ondas de calor” esta semana, com pico de 47,4º Celsius no subúrbio de Najafgarh, na segunda-feira (20), a temperatura mais quente em todo o país. Autoridades de outros Estados – incluindo Haryana, Madhya Pradesh, Punjab e Rajasthan – também ordenaram o fechamento de escolas, informou o “Indian Today”.”

Fonte: Valor Econômico, 22/05/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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