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Debate sobre incentivos do governo aos VEs segue vivo nos EUA; Mudanças no Índice Carbono Eficiente da B3 | Brunch com ESG

Nossa visão sobre as principais notícias da semana na agenda ESG

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Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. Biden aprova padrão de quilometragem para veículos, mais brando do que a proposta inicial

Na mídia. EUA aumentam regras de economia de combustível para caminhões e SUVs, mais relaxadas do que o proposto inicialmente – Reuters, 10 de junho (link)

Nossa visão. Como parte da ampla agenda climática do governo Biden, o Departamento de Transportes aprovou um novo padrão de quilometragem para veículos até 2031, pressionando as montadoras norte-americanas a investirem em modelos elétricos e híbridos e, ao mesmo tempo, melhorarem a eficiência de combustível dos carros convencionais. De modo geral, estimativas do governo indicam que os novos padrões economizarão cerca de 265 bilhões de litros de gasolina, evitando a emissão de mais de 710MMTCO₂ até 2050. Por um lado, a regra é menos rigorosa do que a que foi proposta inicial da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (13,3 km/l vs. 14,7 km/l até 2031), cedendo levemente às pressões do setor automotivo. No entanto, conforme destacado em nosso relatório temático ‘O que uma eventual disputa entre Biden e Trump significa para a agenda ESG?‘ (link), as políticas climáticas da administração atual podem ser revertidas dependendo do resultado da eleição presidencial deste ano – como contexto, o ex-presidente Trump expressou seu desejo de desfazer a agenda climática de seu antecessor se vencer, incluindo a reversão de subsídios federais para veículos elétricos (VEs).

#2. B3 anuncia mudanças na metodologia do Índice Carbono Eficiente (ICO2)

Na mídia. B3 atualiza o índice ICO2 – B3, 13 de junho (link)

Nossa visão. No dia 13 de junho, a B3 anunciou a revisão da metodologia do Índice Carbono Eficiente (ICO2 B3), que entrará em vigor a partir de 6 de janeiro de 2025. Segundo a B3, o índice tem como objetivo servir como indicador de desempenho para ações que se destacam na gestão de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e dos coeficientes de emissão (relação entre as emissões de CO2 e a receita bruta da empresa). As principais alterações da nova metodologia incluem: (i) coleta de dados: os dados de emissões serão coletados pela B3 e validados pelas empresas por meio da plataforma ESG Workplace; e (ii) a criação de um Score de Gestão de Emissões de GEE: com o objetivo de indicar a qualidade das práticas de gestão de emissões de uma empresa. De modo geral, essas mudanças devem aumentar o número de empresas elegíveis, além de ampliar a qualidade do monitoramento e da divulgação das emissões. Em nossa visão, a nova metodologia é positiva, pois estabelece critérios de seleção mais rigorosos, fundamentais para identificar e agrupar ações com base em sua pegada de carbono em relação à receita. Por fim, consideramos a iniciativa da B3 especialmente importante neste momento, com os participantes do mercado reconhecendo cada vez mais a importância de integrar os riscos climáticas em seus investimentos.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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