Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território misto, com o IBOV andando de lado (-0,01%), enquanto o ISE recuou 0,67%.
• No Brasil, (i) o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu ontem pela manutenção da mistura de 14% de biodiesel (B14) no diesel comercializado no país, ao invés de aumentar para 15% conforme cronograma estabelecido pelo colegiado em 2023 - segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o percentual ficará em vigor até a próxima reunião do CNPE, ainda sem previsão de data; e (ii) a Gás Verde, produtora de biometano, está expandindo sua atuação no setor de transporte ao oferecer uma solução para a descarbonização logística - a empresa fechou contrato de 100 caminhões movidos a gás da Scania, que serão abastecidos com biometano produzido em aterros sanitários.
• No internacional, o setor de papel e celulose dos EUA está pressionando o governo do presidente Donald Trump para que a União Europeia (UE) os declare um país livre de desmatamento, uma medida que poderia facilitar o cumprimento das novas regras ambientais do bloco pelos exportadores - em contexto, a partir de dezembro, a política antidesmatamento da UE entra em vigor, proibindo a importação de commodities ligadas à destruição de florestas.
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Brasil
Empresas
Natura, Vale e BB lideram interesse dos investidores em buscas sobre ESG
"Natura, Vale e Banco do Brasil lideram as menções entre investidores quando o assunto é ESG, revela uma pesquisa feita pelo InfoMoney com 273 investidores sobre os hábitos e preocupações em relação à sustentabilidade no mundo dos investimentos. Essas empresas são reconhecidas por suas práticas sustentáveis e têm atraído a atenção dos investidores preocupados com ESG. As empresas mais mencionadas pelos leitores foram Natura (7%), Vale (6%), Banco do Brasil (4,7%); Itaú (4,3%), Petrobras (4%); Klabin (2,5%), Suzano (2,1%), Weg (2,1%) e Ambipar (2,1%). A pesquisa também revela que o investidor brasileiro se interessa cada vez mais por práticas ESG, mas ainda não as considera como um critério decisivo na escolha de investimentos. O levantamento mostra que apesar de 42,2% dos entrevistados considerarem o tema importante ou muito importante, apenas 30,7% dos respondentes verificam se uma empresa adota práticas ESG antes de investir. O ESG é um fator mais relevante para investidores em fundos do que para aqueles que investem em ações. Entre os investidores de fundos que destacaram a importância do ESG, 71,4% investem em FIIs. Já a frequência de busca por notícias sobre empresas que adotam práticas ESG varia, com 18,3% dos leitores buscando frequentemente e 33,3% raramente. As fontes mais mencionadas para informações sobre ESG incluem o InfoMoney, a Exame e o Valor Econômico. A pesquisa marca o início da cobertura especial do InfoMoney sobre o tema, de olho na realização da COP30, que acontece em Belém, no mês de novembro."
Fonte: InfoMoney; 18/02/2025
Abeeólica sugere que perdas por cortes sejam compartilhadas com setor de geração distribuída
"Geradores afetados pelos cortes de geração (curtailment) defendem que os empreendimentos de micro e minigeração distribuída (MMGD) também passem a dividir essas perdas. A saída vista por associações do setor é que os prejuízos em torno dos cortes geração tenham custos compartilhados. A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) vai sugerir à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a distribuição das perdas entre os geradores centralizados e a MMGD. A contribuição vai ocorrer no contexto da consulta pública 45/2019, sob relatoria da diretora Agnes da Costa, para estabelecer critérios para limitação de geração. O argumento da entidade é que a expansão registrada nos últimos anos na geração própria de energia trouxe um excesso de oferta e está entre as causas dos cortes. “Estamos estudando cenários de propostas que podem ser feitas feitas, até no sentido que a gente vê a Aneel e o Ministério de Minas e Energia se manifestando, e o próprio Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) dizendo sobre a necessidade, em alguns horários, de cortes na geração distribuída, até em função de sobrecargas do sistema”, disse o diretor técnico regulatório da Abeeólica, Francisco Silva. Em 2024, as eólicas tiveram prejuízos de R$ 1,7 bilhão em cortes de geração, sendo que 90% dessas interrupções não dão direito a ressarcimentos. O crescimento da geração de energia no Brasil, nos últimos anos, foi pautado pelos subsídios, de acordo com o diretor de energia, regulação e institucional da Serena Energia, Bernardo Bezerra."
Fonte: Eixos; 18/02/2025
Gás Verde lança frota carbono zero para descarbonização do transporte pesado
"A Gás Verde, produtora de biometano, está expandindo sua atuação no setor de transporte ao oferecer uma solução para a descarbonização logística. A empresa fechou contrato de 100 caminhões movidos a gás da Scania, que serão abastecidos com biometano produzido em aterros sanitários. A iniciativa busca atender transportadoras e empresas que operam com logística rodoviária, em um país onde 60% da carga é movimentada por rodovias e o diesel ainda é o combustível predominante. Como parte do projeto, a Gás Verde garantirá pontos de abastecimento nas principais rotas do Sudeste, região responsável pelo maior fluxo de transporte do Brasil. “Diante da emergência climática, é cada vez mais urgente descarbonizar o setor de transportes no país. É nesse contexto que a Gás Verde apresenta uma solução de logística verde e com pronto atendimento para transportadoras e companhias que têm a necessidade de zerar emissões na cadeia logística", afirma Marcel Jorand, CEO da Gás Verde. "O biometano é um combustível premium e a melhor opção para descarbonização eficiente de veículos leves e pesados." A nova frota da Gás Verde faz parte da iniciativa Carbono Zero, que possibilita às indústrias reduzir suas emissões no escopo 3, categoria que inclui as emissões indiretas da cadeia logística. O serviço inclui o aluguel dos caminhões já abastecidos, além de manutenção programada e abastecimento sob demanda. “Nosso objetivo é apoiar as indústrias na descarbonização. As indústrias têm metas de redução de carbono e descarbonização dos seus produtos e da sua fábrica, e também agora das frotas do escopo 3."
Fonte: Exame; 18/02/2025
Futuro de Angra 3 depende de acordo entre União e ex-estatal
"A decisão sobre a retomada das obras de Angra 3 está associada ao desfecho das negociações entre a União e a Eletrobras sobre a governança da companhia e a participação acionária na Eletronuclear, avaliam fontes a par do tema. A tendência, dizem interlocutores, é que o governo só deve anunciar qual será o caminho sobre Angra 3 depois de serem concluídas as conversas entre o governo e a Eletrobras sobre a Eletronuclear. Alguns impasses ainda permanecem entre a ex-estatal de energia e a União. Nesta terça-feira (18), a Eletrobras disse em comunicado que houve evoluções em temas que estão em discussão no processo arbitral na Câmara de Mediação e de Conciliação da Administração Federal (CCAF), mas a empresa e o governo ainda não chegaram a um acordo. Também nesta terça-feira (18), em reunião extraordinária, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) adiou a decisão sobre se retoma ou não as obras da usina. Estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aponta para um custo de R$ 23 bilhões para a retomada e de R$ 21 bilhões para o abandono das obras, sem contar com os R$ 12 bilhões que já foram gastos desde 2009 no armazenamento de equipamentos. O processo arbitral em curso foi iniciado em 2023 pela Advocacia-Geral da União (AGU), a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contra a limitação do poder de voto dos acionistas em 10%, mesmo que a participação acionária seja maior que esse limite. O dispositivo foi introduzido na Lei 14.182/2021, da privatização da Eletrobras."
Fonte: Valor Econômico; 19/02/2025
Minerais críticos podem adicionar até R$ 243 bilhões ao PIB nos próximos 25 anos
"Minerais como cobre, níquel, grafite, cobalto, lítio e terras raras ganharam destaque nos últimos anos por serem matérias-primas importantes de uma série de tecnologias de energia limpa, como painéis solares, baterias de carros elétricos, turbinas eólicas, entre outros. A estimativa é que a demanda por minerais críticos para energia limpa deve dobrar até 2030 e triplicar até 2040, de acordo com cálculo da International Energy Agency (IEA). Desde 2012, a maioria das novas fontes geradoras de energia instaladas no mundo já são de fontes renováveis. Em 2022, por exemplo, a proporção estava em oito fontes limpas em cada 10 instaladas no mundo, ainda segundo a IEA. Neste contexto, esta é mais uma área em que o Brasil pode se destacar e se tornar um dos principais provedores globais de recursos para a transição energética. É o que aponta o relatório “Minerais críticos do futuro e o papel estratégico do Brasil na transição para uma economia de baixo carbono”, produzido pela consultoria Deloitte em parceria com a AYA Earth Partners, e obtido com exclusividade pelo Prática ESG. Uma das conclusões é que, se o Brasil investir na produção dos minerais - ou seja, fazer o beneficiamento dos minerais que já extrai, separando os minerais valiosos dos rejeitos, o setor pode adicionar ao Produto Interno Bruto (PIB) cerca de R$ 30 bilhões até 2030. Considerando que a atividade também impulsiona outras, esse valor pode subir para R$ 42 bilhões. Caso o Brasil invista em na produção de novas minas e comece a beneficiar os minérios que extrai das suas atuais reservas, subindo um patamar na cadeia de valor dos mesmos, para produção ativa, estima-se que haverá um impacto econômico de até R$ 233 bilhões em 2050."
Fonte: Valor Econômico; 19/02/2025
Política
Governo adia aumento da mistura de biodiesel B15
"O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu, nesta terça (18/2), pela manutenção da mistura de 14% de biodiesel (B14) no diesel comercializado no país. O percentual ficará em vigor até a próxima reunião do CNPE, ainda sem previsão de data, segundo o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira (PSD). Até então, a expectativa do setor era de aumento para 15% a partir de 1ª de março, seguindo cronograma estabelecido pelo colegiado em 2023. A justificativa, de acordo com Silveira, é evitar nova alta do combustível vendido nos postos. Também pesa na decisão o preço do óleo de soja e a sua participação na inflação dos alimentos. Outro fator determinante foram os casos recentes de fraudes envolvendo distribuidoras e TRRs (transportadores, revendedores, retalhistas), em que o diesel B era vendido sem a mistura com o biodiesel ou com a composição inferior à obrigatória de conteúdo renovável. O governo pretende definir um grupo de trabalho para estudar formas de fiscalização dos postos de combustíveis para garantir o cumprimento da mistura obrigatória. Antes da decisão do CNPE, o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), relator da lei do Combustível do Futuro na Câmara, disse “não haver cabimento” para não aumentar a mistura de 14% para 15% a partir de março."
Fonte: Eixos; 18/02/2025
Agro espera que CNPE reveja decisão de adiar B15 por tempo indeterminado
"A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) na Câmara espera que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) reveja a decisão de manter a mistura de biodiesel no diesel fóssil em 14% (B14) até a próxima reunião do colegiado, ainda sem data definida. A decisão do CNPE, nesta terça (18/2), pelo adiamento do aumento da mistura previsto para março frustrou o setor agropecuário. O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) na Câmara, criticou a medida e defendeu a elevação da mistura para 15% (B15), conforme cronograma estabelecido em dezembro de 2023. “É necessário que isso seja revisto na próxima reunião do CNPE”, defendeu o deputado que foi relator da lei do Combustível do Futuro, onde há previsão de avançar com o mandato do biocombustível. “Discordo veementemente da posição do CNPE de não elevar a mistura do biodiesel de 14% para 15%. Hoje, importamos 25% do diesel que consumimos. É necessário que isso seja repetido para ver a incoerência dessa decisão do governo”, disse Jardim. Entre os argumentos do governo para a manutenção do B14 está a tentativa de evitar um novo aumento no preço do diesel nos postos. Segundo o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), o diesel comum fechou janeiro com preço médio de R$ 6,23, uma alta de 0,48% em relação ao mês anterior. Já o diesel S-10 foi vendido a R$ 6,31, após um aumento de 0,64%. O impacto do biodiesel no custo final do diesel B, no entanto, é pequeno, segundo Jardim. O deputado cita dados do Ministério de Minas e Energia (MME) que mostram que a elevação com o B15 seria de apenas R$ 0,02 centavos."
Fonte: Eixos; 18/02/2025
Fávaro: previsão é por B15 na próxima reunião do CNPE, após acomodação do preço do óleo de soja
"O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), afirmou que a expectativa da pasta é de que o cronograma de 15% de mistura de biodiesel ao óleo diesel possa ser retomado na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), considerando a perspectiva de acomodação do preço do óleo de soja. “Com o início da safra, o preço do óleo de soja já começou a cair, mas precisamos agir com cautela. O adiamento do B15 vai permitir a maior disponibilidade de óleo de soja no mercado, não havendo disputa com óleo de cozinha, e a queda do preço do óleo de soja”, disse a jornalistas após reunião com o setor do biodiesel nesta terça-feira (18/2). “Com a acomodação do preço do óleo de soja nas gôndolas dos supermercados, talvez possa ser possível fazer a mistura de B15 dentro de 60 dias”, afirmou. O encontro ocorreu após o CNPE manter a mistura do biodiesel ao óleo diesel em 14%, derrubando o cronograma previsto da mistura de 15% para 1º de março. O ministro afirmou que a decisão do governo pela manutenção da mistura deve-se ao aumento significativo do preço do óleo de soja no ano passado após a quebra na safra nacional com eventos climáticos adversos. “Em função da crise hídrica no ano passado, houve redução da safra de soja, ao mesmo tempo em que os estímulos ao biodiesel foram retomados e, com isso, houve descasamento no excedente de óleo para biodiesel e óleo na gôndola do supermercado. Houve aumento bastante significativo do preço do óleo de soja na gôndola do supermercados. A prioridade é com a alimentação do ser humano”, acrescentou Fávaro."
Fonte: Eixos; 18/02/2025
CNPE adia novamente decisão sobre obras de Angra 3
"O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) adiou novamente a decisão sobre o futuro da usina nuclear de Angra 3 (RJ). Na reunião desta terça (18/2), o ministro Rui Costa (PT) precisou se ausentar para participar de agenda com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e pediu para adiar a decisão. O item era o último da pauta. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), condicionou a continuidade das obras da usina nuclear de Angra 3 à remodelagem da governança da Eletronuclear. Silveira defendeu a necessidade de melhorar a confiabilidade e transparência da estatal para retomar a construção. Eu seu voto, Silveira afirmou que a descontinuidade das obras implicaria em aportes imediatos de R$ 14 bilhões, acarretando em rescisão de contratos com fornecedores e todos os custos inerentes para a desmobilização, onerando a União e o contribuinte. Caso a decisão seja pela conclusão do projeto, um novo modelo de governança deve ser proposto pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e a indicação de novas fontes de financiamento seria de responsabilidade do Ministério da Fazenda. O objetivo será aliviar o Orçamento Geral da União (OGU) da alocação de recursos públicos para a conclusão da obra, que se arrasta há 40 anos e já consumiu R$ 23 bilhões. Na reunião do CNPE de dezembro de 2024, a decisão sobre Angra 3 também havia sido adiada, depois de um pedido de vistas coletivo. As condicionantes apresentadas em dezembro eram as mesmas defendidas agora pelo MME."
Fonte: Eixos; 18/02/2025
Aneel nega pedido da Absolar para reconsiderar critérios de cortes de geração
"A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou, nesta terça-feira (18/2), uma medida cautelar de geradores solares que solicitava a reconsideração de normas de ressarcimento por cortes de geração (curtailment). O pedido foi ingressado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A entidade pedia a revisão da resolução 1.073/2023, a norma que estabelece procedimentos e critérios para apuração e pagamento de restrição de operação. A Absolar pleiteava a abertura de uma consulta pública para colher sugestões sobre o tema. Relator do caso, o diretor Fernando Mosna acolheu a tese da associação, por entender que os prejuízos causados aos geradores devem ter tratamento regulatório. Embora tenha sido acompanhado pelo diretor Ricardo Tili, houve divergência. As diretoras Ludimila Lima e Agnes da Costa e o diretor-geral da agência, Sandoval Feitosa, foram contra o pedido, por entenderem que os cortes de geração já são assunto de uma consulta pública em aberto. O voto divergente também se baseou no fato de que ainda não há estudos da área técnica sobre o impacto regulatório e, portanto, é necessário aguardar a análise do assunto pelos técnicos da agência. Além disso, o procurador-geral da Aneel, Eduardo Ramalho, se manifestou para que seja replicada nesse processo a posição da Aneel na ação judicial sobre o tema. Ou seja, o entendimento defendido pela Aneel nos processos judiciais deve prevalecer. A agência argumenta que os riscos são decorrentes da atividade empresarial e que cortes por excesso de demanda não devem ser ressarcidos."
Fonte: Eixos; 18/02/2025
Internacional
Empresas
BlackRock faz uma pausa nas reuniões corporativas em função das novas regras de ESG
"A BlackRock suspendeu temporariamente as reuniões com algumas empresas de seu portfólio enquanto estuda o impacto das novas regras de relatórios da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, de acordo com fontes familiarizadas com o assunto. O principal gestor de ativos dos EUA está entre os afetados por uma recente interpretação da SEC, que exige que as empresas de fundos apresentem divulgações de propriedade mais extensas ao pressionar os gestores de ativos em relação a determinados assuntos ambientais, sociais ou de governança (ESG). A notícia sobre a ação da BlackRock foi relatada primeiramente pela Semafor."
Fonte: Reuters; 18/02/2025
Indústria de papel dos EUA pede a Trump que busque regras de desmatamento mais leves na UE
"O setor de papel e celulose dos EUA está fazendo lobby junto ao governo do presidente Donald Trump para que a União Europeia declare os Estados Unidos como um país livre de desmatamento, uma medida que poderia facilitar o cumprimento das novas regras ambientais do bloco pelos exportadores. A partir de dezembro, a política antidesmatamento da União Europeia proibirá a importação de commodities ligadas à destruição de florestas. Bruxelas já adiou o lançamento da política por um ano, após reclamações de parceiros comerciais, incluindo Brasil, Indonésia e o governo Biden nos Estados Unidos. “Um atraso não resolve nossas preocupações com as exigências complexas do regulamento e as barreiras técnicas significativas”, afirmou Heidi Brock, CEO da American Forest and Paper Association (AF&PA), à Reuters, ressaltando que a lei da UE imporia “obrigações caras e desnecessárias” às empresas americanas. “Estamos pedindo ao presidente Trump e a seus conselheiros comerciais que incluam isso na lista de itens a serem negociados com a União Europeia, para garantir que os EUA sejam reconhecidos como um país que gerencia sabiamente seus recursos florestais e que não contribui para o desmatamento”, disse Brock em comentários enviados por e-mail. Esse apelo vai além da solicitação feita por Howard Lutnick, indicado por Trump para dirigir o Departamento de Comércio, para que os EUA sejam classificados como de “baixo risco” — o nível menos rigoroso da política da UE. Essa classificação ainda exigiria que as empresas dos EUA realizassem a devida diligência e enfrentassem inspeções."
Fonte: Reuters; 18/02/2025
HSBC desiste da meta de emissões líquidas zero para 2030
"O HSBC anunciou na quarta-feira que está abandonando sua meta de atingir emissões líquidas zero de carbono em todos os seus negócios até 2030, devido à lenta mudança na economia real. O maior banco da Europa afirmou que espera registrar uma redução de 40% nas emissões em todas as suas operações, incluindo viagens de negócios e cadeia de suprimentos, até 2030, e pretende alcançar a meta mais ambiciosa de emissão líquida zero até meados do século. A instituição também anunciou uma revisão interna das metas de emissões relacionadas a seus empréstimos. Em seu relatório anual, o banco destacou que possui influência limitada sobre as empresas em questões como avanços tecnológicos, demanda do mercado e políticas eficazes que afetam o ritmo das mudanças. Além disso, o HSBC afirmou que sua meta original se baseava na capacidade de utilizar créditos de carbono para compensar algumas das emissões de sua cadeia de suprimentos, o que não se alinha com as orientações recentes da Science Based Targets Initiative, que avalia e aprova metas climáticas corporativas. O diretor de sustentabilidade do banco deixou o cargo há vários meses, após o executivo-chefe Georges Elhedery retirar a função do comitê executivo do banco em uma reformulação da administração. Os ativistas expressaram preocupação de que a decisão sinalize um recuo na ambição climática do HSBC, agravando os temores de que o setor bancário, em geral, esteja retrocedendo em relação às promessas de redução de emissões. Em outubro, o Morgan Stanley reduziu suas expectativas de cortes nas emissões de sua carteira de empréstimos corporativos, e vários bancos norte-americanos abandonaram uma coalizão climática."
Fonte: Reuters; 19/02/2025
Investidores da BP pedem votação sobre qualquer retrocesso nas metas climáticas
"Um grupo de 48 investidores institucionais solicitou à BP que oferecesse aos acionistas um voto sobre qualquer plano da empresa petrolífera de retroceder em suas metas climáticas, estabelecendo um possível confronto com o fundo de hedge ativista norte-americano Elliott Management. A intervenção dos investidores, incluindo Rathbones Investment Management, Phoenix Group, Robeco e Royal London Asset Management, segue-se a uma promessa do executivo-chefe da BP, Murray Auchincloss, de “redefinir fundamentalmente” a estratégia do grupo diante da pressão da Elliott para aumentar o desempenho. A Elliott construiu uma participação de quase 5% na BP e está pressionando Auchincloss a desinvestir em partes significativas do negócio, incluindo alguns de seus investimentos em energia verde, conforme informado pelo Financial Times na semana passada. No entanto, outros investidores estão preocupados com a possibilidade de Auchincloss enfraquecer os compromissos climáticos e voltar a se concentrar na produção de petróleo e gás em um dia do investidor que será realizado em Londres na próxima quarta-feira. “A BP já ofereceu anteriormente uma votação aos acionistas sobre sua estratégia de transição e esperamos que um nível semelhante de responsabilidade seja mantido para futuras mudanças materiais de estratégia”, afirmaram os investidores esta semana em uma carta ao presidente da BP, Helge Lund, que foi vista pelo FT."
Fonte: Financial Times; 19/02/2025
Política
É retomada a COP16, da biodiversidade, agora em Roma
"Depois da Colômbia, agora é a vez da Itália: líderes mundiais e especialistas em meio ambiente e vida animal se reúnem de 25 a 27 de fevereiro em Roma para a finalização da COP16, a Conferência da ONU para a biodiversidade. O evento teve seu início no último ano, de 21 de outubro a 2 de novembro, na cidade de Santiago de Cali, na Colômbia, mas as negociações finais foram suspensas devido à falta de quórum. Como temas decisivos ficaram de fora da ata final, a organização da COP16 anunciou que a resolução deverá ser feita ainda neste mês, em uma reunião que está sendo chamada de COP16.2. Entre os tópicos que precisam ser acordados está o financiamento para a biodiversidade, ou seja, como e quais países devem oferecer recursos para a implementação do Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal. Trata-se de um conjunto de metas que devem ser seguidas para a conservação e uso sustentável dos recursos naturais até 2030. Além disso, a Conferência precisa definir os mecanismos de monitoramento das metas, como os avanços e os retrocessos nas metas da biodiversidade. Em entrevista à EXAME, Michel Santos, gerente de políticas públicas do WWF-Brasil, ONG focada na conservação dos recursos naturais, fala sobre a importância dos acordos para o meio ambiente. “A adoção do quadro de monitoramento global é essencial para garantir que os compromissos assumidos se traduzam em ações concretas e mensuráveis”, disse. Santos ainda afirma que a Conferência deve avaliar a necessidade de novos instrumentos de financiamento a partir de 2030."
Fonte: Exame; 18/02/2025
O líder de Trump na SEC transfere o poder dos investidores para os conselhos de administração
"Segundo especialistas, as novas políticas do principal órgão regulador de valores mobiliários dos EUA dão aos conselhos de administração das empresas mais poder sobre os investidores, o que pode reduzir os esforços de reforma iniciados pelos investidores em tudo, desde a política climática até os concursos para diretores. Desde o mês passado, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou Mark Uyeda como presidente interino da Comissão de Valores Mobiliários, a agência tornou mais fácil para os conselhos bloquearem as resoluções dos acionistas, impor requisitos mais rígidos de arquivamento para fundos passivos e limitar a capacidade de comunicação dos investidores. As mudanças dão aos conselheiros mais espaço para anular os esforços para que as empresas limitem as emissões ou informem detalhes sobre a diversidade da força de trabalho, enquanto os ativistas tradicionais que estão executando suas próprias listas de conselheiros também podem achar mais difícil desafiar os conselhos, dizem os advogados. “Trata-se de uma realocação relativamente dramática do poder dos grandes acionistas para a administração corporativa, não apenas para criar políticas corporativas, mas para se protegerem contra ativistas”, disse Ann Lipton, professora de direito empresarial da Universidade de Tulane. Uyeda, abre nova aba e outras autoridades republicanas - incluindo Paul Atkins, escolhido por Trump para dirigir a SEC - deixaram claro seu ceticismo em relação às considerações de investimentos ambientais, sociais e de governança (ESG)."
Fonte: Reuters; 18/02/2025
A EPA dos EUA concede à West Virginia autoridade para supervisionar a captura de carbono
"Na terça-feira, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos concedeu formalmente à Virgínia Ocidental a autoridade para supervisionar projetos de captura de carbono no estado, tornando-se o quarto estado a receber essa capacidade. A agência assinou uma regra final que concede à Virgínia Ocidental a autoridade de aplicação primária, conhecida como primazia, para permitir os chamados poços Classe VI, com o objetivo de acelerar as aprovações e avançar o desenvolvimento de projetos maciços de sequestro de carbono. “Como um dos meus primeiros atos como Administrador da EPA, tenho orgulho de assinar essa regra, que permite que a Virgínia Ocidental tenha a independência necessária para se autorizar e regulamentar, ao mesmo tempo em que trabalha para proteger nosso meio ambiente e a água potável”, declarou Lee Zeldin, Administrador da EPA. A captura e o armazenamento de carbono é uma tecnologia emergente que visa extrair as emissões de dióxido de carbono de fontes industriais antes que elas atinjam a atmosfera, permitindo seu armazenamento subterrâneo. Mais de uma dúzia de estados têm projetos de sequestro de carbono planejados ou em desenvolvimento, aguardando a aprovação da EPA, um processo que tem sido lento. Dakota do Norte, Wyoming e Louisiana são os outros três estados que receberam autoridade para supervisionar suas próprias permissões e a injeção de CO2. Na semana passada, grupos do setor de petróleo, gás e indústrias do Texas solicitaram a Zeldin que acelerasse a solicitação de primazia do estado."
Fonte: Reuters; 18/02/2025
"Os republicanos seniores dos EUA encarregados de desmantelar a política climática assinada por Joe Biden desfrutaram de um aumento significativo nos investimentos, que ultrapassam US$ 130 bilhões, nas áreas que representam, graças à lei do ex-presidente. A maioria dos republicanos no comitê de formas e meios da Câmara, nos comitês de orçamento da Câmara e do Senado, e no comitê financeiro do Senado, que implementarão cortes de impostos abrangentes prometidos por Donald Trump, se beneficiaram de um salto no investimento em energia limpa sob a Lei de Redução da Inflação de Biden, de acordo com uma análise do Financial Times. Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu “acabar” com a lei — o que só pode ser feito pelo Congresso — e, em seu primeiro dia no cargo, assinou uma ordem executiva congelando empréstimos e subsídios no valor de mais de US$ 300 bilhões. Com os republicanos mantendo uma estreita maioria de três assentos na Câmara, os membros do partido precisam garantir apoio quase unânime para implementar a promessa do presidente e reduzir ou revogar a lei que injetou bilhões em seus distritos. A extensão da reversão pode testar se eles colocarão os interesses de seus eleitores à frente de sua lealdade ao presidente. “O tempo dirá se as prioridades serão as de Trump ou as de um eleitorado mais amplo”, afirmou Ted Brandt, fundador e executivo-chefe da Marathon Capital, um banco de investimentos especializado em energia renovável."
Fonte: Financial Times; 19/02/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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