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XP Fórum Político Macro 2025 | Para onde caminham os juros no Brasil, com Gabriel Galípolo

O XP Fórum Político Macro 2025 recebeu Gabriel Galípolo, atual presidente do Banco Central; confira os destaques

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Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central do Brasil, foi um dos convidados do XP Fórum Político Macro 2025, evento que aconteceu nesta segunda-feira (1º) e que contou com a presença de clientes parceiros da XP. Galípolo discutiu, dentre outras coisas, os dados recentes da atividade econômica doméstica e a condução da política monetária no país. Reunimos os destaques do painel abaixo.

Sobre a condução da política monetária no Brasil nos próximos meses, Galípolo reforçou que o cenário segue inalterado, com a autarquia mantendo uma postura mais cautelosa para a Selic, a taxa básica de juros

Dados recentes de atividade econômica têm sinalizado uma dinâmica mais benigna, mas a inflação de serviços segue resiliente. Isso, somado a um mercado de trabalho ainda aquecido, faz com que as autoridades permaneçam mais cautelosas com a condução da política monetária brasileira na busca pela convergência da inflação à meta. Galípolo identifica uma melhora nas perspectivas de inflação, mas que vem acontecendo de forma mais gradual do que o desejado pela autoridade monetária.

Segundo Galípolo, o cenário atual da força de trabalho ativa do país levanta uma série de questões, mais do que respostas. “Tenho muita dúvida sobre a tese do desalento. Com o nível de desemprego que está, acho complexo. Uma série de fatores locais e globais tem afetado muito o mercado de trabalho. Não tem sido muito simples fazer uma análise”, afirmou.

Esse ambiente incerto tem reforçado a posição do BC de ser o mais transparente possível – o que, inclusive, tem sido a principal estratégia na comunicação da autarquia. 

Galípolo disse que, em meio à dificuldade de realizar uma leitura mais clara dos dados, é normal haver um mal comportamento das correlações. O BC tem se apoiado no factual, reunindo os dados de atividade econômica conforme eles são divulgados. 

Sobre as perspectivas da política fiscal, o presidente lembrou que “(E)m vários momentos, tivemos surpresas sobre programas fiscais e seus impactos. Demandam a gente ter humildade, e a postura do Banco Central também se pagou”, comentou, reforçando que o BC tem sido beneficiado dessa estratégia. 

Do lado do cenário internacional, Galípolo lembrou que os impactos não se materializaram como o mercado imaginava. A grande discussão é se a defasagem desses impactos pode gerar alguma inércia sobre os dados de inflação. 

Atualmente, a visão predominante no mercado é de que as tarifas vão se concretizar mais como uma mudança de preço do que efetivamente um impacto inflacionário. 

Assista na íntegra ao painel de Galípolo no XP Fórum Político Macro 2025: 

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