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Pré-Copom: expectativas para a última decisão de 2025 e adiante

Na última reunião sobre a decisão de juros do Copom, especialistas da XP e da Santander Asset compartilharam suas expectativas para os juros nos próximos meses

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Realizamos mais uma reunião exclusiva com clientes institucionais da XP para discutir os próximos passos do Banco Central para os juros no Brasil. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana será a última de 2025 e deve confirmar novamente um discurso em linha com as últimas comunicações das autoridades, na visão dos especialistas da XP e da Santander Asset Management.

Separamos os principais pontos discutidos durante a conversa. Veja previsões para a condução da política monetária brasileira nos próximos meses:

Taxa Selic encerrando 2025 em 15%

Na visão de Eduardo Jarra, economista-chefe e estrategista da Santander Asset, e Luciano Rais, head de Renda Fixa da Santander Asset, o Copom deve optar mais uma vez pela manutenção da Selic, com a taxa básica de juros encerrando 2025 em 15% ao ano. Essa também é a visão do time de Economia da XP, que avalia que os membros devem seguir com uma postura mais cautelosa nessa próxima reunião, mesmo com a inflação dando sinais de tendência de queda, conforme apresentado pelo economista da casa, Rodolfo Margato.

O Copom vem sinalizando desde junho a estabilização da Selic nos níveis atuais por “período bastante prolongado”. As autoridades têm adotado um posicionamento de “esperar para ver” (reforçado pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo, durante o seu painel no XP Fórum Político Macro 2025), agindo conforme a publicação de dados de atividade econômica.

A Santander Asset reconhece que o cenário evoluiu positivamente, em linha com as projeções da maioria dos economistas, considerando a desaceleração da atividade econômica, o comportamento benigno da inflação e a contribuição favorável das expectativas captadas pelo Focus.

Na visão dos especialistas, a discussão quanto ao início dos cortes de juros está mais ligada ao perfil do Banco Central, que, para eles, tem mantido uma boa comunicação junto ao mercado.

Em relação a eventuais mudanças no comunicado, espera-se que haja alterações mínimas no tom adotado, mas com algum reconhecimento de que as medidas de aperto monetário estão surtindo efeito para se chegar ao objetivo final, que é a convergência da inflação em direção à meta.

Para a XP, uma alteração nesse comunicado em relação ao texto da reunião anterior poderia ser o corte do “bastante” da frase “por período bastante prolongado”. Na visão da Santander Asset, os membros devem manter o tom.

Porém, mais do que o próprio comunicado, as eleições de 2026 e o cenário a ser desenhado para 2027 serão o ponto central para a condução da política monetária daqui em diante.

Início do corte de juros: aposta em janeiro está aberta, mas não é o cenário-base

Os especialistas avaliam que o início do ciclo de corte de juros se dará em março, com o primeiro corte na ordem de 0,50 p.p. (ponto percentual), embora apostas de flexibilização monetária a partir de janeiro ainda estejam sobre a mesa.

Durante a conversa, as estimativas para o tamanho total do próximo ciclo de cortes no Brasil variaram entre 2,50-3,00 p.p.

Para a XP, existem motivos para acreditar que o Copom deve segurar por mais tempo o início do ciclo de corte da Selic.

As expectativas para a inflação continuam acima da meta, enquanto o mercado de trabalho no Brasil segue aquecido.

Além disso, o período eleitoral deve ser marcado por medidas de estímulos fiscais, com risco de que políticas expansionistas podem impulsionar a economia doméstica e elevar mais uma vez a inflação.

Por outro lado, com o patamar atual de 15,00% o juro nominal, as condições parecem amplamente dadas. Os preços de mercado já estão capturando parte das incertezas, avaliam os especialistas da Santander Asset.

Além do processo eleitoral, a saída de dois membros (considerados tradicionalmente mais hawkish) do Banco Central adiciona incerteza ao processo decisório.

No horizonte mais longo, especialmente em 2027, o ambiente político pós-eleições tende a ser determinante para definir a extensão final do ciclo de cortes, considerada razoável por Rais entre 2,00-3,00 p.p.

O câmbio permanece como risco relevante, com juros elevados funcionando como linha de defesa, de modo que um corte já em janeiro poderia enfraquecer essa proteção. Embora a economia esteja em desaceleração, ainda há impulso fiscal atuando.

Por fim, o movimento do Federal Reserve, banco central dos EUA, é um fator relevante para a condução da política monetária no Brasil, e o início dos cortes pelo Fed tende a influenciar a decisão do Copom. Do ponto de vista de riscos financeiros, destaca-se o aumento do valuation das empresas ligadas à inteligência artificial e o forte ingresso do mercado de crédito nesse segmento, o que pode representar uma fonte de risco adiante.

As projeções atuais da XP consideram um ciclo de afrouxamento monetário composto por seis cortes consecutivos de 0,5 p.p., a partir de março de 2026, até a taxa alcançar os 12% ao ano.

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