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IPCA-15 de novembro corrobora cenário de desinflação gradual

Conforme divulgado nesta manhã (24) pelo IBGE, o IPCA-15 subiu 0,53% entre outubro e novembro, abaixo tanto da nossa expectativa quanto do consenso de mercado (0,58% e 0,55%, respectivamente).

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Conforme divulgado nesta manhã (24) pelo IBGE, o IPCA-15 subiu 0,53% entre outubro e novembro, abaixo tanto da nossa expectativa quanto do consenso de mercado (0,58% e 0,55%, respectivamente). Assim, o índice mostrou alta de 5,35% no acumulado do ano e de 6,18% nos últimos 12 meses (queda em relação aos 6,85% vistos na leitura anterior).

O principal desvio baixista em relação à nossa estimativa veio do grupo de Alimentação no Domicílio (0,60% m/m versus 0,14% m/m, uma contribuição de -0,04pp para a surpresa no índice geral). O grupo de Leite e Derivados respondeu por parte relevante desta diferença nos preços de alimentos. Além disso, os itens de Despesas Pessoais (0,27% m/m vs. 0,57% m/m, -0,04pp) e gasolina (1,67% m/m vs. -5,92% m/m, -0,02pp) também apresentaram desvios dignos de nota. Por outro lado, as maiores surpresas altistas vieram de Vestuário (1,48% m/m vs. 1,43% m/m, +0,02pp), Artigos de Residência (0,54% m/m vs. -0,35% m/m, +0,02pp) e Comunicação (0,0% m/m vs. -0,42% m/m, +0,02pp) .

Ainda sobre a abertura do IPCA-15, chamamos a atenção para a alta (esperada) dos preços administrados (0,77% m/m em novembro ante média de -2,06% m/m entre julho e outubro), em linha a dissipação dos efeitos baixistas das medidas de cortes de tributos sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações que foram aprovadas na metade do ano. Em relação aos preços livres, o avanço de 0,45% registrado em novembro ante outubro correspondeu a exatamente a média de elevação dos quatro meses anteriores. Outras métricas agregadas trouxeram notícias relativamente benignas, em nossa avaliação. Por exemplo, a inflação de serviços arrefeceu de 5,91% em outubro para 3,93% em novembro com base na média móvel de 3 meses da taxa anualizada com ajuste sazonal (ferramenta estatística que captura tendências de curto prazo e a extrapola para o ano corrente, utilizada pelo Banco Central para entender dinâmica inflacionária na margem.), enquanto o grupo de serviços subjacentes – preços mais sensíveis ao ciclo econômico – recuou de 8,08% para 7,21% na mesma base de comparação. A categoria de bens industriais subiu de 4,19% para 4,91% nesta métrica, mas não esperamos uma trajetória de alta consistente nos próximos meses, em linha com o arrefecimento da demanda doméstica e a normalização das cadeias globais de matérias-primas.

Ademais, o índice de difusão do IPCA-15 veio muito abaixo da nossa expectativa (64% ante 74%). Na mesma linha, a média dos núcleos de inflação, que monitora a tendência inflacionária, cedeu de 6,37% em outubro para 5,78% em novembro, com base na média móvel de 3 meses da taxa anualizada e com ajuste sazonal. Em resumo, esses resultados corroboram nossa visão de desinflação gradual na economia brasileira. O IPCA-15 geral veio abaixo das estimativas e interpretamos sua composição (abertura) como neutra para ligeiramente positiva.

Por fim, projetamos elevação de 5,8% para o IPCA de 2022 e de 5,2% para o IPCA de 2023 - nossa estimativa para o próximo ano leva em consideração a reoneração de PIS/COFINS sobre combustíveis, com impacto altista ao redor de 0,50pp sobre o IPCA geral. No entanto, os crescentes riscos fiscais e seus impactos potenciais sobre a dinâmica da taxa de câmbio e as expectativas de inflação de médio prazo precisam ser monitorados com bastante cautela, pois podem alterar as perspectivas para o IPCA.

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