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Banco Central Europeu aumenta os juros para 2,0% em outubro

A autoridade eleva os juros em 0,75 ponto percentual em combate às pressões inflacionárias.

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O Banco Central Europeu (BCE) aumentou as três principais taxas de juros em 0,75pp pela segunda vez consecutiva em outubro, e a taxa principal atingiu 2,0%. Este movimento veio em linha com a nossa expectativa e o consenso de mercado. Após a decisão, a política monetária se aproximou do campo contracionista, o que é essencial para garantir o retorno da inflação à meta de 2%. O BCE comunicou que serão necessários novos aumentos, porém não foi sinalizado uma possível taxa terminal de juros. Desta forma, as decisões em cada reunião permanecerão dependentes dos dados disponíveis no momento.

Também de grande relevância, o conselho do BCE votou a favor da alteração dos termos e condições para as operações de refinanciamento de longo prazo (TLTRO) de forma a reforçar a transmissão efetiva da alta das taxas de juro nas condições de empréstimo. Durante o período da pandemia, este instrumento ajudou a mitigar os riscos baixistas para a estabilidade de preços, e precisa ser recalibrado nas condições atuais. Assim, o BCE decidiu ajustar as taxas de juro aplicáveis ​​às TLTRO, indexando a taxa de juro a média das principais taxas de juros do BCE, com efeito a partir do dia 23 de novembro. Além disso, o BCE agora oferecerá aos bancos datas antecipadas para o reembolso dos empréstimos. Em relação ao Programa de Compra de Ativos (APP), o BCE continuará reinvestindo patrimônio dos títulos em vencimento, e novas decisões serão tomadas na reunião de dezembro. Além disso, o Instrumento de Proteção de Transmissão (TPI) não foi discutido nesta reunião.

Na conferência de imprensa, a presidente Christine Lagarde destacou o impacto negativo do conflito geopolítico na Ucrânia para a economia europeia, e o principal fator de risco para as economias permanece a alta no custo de energia. A inflação continua altamente pressionada e a atividade econômica deve desacelerar consideravelmente, enquanto as medidas fiscais destinadas a aliviar o custo da energia continuam a atenuar os impactos negativos. Para as próximas reuniões, Lagarde mencionou os três principais fatores que serão considerados: (1) as perspectivas de inflação, (2) o impacto das altas de juros já entregue, e (3) o efeito defasado das decisões de política monetária. Enquanto isso, as expectativas do mercado financeiro terão um papel menos importante.

Acreditamos que aumentos adicionais nas taxas de juros serão necessários para conter a deterioração das expectativas de inflação. Apesar dos preços da energia terem diminuído recentemente, as tensões geopolíticas persistem enquanto a Europa se aproxima do inverno, o que é especialmente preocupante para as economias da região que dependem fortemente do fornecimento de energia da Rússia. A presidente Lagarde não deu nenhuma sinalização se o ritmo de aperto pode moderar, e as decisões serão tomadas “reunião por reunião”. Assim, esperamos que as próximas decisões serão pautadas nos dados econômicos (principalmente de inflação), e acreditamos que a sinalização permanecerá bastante vaga, dada a avaliação do conselho de que isso pode limitar a conduta da política monetária em meio ao ambiente atualmente incerto. Ainda assim, dado que a inflação permanece persistentemente alta e o balanço de risco está inclinado para cima, acreditamos que a probabilidade de o BCE ter que levar as taxas de juros para um território restritivo aumentou significativamente.

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