XP Expert

Nubank (ROXO34): Resultados mistos | Revisão 1T24

Confira nossa análise para os resultados do 1T24 do Nubank

Compartilhar:

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no Twitter
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Compartilhar no LinkedIn
  • Compartilhar via E-mail

A carteira de crédito total saltou 7,5% no trimestre e 53,0% na comparação anual e encerrou o trimestre em US$ 19,6 bilhões. Embora tenha desacelerado em relação ao 4T23 (+18,1% T/T e +61,9% A/A), o banco conseguiu manter um ritmo sólido de crescimento. Esse crescimento foi impulsionado pelo aumento de 91,6% nos recebíveis de crédito. Em relação à carteira de cartões de crédito, em mais um trimestre o saldo devedor de juros diminuiu e representou 68% da carteira. O saldo rotativo ficou estável em 6%, enquanto o saldo das parcelas com juros aumentou para 26%.

A qualidade do crédito deteriorou-se por mais um trimestre. O NPL de 15-90 dias aumentou a QoQ de 90 bps para 5,0%. Embora em ritmo mais lento, os NPLs 90+ também pioraram, crescendo 20 bps para 6,3%. Este é o maior patamar da série iniciada no 1T20. Na sequência do aumento dos NPL, as despesas com provisões para perdas com crédito também aumentaram. Essa linha totalizou US$ 831 milhões (+40,2% T/T e +75,0% A/A). O Nu afirma que esse aumento está ligado ao “crescimento da carteira de crédito, uma vez que a Nu antecipa provisões com base nas perdas esperadas para a vida do crédito de acordo com a metodologia IFRS 9”. Bem como “um aumento das perdas esperadas devido a expansões no perfil de risco de coortes mais novas nestes dois produtos”. Por fim, as baixas contábeis atingiram US$ 485 milhões no 1º trimestre, alta de 13,1% no T/T e 72,3% no A/A.

Vale lembrar que em um relatório recente discutimos os primeiros sinais de deterioração da qualidade de crédito observados no 4T23. Nesse sentido, vemos os números do 1T24 de alguma forma confirmando nossas preocupações. No entanto, saudamos o compromisso da empresa de abordar os maiores riscos incorridos em seu portfólio por meio do aumento do provisionamento.

A Receita Média Mensal Consolidada por Cliente Ativo (ARPAC) atingiu novamente um recorde, atingindo US$ 11,4, representando um aumento de +7,5% T/T e 30% A/A, impulsionada pelo maior número de clientes ativos e maior cross-sell e up-sell. No mesmo período, o Custo Médio Mensal Consolidado para Servir por Cliente Ativo (CTS) permaneceu em US$ 0,9, T/T e A/A estáveis.

A receita foi de US$ 2,7 bilhões, um crescimento de +14% T/T e +69% A/A. Esse forte desempenho refletiu maiores Receitas de Juros e Ganhos (Perdas) em Instrumentos Financeiros, devido à maior renda de juros na carteira de financiamento ao consumo e no mix de crédito. A receita de tarifas e serviços atingiu US$ 456 milhões, T/T fixo e +25% A/A, em grande parte devido às taxas de intercâmbio mais altas, resultantes de maiores volumes de compra com cartão de crédito e pré-pago.

O Nu adicionou 5,5 milhões de clientes durante o trimestre e 20,2 milhões nos últimos doze meses. Assim, o banco totalizou 99,3 milhões de clientes ao final do 1º trimestre. Esse sólido desempenho confirma a Nu como uma das maiores e mais rápidas plataformas de serviços financeiros digitais em todo o mundo, e agora a quarta maior instituição financeira da América Latina em número de clientes. Embora México e Colômbia venham ganhando participação nas agregações líquidas, o Brasil ainda representa mais de 72% dos novos clientes. Em termos de taxa de atividade (clientes ativos divididos pelo total de clientes) a Nu manteve a impressionante marca de 83%. Neste trimestre, a Nu forneceu números operacionais adicionais, tais como: 17 milhões de clientes Investments e 2,4 milhões de contas PME.

O custo total dos serviços financeiros e transacionais prestados totalizou US$ 1,55 bilhão, +23,2% T/T e +60,6% A/A. Esse desempenho reflete não apenas maiores despesas com provisão para perdas com crédito, mas também maiores despesas com juros e outras despesas financeiras. Com isso, o Lucro Bruto encerrou o trimestre em US$ 1,18 bilhão (+3,4% sequencialmente e +81,5% A/A). Do lado das despesas operacionais, vimos um aumento de 3,4% e 48,1% T/T e A/A, respectivamente. Esse crescimento deveu-se, em grande parte, ao aumento das despesas gerais e administrativas (G&A).

Apesar do aumento de custos e despesas, o Nu conseguiu entregar um lucro líquido maior. Durante o 1T24, o lucro líquido totalizou US$ 378,8 milhões (lucro líquido ajustado de US$ 442,7), alta de 5,0% no T/T e robustos +167,2% A/A. Vale ressaltar que esse resultado também foi favorecido por uma alíquota efetiva menor, de 34,5% (35,5% no 4T23 e 41,8% no 1T23). Esse lucro líquido implica um ROAE de 23% (ROAE ajustado de 27%) de T/T plano.

Embora a empresa afirme que “os seus indicadores de adequação de capital (CARs) têm margens muito confortáveis acima dos mínimos regulamentares em todos os países em que opera…”, o Nu não divulga informação sobre os seus indicadores de capital, que vemos como negativo.

Principais Números


XPInc CTA

Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!

XP Expert

Avaliação

O quão foi útil este conteúdo pra você?


Newsletter
Newsletter

Gostaria de receber nossos conteúdos por e-mail?

Cadastre-se e receba grátis nossos relatórios e recomendações de investimentos

A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Cookies (gerencie suas preferências de cookies) e a nossa Política de Privacidade.