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Larry Fink: conheça a história do cofundador da BlackRock e seu protagonismo na pauta ESG

CEO de uma das maiores gestoras do mundo, a BlackRock, Larry Fink, tem usado o poder do capital para mudar a agenda de investimento para um foco maior em sustentabilidade

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Larry Fink: conheça a história do cofundador da BlackRock e seu protagonismo na pauta ESG

Uma das maiores gestoras de recursos do mundo é a BlackRock. São mais de US$ 9 trilhões sob gestão no 1T21, um número tão impressionante que equivale a cerca de seis vezes o PIB do Brasil. O personagem por trás da BlackRock é Larry Fink, cofundador da gestora, atual CEO e autor das famosas cartas que são referência para investidores e empresas de todo o mundo.

Além de extremamente respeitado pelo seu trabalho no mercado financeiro, também é um dos principais nomes que defende a incorporação dos fatores ESG (Environmental, Social and Governance) na avaliação de empresas e ativos.

O bilionário, que é um dos pioneiros em investimentos sustentáveis no mundo, estará na Expert XP 2021 e participará do painel sobre diversificação internacional do portfólio no dia 24 de agosto de 2021. Confira abaixo a história de um dos mais renomados gestores de investimento.

Trajetória e vida pessoal de Larry Fink

Larry Fink nasceu em Los Angeles, na década de 50. De família judia, seu pai era comerciante de calçados e sua mãe professora de inglês, sempre foi subestimado, com seu irmão Steve se destacando nos estudos, contou em entrevista à Fortune.

Assim, começou trabalhando na loja do seu pai antes de entrar na Universidade da Califórnia em Los Angeles. (UCLA), onde formou-se em Ciência Política. Fink tem MBA em mercado imobiliário pela  UCLA Anderson Graduate School of Management .

Em 1976, entrou no programa de trainee no banco de investimento First Boston.

Em Wall Street, chamou a atenção rapidamente, crescendo dentro da empresa até chefiar o departamento que cuidava dos contratos hipotecários do banco. Passou a integrar o conselho de gerência e expandiu os serviços imobiliários do First Boston, trazendo cerca de US$1 bilhão de investimentos para o portfólio gerido pela empresa.

Sua trajetória parecia tranquila até que alguns erros de projeção e otimismo elevado levaram a equipe de Fink perder cerca de US$ 100 milhões, em 1986, quando aos 31 anos, era o mais jovem do alto escalão do banco.

Sua reputação promissora caiu e começou a cair em ostracismo dentro do ambiente de Wall Street. Até hoje ele nega ser demitido, mas é inegável que sua trajetória já estava para acabar quando em 1988, saiu do First Boston.

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O nascimento do colosso BlackRock

Em baixa no mercado financeiro, fundou a BlackRock junto de alguns parceiros, como um braço da Blackstone que estaria focado na negociação de títulos de dívida pública. Em 5 anos, o grupo de Fink já acumulava US$ 20 bilhões em gestão, quando em 1993 decidiram separar-se da Blackstone, nascendo oficialmente a BlackRock nos moldes de hoje.

Em crescimento exponencial, abriu capital em 1999 e logo na sequência comprou a State Street Research & Management por US$ 375 milhões.

A década de 2000 marcou mais importantes compras, comprando o fundo Quellos em parceria com o Merrill Lynch. Sua aquisição mais famosa, no entanto, seria a da gestora do Barclays, em 2007.

Nesse momento, a BlackRock era famosa pela amplitude e eficiência do seu sistema de avaliação e gestão de risco. Eram mais de 5 mil computadores e uma ampla equipe de matemático, programadores e analistas que funcionava 24 horas por dia.

Essa operação gigantesca chegaria a se a BlackRock Solutions, que fornecia soluções de gestão até para o governo americano no momento mais complicado da crise de 2008. Fink então consolidaria sua retomada e liderança no mercado financeiro em 2018, com a premiação do ABANA Achievments e sendo eleito o 28º mais poderoso do mundo pela Forbes. Em paralelo, a BlackRock se tornara a maior gestora do mundo, com mais de US$ 9 trilhões em gerência.

Larry Fink e os investimentos sustentáveis

Larry Fink potencializou a já forte movimentação por investimentos sustentáveis no mundo, em sua carta anual aos investidores em 2020. As cartas anuais da BlackRock são tão aguardadas pelo mercado quanto as reuniões da Berkshire Hathaway.

E no ano em questão, Fink abordou como tema central a incorporação de termos ESG nos investimentos. O gestor defende que essa movimentação seria importantíssima para a definição de um olhar mais sustentável e focado no longo prazo para os investimentos.

Larry Fink foi palestrante da Expert XP de 2020 e falou sobre sua opinião e mudança em foco nos investimentos ESG.

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A gestora tem mostrado uma posição ativa na agenda de investimentos ESG. Em maio de 2021, BlackRock junto com investidores, se envolveu em um conflito com a  petroleira Exxon Mobil. A BlackRock colocou membros no conselho de administração da companhia para forçar uma mudança para garantir a construção de planos para um lidar com mundo de carbono zero e fazer com que a companhia tenha postura mais ativa. O head de estratégia corporativa e internacional da BlackRock, Mark Wiedman, comentou esse evento na XP International Week.

Fato é que a BlackRock tem um peso relevante no mercado de investimentos e tem poder para mudar essa agenda. A gestora tem 16.000 funcionários, está presente em 38 países e é líder na gestão de ETFs (Exchange Traded Fund – ETF), que são fundos de índices cujas quotas são negociadas em bolsa.

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