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Resumo da Semana: Ibovespa fecha em queda de 8,37%

Não conseguiu acompanhar de perto o mercado durante a semana? Resumimos para você os principais destaques!

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Destaques da semana: 24/02 a 28/02

Ibovespa: -8,37% | 104.171,6 pontos

Nesta semana, o Ibovespa fechou em queda de 8,37%, aos 104.171,6 pontos, seguindo o movimento dos mercados globais, que foram pressionados pela preocupação com os impactos do coronavírus. Na reabertura da bolsa brasileira, após o feriado de carnaval, o índice caiu 7%, seguindo a queda das bolsas globais de 6-7% nos dois primeiros dias da semana e do índice brasileiro dolarizado (EWZ) de -6,3%. Ao longo da semana, a pressão nos mercados continuou.

A preocupação com o coronavírus se elevou principalmente com a disseminação da doença em outros países além da China e um movimento de corrida a ativos seguros (“flight to safety”) se intensificou. Com isso, o rendimento dos Títulos do Tesouro americano de 10 anos atingiram novas mínimas, o índice de volatilidade (VIX) atingiu o maior nível desde a crise da Europa de 2011 e as moedas dos mercados emergentes, incluindo o real se enfraqueceram em relação ao dólar. Clique aqui para a cobertura completa da XP Investimentos sobre o coronavírus e o impacto para os investimentos.

Do lado corporativo, a AES Tietê divulgou resultados do 4T19 acima das nossas estimativas - mantemos recomendação de compra das ações, com preço-alvo de R$17/unit; clique aqui para mais detalhes. Já a Ambev divulgou resultados em linha com o esperado, mas seu principal segmento (Cerveja Brasil) desapontou, levando a queda expressiva do papel - mantemos recomendação Neutra nas ações, acesse aqui o relatório completo.


Câmbio e juros

O Real teve uma desvalorização em relação ao dólar com uma queda de 1,9%, fechando em R$4,47/USD, principalmente devido a preocupações em torno do coronavírus.


O que esperar

No Brasil, o destaque será a divulgação do PIB do 4º trimestre de 2019, que, na nossa visão, deve apresentar expansão de 1,5% ante o mesmo trimestre de 2018 e de 0,5% ante o terceiro trimestre de 2019. Se assim for, o PIB brasileiro fechará o ano de 2019 com crescimento de 1,1% ao ano.

No cenário externo, as principais divulgações serão os dados de PMI do Brasil, China, Zona do Euro e Estados Unidos e indicadores do mercado de trabalho europeu e norte-americano. Diante do surto de coronavírus e do consequente aumento de aversão a risco, esperamos que os indicadores apresentem deterioração nas principais economias globais em janeiro e fevereiro.

Clique aqui para acessar a agenda econômica semanal.


Ações

As ações foram impactadas positivamente após a Berkshire Hathaway, do investidor Warren Buffett, ampliar sua posição que detinha em IRB, após quedas devido à carta de uma gestora justificando sua posição short na empresa

Sem notícias específicas, empresas do setor de saúde apresentaram uma menor queda durante a semana frente às incertezas do coronavírus.

Papéis do setor financeiro se beneficiaram de um posicionamento defensivo de investidores, que alocaram principalmente em bancos e seguradoras.

Sem notícias específicas, empresas relacionadas ao setor de saúde foram menos impactadas pelo efeito do coronavírus e incertezas do mercado internacional.

Papéis do setor financeiro se beneficiaram de um posicionamento defensivo de investidores, que alocaram principalmente em bancos e seguradoras.

Apesar de ainda não termos sinais concretos de que o setor será impactado na ponta da demanda pelo surto de coronavírus, os papéis refletem receios em relação (i) à desvalorização cambial, que impacta negativamente os custos e (ii) a uma eventual redução na demanda por viagens aéreas e no tráfego de passageiros.

Apesar de ainda não termos sinais concretos de que o setor será impactado na ponta da demanda pelo surto de coronavírus, os papéis refletem receios em relação (i) à desvalorização cambial, que impacta negativamente os custos e (ii) a uma eventual redução na demanda por viagens aéreas e no tráfego de passageiros.

Acreditamos que a queda das ações na semana, após alta de ~18% nas primeiras três semanas de fevereiro, reflete preocupações com relação ao impacto do coronavírus na cadeia de fornecimento de produtos eletro-eletrônicos importados da China, categoria relevante nas vendas da Via Varejo.

Sem notícias específicas, atribuímos a queda das ações às incertezas frente ao impacto do coronavírus na indústria de turismo.

Ações do setor siderúrgico tiveram performance similar na semana, refletindo possíveis impactos do coronavírus sobre a economia doméstica.


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