Noticiário e Nossa Visão
Planos de saúde seguem no topo de queixas registradas no Idec (Valor Econômico) - 13/03/23
O que há de novo? Pela segunda vez consecutiva, os planos de saúde seguem liderando o ranking de reclamações e de atendimentos registrados no Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
Nossa visão: Em nossa visão, a notícia reflete o cenário difícil para as operadoras de saúde. Acreditamos que 2023 deve ser mais um ano difícil para as fontes pagadoras, ainda que as pressões financeiras possam apresentar algum alívio ao longo deste ano à medida que ocorrerem ajustes de tickets e negociações com fornecedores.
Dona da Amil fecha cargos de liderança no Brasil (Valor Econômico) - 08/03/23
O que há de novo? Unidade brasileira do grupo americano não tem mais CEO e vice-presidentes operacional e médico.
Nossa Visão: Conforme destacado em nosso ANS Monitor e ANS Tracker, a Amil passa por desafios financeiros e operacionais. Acreditamos que outras operadoras ainda devam conseguir capturar parte da participação de mercado da Amil enquanto a empresa foca em consertar seus problemas estruturais.
Bradesco Seguros faz parceria com Einstein e vai construir hospital de R$ 600 milhões (Valor Econômico) - 06/03/23
O que há de novo? Bradesco e Einstein fecharam acordo para a construção de um hospital de 300 leitos em São Paulo, com investimento estimado em R$600M e previsão de conclusão em 2027. A construção do hospital ficará a cargo da Atlântica - prestador de saúde do Bradesco que ficará com 51% do empreendimento -, enquanto a gestão do hospital ficará por conta do Einstein.
Nossa visão: Acreditamos que seja ligeiramente negativo para RDOR, sobretudo considerando o volume de projetos de expansão que a companhia possui, sendo alguns em São Paulo. Todavia, destacamos o fato de este ser o primeiro investimento em Greenfield feito pela Atlântica, além de ter previsão de conclusão somente para daqui a 4 anos.
Questionários com Investidores
Follow-on de Hapvida é positivo para o papel?
O problema não é claro, mas a solução parece ser. Apesar de haver pouca clareza quanto ao problema que de fato a companhia está enfrentando, é praticamente consensual que o mercado passou a enxergar um follow-on como necessário.
Injeção de capital deve ser positiva. Segundo a maior parte dos respondentes, um follow-on teria potencial de fazer o papel andar, já que tiraria a incerteza quanto à capacidade da empresa continuar crescendo e tiraria foco do management da estrutura de capital, voltando a focar na operação.
F-On é negativo para minoria. Uma parcela menor dos respondentes não enxerga necessidade de uma capitalização, e entende que um eventual anúncio nessa linha teria um efeito bastante negativo sobre o papel.
Comunicação e alinhamento são cruciais. Dois pontos de consenso absoluto foram: (i) caso seja feito um follow-on, é importante que os controladores acompanhem de forma relevante; e (ii) a comunicação explicando o atual problema e como ele será resolvido com os proceeds é crucial para que o papel não sofra mais.
Relatórios Research XP
Mater Dei (MATD3): Começando o ano com uma impressão positiva (Relatório)
Esta semana fomos a Belo Horizonte, MG, para conhecer as instalações do Mater Dei (MATD3) e conhecer o CEO e o CFO da empresa. Os destaques das reuniões foram: (i) o hospital de Salvador parece estar maturando mais rápido do que o esperado, com novas fontes pagadoras acelerando a abertura de novos leitos; (ii) os hospitais de Uberlândia já estão financeiramente saudáveis e viabilizarão melhores negociações do Mater Dei com a Unimed local; e (iii) apesar do cenário difícil, o Mater Dei está conseguindo expandir as suas relações com os pagadores. Consideramos as conversas como positivas e estamos otimistas em relação ao desempenho da empresa em 2023.
Oncoclínicas (ONCO3): Mantendo a estratégia (Relatório)
Ontem fomos a Belo Horizonte, MG, visitar as instalações da Oncoclínicas (ONCO3) e nos reunir com o CEO e o CFO da companhia. Os destaques das conversas foram: (i) o capital de giro está pressionado, mas a Oncoclínicas está conseguindo compartilhar os riscos com os demais elos da cadeia de valor; (ii) uma vez maduros, os centros de câncer deverão representar 50% da receita e adicionar R$2bn ao EBITDA; (iii) ainda há sinergias de aquisições anteriores a serem capturadas, e a empresa ainda busca por potenciais aquisições; e (iv) a situação da Unimed-Rio merece atenção, mas a administração da empresa está confiante de que as Joint Ventures (JVs) estão protegidas. Saímos das reuniões com uma visão positiva da empresa e reforçamos a nossa recomendação de Compra para a ação.
Atualização de Hapvida: A Queda do Olimpo (Relatório)
Estamos atualizando as nossas estimativas para a Hapvida (HAPV3). Nossa visão sobre a empresa piorou devido a (i) crescimento do mercado perdendo força e a empresa mostrando sinais mais fracos de adições líquidas; (ii) sinistralidade demorando mais para se normalizar após um período muito difícil e se tornando estruturalmente mais alta do que os níveis pré-pandêmicos; e (iii) o risco de a empresa precisar emitir ações para diminuir a sua alavancagem financeira, consequentemente diluindo os atuais acionistas a um preço por ação inferior ao IPO. Nossa visão em relação ao papel é muito cautelosa, embora ainda vejamos um potencial em relação ao preço atual.
Data Expert: ANS Tracker de Janeiro de 2023 (Relatório)
Este é o nosso ANS Tracker, no qual acompanhamos e analisamos os dados mensais da ANS sobre os beneficiários de planos de saúde. Os destaques são: (i) o mercado de planos de saúde diminuiu pela primeira vez após um longo período de crescimento por consecutivos meses; (ii) o segmento de planos corporativos, que por muitos meses foi a principal fonte de crescimento do setor, foi responsável por mais da metade das perdas líquidas totais no período; (iii) As Cooperativas Médicas resistiram à queda durante o mês; (iv) SP e RJ foram as regiões que sofreram as maiores perdas líquidas, enquanto MG se destacou com um desempenho ligeiramente positivo; (v) a Hapvida apresentou perdas líquidas em ambas as operadoras da Hapvida e do GNDI (-30k e -16k, respectivamente), com as operadoras da Hapvida apresentando números abaixo da média dos mercados em que atuam; e (vi) Unimed Curitiba, Unimed Seguros e CNU apresentaram os melhores desempenhos no primeiro mês de 2023. De modo geral, reiteramos a nossa visão cautelosa quanto às perspectivas de crescimento do mercado de saúde e observamos que a Hapvida pode ter mais um trimestre difícil pela frente.
Fleury (FLRY3) – 4T22: Resultados levemente fracos, em linha com as nossas estimativas (Relatório)
O Fleury (FLRY3) apresentou resultados ligeiramente negativos no 4T22, com lucro líquido de R$31M. A maior parte do efeito negativo nos resultados da empresa foi causada por uma sazonalidade mais forte (em relação aos dois anos anteriores) e por aquisições. Do lado positivo, notamos que a empresa apresentou crescimento de dois dígitos em todas as marcas com exceção da marca Fleury – já que o público desta parece ter apresentado maior sazonalidade. Por fim, destacamos a alavancagem financeira (incluindo arrendamentos) de 2,1x EBITDA, o que confere maior flexibilidade para a empresa em relação aos seus pares no cenário atual. No geral, gostaríamos de ver um crescimento orgânico mais consistente para termos uma visão mais positiva em relação ao papel.
Mater Dei (MATD3) – 4T22: Resultados neutros, mas a alavancagem financeira está no radar (Relatório)
A Mater Dei (MATD3) reportou resultados neutros no 4T22, com lucro líquido ajustado de R$36M. A receita aumentou 8,1% T/T principalmente devido ao aumento de 5% do ticket médio, uma vez que o número de leitos operacionais permaneceu estável e a utilização diminuiu devido à sazonalidade. A margem EBITDA diminuiu 1,5p.p. T/T, principalmente devido aos maiores custos com pessoal. O lucro líquido permanece pressionado por um índice de alavancagem de 4,0x (considerando arrendamentos e passivos de aquisições), e notamos o fluxo de caixa das operações negativo em 2022. Temos uma visão positiva para a ação apoiada por sólidos fundamentos de crescimento e lucratividade, embora consideremos o índice de alavancagem alto.
Pardini (PARD3) – 4T22: Resultados levemente acima das nossas expectativas (Relatório)
O Pardini (PARD3) reportou resultados ligeiramente positivos no 4T22, com lucro líquido de R$42M. A receita aumentou 6,2% A/A com crescimento de ambas as unidades de negócios. Destacamos o desempenho positivo da vertical de Lab-to-Lab (L2L), impactada por (i) maiores volumes combinados com (ii) aumentos dos preços. Ressaltamos que os testes de Covid-19 e Toxicologia representam apenas 3% da receita total da companhia no período, impactando negativamente o ticket médio consolidado A/A. Mais uma vez, a margem EBITDA foi beneficiada pelo aumento de receita, mas acreditamos que os menores volumes de testes de Covid-19 e Toxicologia podem ter compensado parcialmente esse efeito A/A. Como a empresa está em processo de fusão com o Fleury, acreditamos que o resultado influencie pouco na performance do papel.
Hapvida (HAPV3) – 4T22: Resultados decepcionantes em relação ao crescimento e margens (Relatório)
A Hapvida (HAPV3) reportou resultados negativos no 4T22, com lucro líquido ajustado de R$161M. Os principais destaques são: (i) a empresa continua entregando sinergias de receita vindas da fusão com o GNDI, com 61k adições líquidas; (ii) o crescimento normalizado da carteira parece estar bem abaixo dos 0,8% por trimestre que estimamos anteriormente; (iii) a sinistralidade não caiu T/T mesmo com os efeitos de sazonalidade e da Copa do Mundo de 2022; e (iv) mais uma vez o EBITDA foi impactado por um item não recorrente de uma aquisição anterior. No geral, vemos os resultados como muito negativos, especialmente porque eles apontam para um curto e médio prazo difícil em termos de crescimento e margens.
Fatos Relevantes
DASA (DASA3) – 10/03/23: Possível aporte de recursos na Companhia (Nota)
Hapvida (HAPV3) – 08/03/23: Atualizações sobre Captações de Recursos (Nota)
Comunicados ao Mercado
Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!