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Saúde: Data Expert | ANS Tracker de Janeiro de 2023

Analisando os dados mensais da ANS

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Este é o nosso ANS Tracker, no qual acompanhamos e analisamos os dados mensais da ANS sobre os beneficiários de planos de saúde. Os destaques são: (i) o mercado de planos de saúde diminuiu pela primeira vez após um longo período de crescimento por consecutivos meses; (ii) o segmento de planos corporativos, que por muitos meses foi a principal fonte de crescimento do setor, foi responsável por mais da metade das perdas líquidas totais no período; (iii) As Cooperativas Médicas resistiram à queda durante o mês; (iv) SP e RJ foram as regiões que sofreram as maiores perdas líquidas, enquanto MG se destacou com um desempenho ligeiramente positivo; (v) a Hapvida apresentou perdas líquidas em ambas as operadoras da Hapvida e do GNDI (-30k e -16k, respectivamente), com as operadoras da Hapvida apresentando números abaixo da média dos mercados em que atuam; e (vi) Unimed Curitiba, Unimed Seguros e CNU apresentaram os melhores desempenhos no primeiro mês de 2023. De modo geral, reiteramos a nossa visão cautelosa quanto às perspectivas de crescimento do mercado de saúde e observamos que a Hapvida pode ter mais um trimestre difícil pela frente.

Um ponto de inflexão? Após mais de 2 anos de constante crescimento mês a mês, o mercado de planos de saúde perdeu 128k beneficiários em janeiro. O segmento de planos corporativos, que já foi uma alavanca de crescimento do setor, foi o principal detrator no mês, apresentando uma perda líquida de 66k beneficiários (51% da perda líquida total do mercado), seguido pelos planos por adesão e individuais (-39k e -23k beneficiários, respectivamente). O segmento de Medicina de Grupo foi responsável por surpreendentes 93% da perda líquida total do mercado no mês, enquanto as Cooperativas Médicas foram o destaque positivo, com 12k adições líquidas. As Seguradoras e os Planos por Autogestão também tiveram desempenhos negativos (-14k e -6k beneficiários, respectivamente).

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Sudeste sendo o principal detrator. As regiões com maior presença de Medicina de Grupo foram as mais impactadas. São Paulo e Rio de Janeiro juntos perderam 111k beneficiários, enquanto Minas Gerais (o qual tem uma Unimed consolidada) manteve a sua base de planos de saúde estável ao longo do mês, com 3k adições líquidas positivas. As regiões NE, CO e N registraram aproximadamente um quarto da perda líquida total (30k beneficiários) em janeiro, enquanto o S foi o destaque positivo do período, adicionando 8k beneficiários à sua base.

Começando 2023 com o pé esquerdo. A Hapvida perdeu 46k vidas em janeiro. Os números negativos foram trazidos por ambas (i) Hapvida – com -30k beneficiários (ou 0,7% de sua base total) que ficou abaixo da perda líquida média em suas principais regiões (0,2% e 0,5% no NE e NO, respectivamente) – e (ii) as operadoras do GNDI – com -16k beneficiários, desempenho em linha com os números negativos de SP (0,3% de base total), mas ainda abaixo das adições líquidas positivas da região S. Temos uma visão moderadamente positiva em relação à maturação do programa de planos nacionais da empresa, mas notamos que o mercado desse produto perdeu 42k beneficiários em janeiro.

Vencedores e perdedores. Dentre as demais grandes operadoras, as de melhor desempenho foram a Unimed Curitiba, Unimed Seguros e CNU com adições líquidas de 10k, 8k e 5k beneficiários em janeiro, respectivamente. Amil, Bradesco e Unimed-Rio tiveram os piores desempenhos, com -57k, -17k e -17k beneficiários, respectivamente.

Obs.: Relatório na área logada é em inglês.

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