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Magazine Luiza (MGLU3): Sólido 4T20 e sinalização positiva para 1T21, mas o jogo ainda não acabou

Magazine Luiza reportou sólidos resultados referentes ao quarto trimestre de 2020 (4T20) levemente acima dos nossos números, explicado tanto por um crescimento de GMV online acima das nossas estimativas e dos seus pares, como também por uma performance de varejo físico bastante resiliente, com crescimento de vendas mesmas lojas em +10,9% A/A. Além disso, a Magalu divulgou uma prévia de crescimento para o 1T21, com o e-commerce crescendo triplo dígito baixo nos dois primeiros meses de 2021, mas com uma sinalização mais cautelosa para o varejo físico devido ao aumento de restrições.

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Magazine Luiza reportou sólidos resultados referentes ao quarto trimestre de 2020 (4T20) levemente acima dos nossos números, explicado tanto por um crescimento de GMV online acima das nossas estimativas e dos seus pares, como também por uma performance de varejo físico bastante resiliente, com crescimento de vendas mesmas lojas em +10,9% A/A. Além disso, a Magalu divulgou uma prévia de crescimento para o 1T21, com o e-commerce crescendo triplo dígito baixo nos dois primeiros meses de 2021, mas com uma sinalização mais cautelosa para o varejo físico devido ao aumento de restrições.

Esperamos uma reação positiva do mercado. Apesar da companhia ter reportado números apenas levemente acima das nossas estimativas e do consenso, acreditamos que o mercado reagirá positivamente: (i) à performance superior aos seus pares listados; (ii) ao resultado bastante sólido no varejo físico mesmo com o aumento de restrições e casos de Covid no fim do ano; e (iii) à prévia de crescimento do online do 1T21 ainda bastante forte e acima do divulgado pela B2W (link).

Mas e daqui para frente?

Apesar de vermos a manutenção do forte ritmo de crescimento do GMV do ecommerce nos primeiros meses do ano como positiva, isso está em linha com nossas estimativas para o ano, com o crescimento de GMV online em +107% A/A para o 1T21e. No entanto, a companhia sinalizou um cenário um pouco mais cauteloso para loja física dado o aumento de restrições relacionado ao Covid, o que pode ser um risco negativo para nossas estimativas nesse canal (temos crescimento mesmas lojas de 7,8% A/A para o 1T21). Além disso, mesmo após a forte queda do papel de hoje (-8,1%), o papel ainda está negociando a 2,8x EV/GMV 2021e vs. 0,8x para LAME4, 0,8x para BTOW3 e 0,4x para VVAR3. Mantemos nossa recomendação de Neutro e preço alvo de R$27,0 por ação para o fim de 2021 para MGLU3.

Destaques positivos:

  • Crescimento de GMV online acima de seus pares em 121% A/A, sendo +120% A/A para estoque próprio (1P) e +123% A/A para marketplace (3P). Isso se compara a um crescimento de GMV online reportado de 38% A/A pela B2W (link), +84% pelo Mercado Livre e +106% A/A pela Via Varejo (link). Além disso, a companhia destacou que ganhou 5,1p.p. de participação de mercado vs. 4T19, de acordo com a GfK. Isso não é comparável ao ganho de participação de mercado de 6,4p.p. reportado pela Via Varejo, apesar de também ser GfK, uma vez que o ganho de VVAR é referente ao ano fechado de 2020 enquanto Magalu é para o trimestre.
  • Forte performance do varejo físico, mesmo com aumento de restrições e casos de Covid-19 no fim do ano, com crescimento de vendas mesmas lojas em +10,9% A/A, vs. +7,2% A/A no 3T20.
  • Manutenção de forte crescimento de GMV online no início do ano, com crescimento em triplo dígito baixo nos dois primeiros meses de 2021, o que se compara à prévia de B2W em torno de ~90% A/A.
  • Geração de caixa de R$1,9 bilhões (+17% A/A), principalmente explicado por uma melhora na gestão do capital de giro.

Destaques negativos:

  • Sinalização cautelosa em relação ao desempenho do varejo físico e rentabilidade para o 1T21, devido aos fechamentos e maiores restrições relacionados à Covid-19, enquanto a companhia continua a arcar com despesas fixas.
  • Forte pressão de margem bruta acima dos seus pares, com queda de 3,9p.p. A/A devido à maior participação do online. Isso se compara a uma queda de 1,1p.p. A/A para Via Varejo e de 1,4p.p. A/A para LAME.
  • Queda de receitas de intermediação financeira de 39% A/A, por conta do menor uso e crescimento do Cartão Luiza devido à pandemia. No entanto, houve melhora nas provisões de devedores duvidosos (PDD) devido a uma melhora na qualidade do crédito.

Os principais números do trimestre:

Fonte: XP Investimentos, Dados da companhia

A companhia realizará uma videoconferência para discutir os resultados na terça-feira (09/03) às 11h (link para acesso aqui). Caso você não possa ouvir, traremos os principais pontos em nossa Vitrine na sexta-feira (link).

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