IBOVESPA +0,2% | 112.234 Pontos
CÂMBIO -0,1% | 5,26/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
Sem notícias relevantes na frente macro global, investidores internacionais focam nos resultados de empresas, que têm uma agenda de divulgações movimentada hoje. Outro ponto de atenção é a situação na Ucrânia. No Brasil, o destaque é a inflação do IPCA de janeiro. Um número ruim do IPCA hoje pode levar a outra rodada de revisões para cima da perspectiva da taxa Selic pelos analistas de mercado.
Brasil
O Ibovespa encerrou esta terça-feira (08) com uma alta de +0,21% aos 112.234 pontos, o índice ganhou folego próximo ao seu fechamento acompanhando mercados globais. Enquanto o dólar fechou com uma queda de -0,08% aos R$ 5,26. As taxas futuras de juros operaram em alta no dia de ontem, após divulgação da ata do Copom. Após leitura, o mercado passou a refletir na curva expectativa de mais altas na Selic nas próximas reuniões, além dos 100bps já precificados desde a semana passada para março. Assim, a percepção anterior de que o fim do ciclo estava mais próximo ficou para trás e deve acontecer apenas em junho. Por fim, a alta nas taxas dos títulos soberanos norte-americanos também pesou sobre as expectativas mais longas de juros, porém em menor magnitude, levando a achatamento da curva. DI jan/23 fechou em 12,115%; DI jan/25 encerrou em 11,14%; DI jan/27 foi para 11,255%; e DI jan/29 fechou em 11,51%.
Mundo
Mercados globais amanhecem positivos (EUA +0,6% e Europa +1,4%) impulsionados por bons resultados das companhias. Até o momento, 60% das empresas presentes no S&P 500 reportaram seus balanços e 77% superaram as expectativas de lucro do consenso, segundo o FactSet. A temporada de resultados continua hoje com Disney e Uber. Na China, o índice de Hang Seng (+2,1%) encerra em alta após pronunciamento do Softbank afirmando que não venderá sua participação no Alibaba, o que contribuiu para uma melhora no sentimento dos investidores em relação às ações de tecnologia chinesas. Por fim, o petróleo (-0,3%) e o gás natural (-1,8%) amanhecem em leve baixa.
Em relação a Ucrânia, o mercado reagiu positivamente ontem depois que o presidente francês Emmanuel Macron disse que recebeu garantias do presidente russo Vladimir Putin de que não haveria “escalada” nas ações.
Ata copom
O Banco Central do Brasil publicou ontem a ata de sua última reunião do Copom. O Comitê concluiu que “um novo ajuste de 1,50 ponto percentual, seguido de ajustes adicionais em ritmo menor nas próximas reuniões, é a estratégia mais adequada para atingir aperto monetário suficiente e garantir a convergência da inflação ao longo do horizonte relevante, assim como a ancoragem das expectativas de prazos mais longos”. A frase indica claramente que, na visão do Comitê, a última alta de juros não será na próxima reunião, em março (por conta dos plurais utilizados). A sinalização coloca um viés inequívoco de alta em nossa taxa Selic terminal (11,75%).
IPCA Janeiro
No Brasil, o destaque é a inflação do IPCA de janeiro. A inflação tem sido alta e espalhada no Brasil, obrigando o banco central a manter um tom permanentemente duro. A ata do Copom divulgada ontem foi um exemplo (veja abaixo). Além disso, as perspectivas para a inflação pioraram recentemente com o aumento adicional dos preços das commodities. Dessa forma, um número ruim do IPCA hoje pode levar a outra rodada de revisões para cima da perspectiva da taxa Selic pelos analistas de mercado.
Petróleo
Os preços do petróleo estão levemente em baixa esta manhã, mesmo depois dos dados da indústria mostrarem uma queda inesperada nos estoques de petróleo dos EUA, implicando uma demanda sólida no maior consumidor do mundo. Dados do American Petroleum Institute mostraram uma queda de 2 milhões de barris nos estoques de petróleo na semana passada, contra as expectativas dos analistas de um aumento de 400.000 barris. Os números oficiais da Administração de Informações sobre Energia dos EUA serão divulgados ainda hoje.
Veja todos os detalhes
Agenda de resultados
Jalles Machado (JALL3): Após o fechamento
Klabin (KLBN11): Antes da abertura
Suzano SA (SUZB3): Após o fechamento
Tim SA (TIMS3): Após o fechamento
Temporada de resultados do 4º trimestre 2021 – o que esperar?
Economia
Atenções no Brasil voltadas para o IPCA de janeiro
- Sem notícias relevantes na frente macro global, investidores internacionais focam nos resultados de empresas, que têm uma agenda de divulgações movimentada hoje. Outro ponto de atenção é a situação na Ucrânia. Nessa frente, o mercado reagiu positivamente ontem depois que o presidente francês Emmanuel Macron disse que recebeu garantias do presidente russo Vladimir Putin de que não haveria “escalada” nas ações;
- Os preços do petróleo estão subindo levemente esta manhã depois que os dados da indústria mostraram uma queda inesperada nos estoques de petróleo dos EUA, implicando uma demanda sólida no maior consumidor do mundo. Dados do American Petroleum Institute mostraram uma queda de 2 milhões de barris nos estoques de petróleo na semana passada, contra as expectativas dos analistas de um aumento de 400.000 barris. Os números oficiais da Administração de Informações sobre Energia dos EUA serão divulgados ainda hoje;
- No Brasil, o destaque é a inflação do IPCA de janeiro. A inflação tem sido alta e espalhada no Brasil, obrigando o banco central a manter um tom permanentemente duro. A ata do Copom divulgada ontem foi um exemplo (veja abaixo). Além disso, as perspectivas para a inflação pioraram recentemente com o aumento adicional dos preços das commodities. Assim, um número ruim do IPCA hoje pode levar a outra rodada de revisões para cima da perspectiva da taxa Selic pelos analistas de mercado;
- O Banco Central do Brasil publicou ontem a ata de sua última reunião do Copom. O Comitê concluiu que “um novo ajuste de 1,50 ponto percentual, seguido de ajustes adicionais em ritmo menor nas próximas reuniões, é a estratégia mais adequada para atingir aperto monetário suficiente e garantir a convergência da inflação ao longo do horizonte relevante, assim como a ancoragem das expectativas de prazos mais longos”. A frase indica claramente que, na visão do Comitê, a última alta de juros não será na próxima reunião, em março (por conta dos plurais utilizados). A sinalização coloca um viés inequívoco de alta em nossa taxa Selic terminal (11,75%).
Empresas
Bradesco (BBDC4): Resultado pressionado pelas maiores provisões e despesas | Revisão 4T21
- O Bradesco reportou resultados fracos no quarto trimestre de 2021 (4T21). Apesar da Margem Financeira Bruta mais forte do que o esperado no trimestre, as maiores despesas e provisões compensaram seus ganhos, resultando em lucro líquido de R$ 6,6 bilhões, -4% abaixo de nossa estimativa e -2,7% abaixo do consenso Visible Alpha;
- O lucro foi impactado por um ajuste não recorrente de marcação a mercado de TVM que foram reclassificados de “disponíveis para venda” para “negociação”. Embora as provisões tenham aumentado para R$ 5,1 bilhões no 4T21, em grande parte devido ao crescimento da carteira de crédito, o índice de cobertura continuou caindo e atingiu 261%;
- Isso nos leva a acreditar que há mais espaço para provisões nos próximos trimestres. Portanto, reiteramos nossa recomendação Neutra e preço alvo de R$ 26,0/ação;
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BrasilAgro (AGRO3): fortes resultados impulsionados por produtos agrícolas e vendas de terras no 2T22 (ano-fiscal 4T21)
- A BrasilAgro apresentou bons números no 2T22 (ano-fiscal 4T21), em parte devido às vendas de fazendas anunciadas anteriormente, mas ainda com espaço para uma surpresa positiva devido ao forte aumento na receita de todos os produtos agrícolas (+88% A/A nos 6M22), com clima favorável no Centro-Oeste e Nordeste do Brasil;
- A Receita Líquida ficou em linha com nossa projeção em R$ 579,5mi (+387% A/A e -2% vs. XPe), enquanto o Lucro Bruto e o EBITDA ficaram abaixo (-10% e -20% vs. XPe), porém é difícil acertar um alvo em alta velocidade, uma vez que a empresa registrou aumentos estelares de 470% e 540% A/A, respectivamente;
- Continuamos otimistas com a agricultura brasileira e reiteramos nossa recomendação de Compra para AGRO3 com preço-alvo de R$ 32,80/ação;
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LOG CP (LOGG3) – 4T21: Sólidos números operacionais e financeiros em linha com nossas expectativas
- A Log CP apresentou resultados sólidos e em linha com nossas estimativas no 4T21. Do lado operacional, a absorção bruta no trimestre foi de 121,3 mil m², o que representou um aumento de 18% em relação ao 3T21. A produção de ABL foi de 349,2 m² (%Log) no ano. Em 2021, a Log entregou 6 projetos em 5 cidades, atingindo 231,1 mil m² de ABL. Até 2022, a empresa espera entregar mais de 414 mil m² de ABL. Em 2021, a Log firmou 5 contratos (BTS) com grandes players de e-commerce, atingindo 313,6 mil m² de ABL, refletindo um bom momento comercial para a empresa. Reiteramos nossa recomendação neutra, negociando a 28x P/FFO em 2022;
- A empresa teve uma pequena queda na taxa de ocupação, atingindo 96,9% vs. 97,3% no 3T21. A inadimplência líquida permaneceu estável em 0,6%. Além disso, a absorção bruta atingiu 786,5 mil m² em ABL, com 86% fora do eixo RJ/SP em 2021;
- Do lado financeiro, a receita líquida foi de R$ 39 milhões, levemente abaixo das nossas estimativas (-12%). Além disso, o Ebitda ficou pouco abaixo das nossas estimativas (-11%), e o FFO ficou acima das nossas estimativas (+9%). No balanço, a alavancagem financeira (dívida Líquida/Ebitda) apresentou no 4T21 um patamar superior ao do 4T20 (0,9x 4T21 vs. 0,2x 4T20), e LTV de 33,6% no 4T21 vs. 38,6% no 3T21. Em 2021, a Log CP apresentou fluxo de caixa operacional de R$ 164 milhões, com dívida líquida de R$ 371 milhões, explicada pelo maior capex de crescimento;
- Acesse nosso relatório completo aqui
O ano de 2022: Mapeando os principais temas do E-commerce
- Neste relatório, destacamos os principais temas que acreditamos que devem ser o foco dos investidores em 2022 para o segmento de e-commerce;
- (i) A dinâmica macroeconômica e seu impacto no resultados; (ii) Procurando um possível ponto de virada e o piso do valuation do setor; (iii) Analisando os três pilares da estratégia de ecossistema: super app, logística e fintail; (iv) O cenário competitivo e onde está o foco de cada empresa; e (v) Fusões e aquisições;
- Nós seguimos cautelosos com o setor frente ao cenário macro desafiador, aumento de juros (tanto local como globalmente) e competição;
- Clique aqui para o relatório completo.
Transportes: Prévia de Resultados do 4T21
- Destacamos para os resultados do 4T21:
- (i) uma evolução positiva no setor de Aluguel de Carros, com os três players listados continuando a apresentar fortes aumentos de preços no trimestre, seguindo a tendência liderada inicialmente pela Localiza (tarifa RaC +13% T/T em média para Localiza, Unidas e Movida);
- Acreditamos que isso ajuda a aliviar as preocupações do mercado em relação aos níveis de retorno do setor, devido ao forte aumento nos preços dos carros novos;
- No final das contas, vemos resultados ainda sustentados pelo forte impulso de Seminovos (possivelmente indicando uma alta em relação aos números do consenso de 2022); e
- (ii) um trimestre fraco para ferrovias/hidrovias, com resultados tanto da Rumo quanto da Hidrovias do Brasil prejudicados pelas fracas exportações de milho e altos preços do diesel (EBITDA -39% e -60% A/A, respectivamente);
- Ressaltamos que esse momento negativo deve ter algum impacto na perspectiva de preços para 2022, principalmente para a Rumo, embora os resultados de 2022 em diante devam melhorar significativamente em uma perspectiva normalizada para as exportações de grãos;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Bradesco lucra menos que o esperado, com PDD e despesas (Valor);
- Crédito rural equalizado exigirá mais R$ 3 bi (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Supermercado consome mais de um terço dos gastos do trabalhador de baixa renda. (Folha);
- Pedidos online em supermercados crescem quase 40% em 202. (Mercado e Consumo);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- BrasilAgro comemora boa melhora dos resultados na primeira metade da safra. (Valor Econômico);
- Lucro líquido da Yara recuou 44% em 2021. (Valor Econômico);
- EUA exportaram em 2021 o menor volume de etanol em cinco anos. (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Pacheco: com projeto de lei, PEC dos combustíveis pode não ser necessária. (Broadcast);
- Novas usinas devem aumentar geração de energia em 7,6 GW, diz Aneel. (epbr);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Pfizer e Lyft reportam resultados
- Pfizer divulga resultados mistos, mas projeta receita recorde para 2022;
- Lyft supera as expectativas do consenso;
- Nvidia desiste de adquirir a ARM do SoftBank;
- Mercado endereçável total do hidrogênio poderá atingir US$ 1tri até 2050;
- Acesse aqui o relatório internacional.
ESG
Raízen vai emitir debêntures atreladas a indicadores ESG | Café com ESG, 09/02
- Na terça-feira, o mercado fechou em território neutro, com o Ibov e o ISE em leve alta de +0,2% e +0,5%, respectivamente;
- No Brasil, a Raízen vai emitir debêntures atreladas a indicadores de desempenho ESG, totalizando até R$1,2bn, com duas metas a serem cumpridas até março de 2026: (i) obter a certificação Bonsucro, selo que atesta boas práticas ambientais e sociais nos canaviais, para 94% de suas unidades operacionais (vs. 74% atualmente); e (ii) elevar para 30% a participação de mulheres em posições de liderança (vs. 19% atualmente);
- No internacional, (i) um esquema de certificação financiado pela UE usando blockchain está sendo desenvolvido para terras raras, já que as montadoras exigem provas de que os materiais usados para fabricar ímãs para veículos elétricos (EVs) não estão ligados à poluição tóxica; e (ii) a economista-chefe da OCDE, Laurence Boone, afirmou ontem que, para assegurar a descarbonização da economia, os países precisarão explorar uma série de instrumentos, entre eles de regulação e políticas fiscais. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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