IBOVESPA -1,91% | 102.293 Pontos
CÂMBIO -1,84% | 5,12/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Nesta quinta-feira, o Ibovespa fechou em queda de 1,91% a 102.293 pontos seguindo as quedas nas bolsas americanas, pressionadas pelas ações de empresas de tecnologia e pelo resultado ruim dos pedidos de auxílio-desemprego. O dólar comercial subiu 1,94%, a R$ 5,21. As taxas futuras fecharam ontem em alta nos vencimentos longos, levando a curva à leve retomada de inclinação. O sentimento mais pessimista nos mercados internacionais pesou para que o movimento ocorresse. DI jan/21 ficou em 2,03%; DI jan/23 fechou em 4,04%; e DI jan/25 encerrou em 5,55%.
Nos mercados internacionais, as tensões entre Beijing e Washington são destaque nesta sexta-feira. Após fechamento do consulado chinês em Houston, Bejing ordenou o fechamento do consulado americano em Chengdu.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o acordo com China tem menos importância para ele após pandemia e voltou a responsabilizar o país pelo novo coronavirus. Também, o secretário de Estado, Michael Pompeo criticou a China e considerou que os líderes do país apresentam tendências tirânicas inclinados à hegemonia global.
O PMI composto surpreendeu as expectativas na Zona do Euro, ao passar de 48,5 em junho para 54,8 em julho. O indicador engloba os setores industrial e de serviços e o resultado acima de 50 mostra que a atividade econômica voltou a apresentar expansão na Europa.
Na política, destaque para novo encontro entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, para tentar superar divergências que apareceram na votação da ampliação da participação da União no Fundeb no início da semana e alinhar pontos da agenda futura, como a reforma tributária.
Na economia, a agenda de indicadores e eventos do dia traz como destaques a divulgação do IPCA-15 de julho, a confiança do consumidor do mesmo mês e a participação do diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, em evento virtual da XP, às 11h. Nos Estados Unidos, destaque para as prévias do PMI e para as vendas de moradias novas.
Do lado das empresas, ontem a Eneva apresentou uma nova proposta de fusão com a AES Tietê. A oferta se insere no contexto de desinvestimento da participação do BNDESPar na AES Tietê que corresponde a 28,4% do capital total da geradora. Notamos que os termos da nova proposta de fusão da Eneva com a AES Tietê sinalizam um potencial de ganho em relação ao preço atual de TIET11, e são em condições mais atrativas que a proposta anterior. Elaboramos um relatório, no qual, apresentamos maiores detalhes sobre a proposta de fusão, nossa visão e potenciais desdobramentos futuros, confira no link. Mantemos nossa recomendação de Compra na AES Tietê, com um preço-alvo de R$16/unit.
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Internacional
- Política internacional: tensões entre EUA e China ganham novo capítulo
Acesse aqui o relatório internacional
Empresas
- AES Tietê (TIET11): Eneva apresenta nova proposta de fusão com a AES Tietê; saiba todos os detalhes
- Movida (MOVI3): Dados Operacionais Prévios do 2T20 acima das expectativas
- Saneamento: PDT aciona STF contra novo marco legal do saneamento
- Frigoríficos (BRFS3, JBSS3): Egito autoriza exportação de termoprocessados de frango do Brasil
- Marfrig (MRFG3): empresa anuncia compromisso com sustentabilidade
Veja todos os detalhes
Internacional
Política internacional: tensões entre EUA e China ganham novo capítulo
- As tensões entre Pequim e Washington são destaque nesta sexta-feira. Após fechamento do consulado chinês em Houston, Pequim ordenou o fechamento do consulado americano em Chengdu;
- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o acordo com China tem menos importância para ele após pandemia e voltou a responsabilizar o país pelo novo coronavirus. Também, o secretário de Estado, Michael Pompeo criticou a China e considerou que os líderes do país apresentam tendências tirânicas inclinados à hegemonia global;
- Na seara doméstica, apesar de expectativa sobre a apresentação do novo pacote de estímulo ontem, a Casa Branca e parlamentares republicanos ainda não resolveram diferenças sobre detalhes do plano e anunciaram que o mesmo deve ser apresentado apenas na segunda-feira;
- Na disputa eleitoral, Trump reafirmou mudança de discurso sobre o coronavírus ao cancelar a Convenção Republicana na Florida em meio a alta em número de casos.
Empresas
AES Tietê (TIET11): Eneva apresenta nova proposta de fusão com a AES Tietê; saiba todos os detalhes
- Em 23 de julho, após o fechamento do mercado, a Eneva S.A. (ENEV3, não coberta) divulgou um fato relevante no qual realizou uma nova proposta de fusão com a AES Tietê (TIET11.SA, recomendação de Compra);
- A oferta se insere no contexto de desinvestimento da participação do BNDESPar na AES Tietê, que abrange 14,4% das ações ordinárias e 37,5% das ações preferenciais (ou 28,4% do capital total da geradora);
- Notamos que os termos da nova proposta de fusão da Eneva com a AES Tietê sinalizam um potencial de ganho em relação ao preço atual de TIET11, e são em condições mais atrativas que a proposta anterior. Entretanto, na nossa visão, seria mais interessante aos acionistas minoritários da AES Tietê que a fusão previsse uma parcela maior de pagamento em caixa, ou condições de direito de retirada para investidores que porventura não desejem ser acionistas da “Nova Empresa” resultante da fusão;
- Além disso, acreditamos que é necessária uma clareza maior sobre o mérito estratégico e a real criação de sinergias com a fusão. Também observamos que várias fontes de notícias mencionaram que a controladora da AES Tietê, a elétrica americana AES Corp., também está interessada em adquirir a participação do BNDESPar na TIET11. Se essa intenção for confirmada e a empresa norte-americana adquirir com sucesso a participação acima mencionada, isso acabaria protegendo a AES Tietê de quaisquer propostas futuras de fusão;
- Elaboramos um relatório, no qual, apresentamos maiores detalhes sobre a proposta de fusão, nossa visão e potenciais desdobramentos futuros, confira no link. Mantemos nossa recomendação de Compra na AES Tietê, com um preço-alvo de R$16/unit. Notamos que em nossas estimativas e metodologia de preço-alvo não levamos em conta nenhum aspecto da fusão proposta.
Movida (MOVI3): Dados Operacionais Prévios do 2T20 acima das expectativas
- A Movida divulgou ontem seus dados operacionais prévios referentes ao 2T20. A companhia registrou no trimestre uma receita líquida de R$ 1,05 bi, acima da nossa estimativa de R$ 706 milhões. A diferença se deu principalmente pela performance no segmento de Seminovos, reflexo de uma venda superior à esperada de veículos, e também de uma performance mais forte que a esperada no segmento de RAC. Além disso, a Movida encerrou o trimestre com uma posição sólida de caixa de R$ 1,7 bi;
- Nossa leitura para os dados é positiva, que em nossa visão reforçam a estratégia adotada pela companhia de fortalecer seu balanço e reduzir o tamanho da companhia em meio ao cenário desafiador. Reiteramos nossa recomendação de Compra para as ações, com preço-alvo de R$ 19,0/ação. Acesse aqui o comentário completo.
Saneamento: PDT aciona STF contra novo marco legal do saneamento
- Segundo o Estadão, ontem o Partido Democrático Trabalhista (PDT),entrou com um processo na Corte para contestar o Novo Marco do Saneamento (Lei 14.026/2020). Para o partido, o texto afronta a Constituição Federal e prejudica as companhias públicas estaduais de saneamento;
- O ministro Luiz Fux, que assumirá a presidência da Corte em setembro, foi sorteado relator da ação. Na petição, o PDT pede que o STF suspenda de forma cautelar grande parte da nova lei. Os principais pontos questionados são: (i) a obrigatoriedade dos municípios licitarem os serviços de saneamento, (ii) o risco de elevação nos preços de tarifa de serviços de água e esgoto, (iii) o veto do presidente Jair Bolsonaro ao trecho da lei que permitia a renovação, por mais 30 anos, dos contratos das estatais com os municípios;
- Além de pedir que grande parte da lei seja derrubada pela Corte, o partido solicitou, alternativamente, que o STF dê “interpretação conforme à Constituição” para garantir que a empresa que ganhar a licitação dos serviços de saneamento não possa excluir das avenças os municípios “que não darão lucro”.
Frigoríficos (BRFS3, JBSS3): Egito autoriza exportação de termoprocessados de frango do Brasil
- De acordo com o Ministério da Agricultura, todas as 40 unidades habilitadas a exportar frango inteiro ao Egito estão autorizadas a exportar produtos termoprocessados também, o que favorece as indústrias com portfólio de industrializados;
- Não há clareza sobre o tamanho da demanda, mas os embarques de frango para o Egito seguem aquecidos e o movimento reforça a importância da pauta governamental para abertura de novos mercados;
- O Egito é, atualmente, o 14º maior importador de carne de frango do Brasil.
Marfrig (MRFG3): empresa anuncia compromisso com sustentabilidade
- A Marfrig, segunda maior indústria de carne bovina do mundo, se comprometeu a rastrear a origem de 100% do gado que compra no bioma amazônico até 2025, de fornecedores diretos e indiretos. Até 2030, pretende conseguir fazer a mesma coisa com os animais criados no Cerrado;
- “O desafio é grande. Vamos dobrar os investimentos em sustentabilidade nos próximos anos [foram R$ 260 milhões na última década], tendo como norte a manutenção e a recuperação das florestas. E [a adoção de] medidas de inclusão de produtores é parte desse sucesso”, disse Marcos Molina, fundador e controlador da Marfrig;
- Em painel virtual logo após o anúncio do Compromisso, especialistas do setor celebraram a iniciativa da Marfrig. Maurício Voivodic, CEO do WWF Brasil, comentou que considera “Muito importante essa perspectiva da Marfrig de influenciar o setor como um todo, não só seus pares, mas também o governo, no sentido de promover mudanças estruturais na cadeia”;
- Maristela Miguel, presidente do instituto PCI e produtora rural, destacou a importância de “caminho financeiros inovadores” que tragam “viabilidade econômica para floresta em pé”, como faz o compromisso da Marfrig. Já Joost Oorthuizen, CEO Global da The Sustainable Trade Initiative (IDH), ressaltou que o plano deve ser visto com bons olhos pelo mercado europeu, que valoriza muito o quesito ambiental.
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