IBOVESPA -4,31% | 157.369 Pontos
CÂMBIO +0,86% | 5,33/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a semana passada em queda de 1,1% em reais e 2,5% em dólares, aos 157.369 pontos.
Entre os destaques negativos da semana estiveram empresas sensíveis aos juros, especialmente do setor de varejo, como C&A (CEAB3 -19,7%), Lojas Renner (LREN3 -11,9%) e Azzas 2154 (AZZA3 -11,4%), refletindo a abertura da curva de juros.
Por outro lado, empresas de Mineração & Siderurgia, como CSN (CSNA3 +5,6%), Usiminas (USIM5 +4,4%) e Vale (VALE3 +4,2%), subiram, apoiadas por uma alta do preço do minério de ferro (+1,2%).
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Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com forte abertura ao longo da curva, refletindo a reação do mercado às notícias políticas relacionadas à pré-candidatura de Flávio Bolsonaro, que provocou um forte movimento de venda de ativos domésticos. No entanto, as taxas de juro real apresentaram leve fechamento, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 terminando em 7,56% a.a. (vs.7,69% na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,1bps no comparativo semanal); DI jan/27 em 13,79% (+20bps); DI jan/29 em 13,2% (+45,5bps); DI jan/31 em 13,45% (+45,5bps); DI jan/35 em 13,57% (+37bps). Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,5624% (+6,9bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos em 4,138% (+12,38bps).
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os futuros nos EUA operam em leve alta (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,2%), após Wall Street registrar a segunda semana consecutiva de ganhos. Na semana passada, o Nasdaq subiu 0,9% e o S&P 500 avançou 0,3%, ficando a apenas 0,7% de sua máxima histórica intradiária. O sentimento foi apoiado pelo PCE de setembro, divulgado com atraso, que veio mais fraco do que o esperado, reforçando apostas de corte de juros no encontro do Federal Reserve (Fed) desta semana. Os futuros precificam cerca de 88% de probabilidade de redução de 25 bps, enquanto investidores monitoram a pesquisa de expectativas do consumidor do Fed de Nova York e uma agenda cheia de balanços, incluindo Lululemon, Costco, Broadcom, Oracle e Adobe.
Na Europa, os mercados iniciam a semana estáveis (Stoxx 600: +0,1%), com investidores à espera da decisão de política monetária do Federal Reserve. Esse movimento deve definir o tom para outras reuniões de fim de ano, incluindo SNB, BoE e BCE. As ações de defesa lideram os ganhos após declarações de representantes dos EUA e da Ucrânia de que um acordo de paz estaria “muito próximo”. No noticiário corporativo, a divisão de sorvetes da Unilever estreia em bolsa, enquanto as ações da matriz caem 4%. Entre os dados, o destaque fica para a produção industrial alemã.
Na China, os mercados fecharam mistos (CSI 300: +0,8%; HSI: -1,2%), com investidores avaliando dados de comércio e após as exportações surpreenderem positivamente, crescendo 5,9% em novembro, bem acima da projeção de 3,8%. O Nikkei subiu 0,2%, apesar da revisão do PIB japonês mostrar contração anualizada de 2,3% no 3º trimestre. Na Índia, o Nifty 50 caiu 0,7%, pressionado por queda de mais de 5% da IndiGo após sanções regulatórias devido ao cancelamento de milhares de voos.
IFIX
O IFIX avançou 0,27% na semana, impulsionado principalmente pelos fundos de tijolo e pelos FOFs, que registraram altas de 0,45% e 0,38%, respectivamente, diante do fechamento da curva de juros até quinta-feira. Entre as subclasses, destacaram-se as lajes corporativas (+0,85%), que permanecem com o maior desconto em relação ao valor patrimonial entre os fundos de tijolo (página 10). Apesar da alta nos quatro primeiros pregões da semana, a sexta-feira foi marcada por forte volatilidade nos ativos domésticos. O IFIX chegou a subir 0,27% ao longo do dia, mas encerrou a sessão em queda de 0,05%, refletindo a abertura da curva de juros diante de rumores sobre a possível escolha de Flávio Bolsonaro por Jair Bolsonaro como candidato à Presidência em 2026.
Economia
No Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu apoiar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como candidato à Presidência em 2026. Flávio confirmou a escolha do pai em suas redes sociais, enquanto lideranças políticas relevantes, como Valdemar Costa Neto, presidente do PL, se posicionaram em apoio à candidatura.
Na agenda internacional desta semana, o destaque será a decisão de juros pelo banco central dos Estados Unidos (Fed). Além disso, será divulgado o relatório JOLTS de outubro, que traz a abertura de postos de trabalho na economia americana. Na China, atenções estarão voltadas aos indicadores de inflação ao produtor e consumidor de novembro. No Brasil, também haverá decisão de política monetária. Além disso, o IBGE divulgará o IPCA de novembro. Por fim, do lado da atividade econômica, destaque para as pesquisas mensais do comércio varejista (PMC) e de serviços (PMS) referentes a outubro.
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Economia
Decisão de juros no Brasil e nos Estados Unidos é destaque da semana
No Japão, a economia contraiu mais do que o previsto no 3º trimestre de 2025. O PIB registrou queda anualizada de 2,3%, abaixo das expectativas de 2,1%. O governo lançou um pacote de estímulo robusto, que deve adicionar cerca de 1,4 p.p. ao PIB por ano nos próximos três anos. Apesar da economia mais fraca, o Banco do Japão deve elevar a taxa básica de juros em dezembro, apoiado por inflação acima da meta de 2% há mais de três anos e meio.
Na China, a balança comercial registrou superávit de US$ 111,68 bilhões em novembro, acima das expectativas, impulsionado por alta de 5,9% nas exportações e avanço de 1,9% nas importações. O crescimento das vendas externas foi sustentado por mercados fora dos EUA, com destaque para União Europeia (+14,8%), Austrália (+35,8%) e Sudeste Asiático (+8,2%), enquanto os embarques para os Estados Unidos caíram 29% no período.
No Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu apoiar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como candidato à Presidência em 2026. Flávio confirmou a escolha do pai em suas redes sociais, enquanto lideranças políticas relevantes, como Valdemar Costa Neto, presidente do PL, se posicionaram em apoio à candidatura. De acordo com o jornal Metrópoles, a escolha foi feita por considerar Flávio um nome moderado e previsível, o que tende a agradar tanto ao mercado quanto à classe política. Por fim, a matéria cita que Michelle Bolsonaro deve disputar uma vaga no Senado pelo Distrito Federal, enquanto partidos de centro devem indicar o vice na chapa. Pelo lado do governo, a expectativa é que Geraldo Alckmin permaneça como vice na candidatura de Lula à reeleição.
Na agenda internacional desta semana, o destaque será a decisão de juros pelo banco central dos Estados Unidos (Fed), na 4ª-feira. O mercado atribui 90% de probabilidade para um corte de 0,25 p.p. na taxa básica, em meio a sinais de moderação no mercado de trabalho. Além disso, será divulgado o relatório JOLTS de outubro (3ª-feira), que traz a abertura de postos de trabalho na economia americana. Na China, atenções estarão voltadas aos indicadores de inflação ao produtor e consumidor de novembro (ambos na 3ª-feira).
No Brasil, também haverá decisão de política monetária (4ª-feira). O Copom deve manter a taxa Selic em 15,00%, com o mercado procurando eventuais sinais sobre os próximos passos. As apostas para início do ciclo de corte de juros em janeiro estão ao redor de 65%. Além disso, o IBGE divulgará o IPCA de novembro (4ª-feira), leitura marcada pela ação promocional de Black Friday e uma deflação atípica no grupo de alimentos. Por fim, do lado da atividade econômica, destaque para as pesquisas mensais do comércio varejista (PMC, na 5ª-feira) e de serviços (PMS, na 6ª-feira) referentes a outubro.
Empresas
Papel e Celulose: Um melhor Momentum no curto prazo, apesar dos desafios estruturais
Análise de Dados Globais de Papel e Celulose
- Os preços da celulose continuaram se recuperar gradualmente em nov’25, também apoiados por um renminbi mais forte.
- No curto prazo, continuamos vendo o Momentum dos preços da celulose tendendo para cima, devido a fatores relacionados à oferta (ou seja, várias interrupções de manutenção no 4T25-1T26E, adiamento do Oki II, racionalização da capacidade em madeira macia e extensão das campanhas do DWP), além de preços mais altos de cavacos importados.
- No entanto, o aumento da oferta de celulose proveniente de players chineses integrados que dependem de madeira de baixo custo continua a apresentar desafios estruturais, provavelmente limitando novos aumentos de preços e potencialmente limitando o potencial de upside dos preços da celulose no médio prazo (ou seja: preços estruturais < ~US$600/t).
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Custo maior na China pode ajudar celulose a se recuperar, mas é preciso ajustar oferta (Valor Econômico);
- Concessão de crédito rural e agroindustrial recua 16% (Globo Rural) ;
- Petrobras espera assinar acordo de acionistas da Braskem ainda este ano, diz Chambriard (Valor Econômico) ;
- Fitch Eleva Rating da Equatorial Transmissão para ‘AAA(bra)’; Perspectiva Estável (Fitch);
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Estratégia
Sob o olhar da Estratégia: Inteligência artificial através dos números
- Por anos, a humanidade sonhou com máquinas capazes de expandir sua própria capacidade de raciocínio, e finalmente estamos chegando nesse estágio. Porém, isso tem vindo às custas de investimentos trilionários;
- Entendemos a cadeia geral de AI como dividida em três estágios distintos: Semicondutores, Infraestrutura, e Otimização de Negócios;
- O questionamento de uma bolha voltou ao centro das discussões pelo rápido avanço de investimentos das companhias, trazendo a inevitável pergunta de “quando todo esse investimento realmente trará retornos?”;
- A partir de análises ponderando riscos e fundamentos, a conclusão é que não vemos uma bolha, mas isso não significa que ela não possa surgir;
- Apesar de flutuações nas expectativas que ocorrem no curto prazo, a tese de AI é secular, e não deve parar por aqui, com adoção massiva, o que justifica inclusão do tema de forma estrutural em portfólios.
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FIIs de “tijolo” ou de “papel”? veja as apostas da Kinea para 2026 (InfoMoney);
- Fundos multiestratégia: a aposta para o novo ciclo (ClubeFII);
- Troca de portfólio? Os fundos HGSB11 e PMLL11 movimentam o mercado de shoppings (SiiLA);
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ESG
UE amplia aplicação do imposto de carbono para incluir produtos acabados | Café com ESG, 08/12
- O mercado fechou a semana passada em território negativo, com o IBOV recuando 1,07% e o ISE 2,73%. No pregão de sexta-feira, o Ibovespa e o ISE registraram quedas de 4,31% e 5,25%, respectivamente;
- Nos Estados Unidos, o credor de desenvolvimento do país anunciou na sexta-feira planos de assumir participação em uma nova parceria para comercializar os minerais do Congo, o que pode dar aos usuários finais dos EUA o direito de preferência sobre o fornecimento de cobre e cobalto – o país está em uma disputa acirrada com a China para garantir minerais cruciais na fabricação de uma série de produtos, desde iPhones até carros;
- Na União Europeia, (i) o grupo vai estender a aplicação do primeiro imposto de importação do mundo sobre emissões de carbono em produtos acabados, como parte de uma revisão duramente disputada de seu Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira (CBAM), que também incluirá subsídios para exportadores europeus; (ii) a Comissão Europeia elaborou propostas para reduzir mais leis ambientais da UE, mirando os requisitos para que as indústrias relatem sua poluição e resíduos, segundo um documento preliminar da UE – o rascunho da proposta, previsto para ser publicado na quarta-feira, é a mais recente parte do esforço “omnibus” da União Europeia para reduzir a burocracia das empresas e cortar regulamentações que, segundo as indústrias, prejudicam sua lucratividade;
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