XP Expert

Bradesco, BNDES e Ecogreen criam certificadora brasileira de crédito de carbono | Café com ESG, 12/11 

Bancos multilaterais lançam compromisso em conjunto para ampliar financiamentos climáticos; Bradesco lança certificadora de crédito de carbono

Compartilhar:

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no X
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Compartilhar no LinkedIn
  • Compartilhar via E-mail
Banner Onde Investir em 2026 intratexto

Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de terça-feira em alta, com o IBOV e o ISE subindo 1,6% e 1,9%, respectivamente.

• De olho na COP30, dez bancos multilaterais de desenvolvimento anunciaram um compromisso conjunto para ampliar o financiamento destinado a ajudar países de baixa e média renda a se adaptarem às mudanças climáticas, afirmando que esperam destinar US$ 185 bilhões, uma combinação de projetos de adaptação e mitigação até 2030 – desse total, US$ 120 bilhões viriam dos próprios recursos dos bancos e US$ 65 bilhões da mobilização de capital privado, disse Ilan Goldfajn, presidente do BID.

• Do lado das empresas, (i) Bradesco, BNDES e Fundo Ecogreen anunciaram ontem a criação de uma certificadora brasileira de créditos de carbono, batizada de Ecora – a certificadora terá a Aecom, uma consultora de engenharia americana que atua em projetos de meio ambiente, como parceira técnica; e (ii) uma pesquisa elaborada pela PwC aponta que, até 2030, o Brasil pode gerar 370 milhões de toneladas de créditos de carbono, ocupando lugar de destaque global nesse mercado – o volume supera em nove vezes a demanda doméstica estimada.

Gostaria de receber os relatórios ESG por e-mailClique aqui.
Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!

Brasil

Bradesco cria certificadora de créditos de carbono

“Bradesco, BNDES e Fundo Ecogreen anunciaram, nesta terça-feira, 11, a criação de uma certificadora brasileira de créditos de carbono, batizada de Ecora. A certificadora terá a Aecom, uma consultora de engenharia americana que atua em projetos de meio ambiente, como parceira técnica. A ideia é reduzir a dependência de certificadoras internacionais para os projetos que geram os créditos. “Acompanhamos as grandes certificadoras mundiais, três americanas e uma suíça, e percebemos que elas também enfrentam dificuldades”, diz Marcelo Noronha, CEO do Bradesco. “Não por erros, mas por aprendizado. Hoje, se você submeter um projeto a uma dessas certificadoras, elas vão te colocar na ‘fila’.” Para ele, um aspecto muitas vezes não considerado por certificadoras estrangeiras é a questão fundiária do Brasil. “Isso está contemplado na nossa plataforma. É possível chegar ao problema fundiário com tecnologia e bases de dados. Ou seja, o sistema identifica e indica o risco. Se o problema é crítico, o projeto não é certificado”, diz Noronha.  A operação está prevista para começar em meados de 2026, com foco inicial em metodologias de reflorestamento, conservação e manejo de áreas agrícolas, afirma Vicente Mello, vice-presidente da Aecom.”

Fonte: Capital Reset; 11/11/2025

Na COP, Neoenergia e BEI anunciam 300 mi de euros para modernizar rede elétrica da Bahia

“A EIB Global, direção do Grupo Banco Europeu de Investimento dedicada ao desenvolvimento, concederá um empréstimo de 300 milhões de euros à Neoenergia Coelba para modernização da rede de distribuição de energia elétrica da Bahia. O financiamento foi anunciado nesta terça-feira (11/11), durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) em Belém. O montante será aplicado na ampliação da rede elétrica e na construção de novas ligações, além do investimento em equipamentos de automação. O foco será na expansão dos serviços para comunidades de baixa renda. Atualmente, a Neoenergia Coelba atende mais de 6 milhões de clientes em 415 municípios baianos.“Esta iniciativa será fundamental para garantir que as energias renováveis cheguem às comunidades da Bahia de forma segura e eficiente, fortalecendo também nosso objetivo de promover um acesso equitativo à energia limpa”, afirma a vice-presidente da Neoenergia, Solange Ribeiro. Durante a COP30, representantes do BEI e da Neoenergia participaram de uma cerimônia para consolidar a parceria, cujo acordo foi assinado em julho deste ano. O projeto, que deverá ser executado ao longo dos próximos anos, faz parte do Pacto Ecológico firmado entre a União Europeia e o Brasil.”

Fonte: Eixos; 11/11/2025

Veto ambiental pressiona e atrasa Transnordestina

“O cancelamento de última hora da inauguração operacional da Ferrovia Transnordestina foi um banho de água fria em uma empreitada que precisa da credibilidade de parceiros para transformar o investimento de R$ 15 bilhões em lucro dentro dos próximos 30 anos, tempo que vai durar a concessão. No final de setembro, Tufi Daher Filho, o presidente da Transnordestina Logística, subsidiária da CSN que constrói e irá operar a via, estava eufórico com os primeiros trens que se preparavam para rodar em 23 de outubro no trecho de 600 km entre Bela Vista do Piauí (PI) e Iguatu (CE). “Agora não tem mais volta”, dizia. Seria o início das operações comerciais, num período experimental carregando soja, milho e caroço de algodão, e marcaria, ao menos simbolicamente, as promessas de que os trens cortariam a caatinga até chegar ao mar, num trajeto de 1.200 km de Eliseu Martins (PI) ao Porto de Pecém (CE), em 2027. A animação era tal que Daher projetava uma expansão para 20 milhões de toneladas já em 2030. A previsão é transportar 15 mil toneladas no ano que vem e 4 milhões de toneladas em 2028, quando todo o traçado estiver concluído. Mas não deu certo. Apesar dos testes realizados e aprovados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Ibama negou a licença ambiental de operação alegando pendências técnicas e documentais. A empresa preferiu não se manifestar de forma contundente.”

Fonte: Valor Econômico; 12/11/2025

Brasil pode gerar 370 milhões de toneladas de créditos de carbono até 2030, calcula PwC

“Até 2030, o Brasil pode gerar 370 milhões de toneladas de créditos de carbono, ocupando lugar de destaque global nesse mercado. É o que aponta uma pesquisa elaborada pela PwC, divulgada nesta terça-feira. O volume supera em nove vezes a demanda doméstica estimada (entre 17 milhões e 72 milhões de toneladas). Entretanto, para o cálculo se efetivar, será preciso ter preparo, estratégia e ações coordenadas entre setores público e privado, recomendação que está no relatório “O papel estratégico do Brasil no mercado de carbono.” O contexto atual é favorável ao país: COP30, reputação de líder em transição energética e sanção da Lei nº 15.042/2024, que marca a entrada do Brasil no mercado de carbono, com a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE). São esses fatores que basearam os cálculos de geração de créditos de carbono nos próximos cinco anos. O estudo da PwC estima que, com a nova regulamentação brasileira, cerca de 5 mil empresas nacionais, especialmente do setor industrial, deverão medir, reportar e compensar suas emissões com base nas novas regras do SBCE. Segundo a entidade, a matriz energética brasileira, baseada majoritariamente em fontes renováveis como hidrelétricas, solar e eólica, permite ao país uma vantagem competitiva natural no setor.”

Fonte: Valor Econômico; 11/11/2025

Compra pública terá critério de sustentabilidade

“O governo vai lançar em dezembro a Estratégia Nacional de Contratações Públicas Sustentáveis (ENCP), que prevê a sustentabilidade como um dos eixos a serem observados na compra de bens e serviços pelo Poder Público. A ideia é que os órgãos adquiram produtos ou contratem serviços que causem menor impacto ao meio ambiente. A nova diretriz, que virá por meio de um decreto presidencial, apesar de não ser obrigatória, será observada pelo governo federal e poderá ser implementada por Estados e municípios. A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, disse ao Valor que o critério de menor preço já não pode mais ser o único a ser observado pelas licitações. Ela está em Belém para o lançamento, hoje, no âmbito da COP30, da “Declaração de Belém por Compras Públicas Sustentáveis”.”

Fonte: Valor Econômico; 12/11/2025

Internacional

TotalEnergies fecha acordo de energia renovável com o Google para data centers em Ohio

“A TotalEnergies (TTEF.PA) anunciou nesta quarta-feira um contrato de compra de energia por 15 anos para fornecer à Alphabet/Google (GOOGL.O) 1,5 terawatt-hora de eletricidade renovável proveniente de sua usina solar Montpelier, localizada em Ohio. A instalação solar, que está quase concluída, está conectada à rede PJM — a maior dos Estados Unidos — e ajudará a abastecer as operações dos data centers do Google no estado. “Este acordo ilustra a capacidade da TotalEnergies de atender à crescente demanda energética das grandes empresas de tecnologia, aproveitando seu portfólio integrado de ativos renováveis e flexíveis”, disse Stéphane Michel, presidente de Gás, Renováveis e Energia da TotalEnergies. A empresa francesa vem aumentando seus investimentos em eletricidade para garantir uma receita mais estável e evitar os ciclos de alta e baixa típicos do setor de petróleo e gás, afirmou o CEO Patrick Pouyanne recentemente na conferência ADIPEC, em Abu Dhabi. A TotalEnergies está implantando um portfólio de 10 gigawatts nos Estados Unidos, incluindo projetos de energia solar onshore, eólica e armazenamento em baterias.”

Fonte: Reuters; 11/11/2025

Na COP30, bancos multilaterais anunciam compromisso de ampliar financiamento climático a países em desenvolvimento

“Dez bancos multilaterais de desenvolvimento anunciaram na segunda-feira (10) um compromisso conjunto para ampliar o financiamento destinado a ajudar países de baixa e média renda a se adaptarem às mudanças climáticas, afirmando que esperam destinar US$ 185 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão) a uma combinação de projetos de adaptação e mitigação até 2030. Desse total, US$ 120 bilhões viriam dos próprios recursos dos bancos e US$ 65 bilhões da mobilização de capital privado, disse Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). No ano passado, os bancos de desenvolvimento concederam e mobilizaram um recorde de US$ 118 bilhões para ações climáticas em países de baixa e média renda, segundo ele. Anunciado no primeiro dia da Cúpula do Clima COP30, realizada em Belém, o compromisso dos bancos multilaterais de desenvolvimento reforça o esforço do país anfitrião e de outras nações em dar mais destaque à adaptação climática, diante da elevação do nível do mar e da intensificação de tempestades, incêndios, secas e inundações que vêm causando prejuízos crescentes em todo o mundo. — Os desastres climáticos estão ocorrendo com mais força e frequência, custando ao mundo mais de US$ 320 bilhões apenas no ano passado, segundo algumas estimativas (com os países em desenvolvimento arcando com a maior parte desse impacto) —, disse Goldfajn.”

Fonte: Globo; 11/11/2025

Com governadores e dezenas de prefeitos, como a América ‘anti-Trump’ bate ponto na COP30

“A cadeira vazia dos Estados Unidos em Belém representa um desafio para as negociações climáticas. Ausente da cúpula de líderes, na semana passada, o governo do presidente Donald Trump também não enviou representantes para a COP30, que começou anteontem e, se não surgirem contratempos, vai até o próximo dia 21. No entanto, o maior emissor histórico de gases de efeito estufa — atrás apenas da China na atualidade — não está alijado dos debates na capital paraense. Com presença robusta na conferência, cabe a governadores, prefeitos e figuras da sociedade civil ou de empresas dos EUA enviar a mensagem de que existe um amplo setor do país comprometido com a proteção do planeta e disposto a desafiar o conhecido negacionismo do presidente republicano. As autoridades americanas em Belém integram as coalizões nacionais “America is all in” (“A América está toda dentro”, em tradução livre), “Climate Mayors” (“Prefeitos climáticos”) e “US Climate Alliance” (”Aliança climática dos EUA”). Vieram à cidade governadores de estados como Califórnia, Novo México, Michigan e Wisconsin, além do prefeito de Phoenix, por exemplo. Ao todo, mais de cem líderes americanos viajaram ao Brasil para a COP30. Segundo Mark Watts, diretor-executivo da Cúpula de Prefeitos C40, realizada antes da convenção no Rio, a delegação dos EUA é a segunda maior na conferência, atrás apenas do Brasil.”

Fonte: Globo; 12/11/2025

Sob liderança do Brasil, ‘scanner’ para monitorar ações contra mudanças climáticas tem adesão de 141 países

“O Tribunal de Contas da União (TCU) anunciou nesta terça-feira (11) que a ferramenta ClimateScanner, que possibilita às instituições superiores de controle (ISCs) fazer auditorias das ações dos governos, ao redor do mundo, relativas ao enfrentamento das mudanças climáticas, já reúne 141 países. Deste total, 103 enviaram avaliações sobre governança, financiamento e políticas públicas relacionadas ao clima. O presidente do tribunal, Vital do Rêgo, afirmou que essa é a primeira entrega da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece em Belém. “Os países que quiseram participar foram 140, que se engajaram. Mas nós recebemos de 103 as informações. Estamos colhendo mais”, comentou Vital do Rêgo, após participar nesta terça-feira de painel no âmbito da COP30 para apresentar os resultados da ferramenta. De acordo com ele, os 38 países demonstraram interesse em participar da plataforma, mas ainda estão sob o processo de recolhimento de informações. “Eles foram treinados por nós, os auditores deles, e estão colhendo as suas informações, mas ainda não nos remeteram para que nós possamos fazer a checagem que é feito através de inteligência artificial. E nós, havendo qualquer problema, nós devolvemos a informação para que eles consertem e somente assim é que eles entram na plataforma”, explicou.”

Fonte: Valor Econômico; 11/11/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
.


Ainda não tem conta na XP? Clique aqui e abra a sua!

XP Expert

Avaliação

O quão foi útil este conteúdo pra você?


A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Cookies (gerencie suas preferências de cookies) e a nossa Política de Privacidade.