IBOVESPA -0,12% | 141.618 Pontos
CÂMBIO +0,37% | 5,43/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de terça-feira em leve queda de 0,1%, aos 141.618 pontos, com os investidores à espera dos dados de inflação no Brasil e nos EUA e monitorando o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O principal destaque positivo foi Pão de Açúcar (PCAR3, +7,8%), após a chegada do CEO do Grupo Casino ao Brasil, em meio a expectativas de mercado sobre a venda da participação do grupo francês na companhia. Na ponta negativa, Raízen (RAIZ4, -4,4%) recuou em movimento técnico, após acumular alta de 15,4% no mês diante de notícias sobre o interesse da companhia e de seus controladores em buscar novos investidores para o negócio.
Nesta quarta-feira, todos os olhos se voltam para o IPCA de agosto no Brasil. Nos EUA, destaque para os dados de inflação ao produtor (PPI).
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com abertura ao longo da curva, influenciada principalmente pelo cenário externo. O noticiário político brasileiro, envolvendo o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, também adicionou pressão às taxas, com os investidores apreensivos quanto a uma potencial retaliação americana. Nos Estados Unidos, a revisão dos dados do payroll evidenciou que o arrefecimento do emprego não é de agora, o que não justificaria medidas mais extremas de cortes pelo Fed. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram em 3,57% (-8,03bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,08% (4,39bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,2bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,97% (+4,9bps); DI jan/29 em 13,22% (+3,8bps); DI jan/31 em 13,49% (+1,2bps).
Mercados globais
Nesta quarta-feira, os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: +0,2%; Nasdaq 100: +0,2%) após novo recorde dos três principais índices na véspera. Em destaque, Oracle disparou 26% no pós-mercado ao reportar crescimento de 1.529% na receita de multicloud database com Amazon, Google e Microsoft, impulsionada pela demanda por servidores de IA. Nvidia avançou quase 2% com as perspectivas positivas. Hoje, investidores aguardam o PPI de agosto, enquanto o CPI será divulgado amanhã.
Na Europa, as bolsas sobem (Stoxx 600: +0,3%), com investidores avaliando balanços e tensões comerciais. Novo Nordisk sobe 2,5% após anunciar corte de 9 mil postos de trabalho. No campo geopolítico, investidores repercutem relatos de que Donald Trump pediu à UE tarifas de até 100% contra China e Índia devido a compras de petróleo russo, aumentando riscos para o comércio global.
Na China, os mercados fecharam em alta moderada (HSI: +1,0%; CSI 300: +0,2%) após dados de inflação mostrarem queda de 0,4% no CPI anual de agosto e recuo de 2,9% no PPI, em linha com as expectativas. Em Hong Kong, Alibaba subiu 2,1% após liderar rodada de US$ 100 milhões na startup de robótica X Square. No Japão, o Nikkei 225 subiu 0,9% e renovou recorde histórico, enquanto o Topix avançou 0,6%.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a terça-feira com queda de 0,10%, realizando uma pequena correção após renovar sua máxima histórica na segunda-feira (08). O movimento refletiu a cautela dos investidores diante dos dados de inflação no Brasil e do cenário político local, marcado pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e pela retomada das preocupações com possíveis sanções dos Estados Unidos contra o país.
No desempenho setorial, os fundos de papel foram o destaque negativo da sessão, com recuo médio de 0,11%. Já os fundos de tijolo apresentaram estabilidade, com queda média de apenas 0,03%. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se VILG11 (1,6%), ICRI11 (1,4%) e WHGR11 (1,3%). Nas principais quedas, figuraram CACR11 (-8,6%), JSAF11 (-1,9%) e ITRI11 (-1,8%).
Economia
Nos Estados Unidos, a revisão dos dados de emprego mostrou uma criação quase um milhão abaixo do inicialmente estimado, indicando que a desaceleração do mercado de trabalho pode ter começado antes do anúncio das tarifas de importação. Na China, dados de inflação ao consumidor mostraram queda de 0,4% na comparação anual, abaixo da expectativa do mercado. Já o índice de preços ao produtor mostrou queda anual de 2,9%, em linha com o esperado.
Na agenda do dia, teremos a divulgação do índice de preços ao produtor nos Estados Unidos, com expectativa de alta de 0,3% ante mês anterior tanto para o índice cheio quanto para o núcleo. No Brasil, destaque para a divulgação do IPCA de agosto, com expectativa de redução de 0,15% no índice cheio. Já a média dos núcleos deve atingir uma alta de 0,28%, enquanto os serviços subjacentes devem mostrar alta de 0,38%.
Veja todos os detalhes
Economia
IPCA de agosto no Brasil em destaque hoje
- O nível de emprego nos EUA nos 12 meses até março foi provavelmente 911.000 postos a menos do que o estimado anteriormente, uma revisão acentuada para baixo que sugere que uma desaceleração no mercado de trabalho americano pode ter começado antes do anúncio das tarifas de importação abrangentes do presidente Donald Trump. A estimativa da revisão é equivalente a 76.000 empregos a menos por mês. Isso implicou que os ganhos na folha de pagamento não agrícola foram, em média, de cerca de 71.000 por mês, em vez de 147.000. Os economistas esperavam que a revisão estimada fosse entre 400.000 e 1 milhão de empregos;
- O índice de preços ao consumidor (CPI) da china caiu 0,4% em agosto, na comparação anual, depois de virtual estabilidade no mês anterior. O resultado ficou abaixo do esperado pelos economistas, que previam queda de 0,2%. Já o índice de preços ao produtor (PPI) teve queda anual de 2,9% em agosto após recuo de 3,6% em julho, resultado em linha com o consenso de mercado;
- O índice de preços ao produtor (IPP) dos EUA deve ser divulgado nesta quarta-feira. A expectativa é de um aumento de 0,3% em relação ao mês anterior, tanto para o indicador geral quanto para o indicador básico. Os dados dos preços ao produtor ganharam importância, pois antecipam os possíveis efeitos dos aumentos tarifários sobre os preços ao consumidor;
- No Brasil, o destaque é a inflação ao consumidor de agosto medida pelo IPCA. Esperamos que o indicador geral apresente uma queda mensal de 0,15%, com as previsões do mercado variando de -0,18% a -0,05%. Por sua vez, estimamos que o núcleo da inflação cresça 0,28%, enquanto os serviços subjacentes devem aumentar 0,38%. A inflação dos serviços intensivos em mão de obra deverá aumentar significativamente em 0,64%, elevando a sua taxa anualizada de 5,6% para 6,5%.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- US payrolls benchmark revision estimate suggests labor market weaker than previously thought (Reuters);
- Relator decide retirar títulos como LCI e LCA da medida provisória que cobra Imposto de Renda dessas aplicações (O Globo);
- Lavoro obtém apoio para plano de recuperação extrajudicial de R$ 2,5 bilhões (Globo Rural);
- Fitch Revisa Observação de Ratings dos Bancos BRB e Master para Negativa e Rebaixa Ratings do Master (Fitch Ratings);
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Estratégia
Fluxos estrangeiros seguem negativos – Fluxo em foco
- Os investidores estrangeiros registraram mais um mês de fluxos negativos em agosto, com entradas líquidas de R$ 1,2 bi no mercado à vista e fortes saídas de R$ 6,2 bi em futuros. Como resultado, após dois meses consecutivos de saídas líquidas, os fluxos estrangeiros totais permanecem tímidos em 2025, com apenas R$ 3,9 bi no acumulado do ano (R$ +20,7 bi no mercado à vista e R$ -16,8 bi em futuros);
- Apesar desse cenário, as ações brasileiras mostraram resiliência e registraram forte alta no mês, impulsionadas por (i) uma sólida temporada de resultados, (ii) valuations ainda atrativos, (iii) expectativas de cortes de juros à frente no Brasil e nos EUA e (iv) o “trade eleitoral”;
- Os investidores institucionais, por sua vez, registraram saídas de R$ 1,3 bi no mercado à vista, mas fortes entradas de R$ 9,3 bi em futuros. Já os investidores pessoa física também foram vendedores líquidos, com saídas de R$ 1,4 bi no mercado à vista e R$ 3,1 bi em futuros;
- Por fim, a indústria de fundos registrou resgates líquidos de R$ 26,7 bi em agosto, com todas as principais categorias de fundos apresentando fluxos negativos (Renda Fixa: -R$ 7,8 bi; Multimercados: -R$ 7,6 bi; Ações: -R$ 1,9 bi);
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FIIs de hospitais sobem até 8% após fim de litígio com Rede D’Or; entenda caso;
- Patria investe mais de R$ 700 mi em compra de portfólio logístico da Cy.Capital;
- Guardian Real Estate (GARE11) firma contrato para aquisição de dois imóveis no Rio Grande do Sul;
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ESG
Após período de retração, presidente da Abeeólica espera que o setor volte a crescer a partir de 2027 | Café com ESG, 10/09
- O mercado fechou o pregão de terça-feira em território negativo, com tanto o IBOV quanto o ISE recuando 0,12%;
- No Brasil, em entrevista, a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (Abeeólica), Elbia Gannoum, afirmou que espera que o setor volte a crescer a partir de 2027, após um período de retração causado pelos cortes de geração (curtailments) e pela queda na contratação de novos projetos – segundo ela, os contratos que começam a ser firmados em 2025 devem se refletir em uma retomada mais robusta em dois anos;
- No internacional, (i) foi anunciado ontem que a Baker Hughes, empresa de serviços para campos petrolíferos, está colaborando com a Controlled Thermal Resources, na Califórnia, para desenvolver um dos maiores projetos de energia geotérmica do mundo, com planos de comercializar a eletricidade para data centers, à medida em que a demanda por energia nos EUA caminha para níveis recordes; e (ii) parlamentares americanos de estados com refinarias de petróleo apresentaram ontem uma legislação para impedir o presidente Donald Trump de transferir as obrigações de mistura de combustíveis renováveis de pequenas refinarias para as maiores, de acordo com um projeto de lei visto pela Reuters – essa medida é consequência da política de biocombustíveis dos EUA, que tem colocado a indústria petrolífera em conflito com os interesses agrícolas que sustentam a produção americana de biocombustíveis;
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