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Após período de retração, presidente da Abeeólica espera que o setor volte a crescer a partir de 2027 | Café com ESG, 10/09

Desenvolvimento de geotérmica para IA; Setor de eólicas voltará a cescer em 2027

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de terça-feira em território negativo, com tanto o IBOV quanto o ISE recuando 0,12%.

• No Brasil, em entrevista, a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (Abeeólica), Elbia Gannoum, afirmou que espera que o setor volte a crescer a partir de 2027, após um período de retração causado pelos cortes de geração (curtailments) e pela queda na contratação de novos projetos – segundo ela, os contratos que começam a ser firmados em 2025 devem se refletir em uma retomada mais robusta em dois anos.

• No internacional, (i) foi anunciado ontem que a Baker Hughes, empresa de serviços para campos petrolíferos, está colaborando com a Controlled Thermal Resources, na Califórnia, para desenvolver um dos maiores projetos de energia geotérmica do mundo, com planos de comercializar a eletricidade para data centers, à medida em que a demanda por energia nos EUA caminha para níveis recordes; e (ii) parlamentares americanos de estados com refinarias de petróleo apresentaram ontem uma legislação para impedir o presidente Donald Trump de transferir as obrigações de mistura de combustíveis renováveis de pequenas refinarias para as maiores, de acordo com um projeto de lei visto pela Reuters – essa medida é consequência da política de biocombustíveis dos EUA, que tem colocado a indústria petrolífera em conflito com os interesses agrícolas que sustentam a produção americana de biocombustíveis.

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Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!

Brasil

Empresas

Expansão de data centers no Brasil é alçada por energia renovável abundante, diz Fitch

“O setor de data centers no Brasil está em rápida expansão, impulsionado por uma combinação de energia renovável abundante, boa conectividade de fibra óptica e um ambiente político favorável que atrai investimentos significativos, diz a Fitch Ratings. Os analistas Ricardo Junqueira, Alexandre Garcia e Yee Man Chin escrevem que os perfis de crédito das operadoras de data centers variam, com uma clara distinção entre empresas focadas em contratos de longo prazo com gigantes globais de tecnologia e aquelas que atendem a uma base de clientes mais diversificada. A escala operacional e o acesso confiável à energia são fatores cruciais de competitividade do Brasil neste segmento, afirma a agência de classificação de riscos, apontando que instalações maiores podem se conectar diretamente à rede elétrica nacional. O relatório destaca que o futuro do setor no Brasil passa por projetos de larga escala para suportar a demanda de inteligência artificial. A Scala planeja o “Scala AI City” no Rio Grande do Sul, com potencial de 4,8 GW de capacidade, enquanto a Elea tem o projeto “Rio AI City” que pode chegar a 3,2 GW. A Fitch também ressaltou a melhora no perfil de crédito da Elea, com a redução do risco de contraparte, após a transferência da maioria de seus contratos com a Oi para a V.Tal, financeiramente mais sólida. Um aumento de capital planejado de US$ 60 milhões em 2025 também deve ajudar a empresa a reduzir sua alavancagem.”

Fonte: Valor Econômico; 09/09/2025

Indústria eólica projeta recuperação no Brasil a partir de 2027

“A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (Abeeólica), Elbia Gannoum, espera que o setor volte a crescer a partir de 2027, após um período de retração causado pelos cortes de geração (curtailments) e pela queda na contratação de novos projetos. Segundo a executiva, os contratos que começam a ser firmados em 2025 devem se refletir em uma retomada mais robusta em dois anos. “O ano de 2024 foi a primeira vez em que a curva de crescimento de capacidade se inverteu. Em 2023, tivemos 4,8 GW; em 2024, 3 GW; e em 2025, 2 GW. Afundou mesmo, e em 2026 vai continuar afundando. Contudo, em 2027 esse cenário se inverte e volta a crescer com mais força”, diz a executiva em entrevista à agência eixos. A desaceleração já levou ao fechamento de fábricas importantes. Em 2023, a Siemens Gamesa paralisou sua planta na Bahia e, neste ano, a GE Vernova encerrou as atividades de sua unidade de turbinas, a LM Wind Power, em Suape (PE). Apesar do cenário adverso, Gannoum acredita que a chegada de fabricantes chineses reaqueça a produção local. Ela cita Goldwind, Mingyang, Windey Energy, Sany e Envision entre os exemplos. “Temos visto uma recuperação da cadeia de produção global com a entrada da China. Empresas chinesas estão chegando ao Brasil”, pontua.”

Fonte: Eixos; 09/09/2025

Paraná prepara terreno para projetos de hidrogênio de grande porte

“O Paraná quer estimular projetos de hidrogênio no estado e, para isso, lançou, no início de 2025, um plano para embasar políticas públicas, conta o coordenador de gás natural, biocombustíveis e hidrogênio renovável do estado do Paraná, Thiago Olinda, em entrevista ao estúdio eixos durante o 12° Fórum do Biogás. Criada há menos de um ano, a Superintendência Geral de Gestão Energética é outro movimento do governo estadual com foco no desenvolvimento de uma infraestrutura de coordenação de políticas para o setor de energia local. O estado já tem uma legislação para incentivar o uso de hidrogênio, a Política Estadual do Hidrogênio Renovável, sancionada em 2023. Segundo Olinda, a regulamentação da lei está na agenda do governo. No início do ano foi lançado o Plano Estadual do Hidrogênio Renovável, que mapeia potencialidades e demandas necessárias para o desenvolvimento da matriz paranaense. “Quando a gente quer fazer uma política de desenvolvimento setorial, é um conjunto de ações. No caso do hidrogênio, incentivar o desenvolvimento de PD&I, incentivo a produção com subsídios na parte tributária e de acesso a crédito, e incentivo à demanda”, detalhou Olinda. A expectativa é ter, nos próximos anos, o primeiro projeto em escala industrial.”

Fonte: Eixos; 09/09/2025

Internacional

Empresas

Japão começará a planejar centro de testes eólicos flutuantes no próximo ano, diz autoridade da indústria

“O Japão pretende começar a planejar um centro nacional de testes para turbinas eólicas flutuantes no próximo ano, disse um alto funcionário do setor, prometendo seguir um caminho de crescimento na energia eólica, apesar de um revés recente, quando a Mitsubishi abandonou três projetos. Os consórcios liderados pela Mitsubishi (8058.T) desistiram no mês passado dos planos de construir 1,8 gigawatt (GW) em três turbinas eólicas offshore, conquistadas no primeiro grande leilão estatal do Japão em 2021, representando um golpe para o setor, visto como fundamental para reduzir a dependência de combustíveis importados. “Precisamos realizar testes de verificação em águas japonesas, pois as condições oceânicas e climáticas do Japão diferem das da Europa”, disse Masakatsu Terazaki, presidente da Associação de Pesquisa em Tecnologia Eólica Flutuante Offshore (FLOWRA). Em entrevista na terça-feira, ele afirmou à Reuters que a associação planeja discutir detalhes como funções e equipamentos, além de enfatizar a necessidade de um centro desse tipo junto ao governo. O Japão deve colaborar com o centro nacional de testes de energia eólica flutuante da Escócia, o EMEC, e o Centro de Testes de Energia Marinha da Noruega, o METCentre, para aproveitar a vasta experiência dessas instituições, acrescentou.”

Fonte: Reuters; 10/09/2025

Baker Hughes se junta ao gigante projeto de energia geotérmica da Califórnia

“A empresa americana de serviços para campos petrolíferos Baker Hughes (BKR.O) está colaborando com a Controlled Thermal Resources, na Califórnia, para desenvolver um dos maiores projetos de energia geotérmica do mundo, com planos de comercializar a eletricidade para data centers, informaram as empresas na terça-feira. Os data centers, que consomem muita energia e são usados para produzir a próxima geração de tecnologias de inteligência artificial, estão elevando a demanda por energia nos EUA a níveis recordes, impulsionando o avanço de fontes de eletricidade que estavam em declínio ou eram pouco utilizadas. A CTR vem trabalhando no desenvolvimento de seu projeto de energia geotérmica e minerais críticos “Hell’s Kitchen” há cerca de 13 anos. A empresa privada possui cerca de 18,2 quilômetros quadrados (4.500 acres) dentro e ao redor do Mar de Salton, no Condado de Imperial, Califórnia, para desenvolvimento. A Baker Hughes assinou contrato para a segunda fase de Hell’s Kitchen, que envolve a produção de 500 megawatts de energia — o suficiente para abastecer cerca de 375.000 residências — com possibilidade de expansão a partir daí, informou a CTR à Reuters. A Baker implementará tecnologias de perfuração de alta temperatura, sistemas de energia e serviços historicamente utilizados na produção de campos de petróleo e gás para ajudar a otimizar e reduzir os custos do projeto, disse o CEO da CTR, Rod Colwell, à Reuters.”

Fonte: Reuters; 09/09/2025

O ataque de Donald Trump à energia verde pode reduzir pela metade o ritmo de descarbonização dos EUA, segundo relatório

“O desmantelamento das regras climáticas, dos incentivos à energia limpa e a promoção dos combustíveis fósseis por Donald Trump podem reduzir o ritmo da descarbonização dos EUA em mais da metade nos próximos 15 anos, mostra uma nova análise. O Rhodium Group, um provedor independente de pesquisa, descobriu que a velocidade da redução média anual das emissões poderia cair para apenas 0,4% até o final de 2040, em comparação com 1,1% entre 2005 e o final de 2024. A previsão é que as emissões anuais dos EUA cairiam entre 26% e 35% até 2035 nessas condições, uma mudança significativa em relação à previsão do ano passado, que indicava uma queda entre 38% e 56%. “Após o governo Biden ter adotado políticas significativas para impulsionar a descarbonização, o Congresso e a Casa Branca estão agora promulgando um regime político abertamente hostil a veículos eólicos, solares e elétricos, e que busca promover o aumento da produção e do uso de combustíveis fósseis”, afirma o relatório. O 11º relatório anual “Taking Stock” da Rhodium sobre as emissões dos EUA afirmou que as políticas do governo representam a “mudança mais abrupta na política energética e climática da memória recente”. A possibilidade de uma redução de apenas 0,4% nas emissões anuais foi prevista no cenário de altas emissões da Rhodium, em comparação com reduções de 1,4% e 1,9%, respectivamente, nos cenários de baixas e médias emissões. Esses diferentes cenários são modelados para refletir variáveis como crescimento econômico, preços dos combustíveis fósseis e custos da energia limpa.”

Fonte: Financial Times; 10/09/2025

Ajustes no diesel ajudam fabricantes de caminhões a atingir metas climáticas da UE

“A maioria dos fabricantes europeus de caminhões está a caminho de cumprir as metas de emissões da União Europeia para 2025, apesar de os caminhões elétricos representarem apenas uma pequena parcela das vendas, mostrou um relatório do Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT) divulgado na quarta-feira. Veículos pesados (HDVs) — quase totalmente movidos a diesel — respondem por um quarto das emissões do transporte rodoviário europeu. De acordo com as regras da UE, os fabricantes devem reduzir as emissões médias de CO2 em 15% em 2025, em comparação com os níveis de 2019. Ao contrário das montadoras de automóveis, as fabricantes de caminhões podem cumprir as regulamentações de emissões melhorando a eficiência do diesel e utilizando flexibilidades regulatórias, em vez de depender da venda de grandes volumes de veículos elétricos. Cinco das sete maiores fabricantes de caminhões da UE — DAF, Scania, MAN, Volvo Trucks e Renault Trucks — estão a caminho de atingir a meta sem necessidade de novas melhorias, afirmou o ICCT. A Daimler Truck e a Iveco estão atrasadas, mas poderiam evitar penalidades com mudanças modestas. “Após mais de uma década de preparação, a regulamentação está funcionando”, disse Felipe Rodriguez, diretor de programa do ICCT, à Reuters. A Scania, juntamente com a Volvo Trucks, atingiu a meta de 2025 há dois anos, em grande parte reduzindo as emissões de caminhões com motor de combustão interna (ICE).”

Fonte: Reuters; 09/09/2025

Senadores estaduais de refinarias tentam impedir Trump de mudar a obrigação de combustível renovável

“Parlamentares americanos de estados com refinarias de petróleo, liderados pelo senador republicano Mike Lee, de Utah, apresentarão na terça-feira uma legislação para impedir o presidente Donald Trump de transferir as obrigações de mistura de combustíveis renováveis de pequenas refinarias para as maiores, de acordo com um projeto de lei visto pela Reuters. A política de biocombustíveis dos EUA tem sido politicamente controversa, colocando a indústria petrolífera em conflito com os interesses agrícolas que sustentam a produção americana de biocombustíveis, como o etanol de milho. No cerne da discussão atual está se as refinarias maiores devem ser obrigadas a compensar os requisitos de mistura de biocombustíveis que as refinarias menores evitam por meio de isenções federais. A Agência de Proteção Ambiental (EPA) apresentou uma proposta sobre o assunto para análise pela Casa Branca, cujo conteúdo ainda não foi divulgado. “Punir os produtores de energia americanos que cumprem as regras inventadas pela EPA não é apenas injusto, mas também prejudicial para o consumidor comum. Os americanos pagarão mais na bomba e as refinarias de Utah sofrerão”, disse Lee em um comunicado. Geoff Cooper, presidente e CEO da Associação de Combustíveis Renováveis (Renewable Fuels Association), criticou a legislação como um ataque direto à área rural dos Estados Unidos.”

Fonte: Reuters; 09/09/2025

Subsídios ao carvão e instabilidade política ameaçam a transição energética da Ásia

“O avanço da energia limpa na Ásia será estagnado a menos que os governos reduzam os subsídios aos combustíveis fósseis, ofereçam uma direção política estável e invistam na modernização das redes, disseram executivos do setor na quarta-feira. Os executivos apontaram o cancelamento de leilões de energias renováveis e os subsídios ao setor de combustíveis fósseis como os maiores obstáculos ao crescimento dos investimentos verdes, em um momento em que os data centers estão impulsionando o aumento da demanda por energia. “O carvão continua a ser subsidiado e a eletricidade, assim como a energia em geral, continuam a ser usadas como ferramenta política para ganhar votos. E acho que esse é o maior obstáculo”, disse Lawrence Wu, diretor financeiro para a Ásia da empresa portuguesa de energia renovável EDP Renewables (EDPR.LS), na conferência da APPEC em Singapura. As principais economias asiáticas, incluindo Indonésia e Índia, continuam a incentivar o uso do carvão, alegando que ele ajuda a manter as tarifas de energia no varejo sob controle, e citam as menores emissões per capita para justificar a dependência do combustível fóssil. Nitin Apte, CEO do Vena Group, sediado em Singapura e pertencente à General Infrastructure Partners, afirmou que a empresa está quadruplicando a construção de projetos de energia renovável na Ásia para atender ao aumento da demanda, mas destacou que a principal limitação é a política, e não a tecnologia.”

Fonte: Reuters; 10/09/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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