IBOVESPA 1,08% | 133.010 Pontos
CÂMBIO -0,58% | 5,44/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa fechou em alta de +1,1%, aos 133.010 pontos ontem, repercutindo a afirmação do governo chinês que fará o necessário para atingir a meta de 5% de crescimento do PIB, incluindo valer-se de instrumentos fiscais, sinalizando novos estímulos à frente. Com isso, o preço do minério de ferro subiu 2,1%, contribuindo para a performance positiva das mineradoras (CSNA3, + 9,0%; CMIN3, +6,7%; VALE3, +6,0%).
O principal destaque positivo na Bolsa brasileira foi Azul (AZUL4, +10,0%), após uma notícia indicar que a empresa conseguiu um acordo positivo com os arrendadores de aeronaves (entenda melhor a negociação aqui). Já a Prio (PRIO3, -4,8%) ficou entre os principais destaques negativos, repercutindo a queda nos preços do petróleo (Brent, -2,7%).
Nesta sexta-feira, teremos, no Brasil, a divulgação do IGP-M de setembro e a taxa de desemprego de agosto. No cenário internacional, o destaque será o deflator PCE de agosto nos EUA.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com forte abertura ao longo da curva. Domesticamente, o Relatório Trimestral de Inflação apontou uma inflação de 3,5% para o segundo trimestre de 2026, levando o mercado a precificar uma Selic mais alta para 2025 e 2026. Além disso, o relatório da Fitch Ratings destacou o risco fiscal em meio ao forte crescimento econômico do país, culminando na alta da curva na parte longa pelo pessimismo em relação a uma elevação no rating do país. DI jan/25 fechou em 10,99% (queda de 0,8bp vs. pregão anterior); DI jan/26 em 12,2% (alta de 11,4bps); DI jan/27 em 12,245% (alta de 13,4bps); DI jan/29 em 12,33% (alta de 9,3bps). Nos EUA, o PIB subiu 3,0% no 2T24, aumentando o apetite por risco dos investidores internacionais. Os rendimentos das Treasuries – títulos soberanos americanos – de dois anos fecharam em 3,60% (+7,0bps) e os de dez anos em 3,79% (0,0bp).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em leve queda (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: -0,3%), no aguardo da divulgação da inflação medida pelo deflator do índice de consumo pessoal, medida de preços preferida pelo Federal Reserve.
Na China, as bolsas fecharam novamente em forte alta (CSI 300: 4,5%; HSI: 3,6%), após uma série de anúncios de estímulos pelo governo ocorrida ao longo da semana. A alta de China ajuda a impulsionar ações europeias que estejam ligadas ao consumo chinês. Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,4%), após dado de inflação melhor que o esperado na França.
Economia
O Banco Central do Brasil (BCB) publicou ontem seu Relatório de Inflação do 3º trimestre de 2024. A nosso ver, o documento trouxe a mesma sinalização da última ata do Copom (Comitê de Política Monetária). Em comparação ao relatório anterior, as projeções de inflação subiram ao longo de todo o período considerado, distanciando-se ainda mais da meta de 3%. Esse aumento decorreu principalmente da atividade econômica mais forte do que o esperado, além da depreciação da taxa de câmbio e elevação das expectativas inflacionárias. Por exemplo, o BCB projeta inflação de 3,5% no 2º trimestre de 2026 (horizonte relevante de política monetária na próxima reunião do Copom, em novembro). Acreditamos que o Copom elevará a taxa Selic até 12,00% no início de 2025, após aumentos de: 0,50 p.p. em novembro; 0,50 p.p. em dezembro; e 0,25 p.p. em janeiro.
Na agenda internacional desta sexta-feira, atenções voltadas para a divulgação do núcleo do deflator PCE (despesas de consumo pessoal dos EUA), o índice de inflação favorito do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Estimamos elevação mensal de 0,22% em agosto, que levaria a inflação anual a subir de 2,62% para 2,74%. Na agenda doméstica, destaque para as estatísticas sobre o mercado de trabalho. A Pnad Contínua deve mostrar ligeira queda na taxa de desocupação (de 6,8% em julho para 6,7% em agosto) e tendência altista dos salários reais. Além disso, acreditamos que o Caged registrará sólida geração de empregos formais no mês passado (XP: 225,0 mil; mercado: 237,5 mil). Por fim, o Banco Central divulgará dados do mercado de crédito e de operações monetárias, também relativos a agosto.
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Economia
Dados de inflação, renda e despesas pessoais nos EUA no centro das atenções; no Brasil, Banco Central divulga projeções de inflação mais distantes da meta de 3%
- A economia dos EUA cresceu mais do que o inicialmente estimado em 2023, refletindo números mais fortes de investimento corporativo e consumo das famílias. Segundo a revisão anual do Departamento de Comércio, o PIB dos EUA cresceu 2,9% no ano passado, acima dos 2,5% reportados anteriormente. O ritmo de crescimento econômico em 2022 foi revisado de 1,9% para 2,5%. Enquanto isso, o PIB aumentou a uma taxa não revisada de 3,0% no 2º trimestre de 2024 (terceira e última estimativa, em termos anualizados), após ganho de 1,6% no 1º trimestre. Ademais, os pedidos iniciais de seguro-desemprego nos EUA recuaram para 218 mil na semana encerrada em 21/09, abaixo dos 222 mil na semana anterior, conforme divulgado ontem. As solicitações declinaram mais do que o esperado (223 mil), indicando solidez do mercado de trabalho local;
- Na agenda internacional desta sexta-feira, atenções voltadas para a divulgação do núcleo do deflator PCE (despesas de consumo pessoal dos EUA), o índice de inflação favorito do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Estimamos elevação mensal de 0,22% em agosto, que levaria a inflação anual a subir de 2,62% para 2,74%. A categoria de bens deve mostrar deflação no mês (-0,07%), enquanto as categorias de serviços subjacentes (0,29%) e habitação (0,43%) tendem a mostrar aceleração. Além disso, os agentes de mercado irão monitorar de perto os resultados de despesa e renda pessoal em agosto, especialmente devido à maior relevância que os indicadores de crescimento de alta-frequência passaram a ter no período recente. A mediana das estimativas de mercado aponta para avanços mensais de 0,3% e 0,4%, respectivamente;
- O Banco Central do Brasil publicou ontem seu Relatório de Inflação do 3º trimestre de 2024. A nosso ver, o documento trouxe a mesma sinalização da última ata do Copom (Comitê de Política Monetária). Em comparação ao relatório anterior, as projeções de inflação subiram ao longo de todo o período considerado, distanciando-se ainda mais da meta de 3%. Esse aumento decorreu principalmente da (i) atividade econômica mais forte do que o antecipado, levando a uma ampliação ao redor de 0,5 p.p. na estimativa de hiato do produto; (ii) depreciação da taxa de câmbio; e (iii) elevação das expectativas inflacionárias. Tais fatores mais do que compensaram os efeitos da queda nos preços do petróleo e da alta dos juros reais. No cenário de referência, que considera a taxa Selic prevista no Boletim Focus, o Banco Central divulgou as seguintes mudanças nas previsões de inflação: de 4,0% para 4,3% em 2024; de 3,4% para 3,7% em 2025; de 3,2% para 3,5% no 2º trimestre de 2026 (horizonte relevante de política monetária na próxima reunião do Copom, em novembro); de 3,2% para 3,3% em 2026; e de 3,2% para o 1º trimestre de 2027. Ou seja, inflação acima da meta em todo o horizonte de projeção. Neste sentido, o Banco Central manteve o horizonte relevante de política monetária em seis trimestres à frente, mas destacou que passará a publicar suas previsões de inflação para os próximos dez trimestres. Ademais, o Banco Central revisou sua expectativa de crescimento real do PIB em 2024, de 2,3% para 3,2%. Para 2025, a instituição prevê alta de 2,0%. Em resumo, continuamos a projetar que o Copom elevará a taxa Selic até 12,00% no início de 2025, após aumentos de: 0,50 p.p. em novembro; 0,50 p.p. em dezembro; e 0,25 p.p. em janeiro. Reconhecemos riscos altistas em torno deste cenário;
- Na agenda doméstica, destaque para as estatísticas sobre o mercado de trabalho. A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) deve mostrar ligeira queda na taxa de desocupação (de 6,8% em julho para 6,7% em agosto) e tendência altista dos salários reais. Além disso, acreditamos que o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) registrará sólida geração de empregos formais no mês passado (XP: 225,0 mil; mercado: 237,5 mil). Por fim, o Banco Central divulgará dados do mercado de crédito e de operações monetárias, também relativos a agosto.
Empresas
XP Agronegócio | Quão arriscados são os atrasos no plantio?
- O plantio de soja ainda não está atrasado, mas estará dado o clima da próxima semana. Na semana seguinte, o modelo ECMWF (europeu) está mais úmido, o GFS (americano) mais seco e o mercado está buscando medir risco sem certeza climática.
- Acreditamos que os números da safra não devem mudar, especialmente a soja, onde o plantio mais tarde é positivo, e há upside de área versus nossa projeção. Para o milho, o atraso aumenta o perfil de risco da safra, mas não deve alterar as intenções de plantio, mantemos nossa previsão de área.
- Inclusive, com os preços do milho subindo 10% no mês, a área pode ser incentivada. Em última análise, é a chuva que faz a safra, e as produtividades do milho dependem das chuvas do 2T25.
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Data Expert | Carrinho XP: Entendendo a performance do varejo com o aumento de juros
- Após a deterioração das curvas de juro futuras no Brasil, neste relatório, fizemos uma adaptação do estudo da nossa equipe de estratégia para analisar mais de perto o desempenho das ações dos varejistas ao longo dos ciclos de taxas de juros;
- Embora o varejo, de modo geral, tenha uma performance inferior ao de outros setores em ciclos de aperto, observamos que CRFB, AZZA e MGLU estão apresentando performance pior aos seus retornos em ciclos de alta passados, provavelmente devido aos fundamentos específicos de cada companhia;
- Também nos aprofundamos nos modelos de fatores da nossa equipe de estratégia e chegamos à conclusão de que os fatores de Qualidade e Baixo Risco tendem a superar o Ibovespa quando os mercados começam a precificar o aumento das taxas, com VULC e VIVA com pontuações altas em ambos;
- Em resumo, um ciclo de alta é um desafio para a nossa cobertura e a análise reitera nossa preferência por companhias que apresentam crescimento, baixa alavancagem e melhoria de margens à frente, como VIVA, SMFT e CEAB, ao mesmo tempo em que confirma que o valuation da AZZA é atraente.
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Varejo XP: Feedback do Mercado Livre Experience 2024
- Esta semana, nós participamos do Mercado Livre Experience e trazemos as principais conclusões que tiramos do evento:
- A empresa aproveitou a oportunidade para anunciar e promover oficialmente as principais iniciativas;
- O MELI também atualizou seu programa de fidelidade, que agora conta com duas ofertas distintas: Essencial (R$9,9/mês) e Total (R$27,9/mês);
- A companhia reforçou o seu foco na categoria de vestuário, expandindo o programa para digitalizar os lojistas que ainda não vendem online;
- Os executivos destacaram que a IA está sendo utilizada para apoiar os níveis de serviço/oferta;
- Por fim, notamos que os anúncios continuam ocupando um lugar central, com um maior número de apresentações e stands;
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Telefônica Brasil / Vivo (VIVT3): Desbloqueando valor na mudança regulatória para autorização
- A Vivo chegou a um acordo para migrar sua concessão de voz fixa em SP para um regime de autorização;
- A empresa deve investir R$ 4,5 bilhões em sua rede, mantendo os serviços de telefonia até 2028. Essa migração deve permitir o desligamento de sua rede legado, resultando em economia anual estimada de R$ 1 bilhão e potencial de venda de ativos de até R$ 6,5 bilhões;
- Além disso, a migração permitirá a eliminação de passivos relacionados à concessão (~R$ 1 bilhão). Analisamos dois cenários e destacamos a sinergia com o atual plano de investimentos da Vivo;
- Reiteramos nossa recomendação de COMPRA para VIVT3 com um TP YE24 de R$ 64/sh.
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Em encontro com investidores em NY, BB defende modelo de governança e indica ROE de 20% em 2025 (Valor);
- Itaú anuncia renúncia de Marina Bellini, única mulher do comitê executivo (Valor);
- Banco do Brasil passa a permitir que cliente faça Pix com limite do cartão de crédito (Broadcast);
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- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Acordo com Anatel pode gerar ganhos de R$ 5,15 por ação para a Vivo, diz XP (Brazil Journal);
- Operadoras testam tecnologia que deve anteceder o 6G (Valor);
- Microsoft vai investir R$ 14,7 bilhões no Brasil, diz CEO global (Valor);
- Obra em andamento, 5G acelera no Brasil (Valor);
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- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Bebidas
- AB InBev cites demand for investment in Los Angeles brewery – JustDrinks
- Alimentos
- Costco says doing ‘a little bit of everything’ to prepare for US port strike – Reuters
- US farmers call for vaccine option to fight bird flu as wildfowl migration begins – Reuters
- Agro
- Basf passa a tesoura nos dividendos e confirma planos de IPO para divisão agrícola – AgFeed
- Atraso no plantio da soja posterga compras de fertilizantes para 2ª safra de milho 2025 – NotíciasAgrícolas
- Biocombustíveis
- Índia considera elevar preços do açúcar e do etanol, diz ministro – NovaCana
- Federação discute a volta da “queima prescrita” da cana em SP, afirma executivo – GloboRural
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- Bebidas
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Farmacêuticas vencem na Justiça disputa sobre isenção de ICMS (Valor Econômico);
- Amil e Dasa devem ganhar aval para criar 2ª maior rede de hospitais do Brasil (Folha);
- Odontoprev (ODPV3): Distribuição de JCP (RI da Companhia);
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields dip ahead of key inflation data (CNBC);
- Mercado vê aperto mais forte na Selic após projeções do BC para IPCA (Valor Econômico);
- Em mais uma RJ do campo, Portal Agro tem R$ 249 milhões em CRAs (Pipeline);
- Fitch Revisa Perspectiva da Ambipar para Positiva e Afirma Ratings ‘BB-‘/’AA-(bra)’ (Fitch);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Estratégia
China: estímulos econômicos e disparada das bolsas | Gráfico da Semana
- Nessa semana, o governo chinês anunciou uma série de estímulos, em resposta ao enfraquecimento da economia e em sinal de comprometimento com a meta de crescimento do país;
- Na terça-feira, o banco central chinês (PBoC) anunciou que irá realizar cortes nas taxas de juros de referência e taxas de depósito compulsório, incentivos ao mercado imobiliário, um programa de financiamento para recompra de ações por empresas, entre outras políticas, que animaram o mercado;
- Já na quinta-feira, o governo afirmou que fará o necessário para atingir a meta de 5% de crescimento do PIB, incluindo valer-se de instrumentos fiscais;
- Os estímulos foram suficientes para criar um movimento de recuperação, com as bolsas chinesas apresentando forte alta e o MSCI China subindo mais de 6% desde a terça-feira;
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Grupo Portal Agro pede recuperação judicial e coloca Fiagros em alerta (Valor Investe);
- Globo vai sair? Fundo imobiliário VINO11 desmente negociação sobre imóvel em SP (Fiis);
- Prédio icônico da Faria Lima é avaliado em R$ 1,2 bi em transação; XP vende fatia (O Globo);
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ESG
Microsoft anuncia investimento de R$ 14,7 bi em infraestrutura de computação em nuvem e IA no Brasil | Café com ESG, 27/09
- O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 1,08% e 0,90%, respectivamente.
- Do lado das empresas, (i) o executivo-chefe global da Microsoft, Satya Nadella, anunciou ontem que a empresa investirá R$ 14,7 bilhões no Brasil, em três anos, para ampliar a infraestrutura de computação em nuvem e inteligência artificial; e (ii) a Shell, Equinor e TotalEnergies anunciaram ontem que seu projeto de armazenamento de dióxido de carbono (CO2) na costa oeste da Noruega está concluído e pronto para receber CO2, com suas primeiras entregas previstas para o próximo ano – a primeira fase do projeto Northern Lights pode injetar 37,5 milhões de toneladas métricas de CO2 em um período de 25 anos.
- Na política, a União Europeia deve votar, na próxima semana, as novas tarifas de importação para veículos elétricos fabricados na China, após a votação programada para terça-feira (25) ter sido adiada – de forma geral, é esperado que os 27 países da UE votem, em conjunto, a favor de impor tarifas variáveis sobre veículos elétricos chineses, medida anunciada pela Comissão Europeia em junho.
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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