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PagBank (PAGS): Fechando o semestre a todo vapor | Revisão 2T24

Análise do resultado do PagBank do 2T24.

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O Pagbank apresentou outro conjunto de resultados sólidos no 2T, superando nossos números e consenso. O lucro líquido atingiu R$ 504 milhões, crescimento de 31% A/A e em linha com nossas expectativas. Olhando para receitas, TPV e lucro líquido em comparação com o consenso, o Pagbank superou todas as métricas (3,5%, 8,7%, 3,8%, respectivamente). Vale destacar o TPV e as receitas impulsionadas por todos os segmentos de clientes, crescendo 34% e 19%, respectivamente. A empresa continua a impressionar em todas as suas métricas bancárias, alcançando aumentos significativos em caixa e depósitos. Em relação à carteira de crédito, apesar do aumento do conservadorismo da companhia, destaca-se que houve um crescimento de 6% T/T. O NPL>90 continua a cair, impulsionado principalmente pela estratégia do Pagbank de crescer em produtos seguros. Além dos fortes resultados, a empresa revisou seu guidance para cima para o ano em todas as principais métricas. De modo geral, reiteramos nossa recomendação de Compra e preço-alvo de US$ 19/ação para 2025.

O PagBank apresentou uma receita total de R$ 4,6 bi no 2º trimestre, um aumento de 5,8% e 19,1% T/T e A/A (+4% vs XPe), respectivamente. Este sólido desempenho reflete o crescimento em Pagamentos (+17,2% A/A) e em Bancário (+41,1% A/A). No que diz respeito aos pagamentos, o crescimento deveu-se principalmente ao crescimento do TPV. Do lado Bancário, o destaque foi para os ganhos com as aplicações financeiras, que se beneficiam do aumento dos depósitos, da receita de juros do aumento da carteira de crédito e do aumento das taxas de serviço de conta, atreladas ao maior engajamento e caixa no período.

O total de clientes atingiu 31,6 milhões, 7,4% maior A/A, consistindo em 17,7 milhões de clientes ativos. A razão clientes ativos/total de clientes aumentou 6 p.p. e terminou o trimestre em 56%. Este aumento deveu-se, sobretudo, ao crescimento dos Clientes Bancários, que mais do que compensou a quebra dos clientes ativos “Bancário + Pagamentos” (-4,0% A/A) e Pagamentos (-28,3% A/A).

O Volume Total de Pagamentos (TPV) registrou R$ 124,4 bi, um salto A/A de 34,2%, impulsionado por todos os segmentos de comerciantes. Além disso, o TPV de MSMB subiu 27,8% A/A (+23,6% A/A no 1T24), mais uma vez impulsionado por fortes vendas de POS, maior participação de carteira por cliente, aumento do uso de PIX QR Code em dispositivos POS, maior produtividade em HUBs combinada com expansão geográfica. Do lado de Grandes Comerciantes, e-Commerce e Cross-Border (LMEC), o TPV acelerou e cresceu +49,6% A/A (vs +34,9% no trimestre anterior), principalmente devido à maior demanda por serviços de comerciantes que processam mais de R$ 1 milhão em TPV por mês, crescimento em Pagamentos Online e maior aceitação do método de pagamento PIX QR Code. O forte desempenho durante o primeiro semestre levou a empresa a revisar para cima seu guidance de TPV para o ano, de 12-16% de crescimento para 22-28% de crescimento.

Os Comerciantes ativos, compostos por Clientes Bancários + Pagamentos e Clientes de Pagamentos (autônomo), encerrou o trimestre com um total de 6,4 milhões, 0,7% e 4,8% menores que o 1T24 e 2T23, respectivamente. Esta queda foi, em mais um trimestre, explicada pela diminuição do número de nanocomerciantes (menos de R$ 1k/mês de TPV), de acordo com a estratégia da empresa. O crescimento do TPV, combinado com o menor número de comerciantes ativos, levou o TPV por comerciante a atingir R$ 19,2 mil, um aumento de 12,2% e 42,0% em relação ao trimestre anterior e ao ano anterior, respectivamente.

No setor bancário, o PagBank registrou um desempenho sólido com aumento em vários KPIs, como: 17 milhões de clientes bancários ativos (+4,9% A/A e +1,2% T/T); R$ 2,9 bilhões em Carteira de Crédito (+10,9% A/A e +6,3% T/T); e R$ 34,2 bilhões em Depósitos Totais (+87,2% A/A e +12,0% T/T). Do lado da Carteira de Crédito, o crescimento deveu-se, em grande parte, aos produtos garantidos, que já representam 80% da carteira e têm vindo a reduzir os NPLs (NPL>90 encerrou o trimestre em 3,2% vs 4,5% no trimestre anterior). Com relação aos depósitos, a empresa tem conseguido manter o ritmo de crescimento, diminuindo o Rendimento Percentual Médio (APY), o custo de captação, abaixo de 68% do CDI.

A robusta evolução dos Depósitos vem melhorando o mix de captação, permitindo que a companhia diminua suas despesas com a Securitização de Recebíveis. Isso reforça nossa visão positiva em relação à combinação de serviços bancários com pagamentos.

O Lucro Bruto totalizou R$ 1,8 bi, representando um aumento de +21,7% A/A. O desempenho foi impulsionado principalmente pelo desempenho de Pagamentos e menores perdas, além da estratégia de captação lastreada em depósitos, reduzindo o custo médio de capital. Como porcentagem do Volume Total de Pagamentos (TPV), a taxa de Lucro Bruto foi menor em relação ao 1T23 e ao 4T23, atingindo 1,46% no trimestre. Em nossa opinião, essa queda reflete o crescimento mais rápido do LMEC (vs MSMB), que tem margens mais baixas.

Em relação aos Pagamentos, que somaram lucro bruto de R$ 1,6 bi (+18,2% A/A), o salto foi impulsionado principalmente pelo crescimento do TPV com a queda das taxas de take. No setor bancário, o lucro bruto saltou +48,4% A/A, impulsionado principalmente pelo aumento da receita de juros derivada da carteira de crédito, além de maiores ganhos em aplicações financeiras experimentados no período.

Os Custos e Despesas Totais (GAAP) registraram R$ 4,0 bi no 2º trimestre, +19,1% A/A em grande parte devido a: i) Custo de Vendas e Serviços crescendo 20,9% A/A, principalmente devido ao crescimento do TPV, levando a um aumento nominal das taxas de intercâmbio e bandeiras de cartão; e ii) Despesas de Vendas crescendo 45,7% A/A, impulsionadas pelo aumento do número de funcionários da equipe comercial para expansão geográfica e despesas de marketing, parcialmente compensadas por menores perdas (chargebacks e provisões de ECL).

Os efeitos acima mencionados, combinados com uma menor alíquota efetiva de 12,8% (15,7% no 1T24 e 20,6% no 2T23), ajudados pelo FIDC e pelos benefícios da elegibilidade da Lei do Bem, levaram o Lucro Líquido (GAAP) a atingir R$ 504 milhões (+4,4% T/T, +30,8% A/A), em linha com nossas estimativas.

Por fim, o PagBank revisou seu guidance para 2024. As mudanças foram:

D&A + Baixa de PDV (anterior: R$ 1,9bi a 2,0bi | novo: R$ 1,7bi a R$ 1,8bi).

Volume Total de Pagamentos (anterior: R$ 441bi a 457bi | novo: R$ 480bi a 505bi);

Lucro Líquido (anterior: R$ 2,05bi a 2,15bi | novo: R$ 2,1bi a 2,2bi);

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