Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• Após pregões no negativo, o Ibovespa concluiu a semana mais curta com ganhos de 1,6%, enquanto o ISE subiu 2,5%. O pregão de sexta-feira, por sua vez, terminou em território positivo, com o IBOV e o ISE em alta de 1,09% e 1,79%, respectivamente.
• Do lado das empresas, a Kora, rede de hospitais controlada pela gestora HIG, informou que seu principal acionista solicitou a saída da companhia do Novo Mercado, com dispensa de realização de oferta pública de aquisição de ações (OPA) - a proposta, a ser discutida em assembleia geral extraordinária, é de que a Kora migre para o segmento básico de listagem da B3, sob a visão de que, segundo a HIG, “a participação da companhia no Novo Mercado da B3, apesar de seus muitos e inegáveis aspectos positivos, restringe algumas das alternativas disponíveis para o financiamento e a expansão de suas atividades, (...)”.
• Na política local, (i) o governo brasileiro assinou na sexta-feira (3/5) um acordo de cooperação industrial com o Japão com foco na economia verde - assinado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e o ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão, Ken Saitô, o documento sobre cooperação industrial aborda descarbonização, economia circular, mobilidade verde e bioeconomia como oportunidades de negócios, assim como economia digital e desenvolvimento de cadeias de valor global; e (ii) durante reunião realizada em Santa Maria, no Rio Grande do Sul - com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de ministros e do governador Eduardo Leite -, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, propôs uma excepcionalidade fiscal semelhante àquela adotada durante a pandemia de covid-19 para permitir que os governos possam dispor de mais recursos e invistam em infraestrutura adaptativa para eventos climáticos extremos, especialmente nos municípios mais vulneráveis.
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Brasil
Empresas
Eletronuclear inicia transferência de combustíveis nucleares para unidade de armazenamento a seco
"A Eletronuclear, estatal que controla as usinas nucleares de Angra 1 e 2, deu início à segunda campanha de transferência de elementos combustíveis do urânio utilizados pelas centrais para a Unidade de Armazenamento Complementar a Seco de Combustível Irradiado (UAS), localizada dentro da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA). Na primeira fase, que teve início em 26 de abril e está prevista para terminar no dia 30 de setembro, serão transferidos apenas os elementos de Angra 2. A movimentação dos combustíveis de Angra 1 para a UAS acontecerá em 2025 e em 2026, na segunda fase, quando será concluída a atual campanha. Os trabalhos não afetam o funcionamento da unidade, que segue operando com capacidade máxima e conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Ao Valor, o coordenador da segunda campanha da UAS, Júlio César dos Santos, explica que após três ciclos de operação, o urânio perde a capacidade e encerra sua vida útil e vai para as piscinas especiais de resfriamento e possível reciclo. “Com essa ação, os combustíveis usados serão transferidos para os cascos de armazenamento, construídos em aço e concreto, abrindo espaço nas piscinas para receber novos elementos usados e, assim, garantir a continuidade operacional das usinas. Assim, a empresa vai aumentar a vida útil das suas piscinas. De Angra 1 em 20 anos e de Angra 2 em mais 10 anos”, diz Santos. Ele frisa que os combustíveis usados não são considerados rejeitos radioativos, pois ainda contêm grande potencial energético, que podem ser reaproveitados no futuro. Países como Rússia, França e Japão já reciclam esse material. O Brasil não faz a reciclagem, isso pois têm jazidas de urânio em que a extração é um processo mais barato."
Fonte: Valor Econômico, 03/05/2024
Petrobras promete R$ 20 milhões para pesquisas sobre hidrogênio branco
"A Petrobras anunciou que vai investir R$ 20 milhões em pesquisas sobre os processos de geração e viabilidade de extração do hidrogênio natural no Brasil, também chamado de hidrogênio geológico ou branco, que é produzido naturalmente na crosta terrestre. A Petrobras é a maior consumidora de hidrogênio cinza do Brasil, de origem fóssil, e vem buscando alternativas para descarbonizar seus processos de refino. A estatal também avalia a produção de hidrogênio verde, a partir da eletrólise. O hidrogênio natural é considerado um potencial recurso de energia renovável, cuja utilização não gera gases de efeito estufa (GEE). Também pode ser encontrado nas profundezas da crosta oceânica ou em gases vulcânicos e sistemas hidrotermais. O trabalho de pesquisa sobre o tema ocorre desde outubro de 2023, inicialmente no estado da Bahia, com previsão de ser realizado em outros estados do País, informa a companhia. Em março, a empresa promoveu o primeiro Workshop de Hidrogênio Natural, no Centro de Pesquisa (Cenpes), no Rio de Janeiro, reunindo estudiosos do Brasil e do exterior, com objetivo de capacitar o seu corpo técnico. Segundo a estatal, a realização das pesquisas e o teste de ferramentas para prospecção do hidrogênio natural envolvem parcerias com instituições e empresas nacionais e internacionais. "O hidrogênio é uma das alternativas mais promissoras para o atingimento das metas de descarbonização. A Petrobras está, conforme previsto em seu Planejamento Estratégico, estudando a cadeia de valor do hidrogênio com estudos de projetos, parcerias estratégicas com foco no mercado de produtos e atividades de pesquisa e desenvolvimento", disse em nota o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos José do Nascimento Travassos."
Fonte: Exame, 03/05/2024
Brasil pode se tornar farol para o mundo na transição energética, diz Morgan Stanley
"O chamado "nearshoring", ou seja, a realocação de cadeias de suprimentos para perto de economias avançadas, não representa, necessariamente, uma oportunidade para o Brasil, avalia a vice-presidente do Morgan Stanley e coordenadora do Centro de Excelência ESG do banco americano, Melissa James, em entrevista ao Valor. Apesar de não estar entre os potenciais grandes beneficiados desse processo de mudança, "o país tem uma tremenda oportunidade de se tornar líder global na transição energética", afirma. "O Brasil está numa posição única para desempenhar um papel importante na transição energética e se tornar um farol para o mundo", avalia a especialista. James enumera entre os diferenciais do país a a abundância de recursos naturais, a maior biodiversidade do planeta, grandes extensões de terras cultiváveis, muitas fontes de energia renováveis e uma matriz com cerca de metade da energia produzida por fontes renováveis, como hidrelétrica, eólica e solar e biocombustíveis. "Essa combinação de pontos fortes realmente posiciona o Brasil de maneira única para ser um líder." A executiva vê ainda o fato de o país estar na presidência do G20, grupo das 20 maiores economias do planeta, neste ano e sediando a Cop 30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas ) em 2025, como fatores extras para levar essa mensagem ao mundo. "O Brasil está na presidência do G20, e depois, em 2025, sediando a Cop 30 e isso, provavelmente, lhes dará uma plataforma adicional para realmente ajudar a liderar o mundo na direção que precisamos seguir", afirma." O Brasil também exibe ainda um potencial de crescimento do mercado de finanças verdes, avalia a representante do banco americano. "Uma das razões pelas quais vim visitar o país é que vemos o Brasil como uma área potencial de crescimento real no mercado de financiamento verde", afirma."
Fonte: Valor Econômico, 03/05/2024
Avanço da agenda de sustentabilidade aproxima mercado financeiro da economia real
"Com o tema “O olhar do mercado de capitais para o Desenvolvimento da Agenda ESG”, a Fundação Dom Cabral, reuniu na última quinta-feira (25 de abril) executivos C-level, conselheiros e especialistas em sustentabilidade em São Paulo, em evento do Centro de Referência em Inovação (CRI). No conjunto, os painéis mostraram que a pauta de sustentabilidade está avançando rápido no setor financeiro, puxada, em partes, pela regulação e autorregulação, mas também pelo esforço de companhias e gestoras de investimentos dedicadas ao tema. “O ESG está obrigando o mercado financeiro a se aproximar da economia real. Até pouco tempo, o mercado financeiro não necessariamente estava próximo”, comenta José Pugas, sócio e líder de sustentabilidade da gestora de investimento JGP. Ele explica que vê dois movimentos acontecendo de forma paralela: de um lado, muitos fundos de investimentos tradicionais têm adotado filtros de sustentabilidade em suas teses, especialmente para evitar expor o dinheiro de clientes a riscos climáticos, sociais e ambientais; e, por outro, o tema de investimentos sustentáveis, cuja tese persegue ativos engajados na temática, diz, tem ganhado tração “gigantesca”. “É um caminho incontornável e irreversível”, acredita Pugas."
Fonte: Valor Econômico, 03/05/2024
Kora: Gestora HIG, controladora da rede hospitalar, pede saída do Novo Mercado
"A Kora, rede de hospitais controlada pela gestora HIG com 68,4%, informou que seu principal acionista solicitou a saída da companhia do Novo Mercado, com dispensa de realização de oferta pública de aquisição de ações (OPA). A proposta, a ser discutida em assembleia geral extraordinária, é de que a Kora migre para o segmento básico de listagem da B3. A companhia tem uma alavancagem de quase 4 vezes seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). Segundo fontes, já houve tentativas de vender ativos da rede hospitalar, mas não houve avanços. Neste ano, as ações acumulam queda de 34,62%. Em comunicado, a HIG informa que “no atual cenário, a participação da companhia no Novo Mercado da B3, apesar de seus muitos e inegáveis aspectos positivos, restringe algumas das alternativas disponíveis para o financiamento e a expansão de suas atividades, incluindo, por exemplo, a possibilidade de captação de recursos por meio da emissão de ações preferenciais e a realização de operações de combinação de negócios com empresas nacionais e estrangeiras que atualmente não integram o Novo Mercado.” O acionista informa ainda que a companhia vem tendo dificuldades em manter a fatia mínima de ações da Kora. Atualmente, está em 20,29%."
Fonte: Valor Econômico, 05/05/2024
Política
Brasil e Japão vão cooperar em descarbonização industrial e bioeconomia
"O governo brasileiro assinou nesta sexta (3/5) um acordo de cooperação industrial com o Japão com foco na economia verde. Transição energética e mudanças climáticas integraram a agenda do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, em visita ao Brasil esta semana. Assinado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e o ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão, Ken Saitô, o documento sobre cooperação industrial aborda descarbonização, economia circular, mobilidade verde e bioeconomia como oportunidades de negócios, assim como economia digital e desenvolvimento de cadeias de valor global. “O acordo tem como uma das principais metas elevar a cooperação industrial entre os dois países a uma nova dimensão, focando não apenas na quantidade, mas também na qualidade das parcerias”, diz o MDIC em nota. A intenção, segundo o governo brasileiro, é incentivar a transferência de tecnologia e promover o desenvolvimento local de pesquisa, inclusive ampliando o diálogo regulatório. Faz parte do esforço da gestão Lula de atrair parceiros com recursos para investir em áreas consideradas estratégicas para o plano de neoindustrialização do país. A visão é que o Brasil, assim como outros países da América do Sul e África – historicamente explorados – deve aproveitar sua posição estratégica como fornecedor de insumos para transição energética."
Fonte: Epbr, 03/05/2024
Ministra propõe exceção fiscal para gastos com eventos climáticos
"A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, propôs uma excepcionalidade fiscal semelhante àquela adotada durante a pandemia de covid-19 para permitir que os governos possam dispor de mais recursos e invistam em infraestrutura adaptativa para eventos climáticos extremos, especialmente nos municípios mais vulneráveis. A declaração foi dada durante uma reunião, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que contou com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de ministros, do governador Eduardo Leite, e de prefeitos de cidades gaúchas atingidas por tempestades e enchentes desde o início desta semana. “Neste caso, nós vamos ter que fazer uma excepcionalidade para que, durante todo ano, a gente possa fazer as intervenções, seja em relação à remoção de população, mudança no código diretor das cidades, no gabarito das cidades, e também para mudar todo o processo de licitação para infraestrutura. Senão, nós vamos construir uma ponte atrás da outra, e ela vai cair”, indicou a ministra. Ela salientou a necessidade de dialogar com o Ministério Público e os tribunais de contas, órgãos que fiscalizam a execução dos orçamentos públicos. De acordo com a ministra, citando dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), 1.038 municípios brasileiros estão suscetíveis a eventos climáticos extremos, como excesso de chuvas ou secas severas, mas essa base deve subir para mais de 1,9 mil cidades por conta do agravamento das mudanças do clima."
Fonte: Epbr, 03/05/2024
Brasil reforça defesa de biocombustíveis marítimos com receio de imposto de carbono
"O Brasil tem defendido em negociações internacionais o uso de biocombustíveis para descarbonizar o transporte marítimo, em alternativa às propostas de criação para uma taxa de emissões de navios. Uma eventual taxação é percebida como um grande ônus pelo agronegócio nacional. O temor é que as exportações brasileiras percam competitividade, principalmente nas negociações com a Ásia, caso a Organização Marítima Internacional (IMO) opte por taxar o transporte marítimo pelas emissões. Nos organismos internacionais, o Brasil costuma adotar a defesa de que as medidas para descarbonização sejam “tecnologicamente agnósticas”, ou seja, não favoreçam uma fonte em detrimento de outra. Existe uma resistência histórica dos europeus ao uso de biocombustíveis, pelo argumento da competição com a produção de alimentos e problemas de desmatamento. A expectativa é de que a IMO estabeleça novas medidas para reduzir as emissões marítimas até abril de 2025. O secretário do Ministério de Relações Exteriores, Bruno Arruda, afirmou que tem ganhado tração no órgão multilateral a defesa de uma taxa universal sobre as emissões nas transações marítimas. “Isso gera um sobrepreço que é repassado para o frete e para o consumidor final”, disse durante o seminário Transição Energética no Mar organizado pelo BNDES em parceria com a FGV esta semana. “Os produtos que exportamos, como bens agrícolas e alimentos, são mais sensíveis [a uma taxação]. Eles chegariam ao consumidor final com um preço mais elevado, por essa medida”, acrescentou."
Fonte: Epbr, 03/05/2024
Brasil tem recorde de queimadas nos quatro primeiros meses de 2024
"O Brasil registrou um número recorde de incêndios florestais de janeiro a abril, com mais de 17 mil identificados, mais da metade deles na amazônia. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) atribuiu o aumento das queimadas aos efeitos das mudanças climáticas, que agravam as secas. Em diversas regiões, os incêndios são uma técnica amplamente utilizada pelo agronegócio para abrir pastagens e áreas para plantação. No total, foram registrados 17.182 incêndios nos primeiros quatro meses de 2024, segundo imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) disponibilizadas nesta quinta-feira (2). O número representa um aumento de 81% em relação ao mesmo período de 2023. A quantidade de incêndios é sem precedentes para esse período desde que os dados começaram a ser compilados, em 1998. O recorde anterior era de 2003, quando ocorreram 16.888 incêndios de janeiro a abril."
Fonte: Valor Econômico, 03/05/2024
Silveira defende transição energética ‘justa e inclusiva’ em encontro com Papa Francisco
"O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, entregou nesta sexta-feira (03) ao Papa Francisco a “Carta aberta do Brasil pela promoção dos princípios para uma transição energética justa e inclusiva, centrada em pessoas”. Os detalhes do encontro, realizado no Vaticano, foram divulgados pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Na audiência com a máxima autoridade da Igreja Católica, Silveira também entregou uma correspondência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com um posicionamento semelhante. No documento, o presidente ressalta a preocupação e o posicionamento manifestado pelo Papa Francisco frente às mudanças climáticas e ao aquecimento global, o que tem ajudado a “despertar a atenção sobre o tema e a cobrar ações efetivas dos países, principalmente os desenvolvidos, no combate à pobreza energética e na construção de consensos em prol do bem comum”. “Compartilho da mesma preocupação que Vossa Santidade tem sobre o estado em que o planeta se encontra atualmente em relação ao aquecimento global, com claros sinais de que se nada for feito em tempo hábil, chegaremos ao ponto de não retorno, com graves consequências sociais, econômicas e ambientais. Por isso, a transição energética deve ser justa, inclusiva e obrigatória”, destaca o ministro, conforme trecho da carta divulgado por sua assessoria. De acordo com o MME, o ministro destacou, no documento, que o Brasil reúne “credenciais positivas” para falar sobre transição energética. Isso porque o país possui uma das matrizes energéticas “mais limpas do mundo”, com quase 50% de fontes renováveis em sua composição, além de deter uma das matrizes elétricas “mais renováveis do mundo”, com cerca de 88% de renováveis."
Fonte: Valor Econômico, 03/05/2024
Contas de luz vão bancar aporte bilionário de Itaipu em obras da COP30; setor elétrico critica
"O setor elétrico criticou duramente a decisão do governo de repassar mais de R$ 1 bilhão do caixa de Itaipu Binacional para obras de infraestrutura urbana em Belém, que vai sediar a conferência climática da ONU (COP30), em 2025. Para especialistas e entidades da área de energia ouvidos pela CNN, trata-se de um uso inadequado das receitas da usina hidrelétrica, além de uma oportunidade desperdiçada de reduzir as contas de luz no país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá participar nesta segunda-feira do ato de assinatura de convênios no valor de R$ 1,3 bilhão entre Itaipu Binacional, o governo do Pará e a Prefeitura de Belém. De acordo com o Palácio do Planalto, os recursos serão usados na qualificação de vias da capital paraense, no aumento da rede de esgotamento sanitário e na revitalização do complexo em torno do mercado histórico de Ver-o-Peso."
Fonte: CNN, 06/05/2024
Internacional
Empresas
Fortescue chega a decisão final de investimento em planta de hidrogênio verde no Arizona
"A Fortescue anunciou na quinta (2/5) a primeira decisão final de investimento (FID, em inglês) de uma instalação para produção de hidrogênio verde nos Estados Unidos, a Arizona Hydrogen, em Buckeye, no Arizona. O grupo australiano planeja investir US$ 550 milhões na produção do combustível a partir da eletrólise com energias renováveis nos EUA. O anúncio da FID ocorreu durante evento que também renomeou a instalação de hidrogênio verde em Buckeye para Arizona Hydrogen. Com empreendimentos na Austrália, Noruega, Marrocos, entre outros países, a Fortescue pretende construir um portfólio global de projetos de energias renováveis, como eólicas, solar fotovoltaica, hidrogênio e amônia verde. No continente americano, o Brasil é um dos países alvo. Em novembro de 2023, a empresa recebeu a primeira licença prévia do hub de hidrogênio verde do Porto do Pecém, no Ceará. O projeto é avaliado em US$ 5 bilhões. Segundo o presidente executivo e fundador da Fortescue, Andrew Forrest, o foco dos investimentos da companhia nos EUA é construir uma cadeia de suprimentos de energia verde em uma escala equivalente à da indústria de petróleo e gás. O Arizona Hydrogen tem capacidade para produzir até 11 mil toneladas de hidrogênio líquido anualmente, de olho na descarbonização do transporte rodoviário pesado, que consome aproximadamente 5 bilhões de galões de diesel anualmente."
Fonte: Epbr, 03/05/2024
Política
Eventos extremos de clima ampliam casos de queda de energia, aponta novo estudo
"Por décadas, moradores do leste de Queens na cidade de Nova York têm reclamado que são mais propensos a perder energia quando há eventos de clima extremo, mesmo quando as luzes em outras partes da cidade permanecem acesas. Um novo estudo que analisa as quedas de energia em todo o estado de Nova York sugere que eles estão certos. Sua conclusão mais ampla - de que diferentes áreas, mesmo dentro do mesmo bairro, podem ser mais vulneráveis a quedas de energia - não se limita apenas a Nova York. “Estamos nos concentrando no estado de Nova York, mas as quedas de energia são um problema crescente nacionalmente”, disse Nina Flores, estudante de doutorado da Universidade de Columbia e autora principal do estudo, que foi publicado na quarta-feira (2) no PLOS Climate. Ela aponta tanto para a rede elétrica envelhecida do país quanto para os danos causados por tempestades cada vez mais severas devido às mudanças climáticas. Uma análise separada publicada no mês passado pelo grupo de pesquisa sem fins lucrativos Climate Central descobriu que, entre 2014 e 2023, os EUA sofreram o dobro de quedas de energia relacionadas ao clima do que tinha acontecido durante a década anterior. Nacionalmente, cerca de 80% das quedas de energia que afetaram pelo menos 50.000 pessoas foram causadas pelo clima, segundo o relatório. Exemplos de quedas de energia relacionadas ao clima estão por toda parte, inclusive no Brasil, como se viu em São Paulo em novembro passado, em que milhões de pessoas ficaram sem luz por dias sem que a empresa concessionária, a Enel, estivesse preparada para fazer os reparos. Em 2021, os efeitos da tempestade de inverno Uri fizeram com que 4,5 milhões de residentes do Texas ficassem sem eletricidade quando as temperaturas caíram abaixo de -14°C - alguns por até quatro dias."
Fonte: Bloomberg Linea, 03/05/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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