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Saneamento em destaque nas emissões verdes; Brasil sai na frente na divulgação ESG; Acordo Mercosul-UE | Brunch com ESG

Nossa visão sobre as principais notícias da semana na agenda ESG

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Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado todos os domingos pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. Setor de saneamento no Brasil levanta capital para soluções climáticas

Na mídia: Saneamento lidera emissões de dívidas ESG no Brasil – Capital Reset, 18 de outubro (link)

Nossa visão: Soluções de finanças sustentáveis buscam alocar capital em projetos ambientais ao redor do mundo, em linha com a crescente demanda pelo desenvolvimento de estratégias de redução de emissões para atingir as metas estabelecidas no Acordo de Paris. Segundo dados da Bloomberg NEF, uma provedora de pesquisa e análise de dados de olho na transição energética, a emissão de dívidas ESG mais do que triplicou globalmente em 2021 em relação a 2020, atingindo US$190 bilhões. Para efeito de comparação, dados da NINT, empresa de consultoria e avaliação ESG, mostram que o mercado de dívidas ESG no Brasil registrou 37 emissões, somando um valor de R$34 bilhões até o momento deste ano, com destaque para o setor de saneamento, ocupando posição de destaque. De forma geral, vemos com bons olhos os esforços da indústria em destravar oportunidades financeiras ligadas aos temas da agenda ESG, especialmente por meio de emissões de dívidas. Por fim, vale destacar que esse mercado desempenha um papel fundamental na captação de recursos para investimentos em inovações climáticas.

#2. CVM assume a liderança na divulgação de sustentabilidade; Empresas têm um prazo de 2 anos para se adaptar

Na mídia: Brasil adotará relatório de sustentabilidade em 2025 – Valor Econômico, 20 de outubro (link)

Nossa visão: Como mencionamos em nosso relatório 'O que muda com as novas normas globais de sustentabilidade do ISSB?' (acesse aqui), o novo conjunto de normas (IFRS S1 e S2) da International Sustainability Standards Board (ISSB, na sigla em inglês) foi criado com o objetivo de desenvolver padrões de alta qualidade, além de impulsionar a divulgação de dados ESG juntamente com os demonstrativos financeiros das empresas. Diante desse cenário, vemos de forma positiva a iniciativa do Brasil de adotar essas regras - mesmo que de forma voluntária nos dois primeiros anos - como um passo na direção certa, contribuindo para expandir e padronizar a divulgação de métricas e indicadores de sustentabilidade pelas empresas brasileiras.

#3. Acordo Mercosul-União Europeia avança; Fundo de €12 bilhões em pauta

Na mídia: Brasil propõe fundo ambiental de 12 bi de euros para fechar acordo com UE - Uol, 20 de outubro (link)

Nossa visão: A adoção de compromissos ambientais ambiciosos é essencial para destravar as negociações entre o Mercosul e a União Europeia, e, assim, destravar oportunidades comerciais, com o acordo ainda pendente devido ao impasse sobre a política climática de países latino-americanos. Nesse sentido, vemos com bons olhos os esforços do Brasil para alcançar um consenso, visando desbloquear um acordo final e atrair capital para financiar projetos climáticos por aqui.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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