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Bolsas globais operam mistas; PMI dos Estados Unidos em destaque

Treasuries americanas e juros no Reino Unido são alguns dos temas de maior destaque nesta sexta-feira, 22/09/2023.

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IBOVESPA -2,15% | 116.145 Pontos

CÂMBIO +1,13% | 4,93/USD

O que pode impactar o mercado hoje

Ibovespa

Em dia de forte aversão a risco nos mercados globais, o Ibovespa fechou a quinta-feira em queda de 2,1%, aos 116.145 pontos. Mesmo com o corte na Selic, a sinalização de que a política monetária deve continuar restritiva nos Estados Unidos pesou no desempenho de ativos brasileiros. Setores sensíveis a juros, como o de varejo, acumularam as maiores perdas no dia.

Renda Fixa

O mercado de renda fixa foi marcado por um dia de volatilidade, com as taxas das Treasuries, títulos soberanos dos EUA, atingindo as máximas em 15 anos. Por aqui, a curva de juros futuras refletiu a maior aversão a risco do mercado e fechou em alta, ganhando inclinação, após o Copom também ter se mostrado cauteloso com o cenário externo. DI Jan/24 fechou em 12,24% para 12,265%; DI Jan/25 saiu de 10,48% para 10,57%, DI Jan/27 passou de 10,39% para 10,55%, e DI Jan/31 variou de 11,23% para 11,39%.

Mercados globais

Nos Estados Unidos, os futuros negociam em alta nesta sexta-feira (S&P 500: 0,2%; Nasdaq 100: 0,4%), em leve recuperação em relação às perdas do dia anterior. A Treasury de 10 anos seguiu avançando na quinta-feira, mas permanece estável no início do pregão de hoje.

Bolsas globais operam mistas. Na China, a bolsas sobem fortemente (CSI 300: 1,8%; HSI: 2,3%), após dados da inflação de Hong Kong mais elevados corroborarem indicadores anteriores de retomada da atividade econômica, e também a expectativa de a China flexibilizar as regras para o investimento estrangeiro nas empresas públicas chinesas. Na Europa, os mercados operam em queda (Stoxx 600: -0,2%), com a perspectiva de juros elevados por um tempo prolongado. O banco central japonês (BOJ) manteve as taxas de juros de curto prazo e de 10 anos inalteradas.

Economia

As taxas dos títulos do tesouro norte-americano atingiram seu valor mais alto em mais de uma década na quinta-feira, refletindo o recente anúncio do Federal Reserve (Fed) de um período prolongado de taxas de juros mais altas, além da expectativa de uma taxa terminal maior.

No Reino Unido, o Banco da Inglaterra surpreendeu e manteve as taxas de juros inalteradas depois de uma leitura mais benigna de inflação, embora tenha mantido aberta a possibilidade de novos ajustes. O Banco do Japão também manteve as taxas de juros inalteradas, reforçando o tom dovish sobre sua política monetária futura, apesar de uma leitura de inflação mais alta que o esperado no mês de agosto. A atividade econômica da zona do Euro continua dando sinais de fraqueza, conforme a última leitura do PMI do HCOB, que mostrou leve alta puxado por serviços, mas permaneceu abaixo da marca de 50 pontos que separa contração de expansão.

No Brasil, tivemos a divulgação da arrecadação federal do mês de agosto, que mostrou queda pelo terceiro mês seguido, puxada pela baixa dos preços de commodities, em menor grau, pela desaceleração econômica. Na agenda econômica do dia, o principal destaque é a divulgação do PMI dos Estados Unidos, que deve mostrar estabilidade no indicador composto, com pequena alta nos serviços e manufatura ainda em contração.

Veja todos os detalhes

Economia

Taxas de títulos dos EUA atingem o máximo da década; PMI deve mostrar estabilidade

  • As taxas dos títulos do Tesouro dos EUA atingiram o seu ponto mais alto em mais de uma década na quinta-feira, principalmente devido ao recente anúncio do Fed de um período prolongado de taxas de juro mais elevadas. Esta alta assinala o fim da era das taxas baixas e teve um impacto notável nos mercados globais. Na quinta-feira, as taxas das treasuries a 10 e 30 anos saltaram mais de 10 pontos base cada, para 4,47% e 4,56%, respectivamente, marcando os seus níveis mais elevados desde outubro de 2007 e abril de 2011. A taxa de 2 anos, sensível à política monetária, atingiu 5,2%, aproximando-se de um dos seus níveis mais elevados desde julho de 2006. Os investidores estão agora reavaliando as suas posições não apenas devido às taxas de juro mais elevadas durante mais tempo, mas também em função da possibilidade de que os custos dos empréstimos nos EUA possam ter aumentado permanentemente;
  • O Banco da Inglaterra suspendeu na quinta-feira a trajetória de elevação das taxas de juro, à medida que a economia britânica desacelerou, mas disse que não considerava como garantida a recente queda da inflação. Um dia depois de uma surpreendente desaceleração no rápido ritmo de crescimento dos preços na Grã-Bretanha, o Comitê de Política Monetária do BoE votou por uma margem estreita de 5-4 para manter a taxa bancária em 5,25%. “Há sinais crescentes de algum impacto de uma política monetária mais restritiva no mercado de trabalho e na dinâmica da economia real em geral”, afirmou o BoE num comunicado. “Seria necessário um maior aperto na política monetária se houvesse evidência de pressões inflacionárias mais persistentes”, afirmou o comunicado, e repetiu a orientação de que a política monetária seria “suficientemente restritiva por tempo suficiente” para levar a inflação de volta à sua meta de 2% de 6,7% em agosto;
  • O Banco do Japão manteve taxas de juro ultrabaixas na sexta-feira e a sua orientação dovish sobre a política monetária futura, sinalizando que não tem pressa em eliminar gradualmente o seu enorme estímulo monetário. Na reunião de dois dias que terminou nesta sexta-feira, o Banco do Japão manteve juros de 0,1% cobrados sobre as reservas excedentes das instituições financeiras depositadas no banco central e uma meta para a taxa dos títulos do governo de 10 anos em torno de 0%. A decisão ocorreu apesar da inflação ao consumidor ter crescido acima das expectativas em agosto. O núcleo da inflação atingiu 3,1%, acima das previsões de 3,0%, enquanto a inflação cheia cresceu 3,2%, bem acima da meta anual de 2% do BOJ;
  • O Índice Composto de Gestores de Compras (PMI) da zona euro do HCOB, compilado pela S&P Global e visto como um bom indicador da saúde econômica geral, subiu para 47,1 em Setembro, ante ao mínimo de 33 meses de Agosto de 46,7. Embora ainda estivesse abaixo da marca de 50 que separa o crescimento da contração, superou as expectativas de uma ligeira queda para 46,5. O PMI de serviços subiu de 47,9 para 48,4, mas passou o segundo mês abaixo da marca de equilíbrio este ano e ficou acima da leitura esperada de 47,7. O PMI industrial está abaixo de 50 desde meados de 2022 e o último índice caiu de 43,5 para 43,4, abaixo do consenso de um aumento para 44,0. O resultado mostra que a economia da zona euro irá provavelmente contrair-se no terceiro trimestre e não voltará a crescer tão cedo;
  • No Brasil, a arrecadação de impostos federais registrou R$ 172,8 bilhões em agosto, diminuindo 4,2% A/A em termos reais. O principal fator para o resultado de agosto foram os impostos sobre o lucro (IRPJ/CSLL), que caíram 23,3% A/A, seguidos pelos impostos de importação, que caíram 17,3% A/A. A arrecadação de agosto continua apresentando tendência de queda para este ano. A queda nos preços das commodities e, em menor medida, a desaceleração econômica afetaram tanto os tributos sobre as sobre os lucros como sobre as importações. Isto foi parcialmente compensado pelo crescimento do PIS/Cofins impulsionado pela reversão dos cortes de impostos sobre gasolina e etanol. Olhando para o futuro, continuamos esperando uma desaceleração na arrecadação de impostos nos próximos meses, uma vez que as recentes revisões do PIB não deverão ter impacto significativo e as medidas implementadas pelo governo continuam apresentando resultados abaixo das expectativas;
  • No calendário econômico de hoje temos a divulgação do S&P Global PMI para a indústria e serviços nos EUA. O consenso é uma queda de 47,9 para 47,0 para o PMI da indústria e um aumento de 50,2 para 50,6 para o PMI dos serviços, levando o PMI composto a permanecer praticamente inalterado. Não há nenhum indicador relevante a ser divulgado no Brasil.

Empresas

Analisando a Concessão “Paraná Lote 2”; Leilão será na próxima semana

  • O próximo leilão de rodovias do Brasil, o Bloco 2 do Paraná, está marcado para a próxima semana;
  • O projeto consiste na releitura de parte da Rodonorte da CCR e da Ecovias da Ecorodovias (ambos os contratos expiraram em 2021), totalizando 604 km de extensão e investimento de R$ 10,8 bilhões;
  • Acreditamos que o conhecido perfil de capex/tráfego pode aumentar o interesse dos players listados neste projeto, apesar de seu grande perfil de capex e da recente demonstrada seletividade da CCR/ECOR;
  • Embora vejamos espaço para retornos positivos, observamos que o grande investimento do projeto pressionaria a geração de FCF das empresas;
  • As propostas estão previstas para serem entregues no dia 25 de setembro, seguida do leilão no dia 29 de setembro;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo

Principais notícias dos setores

Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).

  • Notícias Diárias do Setor Financeiro
    • PicPay anuncia contratação de Sandor Caetano, ex-Nubank, como diretor de dados (Valor);
    • Tendência de desaceleração do crédito dá sinais de estabilização, indica pesquisa da Febraban (Valor);
    • Clima melhora, mas setor de cartões ainda não tem proposta para rotativo (Estadão);
    • Clique aqui para acessar o relatório completo.
  • Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
    • Grupo TIM emite mais € 750 milhões em dívida (telesintese);
    • Oracle reafirma perspectiva de vendas de US$ 65 bilhões até o ano fiscal de 2026 (Valor);
    • Defesa seleciona sistema de cibersegurança em edital milionário (telesintese);
    • Banda larga fixa 5G vai enfrentar desafios no Brasil, projeta Bain (TELETIME);
    • Clique Aqui para acessar o relatório.
  • Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
    • Arrecadação federal cai pelo 3º mês seguido; queda é puxada por empresas (Estadão);
    • Shein muda estratégia de envio para aproximar produtos fabricados na China dos compradores dos EUA (Reuters);
    • L’Oréal prevê que mercado da beleza alcançará 400 bilhões de euros até 2030 (Valor);
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
    • Bebidas
      • Asahi chief warns climate change could lead to beer shortages – Financial Times
    • Alimentos
      • CEO global da JBS defende rastreabilidade “oficial” como solução ambiental – AgFeed
      • A barreira acionária da Salic na BRF – TheAgriBiz
    • Agro
      • Second Grain Ship Leaves Ukrainian Black Sea Port for Egypt – Bloomberg
      • 3tentos recebe autorização para produzir biodiesel em Vera (MT) – GloboRural
    • Clique aqui para acessar o relatório completo.
  • Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
    • Alexandre Silveira diz que proposta para a reestruturação do setor elétrico será enviada em outubro ao Congresso Nacional (MME);
    • Por que privatizar a Sabesp é ruim para a cidade de São Paulo (Folha);
    • Proposta do ministério para enfrentamento de crises de energia pode enfraquecer ANEEL e ONS, dizem especialistas (Agência Infra);
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Combustível XP: As principais notícias que movem o setor de Óleo & Gás
    • Restrição da Rússia pode afetar abastecimento de diesel no Brasil (Petróleo Hoje);
    • Mesmo com cotação em baixa, petróleo tem seu maior superávit (Valor Econômico);
    • Por que o mundo precisa de mais, e não menos, petróleo  (Estado de S. Paulo);
    • Clique aqui para acessar o relatório.

Renda fixa

De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa

  • Estresse nos Treasuries pesa e mercados têm dia negativo (Valor);
  • Quanto mais o governo entregar no fiscal, mais o BC vai poder cortar os juros, diz Figueiredo (Valor);
  • Moagem de cana deve atingir recorde de 624,5 milhões de toneladas no Centro-Sul (Globo Rural);
  • Fitch Afirma Ratings de Subsidiárias da Equatorial em ‘AA+(bra)’; Perspectiva Revisada para Positiva (Fitch);
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Alocação & Fundos

Principais notícias

  • Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
    • Estudo da XP mostra que FIIs têm retorno de 16% em seis meses, contra 6,5% do CDI (Valor Investe);
    • Fundo imobiliário tem dia de fúria e despenca pós-Copom; FII acerta venda de 110 imóveis em SP (Money Times);
    • “Cenário atual é propenso para a indústria de FIIs continuar crescendo no Brasil”, diz diretor de gestão da TG Core Asset (FIIs);
    • Clique aqui para acessar o relatório.

ESG

Ministério da Fazenda lança consulta pública sobre taxonomia sustentável | Café com ESG, 22/09

  • O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE em queda de -2,14% e -1,88%, respectivamente;
  • Do lado das empresas, (i) o Mercado Livre está fechando uma nova rodada de investimentos em projetos de regeneração e reflorestamento na Mata Atlântica e na Amazônia brasileira – desta vez, serão desembolsados R$ 42 milhões para a restauração e conservação de mais de 8,5 mil hectares de floresta, parte de um investimento total na América Latina de mais de R$ 115 milhões; e (ii) segundo o CEO da JBS, Gilberto Tomazoni, a única solução para o Brasil conseguir efetivamente combater o desmatamento é um sistema nacional de rastreabilidade do gado obrigatório – em entrevista para o New York Times, o executivo reforçou que a JBS rastreia seus fornecedores diretos de gado com monitoramento via satélite e seus indiretos com tecnologia blockchain para evitar o desmatamento em sua cadeia de suprimentos;
  • Na política, o Ministério da Fazenda anunciou ontem o lançamento de consulta pública sobre a proposta do governo para uma taxonomia sustentável brasileira, como são chamadas as regras para definir e caracterizar atividades sustentáveis – é a primeira vez que o governo propõe essa padronização, cujo objetivo é orientar investidores, empresas, reguladores e o governo sobre quais são as atividades sustentáveis que podem ser beneficiadas por isso;
  • Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG. 

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