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Raízen é 1ª empresa do mundo a receber certificação para produzir combustível de aviação sustentável | Café com ESG, 22/08

Raízen é a primeira produtora de etanol do mundo a receber a certificação internacional para produzir SAF; Ex-ministro da economia e ex-presidente do BNDES estão prestes a lançar a Yvy

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE em queda de -0,84% e -1%, respectivamente.

• No Brasil, (i) a Raízen é a primeira produtora de etanol do mundo a receber a certificação internacional para produzir combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) – a empresa ganhou o aval para a produção no Parque de Bioenergia Costa Pinto em Piracicaba (SP), cujo etanol cumpre os critérios internacionais do Corsia, um acordo da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI); e (ii) o ex-ministro da Economia Paulo Guedes e o ex-presidente do BNDES, Gustavo Montezano, estão prestes a lançar a Yvy, gestora de recursos que pretende mobilizar capital internacional em escala para projetos que destravem o potencial brasileiro de oferecer soluções nas mais diversas áreas da transição para uma economia de baixo carbono.

• No internacional, um grupo de 32 investidores com AuM de US$7,3 trilhões pressionou o grupo de países do G20 a alinhar os subsídios agrícolas com suas metas climáticas até o fim de 2030 – o grupo, que inclui o maior gestor de ativos da Grã-Bretanha, Legal & General Investment Managers e o braço de fundos do BNP Paribas, conversaram com representantes dos governos, sendo um marco para o engajamento entre investidores e governo.

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Brasil

Empresas

Os planos da Yvy, a gestora ‘verde’ de Guedes e Montezano

“Está prestes a nascer um dos projetos mais ambiciosos no país quando se trata de canalizar capital para a transição verde da economia. Numa casa alugada na região da Cidade Jardim, em São Paulo, aos poucos toma forma a Yvy, gestora de recursos fundada pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes e pelo ex-presidente do BNDES, Gustavo Montezano. Ao lado deles, circulam por ali outros sócios sênior de peso que foram atraídos para a empreitada. Entre eles, o diplomata e ex-diretor geral da Organização Mundial de Comércio (OMC) Roberto Azevedo e o ex-CEO do UBS Pactual e do Bank of America no Brasil Rodrigo Xavier. O endereço por ora é provisório, enquanto o escritório na região da avenida Faria Lima não fica pronto. Mas as ideias já estão avançadas. A gestora pretende mobilizar capital internacional em escala para projetos que destravem o potencial brasileiro de oferecer soluções nas mais diversas áreas da transição para uma economia de baixo carbono. “O mundo está evoluindo na direção de uma economia descarbonizada e, no Brasil, temos um tremendo potencial de suprir demandas internacionais. Mas está faltando quem conecte o capital a bons projetos, de empresas com capacidade de ter escala e rentabilidade”, diz Roberto Azevedo, sentado ao lado de Montezano, na primeira entrevista concedida pelos dos sócios da gestora.”

Fonte: Capital Reset, 21/08/2023

Raízen é primeira no mundo a ter etanol aprovado para aviação

“A Raízen é a primeira produtora de etanol do mundo a receber a certificação internacional para produzir combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), de acordo com comunicado ao mercado nesta manhã. A empresa ganhou o aval para a produção no Parque de Bioenergia Costa Pinto em Piracicaba (SP), cujo etanol cumpre os critérios internacionais do Corsia, um acordo da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), do qual o Brasil é signatário. A certificação foi do tipo ISCC CORSIA Plus (Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation). O SAF é um combustível sustentável que permite a substituição direta do querosene de aviação, sem mudanças estruturais nas aeronaves. O desafio, como de costume em inovações, é o preço, duas a cinco vezes maior que a alternativa fóssil. Tradicionalmente, as companhias aéreas já lidam com margens apertadas e têm no combustível 40% de seus gastos operacionais. Entre os players do mercado, existe uma expectativa de que o Brasil se destaque no cenário mundial de SAF, dada sua vasta expertise na produção de combustíveis sustentáveis. O etanol de segunda geração da Raízen, produzido a partir dos resíduos da cana, é a único certificado até o momento, mas a brasileira Be8 (ex-BSBios) lidera o projeto Omega Green para a produção no Paraguai e a GranBio já recebeu US$ 80 milhões do Departamento de Energia (DoE) americano para demonstrar sua tecnologia.”

Fonte: Capital Reset, 21/08/2023

Com demanda maior do mercado, LAB lança guia para empresas serem mais transparentes sobre sua diversidade

“Nos últimos anos, uma série de novas regulamentações começaram a ser publicadas, com objetivo de incentivar as empresas, especialmente as de capital aberto, a medirem, analisarem e divulgarem suas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG). Entre os principais tópicos está o de diversidade nos quadros corporativos, uma pauta que investidores e consumidores também já começam a cobrar as companhias. Pensando nisso, o Laboratório de Inovação Financeira (LAB), fórum de discussão de tendências do mercado financeiro que envolvem inovação e finanças sustentáveis, desenvolveu e acaba de lançar o “Guia para Transparência em Diversidade nas Empresas Brasileiras”, em parceria com a Anbima, associação do mercado de capitais, e a consultoria Goldenberg Diversidade & Inclusão. “A publicação chega com o propósito de contribuir com iniciativas de mapeamento de informações nas empresas que desejem atuar concretamente na promoção da diversidade”, aponta o LAB em comunicação para divulgar o guia. Boa parte do material foi construído para ajudar as empresas a entenderem e atenderem a Resolução CVM 59, norma que passou a ser exigida esse ano pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As novas regras ampliam a necessidade de divulgação de informações relacionadas aos critérios ambientais, sociais e de governança praticados, incluindo indicadores relacionados à diversidade, considerando a identificação autodeclarada de gênero, cor e raça dos seus colaboradores.”

Fonte: Valor Econômico, 21/08/2023

Mudança climática entra na mira das normas técnicas

“Em entrevista exclusiva, o secretário-geral da International Organization for Standardization (ISO), Sergio Mujica, conta sobre as frentes de trabalho hoje e as iniciativas pioneiras do Brasil com a ABNT como parceira. Em passagem pelo Brasil no início do mês, o secretário-geral da ISO, entidade que padroniza processos e normas técnicas no mundo todo, reforçou em entrevista ao Prática ESG e em encontros com parlamentares e empresários, o protagonismo do país em algumas frentes. Entre elas, Sergio Mujica destaca a agenda ambiental e os impactos das mudanças climáticas nos negócios. “As mudanças climáticas são prioridade e, ao mesmo tempo, um desafio bem grande, que enfrentamos como humanidade”, diz. Mujica comenta que a organização já abrange em suas normas aspectos ambientais e climáticos, a exemplo da ISO 14001, que determina a revisão de processos organizacionais para criar um sistema de gestão ambiental mais controlado e eficiente. “O que mudou é a sensação de urgência”, completa. Diante disso, conta, estão sendo feitas revisões no portfólio de normas para contemplar e responder às exigências das urgências climáticas.”

Fonte: Valor Econômico, 22/08/2023

Gerar retornos ‘aceitáveis’ é barreira para cortar emissões

“Uma pesquisa da consultoria Bain & Company com mais de 608 executivos do setor de energia e óleo e gás em 46 países deixou claro que, apesar de o tema de transição energética ser considerado importante, seu avanço esbarra em desafios, entre eles o financeiro. O terceiro relatório anual de Energia e Recursos Naturais Globais da Bain mostra que quatro em cada cinco respondentes consideram a capacidade de gerar retornos aceitáveis de projetos de descarbonização a principal barreira para reduzir emissões. Entre os brasileiros, a apreensão com esse retorno foi mencionada por 64% dos executivos. Daniela Carbinato, sócia da Bain e líder da prática de ESG para Bens de Consumo nas Américas, comenta ao Prática ESG, que o retorno dos investimentos sempre foi um tópico importante na discussão de transição energética, principalmente porque a indústria de energia é altamente intensiva em capital empregado (capex) e parte dos projetos de transição energética envolve investimentos volumosos, como tecnologia de captura de carbono, por exemplo. “Os projetos do setor se pagam ao longo de 20, 30 anos depois de feito o investimento, ou seja, se baseiam em uma visão de longo prazo”, afirma.”

Fonte: Valor Econômico, 22/08/2023

Política

Equador vota para interromper exploração de petróleo em reserva na Amazônia

“A população do Equador votou no domingo (20) para interromper a exploração de petróleo no Parque Nacional de Yasuni, uma reserva amazônica, após 58% do país votar para interromper os projetos na região. A população de Quito também votou pelo fim dos projetos de mineração na reserva florestal de Choco Andino. A votação que determinou o fim das atividades predatórias nas reservas florestais aconteceram em paralelo à eleição geral do país, cujo segundo turno será disputado entre a esquerdista Luisa González, ligada ao ex-presidente Rafael Correa, que governou o país de 2007 a 2017, e o empresário liberal Daniel Noboa, de centro-direita. Os projetos em desenvolvimento em Yasuni terão o prazo de um ano para serem encerrados. O grupo de defesa de Yasuni, o Yasunidos, declarou que a votação marca o “o triunfo da utopia dos povos e nacionalidades e que o grande vencedor das eleições é o Yasuní”. Instituições como a Petroecuador e o Banco Central do Equador (BCE) estimam que o Estado perderá entre US$ 14 bilhões e US$ 16 bilhões em receitas nos próximos 20 anos com o fim da exploração de petróleo em Yasuni. Já a população de Quito também aprovou a proibição de todos os tipos de mineração (desde a artesanal até as de grande porte) na reserva florestal de Choco Andino.”

Fonte: Valor Econômico, 21/08/2023

Internacional

Empresas

Grupo de investidores pressiona G20 a rever subsídios agrícolas

“Um grupo de 32 investidores que administram US$ 7,3 trilhões em ativos instou o grupo de países mais ricos do G20 a alinhar os subsídios agrícolas com suas metas climáticas e naturais até o final da década, mostrou um comunicado visto pela Reuters. O grupo, que inclui o maior gestor de ativos da Grã-Bretanha, Legal & General Investment Managers (LGEN.L) e o braço de fundos do BNP Paribas (BNPP.PA), emitiu sua primeira ligação para os chefes financeiros dos países antes da cúpula do G20 em setembro. na Índia. A intervenção marca a primeira vez que os investidores se agrupam para lidar com os subsídios globais desta forma, disseram, e segue-se a um pedido mais restrito de 2021 à União Europeia, no meio da preocupação com os riscos da inacção para as carteiras de investimento. Um relatório de 2021 das Nações Unidas afirmou que cerca de 87% dos 540 mil milhões de dólares em subsídios anuais totais aos produtores agrícolas incluíam medidas que distorciam os preços e eram potencialmente prejudiciais para a natureza e a saúde humana. Além disso, os subsídios causaram US$ 4 a US$ 6 trilhões em danos à natureza a cada ano, disse um relatório histórico de 2021 do Reino Unido sobre a economia da biodiversidade. Embora um acordo global para preservar a biodiversidade, incluindo a reforma dos subsídios, tenha sido fechado em dezembro em Montreal, era crucial que os países mais ricos agissem rapidamente, disse Helena Wright, diretora de políticas da Iniciativa FAIRR, um grupo de investidores que administra US$ 70 trilhões focados na agricultura problemas.”

Fonte: Reuters, 21/08/2023

Navios de carga apostam em metanol verde para reduzir emissões, mas baixa oferta impacta

“Os navios de carga estão a encomendar navios movidos a metanol para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, mas serão necessários anos para que a produção de metanol renovável satisfaça a procura e para que os custos caiam, disseram executivos da indústria. O primeiro navio porta-contêineres verde movido a metanol, de propriedade da A.P. Moller-Maersk, partiu da Coreia do Sul em julho. Espera-se que o número de tais embarcações exceda 200 até 2028, contra 30 este ano, prevê a consultoria DNV. Gigantes de contêineres como A.P. Moller-Maersk, CMA CGM e XpressFeeders dominam os livros de pedidos. Eles enviam bens de consumo para empresas como Apple, Nike, Adidas e Walmart e estão apostando no metanol, além de explorar outras opções menos desenvolvidas, como amônia, para atingir suas próprias metas de redução de emissões e as de seus clientes. A Maersk disse que os navios movidos a metanol com opções de combustível duplo custam cerca de 10% a 12% a mais do que os navios convencionais, mas a diferença de preço deve se tornar insignificante a longo prazo, uma vez que os desenvolvedores alcancem economias de escala.”

Fonte: Reuters, 21/08/2023

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


Nossos últimos relatórios

Análise ESG Empresas (Radar ESG)

Mineração & Siderurgia: Um setor desafiador, gradualmente buscando oportunidades; Gerdau à frente dos pares (link)

Orizon (ORVR3): Companhia segue como uma das melhores sob a cobertura da XP (link)

Cosan (CSAN3): Fortalecendo governança e impulsionando a agenda ESG em suas subsidiárias (link)

Outros relatórios de destaque

IDIVERSA: O índice da B3 composto pelas empresas melhores posicionadas em diversidade no Brasil (link)

Cúpula da Amazônia: Boas intenções, mas só parte delas traduzidas em metas claras(link)

ESG: Um guia de bolso das principais regulações no Brasil(link)

Carteira ESG XP: Uma alteração para o mês de agosto (link)

Relatórios Semanais (Brunch com ESG)

Cúpula da Amazônia em foco; Regras da UE para desmatamento geram debate; PETR4 e seu apetite para projetos de energia limpa (link)

Emissões ESG ganham força; JBSS3 e sua meta ‘Net Zero’ para 2040; RenovaBio é reforçado (link)

Sigma Lithium estreia BDRs na B3 e outros destaques (link)


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