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Economia em Destaque: OPEP+ anuncia corte na produção de petróleo e dados econômicos aumentam a probabilidade de juros mais elevados no mundo

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

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Resumo

No cenário internacional, a principal notícia foi a redução da produção diária de petróleo pela OPEP+. Além disso, dados de atividade nos EUA e de inflação na Europa indicam que as altas de juros a um ritmo elevado devem continuar nestas regiões.

No Brasil, o destaque foram os dados da indústria e do comércio de agosto, que vieram em linha com as expectativas. Publicamos o relatório Brasil Macro Mensal de outubro, ressaltando as incertezas do cenário atual.

Cenário internacional

OPEP+ anuncia redução da produção diária de petróleo

A OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) decidiu reduzir a produção de petróleo em 2 milhões de barris por dia a partir de novembro, buscando estimular uma recuperação nos preços da commodity. As estimativas dos agentes de mercado a respeito dos cortes de produção da OPEP+ estavam variando entre 500 mil e 2 milhões de barris. Os preços do petróleo chegaram a recuar para níveis próximos a US$ 80 o barril no período recente, após terem atingido cerca de US$ 120 no início de junho, em meio aos riscos crescentes de uma recessão econômica global.

Emprego nos Estados Unidos surpreende e mercado reforça expectativa por manutenção do ritmo de aumento de juros

Conforme divulgado no principal relatório de emprego dos Estados Unidos (nonfarm payroll), houve geração líquida de 263 mil empregos em setembro, acima do consenso de mercado (250 mil). Com isso, a taxa de desemprego americana recuou de 3,7% para 3,5%. A leitura reforça a percepção de que o mercado de trabalho está apertado e que o Federal Reserve continuará elevando as taxas juros nas próximas reuniões.

BCE deixa porta aberta para nova elevação de juros em 0,75 pp

Os diretores do Banco Central Europeu (BCE) expressaram preocupação com o potencial de inflação “auto-reforçada”, com os pacotes fiscais dos governos e a fraqueza do euro pressionando adicionalmente os preços nos próximos anos. Os formuladores da política monetária, agora lutando contra a inflação anual recorde de 10%, alertaram que a natureza do processo de fixação de preços pode estar mudando, atingindo maior grau inercial, a ponto de mesmo um enfraquecimento da atividade econômica não ser suficiente para trazer a inflação de volta à meta. Os comentários vieram na ata da última reunião de política monetária do BCE, realizada no início de setembro, quando a taxa de depósito de referência foi elevada em 0,75pp. As declarações, que foram publicadas na última quinta-feira, reforçaram as expectativas de aumentos expressivos nas taxas de juros nos próximos meses, apesar dos riscos crescentes de recessão na Europa.

Conforme divulgado no início da semana, o índice de preços ao produtor da zona do euro exibiu alta de 5,0% entre agosto e setembro (consenso: 4,9%), culminando em inflação anual de 43,3%.A disparada dos preços de energia, que subiram 11,8% na comparação mensal e 116,8% na comparação anual, explicou em grande medida a forte elevação do índice geral. Excluindo os preços de energia, o índice agregado avançou 0,3% em relação ao mês anterior e 14,5% em termos interanuais, após apresentar alta de 0,6% e 15,1% na leitura de agosto.

Governo britânico desiste de reduzir impostos para os mais ricos

No Reino Unido, a primeira-ministra Liz Truss tentou, no último fim de semana, defender o plano de seu governo de forte redução de impostos, apesar das reações contrárias do mercado financeiro. Nos últimos dias, entretanto, o governo desistiu de reduzir a tributação sobre os indivíduos mais ricos.

Enquanto isso, no Brasil...

Brasil Macro Mensal: À espera do segundo turno

Publicamos nesta semana o relatório Brasil Macro Mensal de outubro. Destacamos as incertezas sobre o futuro da política fiscal no Brasil, assim como a necessidade de regras críveis e rígidas às despesas para a ancoragem das expectativas nos próximos anos. No mundo, os sinais de desinflação já estão mais claros e o aumento de juros pode levar a uma recessão global.

Confira aqui o relatório completo.

Dados da indústria e do comércio em linha com as expectativas

Nesta semana, foram divulgados os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) e da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) referentes a agosto, que vieram em linha as expectativas da XP. A produção da indústria contraiu 0,6% ante julho e cresceu 2,8% ante agosto de 2021, enquanto as vendas no comércio varejista ampliado recuaram 0,6% na base de comparação mensal e 0,7% na base de comparação interanual. 

Os resultados do comércio varejista vêm sendo bastante impactados pelo aperto das condições monetárias. Enquanto os segmentos de bens mais relacionados ao crédito enfraquecem, aqueles mais sensíveis à renda permanecem em rota de crescimento moderado, refletindo a recuperação sólida do mercado de trabalho, estímulos fiscais adicionais e o recuo da inflação no curto prazo.    

O que esperar para a semana que vem?

No cenário internacional, destaque para a política monetária nos Estados Unidos, com a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, além dos dados de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) relativos a setembro. A semana também contará com a publicação de diversos indicadores econômicos da China de setembro, incluindo inflação ao produtor, contas do setor externo e estatísticas de crédito.

No Brasil, as eleições e possíveis sinalizações sobre a política econômica no próximo mandato seguem como protagonistas. Na seara de indicadores, destaque para a publicação do IPCA de setembro e da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de agosto.

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