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Resumo Diário de Política 13/05/2020: Inquérito sobre a possível interferência na PF em destaque

Leitura crítica das principais notícias do dia sobre política, com resultados de apurações em Brasília e pesquisas do time de Análise Política, antes da abertura do mercado.

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Foi-se o tempo em que o fiscal — ou até o coronavírus — dominava o noticiário matinal: mais um dia em que os desdobramentos do inquérito sobre a possível interferência na PF são o destaque da manhã (https://glo.bo/2SXlkIM). O principal ponto foi exibição da gravação da reunião ministerial de 22 de abril, em que, segundo pessoas que assistiram ao vídeo, o presidente vincula a mudança do superintendente da PF no Rio à proteção de sua família, dando força à narrativa de Sergio Moro de que houve tentativa de interferência no órgão (https://bit.ly/3cuL9rk). 

A justificativa encontrada por Bolsonaro foi se agarrar à literalidade para sustentar que não usou as palavras “superintendência” e “Polícia Federal” – usou “segurança do Rio”, o que indicaria preocupação com a segurança de sua família (https://bit.ly/3bqCLbe). Augusto Heleno e Braga Netto, que prestaram depoimento ontem, corroboram a versão do presidente (https://bit.ly/2AjpILG e https://bit.ly/2LqLcZy), mas uma pergunta da PGR no depoimento de Heleno sugere que o entendimento do Ministério Público é diferente (https://bit.ly/3dE0A0A). 

Não bastasse a celeuma em torno da PF, a gravação revelou uma série de outros pontos polêmicos para o governo. Há relatos sobre ataques ao Supremo (https://glo.bo/2AmDkG1), aos governadores e prefeitos (https://bit.ly/3dJVsbw) e sobre uma fala de Bolsonaro de que não aceitaria um impeachment motivado pela divulgação de seus exames de Coronavírus (https://glo.bo/3bnWQi9) — exames que, segundo a AGU, foram entregues ao Supremo (https://bit.ly/3fMRKzk), em ação movida pelo Estadão. 

Celso de Mello consultou a PGR sobre a possibilidade de o vídeo se tornar público (https://bit.ly/3bvW02W). Até lá, não há alternativa que não conviver com as versões divulgadas. Por si, elas já causam dor de cabeça ao presidente – que tende a aumentar no curso da investigação. Nessa toada, aumenta também a importância – e a lista de pedidos – dos novos aliados do presidente no Congresso.

E foi desfeito o mistério: o adiamento do veto de Bolsonaro à possibilidade de reajuste de servidores se deve, justamente, ao reajuste de servidores. Ele espera o aumento para agentes de segurança do Distrito Federal para sancionar a norma, com o veto nesse trecho (https://bit.ly/2WqG6CI). 

Curtas: Senadores aprovaram ontem projeto de lei que suspende pagamentos do Fies. O texto volta à Câmara (https://glo.bo/3fMXc5i) e o Congresso se reúne hoje para votar créditos extraordinários para o combate à pandemia (https://bit.ly/2YYx9Cl) e para o reajuste aos agentes do DF.

Internacional

Covid-19: a OMS computa casos 4.088.848 confirmados no mundo e 283.153 óbitos (https://bit.ly/2WP4JrT). A Universidade John Hopkins registra 4.262.799 casos e 291.981 óbitos (https://bit.ly/2V4ySme). 

Nos EUA, os democratas apresentaram pacote de estímulo de USD 3 trilhões, que inclui transferência de recursos aos estados, proteção para pequenas empresas, pagamentos de até USD 6,000 para famílias, entre outras medidas. Se aprovado, seria o maior até o momento. Espera-se resistência dos republicanos, que controlam o Senado (https://bloom.bg/2AgDK0z). 

Hoje é o 499° dia do governo Jair Bolsonaro.

Hoje é o 63° dia da pandemia de Covid-19.

Faltam 144 dias para as eleições municipais.

Faltam 174 dias para as eleições nos EUA.

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