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Escalada tarifária: o primeiro mês de Trump

As próximas semanas serão decisivas para definir se as negociações avançam ou se as tensões aumentam ainda mais

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Nesta semana, Donald Trump completou um mês de mandato. Nestes primeiros 30 dias de governo, fez do comércio internacional um dos focos centrais de sua administração, anunciando diversas tarifas sobre diferentes setores e países. No entanto, embora muitas dessas medidas tenham sido divulgadas, a maioria ainda não entrou em vigor.  

Entre as propostas que geraram mais ruídos está uma tarifa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, prevista para começar em 12 de março. Além disso, na terça-feira (18), Trump indicou que pode impor tarifas sobre as importações de automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos a partir do dia 2 de abril. México e Canadá também foram alvo de ameaças tarifárias, com Trump anunciando uma tarifa de 25% sobre todas as importações dos dois países, com exceção do petróleo canadense, que teria uma alíquota reduzida de 10%. Inicialmente programadas para 4 de fevereiro, essas tarifas foram adiadas por um mês para dar tempo para negociações entre os governos.

No dia 13 de fevereiro, Trump assinou um memorando instruindo sua administração a conduzir uma revisão país por país para estabelecer tarifas recíprocas. A essa revisão pode levar semanas ou meses para ser concluída, adiando a implementação imediata de novas tarifas. O memorando também orienta as agências federais a avaliarem o impacto de acordos comerciais não recíprocos e proporem soluções, que definirão a estrutura final dessas tarifas.  

Vale notar que a China já reagiu à postura agressiva de Trump no comércio internacional. Após o anúncio de uma tarifa de 10% sobre as importações chinesas, Pequim respondeu com um amplo pacote de contramedidas. O Ministério das Finanças da China anunciou novas tarifas, como uma tarifa de 15% sobre certos tipos de carvão e gás natural liquefeito, além de uma tarifa de 10% sobre petróleo bruto, máquinas agrícolas e carros de grande porte. Além disso, a Administração Estatal para Regulação do Mercado da China iniciou uma investigação antitruste contra o Google, aumentando a pressão sobre empresas norte-americanas que operam no país.  

Apesar da crescente tensão, Trump sugeriu nesta semana que ainda é possível alcançar um novo acordo comercial com a China.”É possível, é possível”, ao ser questionado sobre a chance de um acordo por jornalistas nesta quarta-feira (19). Embora tenha reconhecido a competitividade entre os dois países, enfatizou seu bom relacionamento com o presidente chinês Xi Jinping, classificando-o como “excelente”. Também mencionou que Xi e outros líderes globais eventualmente visitarão os EUA, mas não forneceu um cronograma específico.  

Com múltiplas disputas comerciais em andamento e o prazo se aproximando para algumas das medidas anunciadas por Trump, as próximas semanas serão decisivas para definir se as negociações avançam ou se as tensões aumentam ainda mais.

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