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Nas eleições, desinformação “não interessa” para o YouTube: “trabalhamos na base da confiança”

Gerente de políticas públicas no Youtube, Alana Rizzo, debate o papel das redes sociais nas eleições.

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No penúltimo painel do terceiro dia do evento Sob o Olhar Delas, Júnia Gama e Débora Santos, ambas analistas Política da XP, conversam com Alana Rizzo, gerente de políticas públicas no Youtube.

O primeiro ponto de discussão abordou como o Youtube está se preparando para as próximas eleições a serem realizadas em Outubro de 2022, após o grande processo de desinformação e fake news que ocorreu nas eleições de 2018. Na visão de Alana, a função da plataforma é fornecer informação de qualidade, com pluralidade, para que as pessoas possam votar bem informadas. São mais de 500 horas de conteúdo publicadas por minuto, portanto, para isso, o Youtube utiliza um sistema que chama de os 4R’s:

Remoção: o Youtube cria um conjunto de regras públicas com intuito de manter um ambiente onde as pessoas sintam-se confortáveis e realiza a remoção de conteúdos que violam essas regras. Pensando no escopo de eleições, o Youtube cria ainda regras específicas para o período eleitoral

Recomendação: o Youtube realiza a recomendação de conteúdos de fontes confiáveis (geralmente de imprensa ou jornalísticos), ou seja, o internauta terá maior facilidade para encontrar este tipo de conteúdo

Redução: Métrica utilizada para dar menos destaque para conteúdos que não violam as regras, entretanto, não são conteúdos que a plataforma gostaria de destacar. De acordo com Alana, trata-se de menos de 1% do conteúdo disponível no Youtube.

Recompensa: para garantir que seja uma comunidade criativa, produzindo conteúdo original de qualidade, a plataforma possui parcerias que remuneram alguns desses criadores, buscando, pois, fomentar a economia criativa. De acordo com Alana, em 2021 o impacto do Youtube na economia criativa gerou mais de 122 mil empregos e teve um impacto de R$3,4 bi no PIB brasileiro.

Questionada a respeito da evolução dos instrumentos de controle nas plataformas e a adequação das mesmas às regras e leis das regiões de atuação, Alana disse que as regras de conteúdo do Youtube não são estáticas e vivem em constante transformação. Para a plataforma, a pandemia de Covid-19 foi um grande aprendizado para tratar com a disseminação de desinformação, uma vez que precisou revisar mais de 10 vezes suas regras de conteúdo. Além das regras próprias, a plataforma cumpre com as legislações locais onde atua e trabalha constantemente em parcerias com organizações da sociedade civil e com autoridades brasileiras. Por exemplo, atua em conjunto com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), visando conter a disseminação de informações falsas e provendo conteúdo de qualidade para a comunidade.

Por fim, em um debate a respeito dos conteúdos que são removidos do Youtube e se a PL das Fake News poderia trazer algum tipo de imunidade para parlamentares, Alana diz que a plataforma possui um processo criterioso de remoção de conteúdos através de machine learning e análise humana. Além disso, destacou que todo criador de conteúdo precisa obedecer as mesmas regras, independente de sua posição política e social, e finalizou: “Ninguém quer estar em uma comunidade onde pode encontrar um conteúdo nocivo”.

O evento Sob o Olhar Delas é uma conferência de Política e Economia organizada por mãos e cabeças femininas da XP Inc. para debater temas determinantes para o país, sob a perspectiva de mulheres que são expoentes em suas áreas. 

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