IBOVESPA +0,8% | 118.053 Pontos
CÂMBIO -0,7% | 5,38/USD
O que pode impactar o mercado hoje
O destaque para a semana será o simpósio de Jackson Hole, encontro anual de banqueiros centrais, formuladores de políticas públicas e economistas. O evento, que ocorrerá entre quinta-feira e sábado, é aguardado por investidores globais em busca de sinalizações sobre o plano de redução de estímulos monetários, principalmente do Federal Reserve. Na agenda de indicadores, teremos a divulgação do deflator PCE, medida de inflação preferida do banco central americano, e a segunda leitura do PIB dos EUA do 2º trimestre. No cenário doméstico, acompanharemos a divulgação de uma bateria de indicadores, que inclui dados fiscais, inflação medida pelo IPCA-15, e o relatório do Caged. Além disso, discussões sobre a reforma tributária e tramitação da PEC dos precatórios devem continuar no radar de investidores.
O Ibovespa encerrou a semana passada com uma queda -2,6%, retornando aos 118.053 pontos, impactado por incertezas políticas e fiscais, além de um cenário macroeconômico global mais desfavorável com o avanço da variante Delta do Covid-19. No exterior, os maiores destaques foram preocupações com a desaceleração do crescimento global, ata do FOMC nos EUA e aumento da regulamentação chinesa sobre as empresas de tecnologia. Domesticamente, o cenário fiscal continuou preocupando os mercados e como resultado de incertezas e maior risco do país, o dólar acabou apreciando +2,5% frente ao real, em um movimento de risk off, e terminando a semana cotado em R$5,38. Já as taxas futuras de juros encerraram a semana com viés de alta, mas praticamente estáveis, com alívio nos últimos dois dias da semana após sessões mais estressadas. A curva DI para o vértice de janeiro/31 abriu 14 bps na semana, atingindo 10,42%.
Hoje, os mercados globais amanhecem levemente positivos (EUA +0,3% e Europa +0,4%) enquanto investidores aguardam o simpósio de Jackson Hole. Na Europa, investidores parecem aproveitar a queda da semana passada, sendo a maior desde fevereiro, para montar posições no continente. O petróleo (+3,0%), apresenta leve recuperação com suporte no enfraquecimento do dólar, após 7 dias seguidos de perdas. O Bitcoin (+1,8%), negocia acima dos US$ 50mil e atinge máxima dos últimos 3 meses.
Em política internacional, democratas americanos retornam às atividades na Câmara para avançar sua agenda econômica em meio ao desgaste do presidente Biden gerado pela crise no Afeganistão. A presidente da Casa, Nancy Pelosi, enfrenta dificuldades para avançar o primeiro item na agenda, a resolução orçamentária de US$ 3,5 trilhões, diante da resistência de 9 moderados que buscam aprovar primeiro o pacote de infraestrutura, mas deve negociar intensamente nos próximos dias para garantir os votos necessários. Vale lembrar que, do outro lado, a ala mais à esquerda do partido, que é mais numerosa, mantêm a pressão para que a resolução seja aprovada primeiro.
Em economia, os PMIs da Europa saíram em linha com as expectativas, sugerindo que a expansão continua. No Brasil, a discussão segue focada na proposta orçamentária para 2022, que será enviada ao Congresso no final deste mês. O jornal Valor Econômico informa que um acordo entre o governo federal e os estados sobre a reforma do Imposto sobre Valor Agregado está próximo. Depois do terceiro adiamento da votação da reforma do imposto de renda, na semana passada, é possível que, diante deste sinal, o governo volte a focar na reforma tributária do consumo.
Em política doméstica, o clima na semana deve reverberar a decisão de Jair Bolsonaro de apresentar, na sexta-feira, o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do veto apresentado pelo presidente ao fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Nesse ambiente conturbado, o governo enfrenta negociações com o Congresso para três temas econômicos relevantes: a PEC dos Precatórios, enviada no início do mês, mas ainda sem andamento no Congresso; a reforma tributária, que foi retirada de pauta na semana passada e sobre a qual ainda não há consenso para votação; e a reforma administrativa, que o relator promete apresentar seu parecer na comissão especial da Câmara ainda nesta semana.
Do lado das empresas, iniciamos nossa cobertura da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) com recomendação de Compra e preço-alvo de R$19 por ação. Temos uma visão positiva sobre a demanda futura por alumínio, conforme outros materiais sejam substituídos pela commodity rumo a uma matriz mais sustentável. Adicionalmente, a CBA possui projetos de expansão em linha com as tendências de mercado e vemos as ações sendo negociadas a um nível atrativo. Além disso, publicamos um relatório com a análise ESG de CBA (link). Na nossa visão, o modelo de negócios focado em alumínio de baixo carbono da CBA, somado aos altos padrões ESG da companhia, nos levam a ver a empresa se destacando em relação aos seus pares, estando bem e estrategicamente posicionada para o futuro mais verde adiante.
Tópicos do dia
Economia
- Os mercados começam a semana do simpósio de Jackson Hole em um tom positivo. Os PMIs da Europa saíram em linha com as expectativas, sugerindo que a expansão continua. No Brasil, a discussão segue focada na proposta orçamentária para 2022, que será enviada ao Congresso no final deste mês
- Boletim FOCUS
Política
- Clima político influenciado por pedido de impeachment de ministro do Supremo e veto ao fundo eleitoral
- Política internacional: Democratas retomam atividades nesta semana para avançar agenda econômica de Biden
- A eleição alemã ganha novos contornos com crescimento do SPD e declínio dos conservadores
Empresas
- Resumo dos resultados do 2º tri de 2021: 56% dos resultados acima das nossas expectativas
- Iniciando cobertura da Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3) com recomendação de Compra: crescimento com qualidade de um dos líderes em custos de produção
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo nacional e internacional
Internacional
- Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Tesla Bot
ESG
- Radar ESG | Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3): Uma líder em alumínio verde, com forte posicionamento ESG
- Café com ESG: Conteúdos diários que transformam | 23/08
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Economia
Os mercados começam a semana do simpósio de Jackson Hole em um tom positivo. Os PMIs da Europa saíram em linha com as expectativas, sugerindo que a expansão continua. No Brasil, a discussão segue focada na proposta orçamentária para 2022, que será enviada ao Congresso no final deste mês
- Os mercados de ações estão positivos hoje, apostando que a desaceleração global será moderada e o Fed não surpreenderá os mercados no simpósio Jackson Hole desta semana. O evento de política monetária organizado pelo Fed de Kansas, que será novamente virtual este ano, acontece na próxima quinta-feira. Os participantes do mercado não esperam que o Fed dê qualquer sinal adicional ao fornecido pela ata de sua reunião de política monetária, publicada na semana passada;
- Os indicadores da pesquisa PMIs de agosto da Europa ficaram em linha com as expectativas, sugerindo que a expansão continua. Eurozone Composite PMI (manufatura e serviços), por exemplo, ficou em 59,5 um pouco abaixo do valor de julho (60,2). Leituras acima de 50 indicam expansão;
- O presidente Biden disse que seu governo pode estender o prazo para a retirada das tropas do Afeganistão. Está demorando mais do que o esperado para retirar americanos e parceiros afegãos do país;
- No Brasil, a discussão continua focada na proposta orçamentária para 2022. O prazo para o governo enviá-la ao Congresso é 31 de agosto. O presidente Bolsonaro quer expandir o programa Bolsa Família, mas os pagamentos de precatórios para o ano que vem estão ocupando todo o espaço dentro do teto de gastos. Uma Proposta de Emenda Constitucional foi enviada ao Congresso para permitir que o governo adie parte do pagamentos dos precatórios, mas não há acordo entre os parlamentares sobre a aprovação do projeto até o momento.
Boletim FOCUS
- Destaque: Mercado revisa expectativas de inflação para cima e de crescimento econômico para baixo.
- A mediana das projeções do mercado para a variação do IPCA em 2021 voltou a subir, de 7,05% na semana passada para 7,11% na divulgação de hoje (estava em 6,56% há quatro semanas). No mesmo sentido, o consenso para o IPCA de 2022 registrou elevação de 3,90% para 3,93% (3,80% há 1 mês), ficando ainda mais distante da meta estabelecida para o próximo ano (3,50%). Com base em atualizações nos últimos 5 dias úteis, a previsão para o IPCA de 2021 aumentou de 7,12% para 7,18%, enquanto a mediana para 2022 exibiu alta de 3,87% para 3,92%.
- Por sua vez, as expectativas do mercado para o crescimento real do PIB voltaram a recuar. Para o PIB de 2021, a mediana das projeções variou sutilmente de 5,28% para 5,27% (estava em 5,29% há 4 semanas). Para o PIB de 2022, por sua vez, a previsão declinou de 2,04% para 2,00% (estava em 2,10% há 1 mês);
- As medianas das expectativas para a taxa Selic no final de 2021 e 2022 permaneceram em 7,50% a.a. (estavam em 7,00% a.a. há 4 semanas);
- Por fim, as previsões para a taxa de câmbio também ficaram estáveis: R$/US$ 5,10 no final de 2021 e R$/US$ 5,20 no final de 2022.
Política
Clima político influenciado por pedido de impeachment de ministro do Supremo e veto ao fundo eleitoral
- O clima político na semana deve reverberar a decisão de Jair Bolsonaro de apresentar, na sexta-feira, o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do veto apresentado pelo presidente ao fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões na lei de diretrizes orçamentárias. Nesse ambiente conturbado, o governo enfrenta negociações com o Congresso para três temas econômicos relevantes: a PEC dos Precatórios, enviada no início do mês, mas ainda sem andamento no Congresso; a reforma tributária, que foi retirada de pauta na semana passada e sobre a qual ainda não há consenso para votação; e a reforma administrativa, que o relator promete apresentar seu parecer na comissão especial da Câmara ainda nesta semana.
Política internacional: Democratas retomam atividades nesta semana para avançar agenda econômica de Biden
- Em meio ao desgaste do presidente Biden gerado pela crise no Afeganistão, democratas retornam às atividades na Câmara para avançar sua agenda econômica. A presidente da Casa, Nancy Pelosi, enfrenta dificuldades para avançar o primeiro item na agenda, a resolução orçamentária de USD 3,5 trilhões, diante da resistência de 9 moderados que buscam aprovar primeiro o pacote de infraestrutura, mas deve negociar intensamente nos próximos dias para garantir os votos necessários. Vale lembrar que, do outro lado, a ala mais à esquerda do partido, que é mais numerosa, mantêm a pressão para que a resolução seja aprovada primeiro.
A eleição alemã ganha novos contornos com crescimento do SPD e declínio dos conservadores
- Na Europa, a cinco semanas da eleição alemã, a primeira disputa no país sem Angela Merkel em 16 anos ganha novos contornos. O partido da atual chanceler ainda lidera as pesquisas, no entanto, registra queda continua. Por sua vez, o tradicional partido de centro-esquerda SPD registra tendência positiva e chegou a ultrapassar o Partido Verde no fim de semana, conquistando a segunda colocação na disputa. Os Verdes, que brevemente chegaram até a ultrapassar o CDU/CSU, enfrentam polêmicas envolvendo o partido e também registram declínio de sua popularidade. Um pouco mais para atrás, o liberal FDP ganha espaço na disputa, consolidando a quarta colocação na corrida. Vale destacar que, apesar de representarem visões distintas, os quatro são partidos centristas que não devem levar a grandes mudanças na política ou visão econômica do país. A depender das coalizões, a principal novidade seria a chegada dos Verdes ao governo pela primeira vez, o que implicaria uma tendência levemente mais expansionista na seara fiscal e de consolidação da integração econômica e política com a Europa, além de maior peso para a agenda ambiental na região. Leia mais sobre o tema aqui: https://bit.ly/3gqSbl8
Empresas
Resumo dos resultados do 2º tri de 2021: 56% dos resultados acima das nossas expectativas
- A divulgação dos resultados do 2° trimestre de 2021 (2T21) das empresas listadas na Bolsa começou na semana do dia 19 de julho e todas as empresas do Ibovespa já reportaram seus resultados;
- Vemos os resultados do segundo trimestre como sólidos, com 71% das empresas do Ibovespa sob nossa cobertura reportando Lucros Operacionais (EBITDA) em linha ou acima do que esperávamos;
- 56% das empresas que divulgaram balanços superaram nossas expectativas, 15% foram em linha e 29% vieram abaixo. Já em relação ao consenso, 55% dos resultados vieram acima dos números projetados pelo mercado, 5% em linha, enquanto 40% foram abaixo das estimativas;
- No segundo trimestre de 2021, o Lucro por Ação (LPA) das empresas do Ibovespa mais do que dobraram em relação aos níveis do 1T21, e cresceram quase 9x em relação ao mesmo período do ano passado, em grande parte explicado pela base de comparação bem fraca por conta da crise da pandemia;
- Um sinal claro de que a temporada de resultados está sendo sólida é que os lucros do Ibovespa seguem sendo revisados para cima. Desde o início da temporada de resultados, as estimativas do consenso para o Lucro Por Ação (LPA) do Ibovespa para os próximos 12 meses, para 2021 e para 2022, já subiram +10. E desde o início do ano, as estimativas de LPA já subiram em +50% para os próximos 12 meses, de 8,993 pontos em Dezembro para 13,444 pontos atualmente;
- Clique aqui para ver o relatório completo.
Iniciando cobertura da Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3) com recomendação de Compra: crescimento com qualidade de um dos líderes em custos de produção
- Estamos iniciando a cobertura de CBA com recomendação de Compra (preço-alvo de R$19/sh). Os principais pilares da tese são: (i) mudanças estruturais do perfil de consumo – em um mundo mais sustentável – devem aumentar a demanda por alumínio e colocar desafios ao fornecimento, devido à atual matriz energética da China (carvão), (ii) projetos de expansão em linha com as tendências de mercado e (iii) valuation atrativo, pois vemos a CBAV3 sendo negociada a 3,3x EV/EBITDA 2022E, abaixo da média dos pares: entre 4.0x (produtores de alumínio primário) e 6.5x (alumínio secundário);
- Perspectiva saudável para preços de alumínio. Os preços do alumínio sobem 30% no acumulado do ano (US$2.569 por tonelada) com a demanda global por metais intensificada, especialmente na China. Esperamos que o consumo de alumínio permaneça alto, pelo menos no curto prazo, à medida que os países reabram gradualmente suas economias. Vemos a mudança estrutural para alternativas mais verdes como o principal motivador para o avanço da indústria, uma vez que o metal se destaca como um dos mais ecológicos do planeta e o material mais reciclado dentre os metais industriais, em uma base percentual;
- A CBA tem um plano completo de expansão para os próximos anos e consideramos todos os projetos em nosso modelo. Destacamos o Projeto Rondon, um greenfield que vai explorar bauxita de alta qualidade a custos competitivos, com capacidade anual de 4,5 milhões de toneladas por ano (mtpa). O projeto pode ser uma alternativa para os principais importadores que dependem de abastecimento exclusivo. O projeto de aumento da produção de alumínio (+80ktpa) é outro destaque. Além disso, em conformidade com a estratégia ESG da CBA, a empresa tem um projeto de melhoria contínua das instalações de reciclagem, adicionando até 50ktpa de capacidade com o investimento em uma nova linha de tratamento de sucata;
- Valuation atrativo. Vemos CBAV3 sendo negociada a 3,3x EV/EBITDA 2022E, abaixo da média dos pares: entre 4.0x (produtores de alumínio primário) e 6.5x (alumínio secundário). Assumimos um preço médio para o alumínio (LME) de US$2.350/t na perpetuidade vs. preço atual de US$2.569/t e em linha com a média histórica;
- Forte apelo ESG. A pegada operacional orientada para fatores mais sustentáveis da CBA, juntamente com os altos padrões ESG, nos levam a ver a empresa se destacando em relação aos seus pares, estando estrategicamente posicionada para caminhar em direção a um futuro mais verde;
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Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Acesse este relatório com notícias do setor financeiro que complementam nossos comentários publicados no Morning Call, mas que não consideramos relevantes o suficiente para serem analisadas. Aqui você encontra o título com o link para a fonte original da notícia, além de uma breve descrição do conteúdo;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo nacional e internacional
- Nesta publicação diária, trazemos as principais notícias do setor de varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.) nacional e internacional, complementando nossa visão sobre as tendências e acontecimentos mais importantes do dia. Além disso, o relatório contém um resumo dos múltiplos e recomendações para as empresas de nossa cobertura;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Internacional
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Tesla Bot
- Tesla anuncia robô humanoide e deverá apresentar um protótipo do mesmo até o final de 2021;
- O governo chinês aprovou uma nova lei de privacidade e uso de dados em conjunto com a autoridade cibernética do país;
- A General Motors anunciou um aumento seu recall de veículos elétricos em 43 mil unidades;
- Empresas apresentam melhora em liquidez e caixa se comparadas ao período pré-pandêmico, sugerindo melhor preparo caso novos lockdowns ocorram;
- Acesse aqui o relatório internacional.
ESG
Radar ESG | Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3): Uma líder em alumínio verde, com forte posicionamento ESG
- Com o mundo se movendo em direção a um futuro mais verde, vemos o alumínio como um dos materiais escolhidos para a transição energética global, sendo um candidato-chave para a mudança estrutural em relação aos critérios ESG. Isso posto, o modelo de negócios focado em alumínio de baixo carbono da CBA, somado aos altos padrões ESG da companhia, nos levam a ver a empresa se destacando em relação aos seus pares, estando bem e estrategicamente posicionada para o futuro adiante, com destaque para duas frentes importantes que estão prestes a mudar a dinâmica competitiva do setor: (i) a tendência global de descarbonização; e (ii) o foco crescente na sustentabilidade por parte dos investidores, clientes, governos e sociedade. Para a CBA, vemos o pilar E como o fator mais importante na análise ESG, seguido pelas frentes G e S, respectivamente;
- (E) Produção de um dos alumínios com menor emissão de carbono da indústria é o principal destaque. Mais de 80% da produção mundial de alumínio tem emissões acima de 4,0 tCO2/tAl, já que a China é responsável por ~60% do fornecimento global atual e a cadeia de alumínio chinesa depende principalmente de fontes à base de carvão. O Brasil, por outro lado, é hoje um dos países mais competitivos em termos de emissões de CO2 por tonelada de Alumínio (tCO2/tAl) e, quando se trata da CBA, a empresa se destaca por ser uma líder mundial em alumínio verde: a CBA produz exclusivamente alumínio de baixo carbono, sendo um dos alumínios com menor emissão de carbono em sua produção (a CBA está no 1º quartil em termos de emissões de CO2 na indústria global¹, com 2,66 tCO2 / tAl);
- (S) Fortes esforços em saúde e segurança, somado à iniciativas de engajamento com a comunidade. Neste pilar, destacamos três tópicos principais: (i) Saúde e Segurança: reconhecemos positivamente os esforços da empresa nesta frente, com a taxa total de acidentes alcançando 1,75 por milhão de horas em 2019, abaixo da média da indústria de 3,94 de acordo com a MSCI; (ii) Gestão da mão de obra: a CBA tem ~2,4 mil funcionários e recebeu o prêmio “Great Place to Work” no Brasil em 2019; ainda assim, vemos espaço para melhorias, uma vez que a empresa tem iniciativas de gestão da mão de obra relativamente limitadas em comparação com seus pares; e (iii) Engajamento com a comunidade: a CBA possui diversos programas envolvendo as comunidades locais e trabalho voluntário, além de uma forte atuação junto ao instituto Votorantim;
- (G) Histórico de primeira linha, apoiado pela Votorantim. A CBA é atualmente controlada pela Votorantim SA. (76% de participação vs. 100% antes do IPO), com suas ações listadas no segmento do Novo Mercado. Apesar de notarmos que o Conselho de Administração da empresa carece de uma maioria independente (40%), vemos com bons olhos (i) a gestão experiente da CBA, que possui uma experiência histórica comprovada, apoiada pela Votorantim; e (ii) a presença feminina na alta gestão da empresa, com as mulheres representando 20% e 29% do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva da CBA, respectivamente. Clique aqui para ler o relatório completo.
Café com ESG: Conteúdos diários que transformam | 23/08
- Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do que o Brasil e o mundo falam sobre um tema que tem ficado cada vez mais relevante: ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança;
- Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance histórica do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP;
- Por que essas informações são importantes? Porque elas indicam os temas dentro da agenda ESG que estão sendo cada vez mais monitoradas por parte dos investidores e das empresas, e podem impactar os preços das ações de diferentes companhias. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!