IBOVESPA +2,75% | 111.831 Pontos
CÂMBIO -1,2% | 5,31/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
Mercados amanhecem positivos, reverberando ainda a expectativa de que o ritmo de aperto monetário pode desacelerar após tom mais dovish – brando – da ata do Federal Reserve. Em dia de pregão mais curto na Bolsa americana e agenda internacional esvaziada, as atenções estarão voltadas para os dados sobre o investimento estrangeiro no Brasil e o relatório da Dívida Pública de outubro.
Brasil
O Ibovespa fechou em alta de 2,75%, a 111.831 pontos, em uma sessão de volume de negócios reduzido, com feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos e a estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo. O principal índice da Bolsa brasileira, refletiu o otimismo de que Pérsio Arida, ex-presidente do Banco Central, idealizador do Plano Real e integrante do governo de transição, poderia participar com Fernando Haddad da equipe econômica do governo eleito. O dólar comercial caiu -1,20%, a R$ 5,31. As taxas futuras de juros fecharam em queda, contrariando o movimento do pregão anterior. DI jan/23 fechou em 13,7%; DI jan/24 foi para 14,35%; DI jan/25 encerrou em 13,655%; DI jan/27 fechou em 13,405%; e DI jan/29 foi para 13,41%.
Mundo
Bolsas internacionais amanhecem mistas (EUA +0,1% e Europa -0,2%) com investidores ainda avaliando as perspectivas de um aperto monetário menos agressivo do Federal Reserve. Ainda nos EUA, o período de negociações será reduzido nesta sexta-feira, a bolsa permanecerá aberta até apenas até as 13 horas (horário americano). Na Europa, o PIB da Alemanha cresceu 0,4% trimestre contra trimestre e 1,3% ano a ano, superando as estimativas de 0,3% tri/tri e 1,2% a/a do consenso da Reuters. Os dados mostraram um consumo resiliente das famílias e revitalizaram esperanças de uma possível recessão menos severa que o antecipado. Na China, o índice de Hang Seng (-0,5%) encerra em baixa, mesmo com o anúncio de novos estímulos. O banco central chinês anunciou um corte de 0,25% no requerimento de reserva dos bancos, visando expandir a base monetária em circulação. Em contrapartida, a medida foi compensada pelos casos da Covid-19, que seguem registrando novos recordes e catalisando temores em relação a novos lockdowns.
IPCA-15 no Brasil
No Brasil, o IPCA-15 variou 0,53% entre outubro e novembro, abaixo da expectativa da equipe de economia da XP e do consenso de mercado (0,58% e 0,55%, respectivamente). Assim, o índice mostrou alta de 5,35% no acumulado do ano e de 6,18% nos últimos 12 meses. Esses resultados corroboram nossa visão de desinflação gradual na economia brasileira. A equipe econômica XP projeta elevação de 5,8% para o IPCA em 2022. Para 2023, por sua vez, prevê aumento de 5,2%, considerando a reoneração dos combustíveis. Todavia, os riscos fiscais crescentes e seus impactos potenciais sobre a dinâmica da taxa de câmbio e as expectativas de inflação de médio prazo precisam ser monitorados com bastante cautela, já que podem alterar as perspectivas para o IPCA.
Ata da reunião do Banco Central Europeu
O Banco Central Europeu (BCE) divulgou ontem (24) a ata de sua última reunião de política monetária, realizada nos dias 26 e 27 de outubro. Naquela ocasião, o banco central subiu as taxas de juros de referência em 75 pontos-base pela segunda vez consecutiva. De acordo com o documento, houve clareza de que as taxas de juros precisariam ser elevadas ainda mais para o cumprimento da meta de inflação a médio prazo. Ainda segundo a ata, os membros da instituição sinalizaram que os juros precisam atingir níveis contracionistas. Embora a maioria dos votantes tenha defendido o ritmo de aumento de 0,75 p.p. em outubro, alguns revelaram preferência por um movimento mais moderado (de 0,50 p.p.). Em linhas gerais, o banco central sinalizou firmemente altas adicionais nas taxas de juros nos próximos meses. Isto posto, os mercados precificam atualmente uma desaceleração no ritmo de aperto monetário (um movimento de 0,50 p.p. na próxima reunião, que será encerrada em 15 de dezembro).
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Economia
Ata do BCE reforça a necessidade de altas adicionais nas taxas de juros; no Brasil, IPCA-15 de novembro vem abaixo das expectativas e corrobora cenário de desinflação gradual
- O Banco Central Europeu (BCE) divulgou ontem (24) a ata de sua última reunião de política monetária, realizada nos dias 26 e 27 de outubro. Naquela ocasião, o banco central subiu as taxas de juros de referência em 75 pontos-base pela segunda vez consecutiva. Com isso, a taxa de refinanciamento, a taxa de empréstimo e a taxa de depósito ficaram em 2,00%, 2,25% e 1,50%, respectivamente. De acordo com o documento, “houve clareza de que as taxas de juros precisariam ser elevadas ainda mais para o cumprimento da meta de inflação a médio prazo” (tradução própria). Ainda segundo a ata, os membros da instituição sinalizaram que os juros precisam atingir níveis contracionistas. Embora a maioria dos votantes tenha defendido o ritmo de aumento de 0,75pp em outubro, alguns revelaram preferência por um movimento mais moderado (de 0,50pp). Em linhas gerais, o banco central sinalizou firmemente altas adicionais nas taxas de juros nos próximos meses. Isto posto, os mercados precificam atualmente uma desaceleração no ritmo de aperto monetário (um movimento de 0,50pp na próxima reunião, que será encerrada em 15 de dezembro). As preocupações crescentes com o grau de arrefecimento da atividade econômica – com riscos significativos de recessão – parecem pesar na avaliação dos membros do BCE. Ademais, o menor ritmo de aumento das taxas de juros poderia ser acompanhado por uma redução antecipada do “Programa de Compra de Ativos” do banco central (totaliza 3,3 trilhões de euros). Mesmo com tal desaceleração, o mercado projeta a taxa de depósito em 3% no próximo ano, o dobro do patamar atual, pois deve levar muito tempo até a inflação local retornar à meta de 2% ao ano. O índice de preços ao consumidor da zona do euro exibiu elevação de 10,6% no acumulado em doze meses até outubro, a máxima histórica;
- A economia da Alemanha cresceu um pouco mais do que inicialmente estimado no 3º trimestre de 2022, segundo dados divulgados nesta manhã (25) pela Destatis, agência de estatísticas do país. O PIB da maior economia da Europa avançou 0,4% em relação ao 2º trimestre deste ano e 1,3% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. O consenso de mercado apontava para aumento de 0,3% em comparação com o trimestre imediatamente anterior e de 1,2% na base interanual (em linha com os resultados preliminares). Dito isso, o governo alemão prevê que a economia local crescerá 1,4% em 2022 e recuará 0,4% em 2023. Os indicadores de atividade econômica corrente apontam para recessão nos próximos meses. Neste sentido, a confiança do consumidor da Alemanha medida pelo índice GfK continua em níveis muito baixos. O índice prospectivo geral aponta para -40,2 em dezembro, após ter atingido -41,9 em novembro. A mediana das estimativas do mercado estava em -40,0;
- Conforme divulgado ontem pelo IBGE, o IPCA-15 variou 0,53% entre outubro e novembro, abaixo da nossa expectativa e do consenso de mercado (0,58% e 0,55%, respectivamente). Assim, o índice mostrou alta de 5,35% no acumulado do ano e de 6,18% nos últimos 12 meses (recuo em relação aos 6,85% registrados na leitura anterior). O principal desvio baixista em relação à nossa estimativa veio do grupo de Alimentação no Domicílio. Ainda em relação à abertura do IPCA-15, destaque para a elevação – esperada – dos preços administrados (0,77% em nov/out ante média de -2,06% entre julho e outubro), em linha a dissipação dos efeitos das medidas de cortes de tributos sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações que foram aprovadas na metade do ano. Outras métricas agregadas trouxeram notícias positivas, em nossa avaliação. Por exemplo, a inflação de serviços arrefeceu de 5,91% em outubro para 3,93% em novembro com base na média móvel de 3 meses da taxa anualizada com ajuste sazonal (forma de avaliação da tendência de curto prazo), enquanto o grupo de serviços subjacentes – itens mais sensíveis ao ciclo econômico – recuou de 8,08% para 7,21% na mesma base de comparação. De forma semelhante, a média dos núcleos de inflação cedeu de 6,37% em outubro para 5,78% em novembro. Em resumo, esses resultados corroboram nossa visão de desinflação gradual na economia brasileira. Por fim, projetamos elevação de 5,8% para o IPCA em 2022. Para 2023, por sua vez, prevemos aumento de 5,2%. Tal estimativa assume como premissa da reoneração de PIS/COFINS sobre combustíveis, com impacto altista ao redor de 0,50pp sobre o IPCA geral. Todavia, os riscos fiscais crescentes e seus impactos potenciais sobre a dinâmica da taxa de câmbio e as expectativas de inflação de médio prazo precisam ser monitorados com bastante cautela, já que podem alterar as perspectivas para o IPCA;
- Na agenda econômica desta sexta-feira, o Banco Central do Brasil divulgará as contas do setor externo referentes a outubro (consenso de mercado: déficit em conta corrente de US$ 4,5 bilhões e Investimento Direto no País de US$ 6,7 bilhões). Por sua vez, a Secretaria do Tesouro Nacional publicará o Relatório da Dívida Pública Federal, também relativo ao mês passado.
Empresas
Intelbras (INTB3): Destaques do Investor Day
- Participamos do Investor day da Intelbras na sede da empresa em SC. No geral, saímos do evento confiantes de que a empresa construiu vários alicerces importantes e está nos trilhos para continuar entregando um crescimento sustentável em todos os seus segmentos de negócio (energia, segurança e comunicações);
- Reiteramos nossa recomendação de COMPRA e preço-alvo para R$ 42,0/ação para o final de 2023;
- Clique aqui para acessar.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- IPCA-15 sobe 0,53% em novembro e tem alta de 6,17% em 12 meses (Valor);
- Juro futuro alcança máxima desde 2016 e põe no preço Selic a 15% (Valor);
- Nubank lança conta digital no México, a Cuenta Nu (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Anatel deveria revisar definição de PPPs, defende a Claro (Teletime);
- Americanet adquire mais um ISP, o Link Mais (Telesíntese);
- Acordo Winity / Vivo deve demorar “algumas semanas” para subir ao conselho diretor da Anatel (Telesíntese);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Primeiras horas da Black Friday têm descontos de até 48% em produtos como relógios e ebooks (Folha);
- Durante jogo do Brasil, varejistas apostam no e-commerce (Valor);
- Camisas da seleção ultrapassam smartphones em buscas no e-commerce (Mercadoeconsumo);
- Greve e protestos na Black Friday em 40 países podem prejudicar a Amazon? (Bloomberg);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Alimentos e Bebidas
- Usinas conseguem zerar atraso na moagem de cana – Valor
- Avian flu outbreak wipes out 50.54 mln U.S. birds, a record – Reuters
- Agro
- Governo de Transição condena manutenção da mistura de biodiesel no diesel em 10% – Valor
- Confinamento de bovinos em Mato Grosso deverá cair 15,9% – Valor
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Alimentos e Bebidas
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Conselho da Petrobras indicado pelo novo governo vai rever política de dividendos, afirma Prates (Valor Econômico);
- Crise de energia na UE deve durar anos, diz indústria (Valor Econômico);
- Copa Energia eleva aporte em gestão de frota e eletrificação (Valor Econômico)
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Amazon planeja investir US$ 1 bilhão por ano em filmes para cinema
- Amazon planeja investir US$ 1 bilhão por ano em filmes para cinema
- Meituan vê receita crescer após a Covid-19 impulsionar a entrega de refeições na China
- BYD anuncia aumento de preços de seus veículos na China
- Recompras de ações podem cair até 46% em 2023
- Acesse aqui o relatório internacional.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Mercados
- Confiança de CFOs sobe no 3º trimestre, mas é esperada deterioração à frente (Valor Econômico);
- IPCA-15 sobe 0,53% em novembro e tem alta de 6,17% em 12 meses (Valor Econômico).
- Noticiário Corporativo
- Athena Saúde cancela registro de companhia aberta na CVM (Valor Econômico);
- Caixa suspende empréstimos a Estados e municípios (Valor Econômico).
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Criptoativos
Principais notícias
- Hoje em Criptos | Binance confirma oferta por ativos da Voyager
- 10.000 BTC são movidos de carteira vinculada ao hack da Mt. Gox (Cointelegraph);
- PL das criptomoedas será votado na próxima semana, promete relator (InfoMoney);
- Binance confirma oferta por ativos da Voyager (InfoMoney);
- Desenvolvedores do Ethereum lançam ferramenta de teste para saques em staking (Investing);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- RBRX11: FII distribui hoje dividendos de R$ 1,50 por cota (Suno);
- Qual a melhor estratégia para investir em fundo imobiliário? (cbn);
- Fundo imobiliário anuncia amortização de R$ 10 milhões; mercado deixa Ifix de lado (MoneyTimes)
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
ESG
PwC e B3 lançam nova versão do “Guia IPO” incorporando questões ESG | Café com ESG, 25/11
- O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o Ibov e o ISE em alta de +2,7% e +3,2%, respectivamente;
- No Brasil, (i) a PwC Brasil e a B3 estão lançando a versão atualizada do “Guia IPO”, que busca ajudar companhias a entender as etapas até a abertura de capital e avaliar se estão realmente preparadas para passar por esse processo – o novo guia atualiza a edição anterior, de 2014, incorporando como por exemplo as questões ESG; e (ii) a Copa Energia, dona da Copagaz e da Liquigás e responsável por cerca de 25% do engarrafamento e distribuição de GLP no país, está buscando um melhor equilíbrio na balança de emissões de gases de efeito estufa, levando em conta a origem fóssil do combustível que comercializa e aliando as ambições em sustentabilidade a redução de custos;
- No internacional, o norte do Japão pretende explorar um recurso negligenciado que tem em abundância, a neve – a cidade realizará o teste em cooperação com a Forte, uma startup local de tecnologia da informação, que envolverá despejar a neve removida por arados da cidade em uma piscina localizada em uma escola fechada, e a eletricidade será gerada usando o diferencial de temperatura entre a neve e o ar externo;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!