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Morning Call XP (15.ago): Preocupação com recessão global pesa nos mercados

Tudo o que você precisa saber sobre os mercados nacional e internacional, com análises econômicas e políticas sobre fatos que podem impactar seus investimentos.

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IBOVESPA -2,94% | 100.258 Pontos

CÂMBIO 2,1% | 4,05/USD

O que pode impactar o mercado hoje

Ontem, o Ibovespa caiu 3% e o dólar foi para R$ 4,05/USD, em meio a preocupação com recessão global. Uma série de dados econômicos pessimistas da Ásia e da Europa, a incerteza do Brexit e das negociações comerciais EUA-China estão causando um grande impacto no sentimento dos investidores.

O rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano de curto prazo (2 anos) ficou acima do título de longo prazo pela primeira vez desde 2007, demonstrando mais um sinal de alerta para a economia. Apesar da inversão da curva, nosso Estrategista Global, Alberto Bernal, não espera que os EUA entre em recessão nos próximos trimestres, dadas condições financeiras das famílias ainda sólidas e mercado de trabalho aquecido.

Além disso, esperamos mais um corte de juros de 0,5% em Setembro para proteger a economia americana da desaceleração da economia mundial e, finalmente, acreditamos que a pressão do mercado em breve (muito em breve) forçará o presidente Trump a fechar um acordo com a China.

No Brasil, a Câmara finalizou votação de destaques da MP da Liberdade Econômica e mantiveram alguns pontos da chamada minirreforma trabalhista como a liberação do trabalho aos domingos. Com isso, a medida provisória vai ao Senado, onde precisa ser aprovada até o dia 27 de agosto.

Sobre o pacto federativo, uma série de PECs e proposta de mudanças de regras de interesse dos estados e municípios, a equipe econômica teme que as sete medidas benéficas aos estados engordem seus cofres, sem contrapartida em ajuste fiscal. A votação desses itens, que antes andava em paralelo, virou condição pelos senadores para a Previdência avançar.

Em votação simbólica, a Câmara aprovou na noite de ontem o projeto que criminaliza o abuso de autoridade. A medida, que pune agentes públicos (inclusive policiais, procuradores e juízes) por condutas consideradas abusivas, é considerado uma revanche ao combate à corrupção e vai para sanção do presidente Bolsonaro.

No campo econômico, para atender a demanda por liquidez num momento de baixo fluxo para o Brasil, o Banco Central decidiu vender dólares no mercado à vista ao mesmo tempo em que retira alguns contratos de swap cambial através de contratos reversos. De acordo com o BC, a medida leva em consideração a redução da demanda por proteção cambial e aperfeiçoa o uso dos instrumentos à sua disposição para atuação no mercado de câmbio, como parte da Agenda BC#.

No internacional, ações europeias caem ao lado dos futuros nos EUA e na Ásia. A China disse que tomará “contramedidas necessárias” para tarifas adicionais dos EUA sobre US$ 300 bilhões de bens chineses. Os negociadores chineses supostamente ainda planejam ir a Washington no mês que vem para negociações, mas Pequim não está otimista sobre qualquer progresso a curto prazo.

Do lado das empresas, ontem os frigoríficos reportaram bons resultados, com a Marfrig divulgando sólidos números e a JBS superando nossas estimativas. Ainda no campo positivo, tivemos uma avaliação ligeiramente positiva dos resultados da Copel e recebemos com otimismo os da Equatorial, enquanto que a Ultrapar decepcionou novamente e a Via Varejo reportou um trimestre mais fraco que o esperado, mas a mensagem da nova diretoria reforça confiança na recuperação dos resultados.

Tópicos do dia

Brasil

  1. Política Brasil: Governo termina votação da MP de Liberdade Econômica na Câmara
  2. BC oferta dólares à vista após dez anos

Internacional

  1. Ministério de Finanças da China promete tomar as contramedidas necessárias para reagir às tarifas norte-americanas
  2. Estratégia Macro Global: A inversão da curva aconteceu. BC Americano deverá cortar 50 bps em setembro

Empresas

  1. JBS (JBSS3): Resultados do segundo trimestre superam estimativas; Reiteramos Compra
  2. Copel (CPLE6): Avaliação ligeiramente positiva do 2T19; O ciclo positivo está apenas começando, Compra
  3. Ultrapar (UGPA3) 2T19: Um trimestre desafiador em todas as linhas de negócios, a Ultrapar decepciona novamente
  4. Via Varejo (VVAR3): 2T19 mais fraco que o esperado, mas mensagem da nova diretoria reforça confiança na recuperação dos resultados
  5. Equatorial (EQTL3): Destaques dos Resultados do 2T19
  6. Marfrig (MRFG3): Resultados sólidos do segundo trimestre
  7. Cosan (CSAN3): Potenciais impactos do congelamento de preços de gasolina na Argentina 
  8. Frigoríficos: Possível abertura da Indonésia à carne bovina  


Veja todos os detalhes

Brasil

Política Brasil: Governo termina votação da MP de Liberdade Econômica na Câmara

  • Despois do recuo, o governo conseguiu terminar de votar na Câmara o texto da MP da Liberdade Econômica, que segue agora para o Senado, mantendo alguns pontos da chamada minirreforma trabalhista como a liberação do trabalho aos domingos. O assunto ainda está no Supremo, onde Gilmar Mendes aguarda informações do governo;
  • Governo teme agora que o acordo de priorizar votações sobre o pacto federativo signifiquem atraso na tramitação da previdência no Senado. A equipe econômica teme que as sete medidas benéficas aos estados engordem cofres dos estados, sem contrapartida em ajuste fiscal. A votação desses itens virou condição para a Previdência avançar;
  • Em votação simbólica, a Câmara aprovou na noite de ontem o projeto que criminaliza o abuso de autoridade. A medida, que pune agentes públicos (inclusive policiais, procuradores e juízes) por condutas consideradas abusivas, é considerado uma revanche ao combate à corrupção e vai para sanção do presidente Bolsonaro. Bancada da bala e parlamentares lavajatistas começam agora as pressões para que o presidente vete trechos do texto. É esperada alguma reação nos bastidores também do ministro da Justiça, Sérgio Moro.

BC oferta dólares à vista após dez anos

  • Para atender a demanda por liquidez num momento de baixo fluxo para o Brasil, o BC decidiu vender dólares no mercado à vista ao mesmo tempo em que retira alguns contratos de swap cambial através de contratos reversos, o que preserva a posição líquida da instituição no câmbio;
  • De acordo com o BC, a medida leva em consideração a redução na demanda de proteção cambial (hedge) por meio de swaps cambiais e o aumento da demanda de liquidez no mercado à vista. Ainda de acordo com o BC, a medida visa aperfeiçoar o uso dos instrumentos à sua disposição para atuação no mercado de câmbio, como parte da Agenda BC#;
  • Além da intervenção no mercado cambial, a intervenção no mercado à vista possivelmente reduz a dívida bruta do governo geral através de redução das operações compromissadas (que atingem aproximadamente 19% do PIB). Resta saber se essa foi uma consequência ponderada pela instituição. Como observado pelo jornal Valor Econômico, quando em campanha eleitoral, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizou que essa atuação no mercado de câmbio poderia melhorar as condições de endividamento do país.

Internacional

Ministério de Finanças da China promete tomar as contramedidas necessárias para reagir às tarifas norte-americanas

  • O Ministério de Finanças da China afirmou hoje que o país precisa tomar as “contramedidas necessárias” ao plano dos Estados Unidos de impor uma tarifa de US$300 bilhões em produtos chineses;
  • No comunicado, o ministério alega que as medidas adotadas tiram os dois países do caminho de resolução de suas divergências comerciais, o que intensifica a aversão ao risco nas principais bolsas mundiais e eleva os temores de que uma recessão global esteja a caminho;
  • Ainda que se referindo aos protestos em Hong Kong e à forma como o presidente chinês vem tratando o caso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em mensagem no Twitter que o presidente da China, Xi Jinping, é um “grande líder” e sugeriu uma reunião bilateral entre os dois países.

Estratégia Macro Global: A inversão da curva aconteceu. BC Americano deverá cortar 50 bps em setembro.

  • O rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano de curto prazo (2 anos) ficou acima do título de longo prazo pela primeira vez desde 2007, apesar do corte da taxa de juros feita pelo BC Americano (Fed) em julho e a sinalização de cortes futuros. Nosso estrategista global Alberto Bernal argumenta que a inversão da curva é uma função direta das incertezas relacionadas à disputa comercial;
  • Apesar da inversão da curva, que poderia ser interpretada como um sinal de recessão no país, ainda não estamos convencidos de que isso de fato acontecerá por algumas razões: (1) o endividamento do consumidor típico dos EUA continua saudável; (2) esperamos que o Fed realize corte de 50 bps em setembro para proteger a economia do país da desaceleração da economia mundial e, finalmente, (3) acreditamos que a pressão do mercado em breve forçará o presidente Trump a fechar um acordo comercial com a China, de modo que as incertezas sejam finalmente mitigadas;
  • Quanto ao futuro dos mercados, fazemos uma análise binária: se o dilema continuar, esperamos corte de pelo menos 150 bps daqui até o final de 2020, com rendimento dos títulos de 10 anos igual ou inferior a 1,25%. Por outro lado, se as negociações caminharem de uma forma positiva, o Fed possivelmente reduzirá os juros em 50bps em setembro e mais uma vez em dezembro, com (1) investidores dispostos a manter sua exposição ao mercado acionário, (2) um Dólar mais fraco, com menor aversão ao risco e um déficit persistente da conta corrente nos EUA, e (3) desempenho melhor dos mercados emergentes, com rendimentos superiores e apreciação nominal das moedas.

Empresas

JBS (JBSS3): Resultados do segundo trimestre superam estimativas; Reiteramos Compra

  • A JBS reportou resultados mais fortes do que o esperado no 2T19, com EBITDA ajustado recorde de R$ 5,1 bilhões (+20% A/A), 7% acima do nosso, com desempenho positivo em todos os negócios, especialmente na Seara;
  • A margem EBITDA de 10% se compara a nossa de 9% e 9,4% no 2T18. A geração de caixa livre foi forte em R$ 3,7 bilhões, enquanto a alavancagem (dívida líquida/EBITDA) caiu de 3,2x no 1T19 para 2,8x no 2T19. O lucro líquido de R$ 2,2 bilhões ficou acima do nosso R$ 1,6 bilhão frente a um imposto de renda mais baixo;
  • Reiteramos nossa recomendação de Compra na JBS. Vemos potencial para revisão para cima das nossas estimativas e do nosso preço alvo de R$27/ação. À título de referência, no nosso atual cenário otimista estimamos preço-alvo de R$37/ação. Clique aqui para acessar nosso relatório completo.

Copel (CPLE6): Avaliação ligeiramente positiva do 2T19; O ciclo positivo está apenas começando, Compra

  • Em 14 de agosto, a Copel reportou um EBITDA ajustado de R$ 961,0 milhões no 2T19, acima dos nossos R$ 899,2 milhões e do Consenso de R$899,8 milhões. A principal razão por trás dessa surpresa positiva foram custos gerenciáveis (como pessoal, materiais e serviços) -9,1% abaixo das nossas expectativas e -0,7% menores em relação ao mesmo período do ano anterior;
  • Temos uma avaliação levemente positiva dos resultados do 2T19 da Copel, já que os valores do EBITDA Ajustado ficaram acima de nossas estimativas, enquanto os resultados do Lucro Líquido vieram abaixo. Destacamos o compromisso da empresa em manter os custos gerenciáveis ​​sob controle e crescendo abaixo da inflação, e também que a distribuidora do grupo finalmente convergiu suas referências de custos para os patamares embutidos nas tarifas;
  • Continuamos a ter uma visão otimista com as ações da Copel devido à série de eventos positivos no horizonte, como (1) compromisso contínuo com eficiências de custos, (2) redução do endividamento mais acelerada após a conclusão dos investimentos em geração e (3) a iminente venda da Copel Telecom, que pode representar uma adição de R$ 3,3/ação a nosso preço-alvo. A nosso ver, o preço atual das ações não reflete nenhum desses fatores. Reiteramos nossa recomendação de compra na Copel, com preço-alvo de R$ 65/ação. Para acessar o relatório completo clique aqui.

Ultrapar (UGPA3) 2T19: Um trimestre desafiador em todas as linhas de negócios, a Ultrapar decepciona novamente

  • Em 14 de agosto, a Ultrapar divulgou os resultados do 2T19. O Lucro Líquido divulgado foi de R$ 114,3 milhões, -25,5% abaixo da nossa estimativa de R$ 153,5 milhões e -50,3% abaixo do consenso de mercado de R$ 229,9 milhões. O EBITDA ajustado de R$ 628,7 milhões também ficou significativamente abaixo dos nossos R$ 756,6 milhões (-16,9%) e -18,7% abaixo do consenso de R$773,4 milhões, com todos os negócios do grupo desapontando nossas expectativas;
  • Temos uma avaliação negativa dos resultados da Ultrapar, devido a um resultado mais fraco que o esperado em todas as linhas de negócios. Com relação à Ipiranga, a subsidiária seguiu a tendência observada nas pares BR Distribuidora (BRDT3) e Raízen Combustíveis (na qual a CSAN3 tem 50% de participação), com deterioração das margens devido a um cenário ainda competitivo no mercado e baixo crescimento de volumes. Quanto à Oxiteno, o volume de vendas continua a decepcionar devido à menor demanda nos mercados doméstico e internacional, e margens de produtos petroquímicos ainda pressionadas em função da menor demanda global;
  • Embora o atual ambiente macroeconômico seja o grande responsável por essas dificuldades, notamos que há pouca visibilidade sobre a estratégia da empresa para reverter esse quadro. No meio tempo, vemos poucas razões para ter exposição ao nome no curto prazo. Temos uma recomendação neutra e preço alvo de R$ 24/ação. Confira no relatório completo a nossa opinião sobre o resultado e o desempenho operacional e financeiro de cada subsidiária.

Via Varejo (VVAR3): 2T19 mais fraco que o esperado, mas mensagem da nova diretoria reforça confiança na recuperação dos resultados

  • A Via Varejo reportou resultados fracos no 2T19, com vendas líquidas e EBITDA que ficaram -7% e -47% abaixo de nossas estimativas, respectivamente. Apesar da decepção com relação aos números reportados, acreditamos que os investidores que recentemente se tornaram mais otimistas com o potencial de recuperação da empresa tinham em mente que os resultados no curto prazo permaneceriam pressionados e devem focar nos resultados do 2º semestre e de 2020;
  • Nesse sentido, a primeira mensagem da nova diretoria trouxe um tom animador e confiante, tendo como principais destaques:  (1) melhora no desempenho das lojas e da motivação da equipe de vendas após a implementação do novo modelo de remuneração e mais investimentos na experiência de compra do consumidor; (2) aprovação da incorporação da Cnova (ecommerce), reforçando e expandindo as iniciativas de multicanalidade; e (3) comentário sobre tendência positiva nos primeiros 45 dias desde que a nova gestão foi nomeada e o compromisso em entregar uma estratégia de recuperação gradual e consistente. Para acessar o relatório completo, clique aqui.

Equatorial (EQTL3): Destaques dos Resultados do 2T19

  • A Equatorial Energia reportou EBITDA do 2T19 de R$ 982 milhões. Excluindo os efeitos não caixa do IFRS sobre novos ativos de transmissão e outros efeitos não-recorrentes, o EBITDA Ajustado foi de R$ 688 milhões, significativamente acima dos nossos R$ 539 milhões, refletindo principalmente resultados melhores do que o esperado nas novas subsidiárias Cepisa e Ceal;
  • Na frente operacional, os seguintes destaques foram (1) para Cemar, perdas não técnicas de 8,8% vs. níveis regulatórios de 9,8%, (2) para a Celpa, perdas não-técnicas de 43,7% vs. níveis regulatórios de 34,0%, (3) para a Cepisa, perdas não técnicas de 23,8% vs. níveis regulatórios de 13,9% e, (4) finalmente, para a Ceal, perdas não técnicas de 51,6% vs. níveis regulatórios de 22,0% (distorcido por uma mudança no processo de faturamento da companhia);
  • Notamos que a Equatorial também apresentou um detalhamento do avanço de suas obras de transmissão, com destaque para as Sociedades de Propósito Específico (SPEs, subsidiárias que concentram cada um dos lotes de ativos) 1, 2 e 8, com avanço de obras físicas de 58,4%, 52,4% e 71,6%, respectivamente;
  • Continuamos a ver a Equatorial como uma das melhores empresas no setor elétrico em termos de execução, e reiteramos nossa recomendação de Compra, com preço-alvo de R$100/ação.

Marfrig (MRFG3): Resultados sólidos do segundo trimestre 

  • A Marfrig reportou resultados do 2T19 em linha com nossas estimativas, com o EBITDA ajustado em R$ 1,1 bilhões (+13,3% A/A). A margem EBITDA de 9,1% se compara a nossa de 10% e 8,8% no 2T18;
  • O fluxo de caixa operacional foi de R$ 876 milhões, enquanto a alavancagem ficou em 2,7x Dívida Líquida / EBITDA, uma redução de 0,1x em relação ao 1T19;
  • Mantemos nossa recomendação de Compra para Marfrig, com um preço-alvo de R$10/ação. Clique aqui para acessar o relatório completo.

Cosan (CSAN3): Potenciais impactos do congelamento de preços de gasolina na Argentina

  • Após a derrota sofrida nas eleições primárias do último domingo, o presidente da Argentina Maurício Macri anunciou um pacote de medidas para reconquistar popularidade. Dentre as medidas anunciadas, destaca-se o congelamento de preços de gasolina por 90 dias para que a desvalorização do peso não afete a população;
  • A notícia levou à queda de -5,45% das ações da Cosan, que tem exposição à Argentina desde à aquisição dos ativos de refino e distribuição de combustíveis da Shell no pais em 2018. Vendas de gasolina correspondem a 30% das receitas totais da Raízen Argentina segundo nossas estimativas;
  • Assumindo que o congelamento perdure até o final do ano, estimamos de maneira simplificada um potencial impacto negativo entre US$70-85 milhões ao EBITDA da Raízen Argentina, ou uma queda de -2.4% a -2.8% nas nossas estimativas para a Cosan em 2019;
  • A Raízen Argentina corresponde a 5,5% de nossas estimativas de EBITDA consolidado da Cosan, e menos de 1% do nosso preço-alvo de R$64/ação. Mantemos a recomendação de compra, embora reconheçamos que a volatilidade macroeconômica no país vizinho pode impactar negativamente as ações no curto prazo.

Frigoríficos: Possível abertura da Indonésia à carne bovina  

  • De acordo com o Valor Econômico, a possibilidade de que a abertura do mercado da Indonésia à carne bovina brasileira ocorra ainda esse ano animou alguns executivos do setor, após declarações atribuídas ao ministro do Comércio da Indonésia, que foram recebidas como um sinal de que as negociações no país asiático estão avançando. É esperado que o país abra o mercado com uma cota de cerca de 50 mil toneladas de carne bovina destinada aos brasileiros;
  • No governo brasileiro, porém, ainda há muitas dúvidas sobre a abertura do mercado da Indonésia. De acordo com uma fonte do Ministério da Agricultura, o país asiático ainda não divulgou o relatório da auditoria feita em frigoríficos brasileiros em abril do ano passado;
  • O ponto é que não está claro se todos os frigoríficos visitados serão habilitados. Segundo fontes consultadas pelo Valor, a Minerva poderia ter até cinco abatedouros habilitados pela Indonésia, ao passo que a JBS teria quatro e a Marfrig, uma.
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