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Morning Call XP (02.ago): Tensões comerciais e resultados do segundo trimestre

Tudo o que você precisa saber sobre os mercados nacional e internacional, com análises econômicas e políticas sobre fatos que podem impactar seus investimentos.

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O que pode impactar o mercado hoje

Ontem, o Ibovespa subia mais de 2% no meio do dia, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que irá impor tarifas de 10% a mais US$ 300 bilhões em produtos chineses, aumentando a volatilidade nos mercados e a preocupação com crescimento global. Com isso, o Ibovespa fechou em modesta alta de 0,3%.

No Brasil, há dois potenciais impactos da medida: (1) Crescimento menor, mas difícil de estimar e provavelmente muito marginal; (2) Potencial de vermos mais espaço para corte de juros se, de fato, o Banco Central americano acelerar seu passo de cortes, dado que a economia pode ser comprometida com a retaliação à China.

Na quarta-feira, houve corte de 0,5% na taxa de juros no Brasil, levando a Selic para 6%, o que impulsionou a Bolsa ontem pela manhã. Esperamos mais dois cortes de 0,5%, levando a 5% até o fim de 2019.

Em meio às tensões comerciais, futuros nos EUA operam em queda, após sessões negativas na Ásia e Europa durante a noite. Trump prometeu continuar taxando a China até concordar com um acordo, com o último afirmando que as tarifas não são úteis para resolver as tensões e acrescentando que terá que tomar contramedidas.

Enquanto isso, a agenda de Trump para sexta-feira inclui “um anúncio sobre o comércio da União Europeia”. Embora a Casa Branca não tenha especificado sobre o que se tratava o evento, Trump reportou que fará uma declaração às 14:45 – horário de Brasília.

Além disso, dados do mercado de trabalho americano serão divulgados às 9:30 (horário de Brasília). Espera-se criação de 165 mil novos postos de trabalho e crescimento de 0,2% no salário médio por hora em julho. Tais dados são relevantes para as tendências futuras de taxas de juros, embora os impactos de tensões comerciais também devem ser monitorados.

Do lado das commodities, o petróleo teve forte queda após o anúncio de Trump, recuando 7% para US$60,5/barril, mas já recupera parte das perdas hoje, subindo 2,7%. Sobre celulose, a chilena CMPC, quarta maior produtora mundial, vai estudar a possibilidade de estender suas paradas de manutenção se os preços de celulose seguirem em queda. Se confirmado, a menor oferta de celulose, em conjunto com demais paradas de outras empresas já anunciadas, pode ajudar a dar sustentação aos preços adiante, o que é positivo.

Do lado das empresas, a Petrobras anunciou os resultados do 2T19 ontem. Em uma base comparável, os resultados vieram abaixo das nossas estimativas, mas em linha com o consenso. A empresa também registrou geração de caixa de R$9.3 bilhões, e queda da alavancagem para 2,0x Dívida Líquida / EBITDA. Vemos a nossa tese de investimentos intacta, com a empresa demonstrando comprometimento com venda de ativos, e reiteramos a recomendação de Compra.

A Localiza (RENT3) reportou bons resultados ontem, que embora tenham vindo em linha com nossas estimativas ficaram levemente abaixo do consenso. O crescimento de volume manteve um ritmo forte, e o lucro líquido atingiu R$ 191 mi, ~3% abaixo das estimativas. Continuamos observando sinais sequenciais de crescimento forte e saudável, e mantemos nossa recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 49,50/ação.

Por fim, a Eletrobras anunciou que o Presidente Jair Bolsonaro deu aval para a privatização da empresa, o que deve levar a uma reação positiva das ações.

Tópicos do dia

Agenda de resultados hoje

Porto Seguro (PSSA3): Antes da abertura
Clique aqui para acessar o calendário completo
Para ver um resumo dos resultados até o momento, clique aqui

Brasil

  1. Política Brasil: Governo quer juntar Baleia Rossi, Luiz Carlos Hauly e Marcos Cintra para discutir a reforma tributária
  2. A indústria brasileira permanece fragilizada

Internacional

  1. Guerra comercial China x EUA: Implicações para o mercado e para o Brasil

Empresas

  1. Petrobras (PETR4) 2T19: Não foi o mais fácil dos trimestres, mas nossa tese permanece intacta; Mantemos COMPRA
  2. Localiza (RENT3): Crescimento saudável; 2T19 Em linha com estimativas
  3. Petrobras (PETR4): ANP aprova edital e modelo do contrato da Cessão Onerosa
  4. Eletrobras (ELET3): Bolsonaro deu aval para privatização
  5. Cielo (CIEL3): Banco do Brasil avalia venda de participação
  6. Bancos: Reflexões sobre o fraco desempenho recente
  7. Papel & Celulose: Chilena CMPC pode estender paradas programadas
  8. JBS (JBSS3): Conclusão da aquisição de processadora de suínos em Seberi (RS)
  9. CVC Corp (CVCB3): Anuncia compra da Almundo (cujo principal mercado é a Argentina)

Renda Fixa

  1. Proposta na Lei de Falências pode facilitar quitação de dívidas
  2. Ratings da CSN elevados para ‘B’ e ‘brA’

Fundos de Investimento

  1. XP Asset (Macro): Equipe enxerga Bolsa e NTN-Bs como atrativas

COE

  1. Apple poderá ser afetada pelas novas tarifas sob produtos chineses


Veja todos os detalhes

Brasil

Política Brasil: Governo quer juntar Baleia Rossi, Luiz Carlos Hauly e Marcos Cintra para discutir a reforma tributária

  • Governo quer juntar Baleia Rossi, Luiz Carlos Hauly e Marcos Cintra para discutir a reforma tributária. Respectivamente representam os textos que estão na Câmara, no Senado e em elaboração pelo governo. Ciente de que a proposta da Câmara é a que tem a maior chance de prosperar, o Planalto busca algum protagonismo na discussão. E depois de estados se reunirem para defender seus interesses, agora são os municípios que buscarão consenso para que tenham acesso a mais recursos no futuro;
  • A eleição presidencial dos Estados Unidos acontecerá apenas no dia 3 de novembro de 2020, mas a disputa já começou a ser delineada. Já ocorreram dois debates entre os 20 pré-candidatos em busca da vaga do Partido Democrata. Do lado Republicano, Donald Trump deve conseguir a indicação sem muitos desafios. Acesse a primeira edição do Relatório Semanal da equipe XP Política para saber mais. Toda semana traremos os números recentes de pesquisas e um clipping das notícias mais relevantes. Nessa edição, confira também o calendário eleitoral inicial, a cobertura do segundo debate democrata e o perfil dos pré-candidatos.

A indústria brasileira permanece fragilizada

  • A produção industrial encerrou o segundo semestre de 2019 em queda puxada principalmente pela indústria extrativa. O resultado apresentado pela indústria geral em junho foi 0,6% inferior ao apresentado em maio e 5,9% menor que o resultado de junho de 2018;
  • Apesar de os comparativos ainda serem influenciados pelo desastre de Brumadinho, os indicativos apontam para a continuidade de uma indústria fragilizada no Brasil. O índice de difusão, que mostra o percentual de produtos cujo crescimento em 3 meses superou o crescimento em 12 meses, foi de apenas 43% em junho, abaixo da média apresentada pela indústria nos últimos 17 anos;
  • Apesar dos efeitos positivos gerados pelas políticas de saque do FGTS, pela redução do desemprego e pela queda de juros na economia, é difícil esperar.

Internacional

Guerra comercial China x EUA: Implicações para o mercado e para o Brasil

  • O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou ontem a imposição de tarifa de 10% sobre US$ 300 bilhões de produtos importados da China. A medida foi inesperada, uma vez que as sinalizações emitidas recentemente por ambos os países indicavam uma evolução, ainda que gradual. Após o anúncio, subiu o tom da ameaça ao dizer que a alíquota de 10% poderia virar 25% na segunda-feira;
  • Os mercados reagiram negativamente e é possível que os desdobramentos da medida sigam impactando os mercados hoje. Na visão do nosso estrategista global, Alberto Bernal, a desaceleração econômica decorrente da medida pode levar a um corte mais forte de juros nos EUA, que por sua vez sustentaria alguns mercados emergentes;
  • No Brasil, há dois potenciais impactos: (1) Crescimento menor, mas difícil de estimar e provavelmente muito marginal; (2) Potencial de vermos mais espaço para corte de juros no Brasil se, de fato, o Banco Central americano acelerar seu passo de cortes. Lembramos que ontem houve corte de 0,5% na taxa de juros no Brasil, levando a Selic para 6%. Ainda esperamos mais dois cortes de 0,5%, levando a 5% até o fim de 2019. Seguiremos monitorando os desenvolvimentos e as declarações do Banco Central do Brasil a respeito do tema.

Empresas

Petrobras (PETR4) 2T19: Não foi o mais fácil dos trimestres, mas nossa tese permanece intacta; Mantemos COMPRA

  • Em 1º de agosto, a Petrobras anunciou os resultados do 2T19. Nossa estimativa no 2T19 para o EBITDA ajustado, excluindo a BR Distribuidora era de R$31,0 bilhões. Em uma base comparável, nosso cálculo de EBITDA ajustado divulgado no 2T19 foi de R$27,5 bilhões, -9.2% abaixo da nossa estimativa, refletindo principalmente (1) menor produção de petróleo, (2) menores margens de refino e (3) menores resultados em gás e energia. Olhando para o cálculo de EBITDA ajustado com efeitos IFRS feito pela empresa, os resultados de R$33,4 bilhões são muito comparáveis ao consenso de mercado de R$32,7 bilhões;
  • Durante o 2T19, a Petrobras registrou uma geração de caixa após investimentos e pagamentos de juros de R$ 9,3bilhões, patamar que consideramos positivo para a empresa. Quanto ao endividamento, a dívida líquida da Petrobras ao final do 2T19 foi de R$ 289,4 bilhões, uma redução de -6% em relação ao 1T19 (R$307,1bilhões). A relação Dívida Líquida / EBITDA ajustado caiu para 2,01x ante o nível de 2,37x no 1T19;
  • Continuamos a ver um risco-retorno atrativo para a Petrobras com vários eventos positivos no radar. A empresa está comprometida com a agenda de venda de ativos, e estimamos um potencial de geração de recursos entre R$77 e R$91 bilhões, com destaque para ativos de refino e gás natural. Além disso, o mercado também deve monitorar, após o leilão dos excedentes da Cessão Onerosa, potenciais ganhos com a compensação de investimentos passados e diferimento da produção original. Reiteramos a recomendação de Compra ações da Petrobras, com preços-alvo de 12 meses de R$ 36 / R$ 35 / US$ 18,5 / US$ 18 para PETR4 / PETR3 / PBR_A / PBR. Clique aqui para acessar o relatório completo.

Localiza (RENT3): Crescimento saudável; 2T19 Em linha com estimativas

  • A Localiza reportou bons resultados: em linha com nossas expectativas, mas ligeiramente abaixo das estimativas do consenso. O segmento de aluguel de carros (RAC) continuou apresentando crescimento forte de volumes (+ 29% a/a), mas os volumes no segmento de aluguel de frotas (Fleet) foram a principal surpresa positiva (crescimento de +26% a/a, 8% acima da nossa expectativa);
  • As margens nos segmentos, por outro lado, ficaram ligeiramente abaixo das nossas estimativas, em 37,7% e 59,9% em RAC e Fleet, respectivamente. As tarifas no segmento de RAC também ficaram levemente abaixo do esperado. O volume de seminovos foi bom (~33 mil carros vendidos) e a margem EBITDA atingiu 2,5% (vs. 2,0% XPe). O lucro líquido atingiu R$ 191 milhões (sem o IFRS16), 3% abaixo do nosso número e ~11% abaixo do consenso, impactado principalmente por resultados financeiros mais pressionados;
  • Em resumo, foi um trimestre saudável, mas com números abaixo do consenso, o que pode resultar em um desempenho negativo da ação. Continuamos observando sinais sequenciais de crescimento forte e saudável, com o spread entre retorno sobre o capital investido (ROIC) e custo da dívida mantido dentro do intervalo de 7-7,5 p.p. Mantemos nossa recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 49,50/ação. Clique aqui para acessar o relatório completo.

Petrobras (PETR4): ANP aprova edital e modelo do contrato da Cessão Onerosa

  • Ontem (01/08), a diretoria da ANP aprovou o edital e os modelos de contratos do leilão dos barris excedentes da Cessão Onerosa. Os documentos seguem para a aprovação do Ministério de Minas e Energia e subsequentemente, para a avaliação do Tribunal de Contas da União. Espera-se que a versão final dos documentos seja publicada em 6 de setembro;
  • Além das 321 contribuições recebidas em audiência e consulta públicas, a Agência incorporou diretrizes do Conselho Nacional de Política Energética, como (1) a determinação dos contratos de unitização (ou coparticipação, ACP) entre a Petrobras e os consórcios vencedores do leilão pela ANP, caso as partes não cheguem a um acordo voluntariamente e (2) possibilidade de se firmar um pré-acordo que permita que os vencedores do leilão tenham acesso à produção dos campos da Cessão onerosa antes da assinaturas do ACP;
  • Vemos a notícia como positiva para a Petrobras. A conclusão da questão da Cessão Onerosa é um dos principais eventos da empresa em 2019, podendo implicar ganhos para a companhia com a negociação dos investimentos realizados no passado e diferimento da produção original. Mais detalhes você encontra no nosso relatório de início de cobertura, na nossa plataforma.

Eletrobras (ELET3): Bolsonaro deu aval para privatização

  • Em fato relevante divulgado ontem, a Eletrobras anunciou que o Presidente Jair Bolsonaro deu aval para a privatização da empresa. Serão aprofundados estudos para avaliar se o processo ocorrerá por aumento de capital social, subscrição pública de ações ordinárias ou reestruturação corporativa;
  • O modelo para a transação foi apresentado ao presidente da república ontem pela manhã. A forma segundo a qual a privatização ocorrerá já foi concluída por técnicos há algumas semanas, mas segue em sigilo. Entretanto, o processo ainda precisa passar pelo Congresso Nacional;
  • Esperamos uma reação positiva das ações, que seguem no aguardo da privatização desde o início das discussões em 2017.

Cielo (CIEL3): Banco do Brasil avalia venda de participação

  • Segundo a Coluna do Broadcast (Jornal Estadão), o BB está avaliando a venda de sua participação de 28,65% na Cielo (R$6,5bi), na qual divide o controle com o Bradesco. A mudança seria consequência do cenário competitivo intenso do setor e da agenda de privatização do governo, que é uma prioridade máxima. Em Comunicado ao Mercado divulgado ontem a Cielo declarou não ter conhecimento das informações;
  • Nenhum dado adicional está disponível no momento, por essa razão é difícil avaliar como a Cielo e seus acionistas seriam impactados pelo desinvestimento em termos de governança e operacionalmente. Caso a transação seja confirmada, o Bradesco terá direito de preferência;
  • CIEL3 fechou ontem com alta de 15,3%, impactada pela notícia. Em nossa visão, pelo menos parte desse movimento foi explicada pelo alto volume de posições vendidas, 10% do free float na máxima de 2019, uma vez que implicações concretas para a empresa não são óbvias neste momento.

Bancos: Reflexões sobre o fraco desempenho recente

  • Em meio à temporada de resultados do 2T19, as ações dos grandes bancos acumulam desempenho bem inferior ao do Ibovespa (+1,14%) nos últimos 30 dias, apesar dos resultados em linha reportados por Bradesco (-9,15%), Itaú (-3,83%) e Santander (- 5,83%);
  • Acreditamos que essa correção está relacionada a quatro fatores principais: (1) Leve revisão negativa de lucros, uma vez que a maioria das projeções assumia premissas otimistas no início de 2019; (2) Preocupações com a rentabilidade de longo prazo do setor devido a riscos de disrupção e ascenção de fintechs, simbolizados pelo excelente desempenho do Banco Inter e pelo investimento do Softbank; (3) Foco dos executivos no controle de despesas e na digitalização durante as teleconferências de resultados, ambas relacionadas ao item (2) e (4) Pressão técnica causada por realização de ganhos, uma vez que as ações superaram significativamente o índice nos últimos doze meses;
  • Continuamos positivos com o setor devido à recuperação econômica em curso no Brasil, embora reconheçamos os riscos estruturais acima mencionados e a necessidade dos incumbentes se esforçarem para se adaptar a um ambiente em mudança. Em uma economia em expansão a partir de 2020, os bancos serão vitais para financiar o consumo e os investimentos no país e devem manter altos níveis de rentabilidade. Enquanto isso, variáveis ​​como tecnologia e concorrência, assim como seus impactos nos retornos da indústria, precisam ser constantemente monitorados com olhos no longo prazo.

Papel & Celulose: Chilena CMPC pode estender paradas programadas

  • A CMPC, quarta maior produtora mundial de celulose de mercado, vai estudar a possibilidade de estender suas paradas de manutenção se os preços de celulose seguirem em queda – o preço da celulose de fibra curta acumula queda de 22% no ano;  
  • A empresa tem duas paradas programadas para o 4T, uma de 15 dias na linha 1 da fábrica de Guaíba (capacidade de 1,9mt) e outra de 16 dias na unidade de Taja (capacidade de 0,3mt);
  • De acordo com o presidente, Francisco Ruiz-Tagle, a desvalorização da fibra neste momento não tem lógica em relação à dinâmica do mercado no passado sobretudo porque não há oferta adicional. Contudo, o executivo reconhece que há pressão da demanda mais fraca nos principais mercados e dos estoques elevados;
  • Se confirmado, vemos o anúncio como positivo, uma vez que uma menor oferta de celulose, em conjunto com demais paradas de outras empresas, pode ajudar a dar sustentação aos preços.

JBS (JBSS3): Conclusão da aquisição de processadora de suínos em Seberi (RS)

  • A JBS, em continuidade ao anúncio feito no final de abril, anunciou ontem a conclusão da compra de uma processadora de suínos, com capacidade de abatimentos de 5 mil suínos por dia, incluindo sistema de integração, da Adelle Indústria de Alimentos, no Município de Seberi, Rio Grande do Sul;
  • A transação totalizou R$235mi (menos de 0,5% do valor de mercado da JBS) e já foi aprovada pelo CADE. Segundo a empresa, a aquisição está em linha com sua estratégia de aumentar a sua capacidade de processamento de suínos;
  • Conforme tinhamos mencionado, a planta é certificada para exportar para a Rússia, porém ainda não para a China. Mantemos Compra.

CVC Corp (CVCB3): Anuncia compra da Almundo (cujo principal mercado é a Argentina)

  • A CVC Corp (CVCB3, sem cobertura) anunciou a compra do grupo Almundo, que detém operações na Argentina, Brasil, Colômbia e México. O montante da transação é de US$ 77 milhões (R$ 299 milhões, usando a média de câmbio dos últimos 3 meses) e o pagamento será realizado em dinheiro no fechamento do negócio. A conclusão, cujo prazo de exclusividade é de 90 dias, está sujeita à aprovação pelas entidades de regulação;
  • A Almundo atua no segmento de lazer, sendo que a maioria das reservas é feita por meios digitais e suas 80 lojas permitem um modelo de negócio multicanal. Em 2018, suas reservas e a receita líquida somaram US$ 425 milhões e US$ 60 milhões, respectivamente (R$1,6 bilhões e R$ 232 milhões). No mesmo período, as reservas embarcadas e a receita líquida da CVC Corp somaram R$ 13,2 bilhões e R$ 1,6 bilhões, respectivamente. Dessa forma, usando o ano de 2018 como base, a aquisição representa um aumento das reservas e receitas em +13-15%;
  • Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente da CVC Corp mencionou que a aquisição dobrará o tamanho de sua operação na Argentina (que é o principal mercado da Almundo). Dessa forma, a CVC ocupará a posição de número dois no mercado argentino com participação de 16%, atrás da Despegar (Decolar.com) com 18%. Além disso, ele destacou que um dos principais motivos para a aquisição é a plataforma tecnológica diferenciada da Almundo, que passará a ser usada pelas demais empresas do grupo CVC.

Renda Fixa

Proposta na Lei de Falências pode facilitar quitação de dívidas

  • Segundo o jornal Valor Econômico, o projeto de lei sobre mudanças na Lei de Recuperação Judicial e Falência pode ser benéfico para as empresas em recuperação judicial;
  • Segundo a nota, essas empresas terão a possibilidade de quitar débitos de forma parcelada em 120 meses, além de poder usar créditos decorrentes de prejuízo fiscal para abater parte da dívida. A negociação de débitos já inscritos em dívida ativa também poderá ser incluída no projeto;
  • Essas mudanças seriam positivas para empresas em recuperação judicial, uma vez que alongariam o prazo para pagamento das dívidas e dariam novas fontes de recursos para essa quitação.

Ratings da CSN elevados para ‘B’ e ‘brA’

  • A S&P Global Ratings elevou no dia 1º de agosto os ratings da CSN. O movimento se deu devido à alta nos preços de minério de ferro este ano, que beneficia o fluxo de caixa da companhia e resulta em desalavancagem mais rápida do que a esperada;
  • As pressões de liquidez foram atenuadas com a reabertura do bond da companhia, que vence em 2023 e com o pré-pagamento de minério de ferro da CSN com a Glencore;
  • A agência espera que a alavancagem continue sendo reduzida ao longo de 2019 e que a liquidez melhore gradualmente nos próximos anos.

Fundos de Investimento

XP Asset (Macro): Equipe enxerga Bolsa e NTN-Bs como atrativas

  • No mês de reabertura especial do XP Macro Plus, fundo com objetivo de retorno de CDI+10% a.a., os gestores da estratégia macro da XP Asset, Bruno Marques e Júlio Fernandes, acreditam que com a atividade fraca e inflação controlada, Banco Central pode levar taxa de juros SELIC até 5% a.a. e enxergam prêmio nas NTN-Bs.
  • Clique para ler assistir a íntegra da conversa.

COE

Apple poderá ser afetada pelas novas tarifas sob produtos chineses

  • O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que irá impor tarifas de 10% a mais US$ 300bi em produtos chineses. Ao contrário de rodadas anteriores, que se concentraram principalmente em bens industriais, as novas sobretaxas de 10% anunciadas por Donald Trump nesta quinta-feira sobre os restantes US$ 300bi em bens chineses deve incluir uma série de produtos de consumo, dentre smartphones, eletrônicos e roupas;
  • As tarifas poderão afetar os iPhones da Apple, a menos que recebam uma isenção ou sejam excluídos da lista final. Em julho, Trump disse que as peças chinesas para os computadores Mac Pro da Apple não receberão isenções;
  • Vale lembrar que a China representa o maior polo de produção da Apple, além de ser o segundo principal mercado consumidor de iPhones.
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