IBOVESPA + 0,59% | 134.167 Pontos
CÂMBIO – 0,39% | 5,56 /USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a segunda-feira em alta de 0,6%, aos 134.167 pontos. Em um dia de agenda mais esvaziada nos mercados locais, o avanço do índice foi sustentado especialmente pela performance positiva de blue chips como Vale (VALE3, +2,7%), repercutindo a alta do minério de ferro (+2,0%), e Itaú (ITUB4, +1,2%).
Fleury (FLRY3, +14,9%) teve forte alta após notícias na imprensa indicarem que a Rede D’Or (RDOR3, +0,4%) estaria preparando uma oferta para incorporar os negócios da companhia (veja aqui mais detalhes). Na ponta oposta, Pão de Açúcar (PCAR3, -7,7%) recuou após a divulgação de que a empresa avalia remover a cláusula de poison pill de seu estatuto, que obriga a realização de OPA caso um acionista ultrapasse 25% de participação. A ação havia subido 12,8% na semana passada com o aumento da participação da família Coelho Diniz na companhia.
Nesta terça-feira, pela temporada de resultados internacionais do 2T25, destaque para o balanço da Lockheed Martin.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de ontem com fechamento ao longo da curva. No Brasil, o Boletim Focus indicou que a projeção para o IPCA de 2026 ficou abaixo do limite superior da meta de inflação. Nos Estados Unidos, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente Donald Trump não pretende demitir Jerome Powell da presidência do Federal Reserve. Além disso, sinalizou que novas tarifas comerciais podem ser anunciadas até 1º de agosto. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,87% (-0,3bp vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,38% (-4,0bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,96% (+0,4bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,32% (- 5,8bps); DI jan/29 em 13,59% (- 4,9bps); DI jan/31 em 13,8% (- 2,1bps).
Mercados globais
Nesta terça-feira, os futuros dos EUA operam em queda (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: -0,3%) após novos recordes do S&P e Nasdaq na véspera. O movimento foi impulsionado por uma alta pré-balanço da Alphabet, que divulga seus resultados amanhã junto com a Tesla. Até o momento, 60 empresas do S&P 500 já reportaram, com 85% superando as expectativas. Investidores acompanham a temporada em busca de sinais sobre demanda por inteligência artificial, impactos das tarifas e resiliência do consumo.
Na Europa, as bolsas também operam em queda (Stoxx 600: -0,4%), com os investidores avaliando os últimos sinais da guerra comercial. O governo dos EUA reiterou que as tarifas de 30% sobre produtos europeus entram em vigor em 1º de agosto. Caso não haja acordo até lá, a União Europeia considera adotar medidas retaliatórias. Entre os destaques corporativos, a AstraZeneca anunciou investimento de US$ 50 bilhões nos EUA até 2030, ampliando sua presença produtiva no país.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,8%; HSI: +0,5%) mesmo com a fraqueza em outros centros asiáticos. O movimento foi puxado por ações ligadas a tecnologia e infraestrutura, em semana marcada por expectativa com os resultados das big techs globais.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) iniciou a semana em queda de 0,61%, acumulando desvalorização de 1,14% no mês de julho até o momento. Tanto os FIIs de papel quanto os fundos de tijolo registraram desempenho negativo na sessão, com recuos médios de 0,59% e 0,63%, respectivamente. As maiores altas do dia foram: CCME11 (1,6%), BPML11 (1,5%) e AJFI11 (1,4%). Já as principais quedas ficaram por conta de PATL11 (-4,1%), KORE11 (-3,4%) e VRTA11 (-2,4%).
Economia
Nos Estados Unidos, Scott Bessent, Secretário do Tesouro, aumentou o tom das críticas em relação à conduta do banco central e da relutância em abaixar os juros.
No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo continuará tentando negociar com os Estados Unidos para conseguir um acordo. Ainda, hoje será divulgado o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, em que esperamos que o governo reduza o contingenciamento em R$ 15 bilhões devido à inclusão de novas receitas, mas que faça um bloqueio adicional de R$ 5 bilhões para cumprimento do limite de despesas em decorrência do crescimento mais forte das despesas obrigatórias.
Na agenda internacional de hoje, o destaque fica para discurso de Jerome Powell, presidente Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos).
Veja todos os detalhes
Economia
Relatório Bimestral deve trazer redução de contingenciamento
- Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, intensificou as críticas ao banco central (Fed), defendendo uma reavaliação institucional do órgão. Ele afirmou que o Fed tem falhado em cumprir seu mandato de forma eficaz, citando as previsões de que as tarifas levariam a uma inflação persistentemente elevada como exemplo. Bessent também questionou a atuação da autoridade monetária diante das novas dinâmicas fiscais e comerciais do governo Trump, sugerindo que o banco central precisa se adaptar a um cenário em que a política fiscal desempenha papel mais ativo no controle da inflação e no estímulo ao crescimento. Por sua vez, admitiu que forneceu sua opinião a Trump sobre a permanência de Jerome Powell, presidente do Fed, mas reiterou que a decisão final cabe ao presidente;
- No Brasil, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo continuará tentando negociar com os Estados Unidos para conseguir um acordo. Entretanto, ele não descarta a possibilidade de chegar em 1° de agosto (data de vigência da nova tarifa de 50%) sem resolução. Segundo o Ministro, o governo já está preparando planos de contingência para enfrentar a situação, com medidas de auxílio aos setores afetados;
- O Boletim Focus apresentou o 8° recuo consecutivo para a inflação de 2025. A projeção caiu de 5,17% para 5,10%, provavelmente refletindo a apreciação da taxa de câmbio e a dinâmica benigna de preços no atacado. Para 2026, as projeções para a inflação recuaram de 4,50% para 4,45%. É a primeira vez que o consenso fica abaixo do limite superior de tolerância da meta (4,50%) desde o Boletim Focus do dia 17 de março;
- Na agenda, hoje será divulgado o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, em que esperamos que o governo reduza o contingenciamento em R$ 15 bilhões devido à inclusão de novas receitas, mas que faça um bloqueio adicional de R$ 5 bilhões para cumprimento do limite de despesas em decorrência do crescimento mais forte das despesas obrigatórias;
- Na agenda internacional de hoje, o destaque fica para discurso de Jerome Powell, presidente Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos).
Commodities
Mineração e Siderurgia: a demanda por aço permaneceu resiliente em junho
- Para Jun’25, notamos uma melhora na demanda de aço no Brasil, com o consumo aparente de aços planos e longos subindo +17% A/A e +7% A/A, respectivamente.
- (i) Para planos, a demanda permaneceu sólida, com vendas domésticas de +4% A/A, apesar dos altos níveis de penetração de importação (28,5% em Jun’25), que esperamos permanecer elevados ao longo do ano.
- (ii) Para os longos, a demanda também apresentou um desempenho positivo (+7% A/A, +4% M/M), embora uma maior penetração da importação (de 14,5% em Mai’25 para 16,9% em Jun’25) levante preocupações sobre a concorrência estrangeira.
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Empresas
Embraer (EMBR3): Backlog sólido proporcionando maior visibilidade em tempos de incerteza
- A Embraer registrou números operacionais positivos no 2T25, com backlog recorde como principal destaque.
- O backlog da Embraer atingiu US$ 29,7 bilhões (+13% T/T), apoiado principalmente por pedidos importantes na Aviação Comercial (ANA, SAS e SkyWest), com os novos pedidos de Defesa esperados para serem adicionados ao backlog nos próximos trimestres.
- Vemos com bons olhos com a melhor visibilidade de receita da Embraer, com um valor contábil de 1,8x de LTM, implicando ~US$ 600 milhões em receitas comerciais (em linha com XPe).
- Em termos de entrega, continuamos a ver um ritmo melhor para a Aviação Executiva, refletindo as iniciativas contínuas de nivelamento de produção.
- Apesar do cenário macro incerto decorrente da atual guerra comercial, observamos que nenhum cancelamento de pedidos foi relatado na Aviação Comercial, com novos pedidos líquidos totalizando 120 aeronaves.
- Em suma, conforme discutido em nossa prévia de resultados, acreditamos que o foco dos investidores provavelmente permanecerá nas tarifas, procurando qualquer cor em relação a possíveis impactos diretos para a ERJ.
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Bens de Capital: o que esperar para o 2° trimestre de 2025 em meio à volatilidade das tarifas, câmbio e demanda?
- Com o início da temporada de resultados do 2T25 de Bens de Capital nesta quarta-feira (resultados da WEG em 23 de julho), vemos a (+) Marcopolo como destaque positivo em nossa cobertura, com os resultados da (-) Randoncorp, Kepler Weber e Tupy ainda sob pressão.
- Para a Marcopolo, esperamos melhores volumes (notadamente exportações) e um mix de maior valor agregado para impulsionar o crescimento sequencial da receita e a expansão da margem (+2p.p. T/T).
- Para a WEG, após alguns trimestres de perda de lucros, notamos expectativas mais fundamentadas, com as vendas de T&D devendo continuar sendo o principal impulsionador da receita e compensando os ventos contrários de um FX mais fraco e vendas relacionadas à energia solar mais fracas (margem EBITDA melhorando ligeiramente no trimestre).
- Sobre a Embraer, esperamos que as discussões sobre tarifas sejam o centro das atenções no 2T25, com os investidores buscando mais detalhes sobre os potenciais impactos diretos e indiretos para o ERJ, a visão da empresa sobre a manutenção das tarifas (ou não) e os potenciais fatores atenuantes do ponto de vista micro.
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Prévia para o 2° trimestre de 2025 – Unifique, Desktop e Brisanet
- Neste relatório, apresentamos nossas estimativas para os resultados do 2T25 da Desktop (DESK3), Unifique (FIQE3) e Brisanet (BRST3):
- A FIQE deve reportar resultados positivos impulsionados por um crescimento de dois dígitos na receita e uma margem EBITDA estável T/T;
- Para a DESK e a BRST, mantemos uma perspectiva neutra sobre os resultados do 2T25;
- Para a DESK, projetamos uma desaceleração nas adições líquidas e, consequentemente, no crescimento da receita, com uma margem EBITDA relativamente estável em relação ao 1T25;
- Para a BRST, estimamos um crescimento de 18% na receita, uma leve compressão da margem EBITDA T/T e um lucro líquido mais fraco, pressionado pelo resultado financeiro líquido.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Para os resultados do 2° trimestre de 2025, esperamos:
- Geração eólica e solar ainda afetada por restrições durante o trimestre;
- Empresas geradoras refletindo custos de energia mais altos, já que os preços spot apresentaram perfil volátil nos submercados;
- Preços de energia elevados, que devem gerar resultados incrementais positivos para empresas com saldo de energia não contratado; e
- Consumo resiliente de água e energia, apesar das temperaturas amenas no trimestre.
- Nesta primeira parte da prévia, incluímos: ISA Energia, Copasa, Eletrobras, Engie, Auren, Energisa, Sabesp, Taesa e Cemig.
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Utilities | Impulsionando a semana: destaques do setor #39
- O consumo de energia elétrica apresentou perfis resilientes em todas as regiões, com aumento na média semanal do SIN (+2% A/A em jul/25);
- Os reservatórios do SIN permaneceram estáveis em torno de 70%;
- A Energia Natural Afluente (ENA) mostrou comportamento misto entre os subsistemas na última semana, com destaque para uma recuperação significativa no Sul;
- Os preços de energia no curto prazo apresentaram maior volatilidade, mas permaneceram iguais entre os subsistemas ao longo da semana;
- Os preços de energia no longo prazo recuaram levemente (-1,0% em relação a semana anterior);
- Um resumo dos eventos mais relevantes da última semana;
- A agenda semanal da Aneel, que inclui, entre outros temas, a aprovação do edital do Leilão de Energia Nova A-5 de 2025, voltado à contratação de projetos de geração nova;
- Níveis de valuation atrativos para empresas do setor elétrico, com TIR real implícita média estimada de aproximadamente 11% para o setor.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Brazil rallies to defend much-loved payment system from Donald Trump’s attack (Financial Times);
- Reciprocidade tarifária pode encarecer em US$ 1 bi a importação de máquinas para mineração, diz Ibram (Valor Econômico);
- Unipar capta R$ 900 milhões com debêntures e alonga dívida (Valor Econômico);
- Perspectiva dos ratings da Aura Minerals alterada para positiva por maior escala e métricas mais fortes; ratings ‘B+’ e ‘brAA’ reafirmado (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Estratégia
Posicionamento dos Fundos de Ações – Julho de 2025
- Atualizamos nossa estimativa do posicionamento dos fundos de ações. No mês passado, analisamos 1.002 fundos com um total de patrimônio líquido de R$ 260,4 bilhões.
- Destaques dos setores: O setor de Elétricas manteve a maior exposição entre os setores, ainda que tenha recuado 91 pontos-base no último mês, para 27,2%. A exposição a Bancos aumentou 124 pontos-base, chegando a 11,3%, e os setores de Alimentos & Bebidas e Varejo também apresentaram aumentos notáveis na alocação — mas continuam com alocação inferior à do índice e às suas médias históricas. Saúde sofreu uma forte redução, caindo 323 pontos-base para 3,3%, em linha com o índice. A alocação em Construção Civil permanece estável e em níveis historicamente baixos, enquanto a exposição a Propriedades Comerciais cresceu para cinco vezes o seu peso no índice.
- Destaques dos fatores: A exposição ao fator Valor continua negativa, mas houve um aumento de 432 pontos-base no último mês. A exposição ao fator Momentum também cresceu significativamente. Baixo Risco continua sendo o fator com maior peso, embora sua alocação estimada esteja em queda — agora em 29,2%. Reduções na exposição também foram observadas nos fatores Qualidade (-298 pontos-base) e Tamanho (-247 pontos-base).
- Clique aqui para acessar o relatório.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- XP revela os FIIs preferidos para o segundo semestre de 2025; veja as recomendações (InfoMoney);
- Quem não cresce, desaparece? Consolidação do mercado reduz espaço para FIIs menores (InfoMoney);
- CVM descarta irregularidades da Suno no caso Hectare (InfoMoney);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Renner (LREN3) faz primeira divulgação em conformidade com as normas IFRS S1 e S2 | Café com ESG, 22/07
- O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,6% e 0,1%, respectivamente;
- No Brasil, (i) a Eletrobras vendeu 992 toneladas de créditos de carbono para a compensação de gases de efeito estufa emitidos pela Brasilseg Companhia de Seguros – os créditos são provenientes pela usina hidrelétrica de Teles Pires, localizada na divisa entre os estados do Pará e do Mato Grosso; e (ii) a Renner apresentou ontem, pela primeira vez, o relatório de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade conforme as novas normas do International Sustainability Standards Board (ISSB), conhecidas como IFRS S1 e S2 – no longo prazo, o principal efeito negativo no fluxo de caixa seria o maior custo de matérias-primas sustentáveis para produção de roupas, o que representaria entre R$ 148 milhões e R$ 172 milhões adicionais em 10 anos;
- Ainda no país, a Neoenergia, por meio de sua subsidiária Neoenergia Renováveis, firmou um acordo com a Ambev envolvendo a venda de participações minoritárias (5,73%) em três sociedades de propósito específico, que integram o Complexo Eólico de Oitis – a operação inclui também um contrato de compra e venda de energia, com a Ambev prevista para receber cerca de 55 megawatt (MW) de energia produzida por geração eólica até 2033;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

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