IBOVESPA +0,85% | 125.668 Pontos
CÂMBIO +0,20% | 6,00/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
Em novembro, o Ibovespa fechou em queda de 3,1% em reais e de 6,9% em dólares. Na última semana, o índice terminou negativo em 2,7% em reais e 5,9% em dólares, aos 125.668 pontos.
Os principais destaques negativos da semana na Bolsa brasileira foram os papéis cíclicos como MRV, Cyrela e Azzas (MRVE3, -17,2%; CYRE3, -12,8%; AZZA3, -10,2%), repercutindo a abertura da curva de juros. Na ponta positiva, tivemos JBS (JBSS3, +7,7%), se beneficiando da alta do dólar.
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Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com forte abertura por toda a curva. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro de 2034 e 2026 saiu de -41,00 pontos-base (bps) na sexta-feira passada para -52,00 bps nesta semana. A curva, portanto, apresentou perda de inclinação. As taxas de juro real tiveram alta, com os rendimentos das NTN-Bs (títulos públicos atrelados à inflação) se consolidando em patamares próximos a 7,21% a.a. (ante 6,81 % a.a. na semana anterior). Com isso, o DI jan/26 encerrou em 13,89% (64bps no comparativo semanal); DI jan/27 em 14,04% (66,5bps); DI jan/29 em 13,8% (63bps); DI jan/31 em 13,6% (59bps); DI jan/34 em 13,37% (53bps), e o dólar terminou em R$ 5,98/US$ (+3,0%).
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em queda (S&P 500: -0,2%; Nasdaq 100: -0,2%) em semana carregada de dados de atividade econômica, com destaque para o payroll nos EUA. Apesar de redução do risco de tarifas para México e Canadá, Trump ameaça novas tarifas para os BRICS caso deem sequência ao plano de criação de moeda conjunta.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,3%). As bolsas chinesas fecharam positivas (CSI 300: 0,8%; HSI: 0,7%) após divulgação de dados de atividade melhores, impulsionados pelo aumento de importações dos EUA na expectativa de novas tarifas sob Trump.
Economia
No cenário internacional, destaque para a divulgação de indicadores de mercado de trabalho nos Estados Unidos, além de PMIs nas principais economias do mundo. Além disso, o presidente do Banco Central americano, Jerome Powell, deve falar publicamente, pouco mais de duas semanas depois de ter descartado pressa em cortar os juros.
No Brasil, o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa de evento na XP nessa manhã (assista aqui). Na agenda de indicadores de hoje, destaque para a divulgação do Boletim Focus antes da abertura de mercado. Na semana, o protagonismo será o PIB do 3º trimestre na terça-feira. Por fim, vale observar a tramitação do pacote fiscal anunciado na última semana no Congresso.
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Economia
PIB no Brasil e mercado de trabalho nos EUA serão destaques da semana
- No cenário internacional, destaque para divulgações de estatísticas de mercado de trabalho nos Estados Unidos, com protagonismo para o relatório de emprego (Payroll) de novembro na 6ª-feira. Na 4ª-feira, será a vez do Livro Bege ser divulgado – trata-se de um documento que compila estatísticas regionais de atividade econômica pelas autoridades monetárias locais. Além disso, os índices PMI de novembro serão divulgados nos Estados Unidos, Zona do Euro, Reino Unido e China – o índice PMI reflete uma sondagem com empresários sobre as condições econômicas e de negócios nos países. Por fim, vale salientar que o presidente do Banco Central americano, Jerome Powell, deve falar publicamente na 4ª-feira, pouco mais de duas semanas depois de ter descartado pressa em cortar os juros.
- Ontem, o PMI Industrial na China superou as expectativas ao avançar de 50,3 pontos em outubro para 51,5 em novembro. Leituras acima de 50 pontos indicam expansão da atividade. Trata-se de mais um indicador positivo para a indústria, após o governo chinês ter anunciado uma série de estímulos fiscais e monetários nos últimos meses.
- No Brasil, os destaques de hoje serão a participação do futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento da XP e, na agenda de indicadores, o Boletim Focus, que deverá reagir à apresentação do pacote fiscal na última semana.
- Durante a semana, o protagonista da agenda será o PIB do 3º trimestre na 3ª-feira. Esperamos avanço de 0,9% em comparação ao 2º trimestre e de 4,1% ante o 3º trimestre de 2023. Revisamos recentemente nossa projeção para o PIB de 2024, de 3,1% para 3,4%. Ademais, o IBGE divulgará a Produção Industrial (PIM-PF) de outubro na 4ª-feira – estimamos alta moderada na comparação mensal, após avanço expressivo em setembro.
- O mercado também se atentará à tramitação do pacote fiscal no Congresso ao longo da semana. Na sexta-feira o governo protocolou na Câmara dos Deputados, através do líder José Guimarães, um Projeto de Lei e um Projeto de Lei Complementar com parte das medidas de corte de gastos. A PEC que completa o pacote, no entanto, não foi enviada, ao passo que o Executivo ainda estuda a melhor estratégia para sua tramitação.
Empresas
Banco do Brasil (BBAS3): A colheita de dividendos compensa um declínio cíclico no agronegócio
- Recentemente, o Banco do Brasil (BBAS3) divulgou seus resultados do terceiro trimestre, e aproveitamos a oportunidade para atualizar nosso modelo e rolar nosso preço-alvo para 2025, considerando: (i) NPLs mais altos, especialmente na carteira de crédito rural; (ii) um cenário macroeconômico mais difícil em 2025; e (iii) um payout terminal de 65% (acima dos 50% anteriores);
- Embora os resultados de 2024 tenham sido impactados por uma maior inadimplência no portfólio Agro, ainda esperamos um aumento de 6% no lucro líquido em comparação com 2023 (2024 ~R$ 37,8 bilhões). De 2025 em diante, estimamos um crescimento de LPS de um dígito médio;
- Como resultado desse ajuste fino em nossos números, nosso preço-alvo agora é de R$ 37,0/ação para o ano fiscal de 2025 (acima dos R$ 36,5/ação para 2024). Apesar do custo mais alto do patrimônio líquido (+210 bps), nosso preço-alvo aumentou ligeiramente, o que nos levou a manter nossa recomendação de Compra;
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Engie Brasil (EGIE3): Visão de Longo Prazo em Meio à Volatilidade; Feedback do Investor Day 2024
- A Engie realizou seu Investor Day, com a presença de vários executivos de diversas divisões;
- Apesar da volatilidade e incerteza de curto prazo nos mercados, a empresa permanece estrategicamente focada na criação de valor a longo prazo;
- Os principais destaques do evento incluíram:
- Discussões em andamento sobre curtailment, que devem continuar a ser uma questão proeminente nos próximos anos, especialmente se os subsídios continuarem a distorcer a dinâmica do mercado;
- A necessidade de desenvolvimento no mercado de comercialização, uma vez que a volatilidade dos preços apresenta oportunidades que podem representar riscos significativos para os players menores; e
- Um compromisso reforçado com a alocação disciplinada de capital por parte da empresa;
- Mantemos nossa recomendação Neutra para as ações, com um preço-alvo de R$46/ação;
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Vale (VALE3): A dicotomia macro vs. micro – Rebaixamos a recomendação para Neutro e Preço-Alvo para 2025 de R$66,00/ação
- Estamos atualizando nossas estimativas para a Vale, rebaixando a recomendação para Neutro e introduzindo um preço-alvo para 2025 de R$66,00/ação (US$11,00/ADR).
- Vemos a perspectiva para o minério de ferro como pouco inspiradora e o principal fator detrator da narrativa de equity da Vale, com os níveis atuais de commodities em torno de US$100/t sendo negativamente assimétricos em relação ao nível de ~US$90/t que consideramos justo.
- Por outro lado, com várias das pendências da Vale sendo concluídas (ou próximas da conclusão), vemos a narrativa micro como um ponto positivo em meio a um ambiente macro prejudicado.
- Considerando tudo isso, acreditamos que o valuation é pouco atraente, com (i) um dividend yield de ~6,5% para 2025E considerado justo, (ii) um desconto de EV/EBITDA de 24% em relação aos principais concorrentes, alinhado à média histórica recente, apesar de (iii) um desconto relativo de 29% em relação aos preços do minério de ferro, sugerindo uma assimetria positiva, embora limitada, para as ações.
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Caixa escolhe bancos para oferta de ações da Seguridade, que pode ficar para 2025 (Estadão);
- Proporção de pagamentos em dinheiro cai a menos da metade em 4 anos (Valor);
- BC: Quase 60% da população avalia o uso do Pix como muito seguro ou seguro (Valor);
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- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Com recado para a Anatel, TCU aprova renovação de espectro da Algar (Telesíntese);
- Implantação do 5G no Brasil resultou em poucas novas torres (Telesíntese);
- Ampliar banda larga pode reduzir R$ 68 bi do Custo Brasil até 2035, aponta estudo (Telesíntese);
- Grupo TIM conclui venda de participação em ativo de torres na Itália (Telesíntese);
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- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Hapvida anuncia conclusão de integração de sistemas com a NotreDame Intermédica (Exame);
- Grupo Fleury dedica área técnica no RS e amplia terceirização de exames (Setor Saúde);
- Superintendência-Geral do Cade recomenda condenação de empresas farmacêuticas em cartel internacional (CADE);
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Morning Bid: Trump changes tune on strong dollar (Reuters);
- Dólar a R$ 6 pode levar IPCA acima do teto da meta (Broadcast);
- Minerva levanta R$ 2 bi em CRA com alta demanda e spread menor (The AgriBiz);
- Moody’s Local Brasil eleva os ratings do Banco do Estado do Sergipe S.A. para AA-.br; perspectiva estável (Moody’s Local);
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Estratégia
Raio-XP: Perspectivas para 2025 – Fundamentos sólidos e preços atraentes ofuscados por um macro (ainda) desafiador
- Esta é uma edição especial do nosso Raio-XP, onde discutimos nossas perspectivas para 2025 para as ações brasileiras. Nós temos uma visão neutra para as ações brasileiras em 2025. Pelo lado positivo, as ações brasileiras permanecem com preços (valuations) descontados e os fundamentos das empresas estão sólidos, como pode ser visto por níveis recordes de retorno de caixa para os acionistas e lucros sólidos;
- Por outro lado, vemos riscos de revisões de lucro para baixo para 2025 devido aos juros em níveis mais elevados. Além disso, como mostramos nesse relatório, ciclos de alta de juros historicamente são negativos para a Bolsa brasileira;
- O valuation permanece atrativo – mas reduzimos nosso valor justo do Ibovespa para 2025 para 145 mil pontos, de 150 mil: o valuation das ações brasileiras permanece relativamente baixos, com um P/L de 8,2x. Além disso, o retorno sobre patrimônio (ROE) permanece saudável em 14%. Porém, os juros futuros de longo prazo estão agora próximos a 7%, o maior nível desde 2015-16, o que deve continuar pressionando os valuations e o potencial de valorização. Como resultado, reduzimos nossa estimativa de valor justo do Ibovespa para o final de 2025 de 150 mil para 145 mil pontos, de modo a levar em consideração o cenário de juros mais elevados;
- Como se posicionar? Nesse cenário, nós preferimos nomes que oferecem: carrego sólido (altas TIRs e altos rendimentos de fluxo de caixa), exposição maior ao dólar em suas receitas e balanços fortes. Em termos de setores, preferimos Elétricas & Saneamento, Bancos, Commodities, Shoppings e TMT. Nós também gostamos de setores com forte dinâmica de lucros, como Construtoras de Baixa Renda e Proteínas;
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Black Friday 2024: crescimento do varejo desafia operações logísticas em todo o Brasil (SiiLA);
- Por que você deve considerar investimentos imobiliários em 2025 (Investing);
- HGRU11 vende imóvel com mais de 25% de lucro em SP; saiba mais (Fiis);
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ESG
Paten deve ser votado ainda essa semana no Senado | Café com ESG, 02/12
- O mercado terminou a semana passada em território negativo, com o Ibovespa e o ISE caindo 2,7% e 3,5%, respectivamente. Já o pregão de sexta-feira fechou em território positivo, com o IBOV avançando 0,8% e o ISE 0,9%;
No Brasil, (i) o Senado Federal marcou para 4 de dezembro a votação Programa da Aceleração da Transição Energética (Paten), após o relator, Laércio Oliveira, desistir das propostas para reduzir a concentração da Petrobras na oferta de gás natural – o objetivo do Senado e da Câmara dos Deputados é enviar o Paten para sanção ainda este ano; e (ii) o governo federal prepara o lançamento da Estratégia Nacional de Adaptação ainda este ano – trata-se de um dos eixos do Plano Clima 2024-2035 que, ao lado da Estratégia Nacional de Mitigação, dará os caminhos da descarbonização da economia brasileira e do enfrentamento da crise climática em uma trajetória com melhor custo-efetividade; - No internacional, as fabricantes chinesas de veículos elétricos (EV), BYD, XPeng e Zeekr, registraram novos recordes de venda globalmente em novembro – a BYD, por exemplo, vendeu 506.804 veículos elétricos no mês, um aumento de 67,9% em relação ao ano anterior;
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