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O que pode impactar o mercado hoje
O Ibovespa encerrou a semana passada em alta de 2,52%, com otimismo do mercado após a aprovação da Reforma da Previdência. Nesta manhã, mercados na Ásia, Europa e futuros dos EUA negociam sem uma direção definida.
Na agenda internacional, esperamos que o foco desta manhã seja a conclusão da eleição presidencial da Argentina, com o retorno do partido de esquerda ao poder. Alberto Fernández, candidato da aliança Frente de Todos e apoiado pela ex-presidente Cristina Kirchner, conseguiu se eleger em primeiro turno com aproximadamente 48% dos votos, enquanto o atual presidente Mauricio Macri ficou com cerca de 40% dos votos. Apesar de esperado, acreditamos que o resultado possa trazer volatilidade para o mercados da região.
Além disso, os mercados na Europa negociam sem uma tendência definida, com destaque para o acordo da União Europeia em relação à extensão de três meses para o Brexit (“flextension”), que deve ser formalmente aprovado na terça-feira. Para o restante da semana, esperamos volatilidade nos mercados internacionais, com expectativa de que o Banco Central Norte Americano (Fed) anuncie mais um corte de juros na reunião dessa semana.
Na agenda doméstica, governo e Congresso estudam a possibilidade de conceder estímulos aos governadores e prefeitos que aderirem às novas regras previdenciárias aprovadas na semana passada. A proposta está sendo desenhada pela equipe econômica e pelo deputado Silvio Costa Filho, presidente da Frente Parlamentar Mista do Pacto Federativo, e foi chamada de Lei da Responsabilidade Previdenciária.
Outro destaque da agenda econômica local desta semana será a decisão de política monetária, que na visão da nossa Equipe Econômica deverá reduzir a taxa Selic para sua nova mínima histórica, a 5,0%. Além disso, serão divulgadas a taxa de desemprego e a produção industrial, que devem reforçar a mensagem de que a economia brasileira segue em ritmo gradual de crescimento.
Na agenda das empresas, a semana passada marcou o início da temporada de resultados do terceiro trimestre de 2019. Até o momento, as primeiras divulgações foram mistas, com Vale (+3,87%), Petrobras (+3,28%) e WEG (+4,45%) na ponta positiva, enquanto Ambev (-8,29%), CSN (-6,85%), Localiza (-6,17%) e EDP (-1,97%) reportaram números abaixo das expectativas. Para os próximos resultados, mantemos nossa visão que será um trimestre relativamente fraco, ainda impactado pelo cenário econômico desafiador. Hoje esperamos a divulgação dos resultados de Klabin (antes da abertura do mercado).
Você pode conferir todos os relatórios detalhados sobre os resultados dessas empresas na nossa plataforma.
Tópicos do dia
Agenda de resultados hoje
Klabin (KLBN11): Antes da abertura
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Brasil
- Governo e Congresso estudam formas de incentivar Estados a aderirem às novas regras previdenciárias
- Dados de crédito reforçam a mensagem de recuperação gradual da economia brasileira
- Mercado diminui projeção de Selic para 2020
Empresas
- 3T19: Resumo dos Resultados da Semana
- Vale (VALE3): Samarco recebe última licença para voltar a operar; Retomada prevista para final de 2020
- Setor Imobiliário: Vacância de escritórios de alto padrão em SP cai no 3T19
Renda Fixa
- Novo relatório semanal de Tesouro Direto
- Incentivo ao MCMV será votado no senado, porém governo vetará
Fundos de investimento
- Aproveite, Black Friday antecipada no universo dos fundos de Crédito!
Veja todos os detalhes
Brasil
Governo e Congresso estudam formas de incentivar Estados a aderirem às novas regras previdenciárias
- De acordo com o Estadão, governo e Congresso estudam a possibilidade de conceder estímulos aos governadores e prefeitos que aderirem às novas regras previdenciárias aprovadas na semana passada. A proposta, que está sendo desenhada pela equipe econômica e pelo deputado Silvio Costa Filho, presidente da Frente Parlamentar Mista do Pacto Federativo, foi chamada de Lei da Responsabilidade Previdenciária e está prevista para ser apresentada em novembro;
- A Lei deve estabelecer, por exemplo, um prazo para que Estados e municípios formulem um plano de equacionamento do déficit atuarial de seus sistemas de aposentadoria (quando há déficit atuarial, significa que todas as arrecadações futuras da Previdência serão insuficientes para bancar os benefícios previstos). Quem não aderir à reforma aprovada no Congresso, terá apenas um ano para apresentar essa estratégia. Quem aderir, ganha mais tempo;
- Uma nova proposta de emenda à Constituição levando as modificações também para Estados e municípios começa a tramitar no Senado. Mas há muitas dúvidas se a aprovação da proposta será realmente viável. Por isso, governo e Congresso tentam achar uma forma para que governadores e prefeitos façam as mudanças por conta própria.
Dados de crédito reforçam a mensagem de recuperação gradual da economia brasileira
- Em setembro de 2019, o crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) cresceu 5,8% com relação ao mesmo mês do ano anterior. O resultado positivo foi consequência, principalmente, da forte expansão do crédito com recursos livres tanto para as famílias (+16,3%) como às empresas (9,3%);
- O crescimento, entretanto, não se deu de forma homogênea. As concessões de crédito às empresas de pequeno e médio porte continuaram sua trajetória de expansão, enquanto as concessões às empresas de grande porte continuaram mostrando certo arrefecimento;
- Os dados corroboram o nosso entendimento de que a atividade econômica segue em trajetória gradual de recuperação. Clique aqui para acessar a nossa análise completa do resultado.
Mercado diminui projeção de Selic para 2020
- De acordo com o Relatório Focus divulgado hoje pelo Banco Central, o mercado reduziu sua projeção de inflação para 2020 de 3,66% na última semana para 3,60%. Para 2019, a projeção foi levemente elevada, passando de 3,26% para 3,29%;
- A projeção de PIB para 2020 permaneceu estável em 2,00%, enquanto a projeção para 2019 passou de 0,88% para 0,91%;
- A projeção da taxa de câmbio para 2019 e 2020 permaneceu estável em 4,00. Enquanto isso, a projeção da taxa Selic para 2020 passou de 4,75% na última semana para 4,50% e permaneceu estável em 4,50% para 2019. Clique aqui para acessar a nossa análise completa do resultado.
Empresas
3T19: Resumo dos Resultados da Semana
- Até o momento, as primeiras divulgações foram mistas, com Vale (+3,87%), Petrobras (+3,28%) e WEG (+4,45%) na ponta positiva, enquanto Ambev (-8,29%), CSN (-6,85%) e EDP (-1,97%) decepcionaram;
- Para os próximos resultados, mantemos nossa visão que o terceiro trimestre será relativamente fraco, ainda impactado pelo cenário econômico desafiador. Para acessar nossos comentários para os resultados reportados até o momento clique aqui, e para acesso à nossa visão sobre a temporada, clique aqui.
Vale (VALE3): Samarco recebe última licença para voltar a operar; Retomada prevista para final de 2020
- A Vale informou na sexta-feira que a Samarco recebeu a Licença Operacional Corretiva (LOC) para suas atividades operacionais no Complexo Germano, localizado em Minas Gerais. As operações estavam suspensas desde novembro de 2015, após o desastre de Mariana;
- A expectativa é que a Samarco reinicie suas operações usando novas tecnologias para o empilhamento de rejeitos a seco. Por esse motivo, o reinício operacional ocorrerá somente após a implantação de um sistema de filtragem, cuja expectativa de construção é de ~12 meses – durante esse período, a Samarco continuará as atividades de preparação para volta das operações. Com isso, a Samarco estima a retomada das atividades para o final de 2020;
- As mudanças nas premissas regulatórias e de disposição de rejeitos impactam materialmente o ramp-up esperado das operações. A Samarco espera poder reiniciar as operações por meio de um concentrador e produzir ~7-8 Mtpa, após a instalação da tecnologia de filtragem. Atualmente, espera-se que um 2° concentrador possa ser reiniciado em ~6 anos para atingir um ritmo de produção de ~14-16 Mtpa, e o reinício do 3° concentrador poderá ocorrer cerca de 10 anos após a emissão da LOC, e alcançar um volume de produção de cerca de 22-24 Mtpa;
- Com isso, a Samarco agora detém todas as licenças ambientais necessárias para reiniciar suas operações, o que vemos como um avanço importante para a mineradora.
Setor Imobiliário: Vacância de escritórios de alto padrão em SP cai no 3T19
- De acordo com artigo publicado pelo Valor, dados da consultoria imobiliária Newmark Knight Frank apontam que houve absorção líquida de ~91 mil m², no terceiro trimestre de 2019. Absorção líquida corresponde às contratações menos as devoluções de áreas, e os dados mencionados incluem Alphaville;
- Esse corresponde ao maior patamar trimestral dos últimos dois anos, com expansão de mais de cinco vezes ante o 2T19. Além disso, a taxa de vacância ficou em 16,8%, abaixo dos 20,1% do período anterior;
- Considerando apenas as regiões mais centrais da cidade de São Paulo, a absorção líquida chega a ~92,4 mil metros quadrados, conforme a consultoria, com destaque para os Jardins (22,4 mil m²), a Berrini (15,9 mil m²) e a Faria Lima (10,1 mil m²).
Renda Fixa
Novo relatório semanal de Tesouro Direto
- Publicamos hoje nosso novo relatório de acompanhamento semanal do Tesouro Direto;
- Nele, trazemos a rentabilidade dos títulos negociados e a valorização percebida na semana anterior. Além disso, é possível acompanhar o que poderá afetar os preços na semana corrente. Acesse aqui.
Incentivo ao MCMV será votado no senado, porém governo vetará
- Está em discussão no Senado projeto que restabelece o regime especial de tributação (RET) às construtoras que atuam no Minha Casa Minha Vida (MCMV) e que tenham sido contratadas até 31 de dezembro de 2018. As informações são do Valor Econômico;
- O RET beneficiou empresas com recolhimento de 1% da receita mensal recebida de pagamento do IRPJ, CSLL, Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins e era aplicável às incorporações de unidades residenciais de até R$100 mil. No entanto, com o fim do programa em 2018, as empresas voltaram ao regime comum (elevação da carga tributária);
- O problema que gerou o debate é que as construtoras foram contratadas levando em consideração uma tributação de 1%, que deveria perdurar por todo o projeto, e a carga foi elevada para 4% antes da conclusão, gerando insegurança para as construtoras;
- O projeto a ser votado propõe a extensão do regime especial para os empreendimentos que tenham sido registrados ou que tiveram contratos de construção assinados até o fim de 2018. O que o governo se opõe é à extensão do regime para novas contratações;
- Sendo assim, a notícia é parcialmente positiva, uma vez que irá sanar uma questão de insegurança do programa, porém muito provavelmente manterá elevada a carga para os próximos anos, reduzindo a margem de novos projetos.
Fundos de Investimento
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