IBOVESPA 0,38% | 157.923 Pontos
CÂMBIO 0,01% | 5,52/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de quinta-feira (18) em alta de 0,4%, aos 157.923 pontos, acompanhando o desempenho positivo dos mercados globais (S&P 500, +0,8%; Nasdaq, +1,5%), após a divulgação do CPI de novembro nos EUA, que veio abaixo das expectativas do mercado.
O destaque positivo do dia foi Brava (BRAV3, +6,2%), ainda reagindo a notícias sobre uma possível venda de três poços de gás para a Eneva (ENEV3). No entanto, a companhia negou a existência de negociações em andamento. Na ponta negativa, Direcional (DIRR3, -3,5%) recuou em meio a negociação ex-dividendos das ações da companhia após o anúncio de dividendos significativos.
Para o pregão desta sexta-feira (19), o principal destaque será a divulgação do PCE nos EUA, indicador favorito de inflação do Federal Reserve.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram quinta-feira com leve alta ao longo da curva, dando continuidade ao movimento observado nos últimos pregões em meio ao noticiário político local. No Brasil, a reprecificação refletiu sinais dovish do Banco Central sobre os próximos passos da política monetária, que tenderiam a pressionar os juros para baixo, mas esse efeito foi mais do que compensado pela maior aversão ao risco político e suas possíveis implicações para o processo eleitoral de 2026. O DI jan/26 fechou em 14,90% (+0,2 bps); DI jan/27 em 13,86% (+3,4 bps); DI jan/29 em 13,35% (+1,5 bps); e DI jan/31 em 13,64% (+0,4 bps). Nos Estados Unidos, a leitura do índice de preços ao consumidor (CPI) abaixo das expectativas reforçou o apetite por risco nas bolsas de Nova York, pressionando para baixo os juros das Treasuries. Com isso, os rendimentos de dois anos terminaram o dia em 3,46% (-3,22 bps), enquanto os de 10 anos recuaram para 4,12% (-2,33 bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: +0,3%; Nasdaq 100: +0,5%), após os principais índices encerrarem em alta na sessão anterior, apoiados por dados de inflação abaixo do esperado. O S&P 500 interrompeu uma sequência de quatro quedas consecutivas, enquanto o Nasdaq avançou 1,4%, puxado pela recuperação de grandes nomes de tecnologia. O dado reforçou a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) possa cortar juros em 2026, apesar de alertas de economistas sobre possíveis distorções metodológicas no primeiro CPI divulgado após o shutdown do governo.
Na Europa, as bolsas operam estáveis (Stoxx 600: 0,0%), com investidores avaliando uma bateria de decisões de política monetária. O Banco da Inglaterra foi o único a cortar juros, reduzindo a taxa em 25 pontos-base, enquanto o ECB, Norges Bank e Riksbank mantiveram suas taxas inalteradas. Ações do setor esportivo recuam após queda de 10% das ações da Nike no pós-mercado, pressionadas por fraqueza na China e impacto de tarifas, o que impactou papéis como Puma e Adidas.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,3%; HSI: +0,7%), acompanhando o movimento global após o alívio inflacionário nos EUA. Na Ásia, o Japão foi destaque após o Banco do Japão elevar a taxa básica para 0,75%, o maior nível desde 1995. O Nikkei 225 avançou 1,0%, enquanto os yields dos títulos japoneses subiram para máximas de décadas.
IFIX
O IFIX encerrou a quinta-feira com alta de 0,28%, apesar da leve abertura da curva de juros, movimento influenciado pelo do cenário político que ainda permanece no radar dos investidores. No desempenho setorial, os fundos de tijolo registraram valorização média de 0,33%, enquanto os fundos de papel registraram alta de 0,31%.
Economia
A inflação ao consumidor nos Estados Unidos desacelerou para 2,7% em novembro, menor nível desde julho e abaixo da previsão de 3,1%. A leitura, porém, foi impactada pela paralisação do governo dos Estados Unidos (shutdown), que pode ter introduzido viés de baixa no indicador. Ainda no cenário internacional, o Banco da Inglaterra cortou juros para 3,75%, o menor nível desde fevereiro de 2023. Na zona do euro, o banco central manteve as taxas, mantendo a cautela em relação a inflação. Enquanto isso, o Japão elevou os juros para 0,75%, maior nível desde 1995.
No Brasil, o Banco Central divulgou seu Relatório de Política Monetária (RPM), reforçando a perspectiva de melhora da inflação, mas de forma insuficiente, e de um mercado de trabalho ainda apertado. Com isso, o ciclo de corte de juros não deve começar em janeiro.
Na agenda internacional, o destaque fica para a decisão de juros na China, que devem permanecer inalterados. No Brasil, temos a divulgação do Balanço de Pagamentos, que esperamos um déficit de US$ -4,3 bilhões na conta corrente, enquanto o Investimento Direto deve seguir robusto, com entrada de US$ 7,8 bilhões. Na seara fiscal, será votado o projeto do Orçamento para o ano que vem.
Veja todos os detalhes
Economia
União Europeia adia assinatura de acordo comercial com o Mercosul
- A inflação ao consumidor nos Estados Unidos desacelerou para 2,7% em novembro, menor nível desde julho e abaixo da previsão de 3,1%. O núcleo da inflação, que exclui energia e alimentos, recuou para 2,6%, também abaixo da expectativa de 3%. A leitura, porém, foi impactada pela paralisação do governo dos Estados Unidos (shutdown), por 43 dias, que atrasou a coleta de dados e pode ter introduzido viés de baixa no indicador;
- O Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juros inalteradas — depósito a 2%, refinanciamento a 2,15% e linha de crédito marginal a 2,40%. As projeções de PIB da autoridade monetária foram revisadas para 1,4% em 2025 e 1,2% em 2026. Por sua vez, o BCE espera que a inflação fique abaixo da meta de 2% até 2027. Apesar do cenário mais favorável, Christine Lagarde, presidente do BCE, alertou que a perspectiva para a inflação está “mais incerta do que o usual”, reforçando a dependência dos dados para as próximas decisões;
- O Banco do Japão (BoJ) elevou sua taxa básica para 0,75%, o maior nível desde 1995, após manter 0,50% por quase dois anos, em resposta à inflação persistentemente acima da meta. A decisão reflete pressões vindas de energia, alimentos e importações, e ocorre em meio à desvalorização do iene e alta nos rendimentos dos títulos de longo prazo. Apesar do aperto, o BoJ afirmou que os juros reais seguem negativos, e sinalizou possibilidade de novas altas, com mercado projetando taxa próxima de 1% até meados de 2026. A inflação ao consumidor anual recuou para 2,9% em novembro, enquanto a inflação núcleo permaneceu em torno de 3%, ambos acima do objetivo de 2% pelo 44º mês consecutivo;
- O Banco da Inglaterra cortou sua taxa básica de juros de 4,00% para 3,75%. A decisão foi dividida: cinco de nove membros votaram pela redução. O presidente da instituição, Andrew Bailey, destacou que, embora a inflação permaneça acima da meta de 2%, a expectativa é de convergência para esse nível nos próximos trimestres. Novas reduções em 2026 não estão descartadas, mas dependerão da continuidade do processo desinflacionário e da evolução das condições econômicas;
- O acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, que inicialmente era previsto para ser assinado nesse final de semana, foi adiado para janeiro após pressão de alguns países. O principal opositor, a França, tinha receio pelo impacto no setor agropecuário europeu. O presidente francês, Emmanuel Macron, antes do adiamento, chegou a declarar que o acordo não poderia ser assinado, mesmo após salvaguardas terem sido aprovadas;
- No Brasil, o Banco Central divulgou seu Relatório de Política Monetária (RPM), reforçando a mensagem das últimas atas do Copom: a perspectiva de inflação melhorou, mas ainda não o suficiente. A inflação corrente e as expectativas recuaram, porém, permanecem acima da meta. A atividade econômica perde fôlego de forma gradual, em meio a um mercado de trabalho aquecido. De fato, o BCB elevou suas projeções de crescimento do PIB para este ano e para 2026. Em outras palavras, parece cedo para iniciar cortes na reunião de janeiro. Essa conclusão é reforçada pelas projeções da autoridade. A estimativa para o IPCA no horizonte relevante permanece em 3,2%, ligeiramente acima da meta. Vale destacar que a recente desvalorização do real tende a adicionar viés de alta a essas projeções. Entendemos que o RPM sugere que o Copom não está em modo totalmente dependente de dados. Mesmo diante de sinais benignos de inflação e atividade, o Comitê deve optar por manter a taxa estável em janeiro para reforçar credibilidade;
- Na agenda internacional, o destaque fica para a decisão de juros na China, que devem permanecer inalterados. No Brasil, temos a divulgação do Balanço de Pagamentos, que esperamos um déficit de US$ -4,3 bilhões na conta corrente, enquanto o Investimento Direto deve seguir robusto, com entrada de US$ 7,8 bilhões. Na seara fiscal, será votado o projeto do Orçamento para o ano que vem.
Commodities
Mineração e Siderurgia: demanda resiliente em meio à sazonalidade de fim de ano e ao progresso antidumping
Insights do Aço no Brasil
- O sentimento na indústria do aço brasileiro permanece construtivo, apoiado por uma demanda resiliente, mesmo que a dinâmica de final de ano sazonalmente mais fraca já tenha afetado o consumo longo de aço;
- Com todas as notas técnicas agora publicadas, esperamos que até o início de janeiro de 2026 as discussões antidumping para os principais produtos estejam concluídas, abrindo caminho para decisões finais;
- Além disso, embora uma demanda mais fraca no final do ano possa limitar o apetite por aumentos imediatos de preço, ainda vemos espaço para ajustes positivos, dado o cenário de baixa rentabilidade doméstica e os níveis de paridade nas importações;
- No geral, continuamos gostando de Gerdau por sua exposição diversificada, enquanto Usiminas e CSN se destacam como beneficiários-chave caso mecanismos de defesa sejam implementados;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Empresas
Mercado Livre (MELI34): 5 insights para sustentar nossa visão otimista para o 4T25
- Realizamos recentemente diversas conversas com players de e-commerce (vendedores, consultoras e marketplaces) para mapear tendências de curto prazo em um ambiente de competição crescente;
- De modo geral, essas conversas reforçaram nossa expectativa de que o crescimento de GMV no Brasil deve acelerar no 4T. Destacamos cinco insights-chave em nosso relatório:
- MELI oferece a melhor proposta de valor;
- Dados de mercado podem não captar totalmente as vendas incrementais de novos usuários;
- Penetração do e-commerce como vento a favor para todos os players;
- O modelo 1P da Amazon parece impulsionar crescimento;
- Feedback positivo sobre o Shopee, mas ainda atrás da MELI;
- Reiteramos, assim, nossa recomendação de COMPRA;
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Natura (NATU3): monitor de preços de beleza #25
- Nesta edição do Monitor de Preço de Beleza, nossos principais achados foram:
- 2025 foi um ano de tendências de preços semelhantes entre os players, com aumentos próximos a dígitos médios a altos, e a Natura liderando;
- O ciclo 01/26 aponta para um aumento médio de preços de +3% para as marcas NATU;
- Haverá mudanças no modelo de crescimento e incentivo para consultoras a partir do próximo ciclo, com uma margem ligeiramente menor para Avon nos níveis mais altos e a inclusão da atividade como alavanca para consultoras de níveis inferiores mudarem de patamar;
- A atividade promocional permanece mais agressiva nos canais digitais, especialmente para Natura e Avon, com destaque para Avon;
- Avon relançou produtos descontinuados como parte de sua estratégia de rebranding;
- Com o ciclo atual sendo o último com campanhas de Natal, a Natura está oferecendo opções estendidas de parcelamento
- Mantemos nossa recomendação de COMPRA;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Banco do Japão aumenta taxas de juros para maior nível em 30 anos (InfoMoney);
- Leilões de infraestrutura devem gerar ao menos R$ 148 bi em 2026 (Valor Econômico);
- Inpasa fará investimento de R$ 3,5 bi em etanol de milho em MT (Valor Econômico);
- MAdecoagro S.A. Downgraded To ‘BB-‘ From ‘BB’ On Expectations For Sustained Higher Leverage; Outlook Negative (S&P Global);
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Estratégia
Fluxos estrangeiros foram fracos em novembro, apesar do rali das ações brasileiras – Fluxo em foco
- Em novembro, os investidores estrangeiros registraram entradas líquidas de R$ 2,6 bilhões no mercado à vista e saídas líquidas de R$ 6,8 bilhões em futuros, resultando em fluxos totais negativos de R$ 4,3 bilhões;
- Ainda assim, as ações brasileiras apresentaram um forte rali ao longo do mês, à medida que fatores domésticos, como a melhora das expectativas em relação ao ciclo de afrouxamento monetário no Brasil, passaram a ter maior relevância. Como consequência, houve um descolamento entre o desempenho das ações brasileiras, os mercados globais e os fluxos estrangeiros, dinâmica distinta do que prevaleceu durante a maior parte de 2025;
- Por outro lado, os dados preliminares de dezembro são levemente positivos até o momento, com entradas líquidas de R$ 2,9 bilhões em futuros e saídas de R$ 1,1 bilhão no mercado à vista, enquanto o cenário eleitoral de 2026 começa a ganhar maior peso na precificação dos ativos locais. Ao mesmo tempo, os investidores institucionais também foram vendedores líquidos de ações, com saídas de R$ 8,7 bilhões no mercado à vista, apesar de entradas de R$ 5,1 bilhões em futuros;
- Por fim, a indústria de fundos registrou mais um mês negativo, com resgates líquidos de R$ 16,4 bilhões em novembro, uma vez que todas as três principais categorias de fundos (renda fixa, ações e multimercados) apresentaram saídas líquidas;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Fundos imobiliários retomam ritmo de alta e IFIX registra nova máxima histórica (Suno);
- FIIs multiestratégia representam evolução da indústria (ClubeFII);
- Metro quadrado de imóvel novo na cidade de São Paulo chega a R$ 37 mil (Exame);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Abrasca solicita à CVM ajustes na Resolução 193, referente à divulgação de dados financeiros e sustentáveis | Café com ESG, 19/12
- O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,38% e 0,33%, respectivamente;
- Do lado das empresas, (i) a Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) solicitou à CVM ajustes na Resolução 193, que prevê a obrigatoriedade de divulgação de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade e ao clima segundo os padrões internacionais IFRS S1 e S2; e (ii) a joint venture formada pela Edge, do grupo Cosan, e a Orizon, a Biometano Verde Paulínia (BVP) recebeu aprovação de ~R$ 450 milhões em financiamento do BNDES para custear a construção de uma planta de purificação de biogás em Paulínia – cerca de 80% serão financiados com recursos do Fundo Clima e 20% por meio da linha Finem;
- Na política, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou que a análise dos projetos de mineração de terras raras da Viridis Mining e da Meteoric Resources, que estão em processo de licenciamento, saia da pauta do Conselho de Política Ambiental de Minas Gerais (Copam);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.

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