IBOVESPA +1,0% | 139.206 Pontos
CÂMBIO -0,3% | 5,42/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou ontem em alta de 1,0%, aos 139.206 pontos. O destaque do dia foi a divulgação do Caged de julho, que veio ligeiramente abaixo das expectativas do consenso, reforçando a percepção de uma desaceleração mais gradual da economia. Nesse contexto, os ativos locais reagiram positivamente: o dólar recuou 0,3%, para R$ 5,42, e as pontas curtas da curva de juros fecharam.
Entre os destaques positivos do dia, Vibra (VBBR3, +4,1%) avançou em meio ao momento favorável da companhia, impulsionado pelos dados de distribuição de combustíveis da ANP que apontaram para um ganho relevante de market share. Pelo lado negativo, Auren (AURE3, -1,7%) recuou em movimento técnico em meio a um desempenho positivo acumulado de +14,9% no mês.
A agenda desta quinta-feira inclui dados de confiança do consumidor de agosto na Zona do Euro. Pela temporada internacional de resultados do 2T25, a Dell divulga seu balanço.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com leve fechamento da curva nos vértices mais curtos e abertura na ponta longa. Nos EUA, os ativos seguiram refletindo as expectativas de cortes de juros ainda neste ano, enquanto crescem as dúvidas sobre a autonomia da política monetária após as críticas de Donald Trump à diretora Lisa Cook. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,61% (-7,05bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,24% (-2,54bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,89% (- 0,5bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,97% (- 1,2bps); DI jan/29 em 13,25% (+0,1bp); DI jan/31 em 13,61% (+2,4bps).
Mercados globais
Nesta quinta-feira, os futuros nos EUA operam próximos da estabilidade (S&P 500: estável; Nasdaq 100: -0,1%) após a divulgação dos resultados da Nvidia. A companhia superou as estimativas do 2T25 e projetou crescimento de vendas acima de 50% no trimestre atual, mas as ações recuam quase 2% no pré-mercado, pressionando o setor de chips (AMD e TSMC também caem). O mercado reage ao fato de a empresa não ter considerado vendas de H20 para a China no guidance, dado que a licença para exportação ainda depende da definição das tarifas de 15% impostas pelos EUA. Além disso, a baixa magnitude das surpresas positivas nos guidances aumentou a preocupação dos investidores de que o ritmo de investimento em inteligência artificial não seja sustentável.
Na Europa, as bolsas apresentam leve queda (Stoxx 600: -0,1%) após balanços e dados do setor automotivo. A francesa Pernod Ricard avança 5% mesmo após queda de 3% nas vendas anuais, citando demanda fraca na China. Já a britânica Drax despenca 11% após anúncio de investigação regulatória. No setor automotivo, as vendas de carros na União Europeia subiram 7,4% em julho, com destaque para o avanço de 291% da chinesa BYD, enquanto a Tesla recuou 34% nos registros de novos veículos no acumulado do ano na União Europeia.
Na China, os mercados fecharam mistos (HSI: -0,8%; CSI 300: +1,8%), em movimento de recuperação após as recentes preocupações com tarifas. O CSI 300 atingiu 4.463 pontos, sustentado por ganhos no setor de tecnologia e otimismo em torno de maior liquidez.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quarta-feira praticamente estável, com leve alta de 0,04%, registrando a quinta valorização consecutiva, em um dia sem grandes eventos domésticos diretamente relacionados ao setor.
No desempenho setorial, os fundos de tijolo foram o destaque da sessão, com alta média de 0,08%, enquanto os fundos de papel recuaram, em média, 0,16%. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se HGRE11 (1,9%), VIUR11 (1,3%) e PMLL11 (1,3%). Já entre as principais quedas, figuraram URPR11 (-2,7%), BROF11 (-2,6%) e PATL11 (-2,4%).
Economia
A União Europeia considera impor sanções econômicas a compradores de petróleo russo, com o objetivo de pressionar Moscou por sua continuidade na guerra contra a Ucrânia. A medida segue os passos dos Estados Unidos, que aplicaram tarifas adicionais de 25% sobre a Índia pelo mesmo motivo, em vigor desde ontem.
No Brasil, o relatório do Caged mostrou criação líquida de 129,8 mil empregos formais em julho, em linha com a nossa projeção (XP: 130 mil; Mercado: 138 mil). Os baixos níveis da taxa de desemprego — nossa projeção de 6,0% para o final de 2025 tem viés de baixa — e o avanço contínuo dos salários reais devem persistir nos próximos trimestres, em nossa visão.
Na agenda doméstica, destaque para a divulgação do resultado primário do governo central, que deve apresentar déficit de R$ 58 bilhões. Conheceremos também o IGP-M de agosto. Nos Estados Unidos, a segunda estimativa do PIB e pedidos semanais de seguro-desemprego serão divulgados. Por fim, o mercado deve seguir repercutindo a tensão entre o presidente Donald Trump e o Fed (banco central).
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Economia
Mercado de trabalho retoma fôlego e deve desacelerar lentamente
- A União Europeia considera impor sanções econômicas a compradores de petróleo russo, com o objetivo de pressionar Moscou por sua continuidade na guerra contra a Ucrânia. A medida segue os passos dos Estados Unidos, que aplicaram tarifas adicionais de 25% sobre a Índia pelo mesmo motivo, em vigor desde ontem.
- No Brasil, houve criação líquida de 129,8 mil empregos formais em julho, em linha com a nossa projeção (XP: 130 mil; Mercado: 138 mil). De janeiro a julho de 2025, houve geração de 1,348 milhão de ocupações formais, pouco abaixo do 1,503 milhão registrado no mesmo período de 2024. O mercado de trabalho segue como pilar da demanda doméstica. Os baixos níveis da taxa de desemprego — nossa projeção de 6,0% para o final de 2025 tem viés de baixa — e o avanço contínuo dos salários reais devem persistir nos próximos trimestres, em nossa visão. Nesse sentido, o saldo de empregos formais deve desacelerar levemente no curto prazo, apesar do impacto da política monetária mais restritiva. O ritmo médio de geração de vagas deve recuar de aproximadamente 155 mil no 1º semestre deste ano para 90 mil no 2º semestre. Mantemos nossa projeção de crescimento do PIB em 2,2% para 2025;
- Na agenda doméstica, destaque para a divulgação do resultado primário do governo central, que deve apresentar déficit de R$ 58 bilhões. Conheceremos também o IGP-M de agosto. Nos Estados Unidos, a segunda estimativa do PIB e pedidos semanais de seguro-desemprego serão divulgados. Por fim, o mercado deve seguir repercutindo a tensão entre o presidente Donald Trump e o Fed (banco central).
Empresas
Bancos: Desafios do agro persistem; empréstimo consignado acelera
- Os dados de crédito do BC para julho, publicados hoje (27), mostraram um aumento de 10,7% A/A no saldo de crédito, com alta de 9,5% na carteira PJ e 11,5% na carteira PF:
- Essa performance ainda está acima da faixa superior do guidance dos bancos incumbentes, portanto, espera-se uma desaceleração adicional nos próximos períodos;
- Os níveis de inadimplência aumentaram ligeiramente M/M para 3,8%, retornando ao patamar de maio de 2017;
- No Agro PF, observamos mais um mês consecutivo de aumento dos NPLs, atingindo um nível recorde de 4,4% (+90 bps M/M);
- No consignado privado, julho apresentou uma forte aceleração no crescimento A/A (de +15,2% em junho para +23,1% agora), com novas concessões crescendo +207% A/A;
- As taxas médias para esse tipo de crédito retornaram a 55,5% no mês, após uma leve alta para 56,3% no mês anterior;
- A inadimplência manteve sua tendência de queda, atingindo 6,0% (ante 6,4% em junho);
- Vemos essa tendência de melhora como positiva para o Inter, potencialmente o principal beneficiário do novo produto;
- No entanto, alguma aceleração já era esperada, à medida que questões operacionais estão sendo superadas e os bancos incumbentes começam sua expansão.
- No geral, consideramos os dados de julho negativos (mas já esperados) para os bancos incumbentes, reforçando a expectativa de um 3Q pressionado para o BBAS. Mantemos uma visão construtiva para os bancos incumbentes e reiteramos o Itaú (ITUB4) como nossa top pick;
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Iochpe-Maxion (MYPK3): Uma alavanca potencial para a melhoria da rentabilidade
Estimando o potencial de margem incremental da nova fábrica de rodas de alumínio forjado para veículos comerciais
- Como foi um dos temas mais discutidos durante o Dia do Investidor 2025 da Iochpe, decidimos analisar o potencial de rentabilidade incremental dos investimentos da Iochpe (a serem concluídos em breve) em uma nova instalação de rodas forjadas de alumínio para veículos comerciais na Turquia.
- Embora a receita adicional deva ser limitada no curto prazo, estimamos uma margem EBITDA incremental de +0,3-0,4p.p. após seu ramp-up completo de 2 a 3 anos, uma adição marginalmente acretiva ao portfólio atual da Iochpe.
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Donald Trump’s attack on Fed shifts market bets on interest rates and inflation (Financial Times);
- Com tarifaço, agro pede ao governo que isenção para investidor de CRA seja mantida (Valor Econômico);
- Depois de prejuízo trimestral, Raízen emite debêntures no valor de R$ 850 milhões (Nova Cana);
- Perspectiva do rating da Mills alterada para positiva por maior exposição a contratos de longo prazo; ratings ‘brAA-/brA-1+’ reafirmados (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Chegar e trabalhar: O aumento da demanda por imóveis plug and play;
- FII VILG11 assina acordo para locação de galpão desocupado pela Tok&Stok;
- IFIX oscila, mas alcança quinta alta seguida; CPTS11 sobe à máxima do mês;
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Brasil e Arábia Saudita dão início à cooperação energética | Café com ESG, 28/08
- O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 1,04% e 1,28%, respectivamente.
- No Brasil, o país e a Arábia Saudita iniciaram ontem a implementação do acordo energético assinado em junho, marcando o primeiro passo para detalhar projetos conjuntos em petróleo, gás natural, energia elétrica, renováveis e hidrogênio, informou o Ministério de Minas e Energia (MME) – segundo a pasta, as discussões envolveram também eficiência energética, mudanças climáticas, cadeias de suprimento e alternativas sustentáveis para o uso de combustíveis.
- No internacional, (i) a principal aliança global de bancos para o clima “pausou” suas atividades após perder os principais membros europeus e de Wall Street, em meio à campanha contínua de Donald Trump contra as mudanças climáticas – a Net-Zero Banking Alliance anunciou ontem que abriu uma votação interna sobre a mudança de uma organização baseada em membros para uma estrutura mais flexível; e (ii) a petrolífera polonesa Orlen construirá a primeira pequena usina nuclear do país na cidade central de Wloclawek – a Orlen, controlada pelo Estado e maior empresa de combustíveis da Polônia, pretende ter pelo menos dois pequenos reatores modulares (SMRs) com capacidade total de 0,6 GW até 2035.
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