Tópicos do dia
Feedback Roadshow EUA
- Feedback Roadshow EUA: Investidores acompanhando o Brasil de perto, mas ainda em compasso de espera
Brasil
- Política Brasil: Exoneração de Bebbiano e entrega da proposta da reforma da Previdência
- IBC-Br cresce 1,15% em 2018
Internacional
- EUA e China: Declarações de Trump aliviam tensões comerciais
- Dados de crédito da China superam as expectativas em janeiro
- Banco russo congela contas da estatal venezuelana PDVSA
Empresas
- Cosan negociou compra da participação da Previ na Vale
- IRB (IRBR3): Berkshire pode adquirir participação relevante em oferta pública
COE News
- Amazon abandona projeto de nova sede em NY
- Facebook: Novo relatório do parlamento britânico sobre o antigo caso Cambridge Analytica
Resumo
China em forte alta, Bebianno traz barulho no Brasil
A semana começa dominada por otimismo na Ásia em relação a negociações comerciais entre EUA e China, enquanto dados de crédito melhores que o esperado na China também impulsionam os mercados.
Shanghai sobe 3,2%, mas Europa opera em território neutro e hoje é feriado nos EUA. Em tweet, Trump comentou que as reuniões ao longo do final de semana foram “muito produtivas”, com mais conversas marcadas em Washington nesta semana.
Na China os dados de crédito surpreenderam positivamente, com os bancos mostrando maior apetite a risco e sinalizando aos mercados que as políticas de estímulo podem estar começando a surgir efeito.
Em Roadshow nos EUA com investidores institucionais identificamos que o clima em geral é otimista em relação ao Brasil, mas o ceticismo em termos da execução das reformas ainda é alto, e o investidor estrangeiro deve vir para ficar somente quando a Reforma da Previdência for de fato aprovada (link completo).
No Brasil, a provável exoneração de Bebianno traz barulho, mas o governo enfatiza um pacote de anúncios para tentar retomar o controle da agenda. Na terça, deve ser apresentado o projeto anticrime do ministro Sérgio Moro, na quarta, Bolsonaro deve entregar a proposta final da reforma da Previdência, com pronunciamento na TV.
Do lado das empresas, o Globo reportou que o grupo Cosan teria negociado a compra da participação da Previ na Vale, o que foi posteriormente negado pela empresa.
Conteúdo na íntegra
Feedback Roadshow EUA
Feedback Roadshow EUA: Investidores acompanhando o Brasil de perto, mas ainda em compasso de espera
- Durante a última semana estivemos nos EUA encontrando investidores institucionais. O clima em geral é otimista em relação ao Brasil, mas o ceticismo em termos da execução das reformas ainda é alto. O investidor estrangeiro acompanha o país de perto, e até faz investimentos pontuais, mas somente deve vir para ficar quando a Reforma da Previdência for de fato aprovada;
- A maioria acredita ser possível a aprovação da Reforma da Previdência até o terceiro trimestre, com um governo popular e um debate já maduro no Congresso, mas ressaltam que já viram retórica semelhante não se materializar tanto no governo Temer quanto em outros eventos similares ao redor do mundo, e ainda não parecem dispostos a tomar o risco;
- Além disso, após a alta recente, a bolsa não parece tão atraente no Brasil olhando no curto prazo. Entretanto, os investidores ressaltaram que o Brasil é um dos poucos países emergentes com aceleração do PIB em 2019 (um dos poucos no mundo, na verdade), o que ajuda a dar sustentação à bolsa e, ao discutir cenários de médio-longo prazo, assumindo a aprovação da Reforma da Previdência, o otimismo ganha força. A maioria concorda que o evento seria transformacional para o país e, para mais detalhes, acesse aqui nosso relatório completo.
Brasil
Política Brasil: Exoneração de Bebbiano e entrega da proposta da reforma da Previdência
- Envolto na crise, o governo enfatiza um pacote de anúncios para tentar retomar o controle da agenda. Na terça deve ser apresentado o projeto anticrime do ministro Sérgio Moro; na quarta Jair Bolsonaro pretende entregar a reforma da Previdência, com pronunciamento na TV;
- A exoneração de Gustavo Bebianno, que se tornou o principal nome da crise, é esperada para esta segunda. Em seu lugar deve assumir interinamente o general Floriano Peixoto, atual número dois da pasta;
- Governo também dá início a articulações mais diretas para compor sua base de apoio. Líder do governo anunciou que o presidente vai receber líderes partidários para café da manhã no Palácio da Alvorada, além de promover reunião com os deputados PSL.
IBC-Br cresce 1,15% em 2018
- De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, o IBC-Br, prévia do PIB, fechou o ano de 2018 com crescimento de 1,15%, impulsionado pelo setor de serviços, produção industrial total e insumos da construção civil;
- Na comparação mensal, passou de 138,43 pontos em novembro de 2018 para 138,72 em dezembro na série dessazonalizada, registrando alta de 0,21% e ficando dentro das expectativas;
- Apesar de positivo, entretanto, o resultado reitera a necessidade de cautela quanto ao ritmo de crescimento da economia brasileira e reforça a mensagem de que, para 2019, o espaço para uma aceleração mais significativa vai depender tanto da agenda econômica do governo quanto de uma melhora no ambiente internacional. Por essa razão, mantemos nossa projeção de crescimento em 2% para o ano de 2019.
Internacional
EUA e China: Declarações de Trump aliviam tensões comerciais
- Segundo a Bloomberg, o Presidente Donald Trump mencionou que as negociações com a China foram bastante produtivas após seu time informá-lo sobre as conversas que ocorreram na semana passada;
- A reunião de Sábado aconteceu após os dois países enviarem sinais de um possível acordo ou de extensão das conversas, aliviando as preocupações de que a administração de Trump irá impor tarifas no prazo estipulado;
- Ações na China fecharam em alta nessa segunda-feira com investidores acreditando que China e EUA vão resolver a disputa comercial que está impactando as duas economias.
Dados de crédito da China superam as expectativas em janeiro
- Os dados de crédito da China superaram as expectativas em janeiro, com os bancos mostrando maior apetite a risco e sinalizando aos mercados que as políticas de estímulo podem estar começando a surgir efeito;
- Os dados fortes provavelmente refletem os esforços da política expansionista ao longo dos últimos dois meses e também foram impulsionados pela emissão de empréstimos e títulos antecipado devido ao calendário antecipado do ano novo Chinês.
Banco russo congela contas da estatal venezuelana PDVSA
- Segundo a Reuters, o banco russo Gazprombank decidiu congelar contas da petroleira venezuelana PDVSA e suspender transações com a mesma para mitigar riscos de sanções dos EUA;
- O fato de um banco fortemente alinhado com o governo russo estar reduzindo sua exposição à Venezuela é significativo, já que a Rússia é um dos mais firmes aliados do governo de Nicolas Maduro;
- O Gazprombank é o terceiro maior da Rússia em ativos e tem entre seus acionistas a empresa estatal de gás russa Gazprom. Instabilidades na Venezuela podem gerar mais ruídos na oferta global de petróleo, dando suporte à alta de preços recentemente observada.
Empresas
Cosan negociou compra da participação da Previ na Vale
- Segundo o Globo, o grupo Cosan negociou a compra da participação de 80,6% do fundo de pensão Previ na Litel, holding que detém 21,3% de participação na Vale;
- De acordo com a reportagem, o negócio não foi para frente porque a Cosan teria que fazer um desembolso de R$38 bilhões para adquirir tal participação, o que excede em muitas vezes o EBITDA do grupo Cosan de R$5,5-R$6,0 bilhões (ajustado pelas participações em seus diferentes negócios). Uma fatia menor chegou a ser avaliada, mas descartada porque o poder de participação na companhia seria pequeno;
- A atividade de mineração tem pouca sinergia com os negócios da Cosan, focados no setor sucroalcooleiro e energia. Ainda que as conversas não tenham evoluído, notícias como essa podem elevar o desconto que a Cosan negocia em relação à soma das partes dos seus negócios.
IRB (IRBR3): Berkshire pode adquirir participação relevante em oferta pública
- A Berkshire Hathaway está negociando a compra de uma parte relevante da participação da Caixa de 8,9% da IRB, resseguradora líder no Brasil. O banco público está vendendo sua participação por meio de uma oferta pública restrita que pode movimentar R$2,5 bilhões;
- Segundo o Valor, o tamanho da participação ainda não está definido e deve ser confirmado nesta semana. O preço das ações será definido após o processo de bookbuilding em 26 de fevereiro;
- O interesse de Warren Buffet no IRB não é novo. A Berkshire se aproximou da resseguradora em 2017 antes do IPO. O movimento será o primeiro desinvestimento da Caixa, seguindo a estratégia definida pelo novo CEO, Pedro Guimarães.
COE News
Amazon abandona projeto de nova sede em NY
- A súbita decisão da Amazon em abandonar os planos para uma nova sede em Nova York gerou protestos na cidade, podendo afetar negativamente a reputação da empresa e gerar retaliação por parte dos nova-iorquinos;
- Porém, a notícia não gerará grande impacto nas vendas. Segundo os dirigentes da empresa, um dos motivos para a decisão está relacionado à eficiência fiscal do projeto;
- Após 14 meses avaliando 238 cidades diferentes, os dirigentes da empresa haviam escolhido as cidades de Nova York e Virgínia do Norte para representar duas potenciais novas sedes. Juntas, empregariam ~50 mil novos funcionários, além de receber ~US$ 2,5 bilhões (cada) em investimentos ao longo dos próximos anos.
Facebook: Novo relatório do parlamento britânico sobre o antigo caso Cambridge Analytica
- Uma comissão parlamentar do Reino Unido novamente repreendeu o Facebook ao publicar um novo relatório que defende a maior regulamentação e cuidado com a privacidade dos dados dos usuários. O relatório defende a criação de um inédito código de ética para empresas de tecnologia ao lidar com conteúdo nocivo ou ilegal;
- Em anexo ao relatório segue outro conjunto de e-mails de dirigentes da empresa para Mark Zuckerberg, supostamente, discutindo táticas ao lidar com concorrentes e tentativa de monetizar os dados de parte dos usuários através de parcerias estratégicas;
- O preço das ações do Facebook segue enfrentando maior volatilidade desde o início do escândalo, no qual especialistas da Cambridge Analytica, supostamente, teriam utilizado os dados de ~87mm de usuários para manipular informações nas redes sociais e suportar a campanha eleitoral de Trump em 2016.
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