10/06, 13h | ESG e o futuro dos investimentos

A chefe da equipe de fundamental equities da Nordea Asset Management, Hilde Jenssen, e o diretor de investimento da Osmosis, Robbie Parker, falaram com a Head de Estratégia ESG da XP, Helena Masullo, sobre a implementação de critérios ESG (que avalia questões ambientais, sociais e de governança) na decisão de investimentos.

Com 266 bilhões de euros sob gestão, a gestora Nordea, com sede na Dinamarca, é uma das pioneiras e mais atuantes na adoção de critérios de ESG na escolha dos investimentos, que hoje faz parte da estratégia de gestão de muitas empresas de investimento. Quer saber mais sobre em como avaliar os critérios ESG na escolha dos investimentos e como está a evolução das empresas nesse quesito? Veja a live e confira os principais pontos discutidos no painel.

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Como identificar as empresas com melhores práticas

O tema ESG hoje já faz parte da realidade dos investimentos, mas a falta de uma padronização para a divulgação das informações nos balanços das empresas e os diferentes critérios de avaliação por parte do mercado trazem um desafio na avaliação das empresas com melhores práticas, mas também gera oportunidades, afirmaram os gestores.

A questão da sustentabilidade deixou de ser um produto de nicho e passou a abranger as decisões de investimento como um todo. “A questão da sustentabilidade está presente em todo nosso portfólio”, afirma Parker, da gestora Osmosis, que gere USD 3 bilhões.

Na falta de uma padronização das informações, as gestoras criaram métodos próprios de avaliação.

A Osmosis criou um processo de pesquisa para padronizar os dados das empresas em relação ao meio ambiente e eficiência de recursos, que envolvem fatores como emissão de carbono, geração de resíduos e consumo de água. “No fim sustentabilidade é produzir mais com menos, e isso gera mais eficiência para as empresas”, diz Parker. “As atividades sustentáveis não estão sendo precificadas pelo mercado e isso não é apenas uma questão ambiental, mas também de oportunidade econômica”, diz Parker.

Com base nessa análise a gestora dá maior peso no portfólio para companhias mais eficientes e menos peso ou até uma posição vendida para empresas ineficientes, segundo informações do site da gestora.

Já a Nordea desenvolveu uma metodologia própria de pontuação das empresas com base nas melhores práticas de ESG, olhando o retorno no longo prazo.

“Essa metodologia permite avaliar as empresas em nosso portfólio em relação aos fatores ESG e ver o que melhorou e piorou”, diz Hilde. “Temos que avaliar não só as empresas , mas também o contexto em que elas operam”, diz.

Diferenças regionais na avaliação de ESG

O peso de cada fator ESG também varia de acordo com a região. Na Ásia, por exemplo, o foco é maior em meio ambiente, na Europa no Social e na América do Norte na governança corporativa, diz Parker.

Neste ano, entrou em vigor na União Europeia a Regulação de Divulgação de Finanças Sustentáveis (SFDR, na sigla em inglês) na tentativa de buscar maior padronização na divulgação dessas informações.

No caso do Brasil, Hilde destaca que a questão do meio ambiente ainda continua no topo da agenda e tem desafios nas questões sociais, e a pandemia enfatizou isso.

Para endereçar esses temas no mundo a Nordea foca em três áreas que considera investíeis : primeiro aquelas empresas voltadas para atender necessidades básicas como moradia e acesso a cuidado básico de saúde; na questão de inclusão, relacionada ao acesso à educação; e também no empoderamento social relacionado a questões de financiamento em países em desenvolvimento.

“O Brasil tem um mercado competitivo e tem empresas mais eficientes na operação”, diz Parker. “As oportunidades no Brasil são excelentes como em todas as outras nações”, diz.

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