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O teto e a parede, China perde fôlego, Japão surpreende, o plim-plim da Netflix e gigante de ouro aposta em cobre | 🌎 Top 5 temas globais da semana

1) Teto da dívida emperra; 2) China decepciona ; 3) Japão surpreende; 4) Plim-plim da Neflix ; 5) Mineradora de ouro aposta em cobre

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1. EUA - Discussões sobre o teto batem na parede

Ao longo da semana uma chuva de manchetes, anúncios e artigos sobre os avanços nas negociações do teto da dívida inundaram os noticiários e programas financeiros. Em geral, o tom estava mais positivo e tanto Democratas, representados tanto pelo presidente Joe Biden quanto pelo líder da maioria no Senado Chuck Schummer, e Republicanos, cujo porta-voz e principal negociador é o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, repetiram diversas vezes que um acordo era possível e o histórico default seria evitado.

Ambos os lados concordam, ao menos publicamente, que o calote deve ser evitado, porém ainda não estamos vendo progressos concretos no que diz respeito às questões práticas que levaram ao impasse. Ambos os partidos têm red lines muito bem definidos e a polarização é muito grande em temas de grande interesse para os dois lados.

Vamos muitas semelhanças com o episódio de 2011, quando houve o mesmo impasse e uma solução só foi encontrada dois dias antes dos recursos do governo federal se esgotarem. Os personagens são quase os mesmos: o presidente era Barack Obama mas o vice era Joe Biden, que foi peça fundamental para a resolução. O principal interlocutor de Biden, à época, foi o líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnel, que ocupa o mesmo cargo hoje. Já na Câmara, apesar da presidência estar com o republicano John Boehner, o grupo mais influente dentro do partido era liderado por três congressistas que se auto-entitulavam os Young Guns. Eram eles: Eric Cantor, Paul Ryan e Kevin McCarthy (atual presidente).

Porém, vemos uma importante diferença entre os dois episódios. Em 2011 passado vimos múltiplas frentes de negociação: Obama e Boehner, Biden e McConnell, proposta dos Young Guns e, até mesmo, um grupo de seis senadores (3 de cada partido) denominado de Gang of Six que ficou meses procurando um consenso. Já em 2023 parece haver uma única frente, Biden e McCarthy, e a recusa da Casa Branca em abrir a negociação desde janeiro, quando o teto foi efetivamente atingido, tornou a negociação mais urgente e tensa.

Na sexta-feira, 19/05, as negociações pararam. Republicanos saíram da mesa e acusaram a Casa Branca de não estar sendo razoável. A Casa Branca, por sua vez, afirmou que existem reais diferenças entre os partidos e que as discussões orçamentárias serão difíceis. O tempo corre contra Washington e, enquanto as negociações emperram, os recursos do governo vão secando e a Conta Geral do Tesouro (TGA na sigla em inglês) fechou a semana em US$ 57,3 bilhões, menor patamar desde dezembro de 2021.

Quer saber mais sobre o teto da dívida, a possibilidade de um calote dos EUA e os impatos no mercado, confira nosso recém publicado relatório aqui.

2. China - Economia e resultados corporativos mostram recuperação mais lenta

Os dados econômicos chineses mostraram uma recuperação em relação ao ano anterior, período no qual ainda vigoravam estritas regras de combate à pandemia. Porém, tanto vendas no varejo quanto produção industrial vieram abaixo das expectativas.

A produção industrial em abril aumentou +5,6% A/A, bem abaixo da estimativa de +10,9% dos economistas. Além disso, as vendas no varejo, apesar da forte alta de +18,4%, ficaram abaixo dos 21,0% projetados. Estes sinais mostram que o gigante asiático vem se recuperando de forma irregular e diferente dos períodos de crescimento no passado, com menos crescimento em infra-estrutura e indústria e mais atividade no setor de serviços.

Investidores também decepcionaram-se com o crescimento de receitas da Alibaba. Ao faturar 2,1% acima do mesmo período do ano anterior, número levemente abaixo das estimativas do mercado, a empresa não deu sinais de uma recuperação mais forte nos trimestres seguintes e focou em dar mais detalhes do seu planejamento estratégico.

Após anunciar a intenção de separar suas principais linhas de negócios em unidades independentes, a empresa confirmou os planos tornar a Alibaba Cloud, braço de computação na nuvem da companhia, em uma nova empresa, que segundo analistas pode valer mais de US$ 30 bilhões.

3. Japão - PIB surpreende e dá fôlego ao mercado de ações

O PIB do Japão para o primeiro trimestre de 2023 supreendeu positivivamente os economistas. O valor anualizado ficou em +1,6% ante uma expectativa de +0,8%. O valor positivo vem após três trimestres consecutivos de contração, tirando o país do sol nascente da recessão.

Os dados da terceira maior economia do mundo foram impulsionados pelo consumo privado, que cresceu 2,4% no número anualizado, e vem se beneficiando de uma maior demanda por serviços e turismo pós reabertura da economia.

A surpresa positiva foi bastante benéfica para as ações japonesas. O Nikkei 225, principal índice local, subiu +4,8% na semana e ampliou a alta em 2023 para +18,1% recuperando os patamares de 1990.

4. Netflix - 5 milhões de usuários no plano com anúncios

O Netflix anunciou nesta quinta-feira, 18/05, que seu plano com anúncios está dando resultados positivos. A empresa afirmou que já possui 5 milhões de usuários ativos mensais neste serviço mais barato e que cerca de 25% dos novos assinantes optam por esta modalidade nas regiões onde está disponível.

O novo plano custa US$6,99 nos EUA e exibem comerciais de 15 a 30 segundos antes e durante o conteúdo. Os outros planos, sem anúncios, custam entre US$9,99 e US$19,99.

No final de 2022, após sempre afirmar que jamais colocaria anúncios, a gigante de streaming mudou de opinião adicionou esta opção mais acessível após ver seu crescimento de usuários estagnar e ver preço das suas ações cair vertiginosamente. No último trimestre a companhia já reportou crescimento de 1,75 milhão de assinantes e espera ganhar ainda mais com o endurecimento das regras de compartilhamento de senhas.

5. Newmont - A gigante da mineração de ouro faz aposta em cobre

A norte-americana Newmont Corp, maior mineradora de ouro do mundo, recebeu a aprovação do board da concorrente australiana Newcrest Mining para aquisição de 100% das suas ações, numa transação avaliada em US$17,5 bilhões.

Embora a Newmont consolide a sua posição como maior produtora global do metal precioso, adicionando cerca de 2 milhões de onças da Newcrest às suas 5,7 milhões, houve um outro fator que motivou os executivos da companhia a se interessar pela concorrente: a produção de cobre.

A Newcrest, a adquirida, tem cerca de 25% da receita advindas de cobre, um percentual significativamente maior que o da Newmont, a adquirente, com apenas 2,7%. Os executivos, assim, esperam ganhar maior exposição ao promissor metal condutor que tem se beneficiado das crescentes ondas de geração de energia renovável e eletrificação da frota veicular, ambos processos têm uso intensivo do cobre.

A transação acontece num momento que a demanda por ouro tem levado os preços a patamares próximos das máximas históricas ( por volta dos US$ 2.000/onça) e sobem mais de 7% no ano e os preços do cobre têm sentido os efeitos da desacereração econômica e caem cerca de 2% em 2023.

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