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Perspectivas, emprego, China, Japão e Google | 🌎 Top 5 temas globais da semana

1. Perspectivas Globais: Da Resiliência à Cautela 2. Emprego permanece resiliente nos EUA 3. Politburo anuncia continuidade de estímulos fiscais para 2024 4. Japão: Aumentam as apostas de subida de juros 5. Alphabet lança Gemini: novo modelo de Inteligência Artificial

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1. Perspectivas Globais: Da Resiliência à Cautela - Publicamos relatório de perspectivas para 2024, mantemos nossa visão de cautela

2. Emprego permanece resiliente nos EUA - Mercados globais terminam a semana no zero a zero

3. Politburo anuncia continuidade de estímulos fiscais para 2024 - Comitê do Partido Comunista Chinês anuncia política fiscal "proativa" e política monetária "moderada" para 2024

4. Japão: Aumentam as apostas de subida de juros - Taxas de juros sobem, moeda se valoriza e bolsa cai ante aumento da probabilidade de alta de juros

5. Alphabet lança Gemini: novo modelo de Inteligência Artificial - Expectativa pelo lançamento impulsiona ações da companhia

1. Perspectivas Globais: Da Resiliência à Cautela

O ano de 2023 surpreendeu pela resiliência. Nos mercados ou na economia, o pessimismo, que era consenso um ano antes, foi dando espaço para surpresas, mudanças de narrativas (recessão, hard landing, soft landing, reaceleração) e busca constante por argumentos que justificassem a performance positiva e surpreendente dos ativos de risco globais. ​

Continuamos cautelosos em relação a 2024. Muitas das razões que justificavam as visões mais pessimistas para 2023 seguirão presentes no novo ano, que não contará com os amortecedores que anularam seus efeitos no passado.​

Confira o relatório completo

2. Emprego permanece resiliente nos EUA

A semana foi repleta de indicadores de emprego nos Estados Unidos, com sinais de resiliência ainda fortes: apesar das aberturas de vagas (pesquisa JOLTs) e as novas contratações (ADP) terem vindo abaixo do esperado, o payroll surpreendeu para cima, e a taxa de desemprego veio menor que o esperado. O Federal Reserve e o mercado esperam uma desaceleração mais profunda no emprego para que a trajetória da política monetária possa começar a se normalizar, uma vez que se encontra atualmente em patamares amplamente contracionistas.

Apesar da resiliência, a abertura dos dados revela que o processo de normalização do perfil do mercado de trabalho no pós-pandemia tem continuado. A taxa de participação no mercado de trabalho subiu para seu nível mais alto desde abril de 2020, e também foi observada uma queda na abertura de vagas, sugerindo que o excesso de demanda por trabalhadores está diminuindo.

A semana foi de cautela para os mercados, que aguardavam a divulgação dos dados de emprego. A taxa da treasury de 10 anos ficou praticamente estável, com alta de 1 bp, fechando a semana em 4,23% enquanto a taxa de 30 anos teve queda de 9 bps, encerrando a semana em 4,31%. 

Com isso, os principais índices de ações não tiveram movimentos expressivos na semana. O índice global, ACWI, permaneceu estável (0%), o SPY (ETF representativo do índice S&P 500) subiu modestos 0,2% e o QQQ (ETF de Nasdaq 100) subiu 0,6%.

3. Politburo anuncia continuidade de estímulos fiscais para 2024

Nesta semana, o ETF FXI, representativo do mercado chinês, teve queda de -4,8% ante rebaixamento da perspectiva do país pela agência Moody’s. A China atualmente tem rating A1 com perspectiva negativa. A agência justificou o corte pela piora do fiscal no país, sinalizando o recente movimento de salvamento de governos regionais comprometidos com a perda de arrecadação decorrente da crise imobiliária (falamos a respeito aqui) e a necessidade de novos estímulos para sustentação da economia do país como principais motivações.

Ainda nessa semana, o Politburo do Partido Comunista da China anunciou que continuará a implementar política fiscal “proativa” ao longo de 2024, e que fará incrementos “moderados” nos estímulos a fim de impulsionar economia que ainda se encontra em “estado crítico de recuperação”. A respeito da política monetária, o comitê indicou que esta será implementada de forma prudente, e será “flexível, moderada e efetiva”. O banco central do país tem realizado cortes pontuais nas taxas de juros de diversas maturidades com o objetivo de apoiar a economia doméstica, que tem registrado demanda interna mais fraca e alta dependência de estímulos para crédito e consumo.

O Politburo também sinalizou que implementará novas reformas em setores-chave, o que, ante o histórico recente de intervenções governamentais em setores como educação e tecnologia, acende um sinal de alerta para o mercado. Apesar disso, seguimos acreditando que existem oportunidades em renda variável na China, conforme exploramos no nosso relatório de Perspectivas Globais.  

4. Japão: Aumentam as apostas de subida de juros

Último dos bancos centrais do mundo a manter a taxa de juros negativa (-0,10%), o BoJ enviou sinais ao mercado de que estaria se preparando para subir e acabar com o NIRP (negative interest rate policy) em breve. Ao longo da semana os mercados de futuros chegaram precificar 50% de chances de que essa alta viria já na próxima reunião, dia 19 de dezembro. Na sexta-feira, essas chances voltaram para cerca de 15% mas as curvas dão como quase certo o final dessa política ultra-estimulativa na reunião de 19 de março de 2024.

Na quarta-feira, o vice-presidente do BoJ, Ryozo Himino, afirmou que a economia japonesa estava preparada para juros positivos novamente e minimizou os potenciais efeitos adversos de sair da política monetária atual. Já o presidente do BoJ, Kazuo Ueda, que na quinta-feira compareceu ao Senado japonês, afirmou que as decisões de política monetária ficariam mais desafiadoras já no final de 2023 e durante o ano de 2024. O mercado interpretou ambos os discursos como indicadores de mudança de curso.

Consequências das falas dos membros do BoJ foram sentidas em diversos mercados. As taxas de juros de 10 anos subiram 7 pontos-base, para 0,76%, a moeda japonesa, Yen, valorizou 1,3% e a bolsa de valores, Nikkei 225 caiu 3,4%. Em nosso relatório de Perspectivas Globais, publicado hoje, destacamos esse risco para justificar uma alocação neutra em ações japonesas, apesar do bom momento econômico local.

5. Alphabet lança Gemini: novo modelo de Inteligência Artificial

Nesta semana a Alphabet, dona do Google, lançou seu mais novo modelo LLM (Large Language Model) chamado Gemini, para entrar de vez na corrida pela supremacia no mundo da Inteligência Artificial. Com a vantagem de ser multimodal nativo, ou seja, treinado desde sua concepção com imagens, códigos, vídeos e áudios, além de textos, o Gemini (de acordo com a própria Alphabet) é superior ao GPT-4 em 30 de 32 medidas de performance.

O vídeo que demonstra as capacidades do Gemini atingiu 2 milhões de visualizações no Youtube (que também é da Alphabet) em dois dias e gerou uma onda de comentários positivos pela altíssima precisão e inovação do novo modelo. O buzz em torno da nova ferramenta fez as ações subirem 5,3% na quinta-feira e impulsionou outras ações ligadas à AI no dia. Na sexta-feira, dúvidas quanto à veracidade do vídeo foram veiculadas e as ações da companhia perderam um pouco do ímpeto da quinta-feira e caíram cerca de 1,5%.

O Gemini chegará aos consumidores em três versões: i) Gemini Ultra, voltado para grandes corporações e com altíssima capacidade computacional; ii) Gemini Pro, que tem uma ampla gama de aplicações e servirá como motor por trás do Bard (interface de diálogo da Alphabet) e outras aplicações da companhia, como o Chrome e; iii) Gemini Nano, voltado para dispositivos móveis com uma grande promessa de descentralizar o processamento computacional, ao fazer localmente grande parte do trabalho ao mesmo tempo que promete proteger os dados dos usuários.

Com uma grande capacidade de distribuição via Google Chrome (que tem mais de 60% do mercado de navegadores), sistema operacional Android, celulares da linha pixel e outros produtos da Alphabet, acreditamos que a empresa está muito bem posicionada para ser uma competidora à altura da Microsoft (e sua parceria com a OpenAI, dona do ChatGPT) nos próximos anos e, sem dúvida, será uma das protagonistas desse novo mundo no qual cada vez mais elementos de AI estarão presentes no dia-a-dia.

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