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Intel anuncia nova fábrica de chips na Alemanha – 🌎RADAR GLOBAL

Demanda crescente por EVs impulsiona Volkswagen, Arm pode cortar empregos após Nvidia abandonar aquisição e Intel anuncia nova fábrica de chips na Alemanha

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MACRO

Bolsas internacionais amanhecem positivas (EUA +1,3% e Europa +2,5%) enquanto investidores aguardam a decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros americana. O mercado precifica um aumento de 0,25% nesta quarta-feira e 7 novos aumentos ao longo do ano. Russia vs. Ucrânia: as negociações seguem sem grandes resoluções, enquanto os líderes caminham para novas conversas nesta quarta-feira. Segundo Sergei Lavrov, diplomata russo, há esperanças sobre um possível acordo entre os países, mas o progresso das negociações segue complicado. Na China, o índice de Hang Seng encerra em sua maior alta desde outubro de 2008 (+9,1%) após o governo afirmar que dará suporte a estabilidade dos ativos financeiros no país e estimulará o crescimento econômico futuro. Reguladores chineses também apresentaram tom positivo em negociações com reguladores americanos em relação às ações de empresas chinesas listadas nos EUA. Por fim, o petróleo (-0,5%) segue negociando abaixo dos US$ 100/barril, respondendo a uma possível queda na demanda global pela commodity devido ao avanço dos casos da Covid-19 na China.

Coronavírus: Alemanha registra cerca de 253 mil novos casos da Covid-19, um aumento de 22% vs. a semana anterior, o maior volume desde o início da pandemia. Ainda assim, o país caminha para a flexibilização das restrições. O governo afirma que os riscos de uma sobrecarga do sistema de saúde alemão são baixos dado o nível de vacinação atual e sintomas mais leves causados pela Ômicron.

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EMPRESAS

Investimento bilionário da Intel (ITLC34) na Europa: A Intel anunciou nesta terça-feira que escolheu a Alemanha para construir sua nova fábrica de chips, dando detalhes sobre o investimento, que deverá totalizar US$ 88 bilhões em toda a Europa. O movimento da fabricante de semicondutores ajudará a Europa a reduzir sua dependência das importações de chips, sendo de extrema relevância para a região. Além disso, o plano da Intel é acompanhar a alta demanda por semicondutores usados em eletrônicos e carros, porém o processo tende a demorar uma vez que as fábricas alemãs não deverão iniciar suas operações antes de 2027.

Em adição, a companhia também pretende aumentar sua fábrica existente na Irlanda investindo US$ 12 bilhões, além de montar uma instalação de design e pesquisa na França e um local para embalagem e montagem na Itália. Stacy Rasgon, analista da Bernstein Research, afirma que a Intel está aproveitando a alta demanda do mundo por semicondutores para conseguir benefícios e subsídios na construção de suas fábricas. Os acordos visam pontos positivos para os dois lados, os países procuram reduzir sua dependência de importações e aumentar a produção local de chips, enquanto a companhia busca ter cadeia de produção diversificada regionalmente.

Demanda crescente por EVs impulsiona Volkswagen: A Volkswagen enfatizou a alta demanda dos consumidores por seus veículos elétricos em 2022, afirmando que vários de seus modelos já estão esgotados até o final do ano. A companhia afirma que esta mudança no consumo está ajudando a montadora a atingir seu objetivo antes do esperado de tornar os EVs tão lucrativos quanto sua linha a combustão. A Volkswagen possui o plano ambicioso de direcionar 50% da produção global para os veículos elétricos até 2030.

Cabe destacar que a Volkswagen foi líder em vendas na Europa de EVs no último ano, obtendo cerca 25% do mercado e ficando em 2º lugar nos Estados Unidos, atrás apenas da Tesla (TSLA34). Entretanto a participação da companhia na China ainda é pequena, mas vem apresentando crescimento acelerado, aumentando 4 vezes em 2021 para 93 mil e a expectativa para 2022 é a que dobre novamente.

Arm pode cortar empregos após Nvidia abandonar aquisição: A designer de chips britânico Arm está planejando cortar até 1.000 empregos, ou 15% de sua força de trabalho, apenas algumas semanas após o colapso de seu acordo de US$ 40 bilhões com a Nvidia (NVDC34). Considerada a joia da coroa do setor de tecnologia do Reino Unido, a empresa emprega cerca de 6.400 pessoas em todo o mundo e cerca de metade delas estão no país. Embora a Arm esteja sediada em Cambridge, Inglaterra, a empresa pertence à gigante de tecnologia japonesa SoftBank, que pagou cerca de US$ 32 bilhões pela empresa em 2016. O SoftBank anunciou em setembro de 2020 que planejava vender a Arm para a gigante de chips dos EUA Nvidia por US$ 40 bilhões, mas o acordo foi cancelado em fevereiro após um período de intenso avaliação dos reguladores de concorrência nos EUA, UE, China e Reino Unido.

Os oponentes tinham várias queixas, mas o principal problema com o acordo era o acesso aos designs inovadores de chips da Arm. A companhia licencia sua “arquitetura” para centenas de empresas ao redor do mundo. A Apple (AAPL34) os usa em iPhones e iPads, a Amazon (AMZO34) os usa em Kindles e os fabricantes de automóveis os usam em veículos. Se a Nvidia impedisse que outras empresas usassem os designs de chips da Arm em seus semicondutores, as implicações poderiam ter sido enormes, segundo os analistas. O SoftBank está planejando fazer uma oferta pública das ações da companhia agora com o acordo da Nvidia fora da mesa. Masayoshi Son, CEO do SoftBank, disse em fevereiro que a empresa provavelmente será listada na bolsa de valores Nasdaq de Nova York.

ANÁLISE

Fonte: Morgan Stanley

Aumento dos preços dos metais pode impactar veículos elétricos: O gráfico acima, do Morgan Stanley, mostra que os custos dos principais metais presentes na fabricação de carros aumentaram, usando preços médios mensais. Enquanto os custos de metais para ICEs (veículos de combustão interna) permanecem abaixo dos máximos de 21 de julho, os custos de veículos elétricos (EVs) estão em constante expansão desde meados de 2020. O custo médio de entrada de metais para EV em março é de US$ 4.800/veículo (+160% desde abril-20), US$ 2.500 mais alto do que para um veículo ICE. De acordo com o banco, as montadoras provavelmente ainda não estão sentindo toda a extensão da atual da alta de preço com metais, como o lítio, ainda predominantemente vendidos com preços de contratos passados. Dito isso, além do crescente desafio de obter lítio e níquel, o aumento dos custos de entrada pode diminuir o impulso da transição para veículos elétricos no curto prazo, com montadoras como a Tesla (TSLA34) podendo  aumentar os preços de alguns de seus modelos.

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