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Economia Americana, Eleições, Energia, Greve e Nike | 🌎 Top 5 temas globais da semana

1. Economia Americana: Dados de emprego vêm muito acima das estimativas 2. Eleições Americanas: A sorte está lançada 3. Petróleo: Preços disparam após escalada do conflito Irã-Israel 4. Greve dos portuários: Suspensão após 3 dias 5. Nike: Resultados sinalizam desafios para novo CEO

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1. Economia Americana: Dados de emprego vêm muito acima das estimativas - Mercado passou a estimar menos cortes em 2024

2. Eleições Americanas: A sorte está lançada - Após debate, chances republicanas aumentam

3. Petróleo: Preços disparam após escalada do conflito Irã-Israel - Potencial impacto em inflação, eleições e nas carteiras

4. Greve dos portuários: Suspensão após 3 dias - Como a greve poderia ter impactado a economia americana

5. Nike: Resultados sinalizam desafios para novo CEO - Resultado trimestral e retirada de guidances derrubam preço da ação

1. Economia Americana: Dados de emprego vêm muito acima das estimativas

Por que entrou no Top 5? Mercado passou a estimar um corte (de 0,25) a menos em 2024

Quando o Fed iniciou seu ciclo de cortes com 50 bps, a principal motivação foi o mercado de trabalho, que vinha se normalizando de um estado bastante aquecido, mas podendo reverter-se rapidamente, especialmente com o esfriamento da atividade econômica. Com isso, dados de emprego se tornaram mais importantes que os dados de inflação para antever as movimentações do Fed.

Nesta semana, o payroll indicou que houve criação líquida de 254 mil empregos formais em setembro, acima da expectativa de 150 mil, além das revisões para cima dos dois meses anteriores.

taxa de desemprego caiu de 4,22% para 4,05%, enquanto os salários aceleraram em relação a agosto e subiram 3,97% A/A, acima do esperado pelo mercado (+3,8%) e acima da meta de inflação (2,0%).

Além disso, a fala do presidente do Fed, Jerome Powell, de que a autoridade “não está com pressa para cortar juros”, levou o mercado a precificar cortes de juros de 25 bps em novembro e dezembro, ao passo que antes as chances se dividiam entre 25 bps e 50 bps para ambas as reuniões, totalizando um corte a menos em 2024.

Com dados de mercado de trabalho mais fortes, a curva de juros abriu em relação à semana anterior. A taxa de 10 anos subiu 22bps (de 3,75% para 3,97%), enquanto a taxa de 2 anos disparou 36bps (de 3,56% para 3,92%). 

2. Eleições Americanas: A sorte está lançada

Por que entrou no Top 5? Posicionamos nossas carteiras para uma possível vitória republicana.

Faltando apenas um mês para as eleições nos EUA, os mercados de apostas seguem mostrando uma corrida extremamente acirrada entre o ex-presidente Donald Trump e a atual VP Kamala Harris.

Apesar da proximidade entre os dois candidatos, tanto nas pesquisas quando nos mercados de apostas, acreditamos que o candidato republicano tem melhorado seus números nas pesquisas nos swing states, como Michigan, Wisconsin e Pensilvânia. Kamala Harris ainda lidera nas pesquisas nacionais, porém, com uma vantagem de apenas 2,2 pontos percentuais - número que entendemos como insuficiente para que ela vença no colégio eleitoral.

Essa melhora abre novos “caminhos” de vitória para Trump, que parecem pouco precificados no mercado. A assimetria se mostra positiva para aumentarmos a exposição em temas que se beneficiam de um governo republicano, especialmente se o partido também obtiver a maioria nas duas casas do Congresso. Dentre esses temas destacamos:

  1. Setor Financeiro: menor regulação e tributação
  2. Setor de Energia (Óleo e Gás): menor regulação e incentivo à extração de combustíveis fósseis nos EUA
  3. Setor de Saúde: Menor regulação

Para saber quais ações escolhemos para capturar essa assimetria, acesse nossas Carteiras Recomendadas:

3. Petróleo: Preços disparam após escalada do conflito Irã-Israel

Por que entrou no Top 5? Potenciais efeitos da alta no mundo: inflação, eleições e carteiras

Após um ano de conflitos em larga escala no Oriente Médio, Israel e Irã se encaminham para conflito direto. Os ataques a Israel em 7 de outubro de 2023 deram início a um período tensões na região em magnitude não observada desde a década de 1970.

O conflito, anteriormente via proxies do Irã (Hamas, Houthi e Hezbollah), já havia entrado numa fase direta em abril, com ataques aéreos de ambos os lados. Porém, após um retorno à fase de proxies, o Irã enviou mísseis balísticos em direção a Israel após incursões terrestres de Israel ao Líbano.

As preocupações com a questão geopolítica superaram os indícios de demanda global enfraquecida e aumento da oferta da commodity. Nessa semana, a OPEP+ reafirmou seu compromisso com a meta de produção de seus membros, negando um artigo do Wall Street Journal que sugeria que o cartel poderia deixar preços caírem até perto de US$ 50 por barril, com a falta de aderência às metas estabelecidas.

4. Greve dos portuários: Suspensão após 3 dias

Porque entrou no Top 5? O prolongamento da greve poderia ter trazido grandes impactos para a economia americana.

Depois de 3 dias de greve (iniciada na terça-feira, 01/10), os portuários dos portos da Costa Leste dos EUA chegaram em um acordo para retornarem às atividades. A greve tinha como pautas aumento salarial e oposição à automação dos portos, que representa um risco aos empregos do sindicato. A greve pode ser retomada em janeiro.

Por estarmos a 1 mês das eleições norte-americanas, pressões estatais ajudaram para que a paralisação tivesse fim, uma vez que com o prolongamento da greve poderia gerar importantes descasamentos nas cadeias de suprimentos.

Dentre os principais pontos negociados para a retomada provisória das atividades, estão:

  • Aumento gradual dos salários que, ao final de 6 anos, chegará a 62%, aumento maior que o proposto anteriormente, de 50%;
  • Com o aumento salarial, a remuneração média dos trabalhadores sairá de US$39/hora para aproximadamente US$63/hora;
  • O contrato atual entre o sindicato e a Aliança Marítima dos EUA foi estendido até janeiro de 2025.

Na iminência da greve, ações de empresas de transporte marítimo tinham se valorizado na expectativa de preços de frete mais elevados, ante possível necessidade de rotas alternativas. Com a suspensão da paralização, ocorreu uma reversão do movimento. Maersk, grande expoente do setor, teve queda de -5,3% na semana, e foi acompanhada por pares globais.

Impactos econômicos da curta paralização ainda poderão ser sentidos nos EUA. O forte aumento salarial cedido para a suspensão da greve provavelmente será repassado para o consumidor final, podendo elevar a inflação na América do Norte.

Caso a greve tivesse se prolongado, impactos mais diretos poderiam ser sentidos. Mais da metade da importação peças de carro, bananas, vinho e pneus ocorrem pelos portos da Costa Leste e do Golfo.

Veja mais sobre greves em:

5. Nike: Resultados sinalizam desafios para novo CEO

Após ter caído 20% no dia seguinte ao resultado do 2º trimestre, os investidores já estavam preparados para números fracos e foram até surpreendidos positivamente pelas margens mais altas, que levaram a um lucro acima das expectativas. Porém, a retirada do guidance anual e as preocupações com o crescimento de receitas ditaram o rumo das ações, que tiveram uma queda de 6,8% um dia depois do release.

Alguns dos fatores que mais marcaram o desempenho da Nike no último trimestre foram:

  • Canais de venda: As vendas diretas caíram 12% A/A, mas ficaram acima das expectativas, enquanto as vendas a distribuidores caíram 8% A/A e ficaram abaixo do esperado;
  • Mercado norte-americano: As vendas ficaram abaixo das expectativas, com queda de 11% A/A. O impacto é significativo por ser o maior mercado da Nike;
  • Mercado chinês: As vendas caíram 3% A/A, ficando melhor que as expectativas do consenso. O mercado chinês tem grande potencial de crescimento, principalmente com os recentes estímulos.

O novo CEO, Eliott Hill, terá uma série de desafios à frente para trazer a empresa de volta ao posto de líder do segmento esportivo. Hill conhece muito bem a empresa e deverá focar na reconstrução do relacionamento com distribuidores para recuperar market share e voltar a crescer receita.

Veja mais sobre Nike:

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