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🌎 Mundo em 60s: Crise dos chips

Entenda a falta global de semicondutores. Veja os destaques da semana.

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Bolsas: Mercados globais têm demonstrado resiliência no final de maio. Apesar de preocupações com a inflação americana e possibilidade de redução dos estímulos monetários, o S&P 500 (+1,2%) volta a beirar máxima histórica e o Eurostoxx 600 (+1,1%) já negocia em nível recorde. A recuperação permanece em curso: Nos EUA, desemprego atinge mínima pandêmica e governo busca orçamento de US$ 6tri. Na Europa, vacinação acelera para 37% da população.

Setores: Petrolíferas (-0,1% na semana) não acompanharam a alta no preço da commodity (US$ 69,75/barril) após notícias recentes de cortes de emissão de gases estufa trazerem incertezas para o setor. Destaque para Facebook, Tesla, Microsoft e Nvidia puxando o desempenho do índice S&P 500.


Crise dos chips

Chips – ou semicondutores – são componentes básicos de uma vasta gama de dispositivos. Celulares, televisões, automóveis, computadores, videogames, aviões, maquinário industrial e agrícola são apenas alguns exemplos de aparelhos que dependem destes pequenos pedaços de tecnologia.

Nos últimos anos, objetos de nosso cotidiano têm sido “digitalizados”. A indústria automobilística, por exemplo, implementa cada vez mais painéis eletrônicos, câmeras inteligentes e pilotos automáticos em seus veículos. As produtoras de televisão também estão aderindo aos produtos smart, que se conectam com a internet, bluetooth e são acompanhadas de controles-remotos que reconhecem a sua voz. Toda esta tecnologia, no entanto, é dependente do componente mais básico dos hardwares: os semicondutores.

Esta tendência, chamada de Internet das Coisas (IoT, em inglês), elevou a demanda por chips nas últimas duas décadas. O mercado, que consumia US$ 150bi em 1999 multiplicou-se por 3, alcançando US$ 450bi em 2020. Estimativas da Fortune projetam um crescimento de 8,6% a.a. deste mercado até 2028, podendo superar os US$ 800bi.

Mas o mercado não cresceu apenas em termos de receita. O custo de produção de semicondutores caiu praticamente 40% desde 1999, ou seja, em termos absolutos, a demanda por unidade multiplicou por mais de 4x nas últimas duas décadas, evidenciando a dependência global ainda maior desta tecnologia.

Além disso, em 2020, houve fatores que contribuíram com o aumento súbito desta demanda: 1) A pandemia, ao confinar pessoas dentro de casa, estimulou o consumo de aparelhos eletrônicos, como celulares, televisão e videogames; e 2) As sanções à Huawei na importação de semicondutores fabricados nos EUA fez com que a empresa e as concorrentes aumentassem os estoques de chips antes que o prazo de 120 dias do bloqueio entrasse em vigência.

O resultado? Falta global de chips afetando todas as indústrias dependentes.

Para se ter uma ideia, a Apple, nº 1 em consumo de microchips do mundo e que gasta US$ 58bi ao ano com a tecnologia, foi obrigada a atrasar o lançamento do iPhone 12 por mais de 1 mês no ano passado. Recentemente, a consultoria AlixPartners aumentou a estimativa do prejuízo que a falta de chips pode ocasionar para as montadoras de veículos de US$ 60bi para US$ 110bi apenas em 2021.

No setor de videogames, a Nintendo confirmou que a falta dos componentes está afetando a produção do console Switch, podendo perder até 12% de suas vendas durante o próximo ano fiscal. A cadeia produtiva de outros consoles, como o Xbox (da Microsoft) e o PlayStation 5 (da Sony) também podem ser afetadas, uma vez que a falta de oferta pode se estender por anos.

“Acredito que demore, ao menos, 2 anos até que a situação esteja completamente normalizada”

– Pat Gelsinger (CEO da Intel)

Olhando para frente, não enxergamos sinais de redução na demanda ao passo que 1) Aumentamos o consumo de produtos eletrônicos per capita, 2) A Internet das Coisas torna-se parte integrante da sociedade moderna e 3) Semicondutores consolidam-se como matéria prima para múltiplas indústrias. Mantemos, portanto, uma perspectiva positiva para o setor que engloba as fornecedoras globais de chips.

A Taiwan Semiconductor Manufacturing está em nossa carteira Top 10 BDRs.

Caso haja interesse em investir no setor, existem opções como: 1) BDRs: TSMC34, ITLC34, MUTC34 e 2) COE XP Dragões Asiáticos (com exposição relevante à TSMC34).


#ProvaRápida – A TSMC detém qual fatia do mercado global de semicondutores?

a) 18%

b) 34%

c) 46%

d) 56%

Resposta: d)

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