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🌎CONEXÃO GLOBAL: Biotecnologia, a revolução da saúde

CONEXÃO GLOBAL é o nosso relatório semanal que te conecta com os principais temas do mundo

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Introdução

Apesar do nome sofisticado, os humanos utilizam a biotecnologia desde os primórdios da civilização, principalmente para a culinária. Os Egípcios cultivavam bactérias que fermentavam seus pães enquanto os chineses desenvolveram técnicas de fermentação de carboidratos para a produção de bebidas alcoólicas consumidas até os dias de hoje.

Claro, o mundo evoluiu e, com ele, a ciência. Hoje, estas técnicas ancestrais deixaram de ser relacionadas ao termo “tecnologia”, que passou a se referir a pesquisas e desenvolvimentos inovadores, como os estudos de DNA, cromossomos, células, genética, vírus e produtos farmacêuticos. Diversos aspectos da sociedade moderna se devem ao desenvolvimento desta ciência: Desde a fabricação industrial da insulina para o tratamento de diabetes à edição e seleção genética de culturas como soja, milho e trigo, que permitem o abastecimento global de alimentos.

Mas não pára por aí. Hoje, o desenvolvimento científico segue em curso na busca por tratamentos revolucionários em diversos campos da medicina. Em 2020, o exemplo mais claro da importância do setor foi o rápido desenvolvimento de vacinas contra a pandemia do século, a COVID-19, por parte de empresas que ficaram mundialmente conhecidas, como a Moderna, AstraZeneca, Pfizer, BioNTech e Johnson & Johnson. Além do coronavírus, outros desafios à altura, como o câncer, o diabetes e o Alzheimer motivam os laboratórios a encontrarem drogas e alternativas para a solução destas patologias.

Neste cenário de relevância crescente, trazemos uma discussão quanto aos fundamentos e riscos do setor de biotecnologia, um tema que deve perdurar enquanto houverem desafios biológicos para a raça humana.

Fundamentos

O mundo está envelhecendo: Depois do boom populacional que o planeta presenciou nas últimas décadas, principalmente refletindo a alta natalidade dos maiores países asiáticos (Índia e China), estima-se que, até o final do século, o número de pessoas acima dos 60 anos de idade praticamente triplique dos atuais 1,1 bilhão para 3,1 bilhões. Muito antes disso, em 2050, os modelos da ONU já indicam que esta fatia da população deve dobrar, ultrapassando os 2 bilhões de habitantes maiores de 60 anos.

Pessoas com mais idade têm mais gastos com saúde: O envelhecimento populacional trará diversas consequências econômicas e é uma das temáticas estruturais que terão impacto gradual nos investimentos de longo prazo. Conhecer este perfil de consumidor e saber para onde irão os gastos deste estrato podem nos ajudar a direcionar nossas ideias de investimento. O setor de biotecnologia será um dos beneficiados, pois a população mais velha é a que mais gasta com saúde. Para se ter uma ideia, nos EUA, 29% da população possui 55 anos ou mais, e esta fatia é responsável por mais de 56% dos gastos no setor de saúde.

Por isso, os gastos devem permanecer em crescimento: Como consequência do aumento da fatia que mais gasta com saúde, a tendência é que o mercado de biotecnologia permaneça em crescimento. Estimativas da CMS (Agência Médica dos EUA) sugere uma aceleração nos gastos com saúde em +5,6% a.a. até 2028. Uma expansão ainda maior do que os +5,3% a.a. registrados nas últimas 2 décadas. Estimativas globais otimistas, como da Grand View Research sugerem que apenas o setor e biotecnologia deva expandir seu faturamento em 15,8% a.a., ao passo que análises mais conservadoras, como as da Global Markets Insights, apontam para um crescimento de +9,4% a.a. até 2024.

A China também está envelhecendo: O país mais populoso do planeta passará por uma transformação em sua pirâmide etária nas próximas décadas. Hoje, apenas ~17,4% de seus 1,4 bilhão de habitantes possuem 60 anos ou mais. Nos próximos 40 anos, esta fatia deve mais que dobrar para ~35,9% do contingente populacional. O fator de envelhecimento, somado ao incremento do PIB per capita e a ascensão da classe média no país (mais de meio bilhão de pessoas irão subir de classe por lá até 2030), devem trazer um alicerce sólido para o aumento de gastos no setor de saúde e biotecnologia.

Tratamentos revolucionários podem resultar em muito valor: Algumas empresas ocuparam os holofotes desde o início de 2020. Entre elas, a Tesla chamou a atenção do mundo todo por conta de seu desempenho (+720% entre jan/20 e ago/21) e também da ascensão de seu valor de mercado, quando conquistou a posição de 7ª maior empresa do planeta e uma vaga no acrônimo mais famoso do mercado: o FAAMGs, das Big Tech americanas pode ser também FATAMGs. No entanto, a alta da Tesla foi ofuscada pelos +2.100% da Moderna, uma empresa de biotecnologia que foi capaz de desenvolver uma vacina eficaz contra a COVID-19. Além do coronavírus, há outras doenças persistentes que afligem a sociedade, como o câncer, diabetes e Alzheimer. Outros laboratórios investem em pesquisa e desenvolvimento na busca por drogas e tratamentos para estas patologias e, se bem-sucedidas, têm o potencial de valorização similar ao da Moderna.

Riscos

É dificil apostar em poucos nomes: Uma das características marcantes do setor é a grande quantidade de empresas que buscam desenvolver tratamentos revolucionários. Por conta da imprevisibilidade dos resultados destes estudos, acreditamos que a melhor forma de se investir neste mercado é por meio da exposição a diversos nomes, uma vez que a probabilidade de se escolher uma empresa específica de sucesso é muito baixa. O longo processo de estudo e validação por parte das agências reguladoras de saúde, como o FDA nos EUA e a Anvisa no Brasil, torna ainda mais imprevisível quem serão as empresas vencedoras e perdedoras.

Pouca diversificação pode ocasionar perdas significativas: O investidor que optar por escolher nomes específicos precisa de muita diligência, cautela e acompanhamento do mercado. Na tabela abaixo, levantamos o desempenho das 268 empresas inclusas no Índice de Biotecnologia da Nasdaq. Analisando diferentes janelas de tempo, percebemos que, apesar da média positiva de retornos, a quantidade de empresas que entregam desempenho negativo é significativa. Nos últimos 5 anos, 94 performaram abaixo de 0%, nos últimos 3 anos foram 90, enquanto nos últimos 12 meses este número foi de 122. Por isso, reforçamos o alto risco de se investir em nomes específicos, mas, se adicionarmos uma ampla diversificação nos aportes, percebemos que a relação risco/retorno fica mais atrativa.

*Obs.: Células em branco indicam que a empresa não era listada à epoca.

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