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Carteira Defensiva (Conservador/Moderado)- Junho 2022

O perfil defensivo é voltado para o investidor que quer buscar ganhos no longo prazo, porém tem como principal objetivo se defender de perdas acentuadas.

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A política de investimentos Defensiva é recomendada para investidores com perfil Moderado, porém com diferentes objetivos desde aqueles investidores que (i) possuem a compreensão da necessidade do risco no portfólio para alavancar rentabilidade, mas preferem um risco controlado, ou que (ii) já investem há um tempo porém preferem uma alocação com baixa volatilidade, até os que (iii) vão precisar dos recursos no curto/médio prazo (36 meses). Com uma dinâmica conservadora para moderada, a alocação busca segurança e liquidez em seu portfólio, mas acrescenta ativos de risco para otimizar a rentabilidade.

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A maior defesa de um portfólio é a diversificação. Por esse motivo, a sugestão de portfólio para a carteira defensiva busca equilíbrio na alocação por meio da escolha de classes e ativos que possuam diferentes dinâmicas de rentabilidade. Com foco em alocação de curto/médio prazo, a carteira busca oferecer rentabilidade acima do CDI sem abrir mão da segurança e baixa volatilidade.

Confira carteiras recomendadas para todos os perfis:

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O que vimos do mês anterior

Sobe o tom, desce o tom. E assim o mercado seguiu o mês de maio oscilando na forma como interpretava “o tom” do banco central norte americano. Às vezes mais duro no combate à inflação (hawkish) e consequente maior aumento dos juros, às vezes mais dovish, ou seja, menos duro com a inflação, por uma maior preocupação com atividade econômica e emprego.

Some a isso, a continuidade (i) dos lockdowns em diversas importantes cidades chinesas e; (ii) do conflito entre Rússia e Ucrânia, que seguem trazendo pressões inflacionárias adicionais e contribuem para o clima de aversão a risco dos investidores globais. No caso da China, diversos dados de atividade e comércio vieram fracos, apontando para uma possível desaceleração econômica mais profunda. Vale pontuar que diversas medidas de estímulos foram e ainda devem ser anunciadas pelo governo chinês na tentativa de frear o desemprego e fomentar o crescimento do gigante asiático. Nos últimos dias de maio, notícias sobre reduções nos casos e mortes por Covid-19 na China trouxeram algum alívio aos mercados, ao menos no que tange essa pauta. Também no final do mês, a Europa fez o anuncio de duras sanções à compra do petróleo russo que hoje é importado por via marítima, que poderia chegar a 90% até o final do ano.

Com tudo isso (e mais um pouco), maio se apresentou como um mês bastante volátil para os mercados, com investidores cada vez mais preocupados com os juros subindo e maiores riscos de uma recessão econômica global. O principal índice de ações globais, MSCI ACWI, e o S&P 500 ficaram no zero a zero, enquanto o Nasdaq caiu -2,1% no mês. Por outro lado, o Ibovespa teve mais um mês positivo com um retorno de +3,2%. Também aqui no Brasil, o índice de ações de dividendos, IDIV, fechou maio em +4,26% e o IFIX, índice de fundos imobiliários, subiu +0,26%.

E por falar em Brasil, o mês de maio trouxe dados de inflação ainda bastante pressionados, com o IPCA-15 acumulando alta de 12,2% nos últimos 12 meses, o que tem levado a novas aberturas nas curvas de juros futuras. Gradativamente a política vai entrando no radar dos investidores, sendo a principal pauta, o eventual impacto da inflação alta na visão e decisão dos eleitores. Contribuem para o foco nesse tema o peso que os indicadores de preço têm na aprovação presidencial, levando a classe política a tomar iniciativas com foco nos combustíveis e energia elétrica. Um exemplo disso é o projeto de lei (PLP nº18/2022) que altera a classificação de combustíveis, gás natural, energia elétrica, transporte público coletivo e telecomunicações para bens e serviços essenciais, limitando assim a alíquota de cobrança do ICMS. Estima-se que, se aprovada, a mudança poderia causar uma impacto de até 1,7%, para menos, no IPCA.

Resumidamente, cautela ainda se mostra necessária para o investidor. Na maioria dos países desenvolvidos, o combate à inflação está só no começo, o que deverá seguir fazendo seus bancos centrais elevarem as taxas de juros e retirarem estímulos econômicos. Isso eleva as chances de uma desaceleração global mais forte, que coloca pressão adicional (negativa) nos preços de ativos. Já o Brasil segue bem, no relativo em relação a outros mercados, mas não podemos dizer que se trata de um “céu de brigadeiro”, pois também não sabemos quanto o Brasil suportaria um vento contra muito forte das economias globais, além das suas próprias questões fiscais e eleitorais. Portanto, como diria o nosso estrategista chefe, Fernando Ferreira, em momentos como esse, não tente ser herói.

Onde alocar os recursos nesse cenário?

Nas imagens a seguir confira a alocação por classe de ativo para este mês e a sua evolução histórica:

Alocação Atual

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