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Reforma Tributária | Avanços na Isenção dos FIIs e Fiagros

Consideramos a apresentação da minuta do Projeto de Lei que busca garantir a isenção tributária dos FIIs e Fiagros uma medida muito positiva

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Recapitulando

Ao sancionar o principal Projeto de Lei de regulamentação da reforma tributária sobre o consumo em janeiro deste ano, o presidente Lula vetou a isenção da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) para fundos de investimento. Essa decisão afetou diretamente os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) e os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (Fiagros), que atualmente são isentos de PIS e Cofins. Afinal, o veto à isenção os classificou como prestadores de serviços, o que os obrigaria a recolher CBS e IBS sobre suas receitas, como aluguéis e transações imobiliárias. Essa mudança aumentaria os custos para investidores e inquilinos, gerando volatilidade no mercado e refletindo o pessimismo dos investidores.

Diante da repercussão negativa, notamos uma mobilização intensa no Congresso Nacional, especialmente nas áreas de agronegócio, empreendedorismo, comércio e serviços, visando derrubar o veto presidencial. Essa pressão levou o Ministro da Fazenda a anunciar, em fevereiro, que o governo estava considerando alterar o texto da reforma tributária para evitar a taxação desses fundos, reforçando a nossa expectativa de um desfecho positivo para essa incerteza.

Governo apresenta proposta para manter isenção de imposto a FIIs e Fiagros

Nesta semana, com a apresentação da reforma do Imposto de Renda, surgiu um novo capítulo nessa discussão. Em 18 de março, o Ministério da Fazenda apresentou uma minuta de Projeto de Lei às lideranças do Congresso, com o objetivo de manter a isenção tributária dos FIIs, Fiagros e organizações gestoras de fundos patrimoniais. O texto também foi submetido à Frente Parlamentar da Agropecuária e do Empreendedorismo.

Entre os principais pontos destacados na minuta, que ainda está em negociação, está a manutenção da isenção de CBS e IBS para FIIs e Fiagros em operações de locação, arrendamento, alienação, cessão de imóveis, receitas de administração e intermediação. Além disso, a proposta prevê que a CBS e o IBS não incidirão sobre rendimentos financeiros, dividendos, juros sobre capital próprio (JCP) e transações envolvendo títulos e valores mobiliários dos fundos e suas gestoras.

Tributação de contribuintes de alta renda

O governo também apresentou detalhes sobre a tributação mínima para contribuintes com rendimentos anuais acima de R$ 600 mil, medida elaborada para compensar a perda de arrecadação decorrente da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. A proposta estabelece uma alíquota mínima progressiva para quem ganha entre R$ 600 mil e R$ 1,2 milhão por ano, chegando a um imposto mínimo de 10% para rendimentos acima de R$ 1,2 milhão.

Segundo o texto, a base de cálculo dessa tributação não incluirá valores mobiliários isentos, exceto rendimentos de ações e outras participações societárias. Assim, os rendimentos oriundos de investimentos em FIIs, Fiagros e outros ativos isentos não serão considerados na base de cálculo desse tributo.

Nossa Visão

Consideramos a apresentação da minuta do Projeto de Lei que busca garantir a isenção tributária dos FIIs e Fiagros uma medida muito positiva. Afinal, essa iniciativa não apenas assegura a manutenção das isenções fiscais, mas também reduz a incerteza jurídica gerada pelo veto presidencial, proporcionando maior segurança para esses veículos de investimento e seus investidores. As frentes parlamentares terão agora uma semana para analisar a proposta e sugerir ajustes antes que o projeto seja formalmente enviado à Câmara dos Deputados.

A exclusão dos proventos pagos por fundos imobiliários e Fiagros da base de cálculo para o imposto mínimo de contribuintes com rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil também é um ponto positivo. Afinal, se esses rendimentos fossem incluídos, os contribuintes dessa faixa de renda poderiam se sentir desestimulados a investir nesses ativos.

Por fim, continuaremos acompanhando de perto a tramitação do projeto, pois a decisão final poderá afetar milhões de investidores e influenciar diretamente a dinâmica dos setores imobiliário e agroindustrial no Brasil.

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