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FI-Infras: oportunidades de investimento em infraestrutura | Superclássicos de FIIs

Marx Gonçalves, head de fundos listados da XP, conversou com Caio Palma, analista na Sparta, e Samer Serhan, sócio da JiveMauá, sobre a expansão do mercado de FI-Infras

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A infraestrutura é um dos principais setores para o desenvolvimento da economia de um país. A necessidade de levantar recursos para investir em melhorias e no crescimento da indústria é uma realidade no Brasil.

Dada a sua importância, foram surgindo ao longo dos últimos anos diversas opções que permitem cada vez mais a participação de investidores privados no financiamento desses projetos. Uma dessas opções é o FI-Infra, que conta com uma grande vantagem para o investidor pessoa física: a isenção de Imposto de Renda.

Esse foi o tema da última live do Superclássicos de FIIs. O head de fundos listados da XP, Marx Gonçalves, conduziu a conversa com Caio Palma, analista na Sparta, e Samer Serhan, sócio e CIO responsável pela estratégia de crédito privado, infra e previdência na JiveMauá. Assista abaixo:

A visão dos especialistas para o momento atual (e futuro) do mercado

Nos últimos anos, o mercado presenciou uma corrida em direção à renda fixa incentivada, o que acabou por impulsionar a demanda pelos ativos de infraestrutura. Isso levou a um fechamento dos spreads, o que jogou os preços para cima.

Adicionalmente, o mercado de debêntures incentivadas ganhou impulso adicional com as mudanças nas regras que passaram a limitar o volume de emissões de outros títulos isentos do mercado, como CRIs e CRAs.

Olhando para frente, a perspectiva é de que os preços vão se ajustar ao cenário dos próximos meses, com maior prêmio de risco, expectativa de desaceleração da economia e eleições presidenciais no radar.

A abertura dos spreads, na realidade, já está acontecendo. O motivo mais recente para a queda foi a MP 1303, que caducou. Na visão de Palma, o nível de spreads que o investidor encontrava no mercado era irracional, e por isso a abertura recente é saudável e não preocupa. Ele reforçou que a Sparta tem adotado uma postura mais conservadora, preparando-se para um 2026 mais desafiador, com estratégias focadas em caixa e menos em duration.

“Na verdade, estamos monitorando para ver se o mercado vira ainda mais e vai ter mais oportunidade de alocação”, afirmou o analista da Sparta.

Fundos abertos vs. fechados

Os convidados comentaram sobre o “descasamento” entre fundos abertos e fechados dentro do setor. Em 2025, o volume de captação não se deu por FI-Infras listados, mas pelos fundos abertos, destacou Palma.

Com isso, os dois especialistas enxergam uma tendência mais favorável para fundos listados com essa troca de mercado que está para acontecer.

Crise de crédito: endereçando o “elefante na sala”

Outro tópico abordado durante a conversa foi a fase desafiadora no mercado de crédito pela qual as empresas ainda estão passando.

A alavancagem das empresas piorou, assim como a capacidade delas de gerar caixa para pagar despesas financeiras.

No entanto, segundo Serhan, não se trata de uma crise de liquidez; na verdade, o mercado está bem longe de passar por isso. O que vemos atualmente é uma crise de confiança.

“Não tem um cenário configurado de crise sistêmica de crédito, mas de confiança, ruptura entre instituições”, disse.

Serhan afirmou que quem foi precavido conseguiu preservar mais caixa e diminuir as despesas financeiras. Outras empresas sem tanto caixa conseguiram otimizar custos. Essas são as grandes vencedoras durante a má fase do mercado de crédito.

As empresas que saíram perdendo foram aquelas com margens muito apertadas e uma estrutura de custos bastante elevada.

Palma acrescentou que, dentro de muitos casos de problemas de crédito que temos visto, pesou também a governança.

FI-Infras e queda da Selic

Diante da expectativa do início do ciclo de corte de juros em 2026, investidores podem questionar se FI-Infras ainda são uma oportunidade. Para Serhan e Palma, a resposta é sim.

Além de contarem com a vantagem da isenção de imposto, tanto no ganho de capital quanto nos rendimentos, esses fundos contam com perfis diversificados. No mercado, vários deles estão negociando com deságio.

Serhan comentou sobre JiveMauá BossaNova Infra (JMBI11), hoje propositalmente indexado ao CDI para proteção contra a volatilidade. Para o cenário de juros menores à frente, que deve reduzir a expectativa de rentabilidade do mercado como um todo, o fundo permite a desindexação do CDI para quem quer aproveitar o momento do juro real.

Setores em infraestrutura para se posicionar

Os especialistas compartilharam os setores que consideram mais atrativos e aqueles que demandam mais cautela.

Na visão deles, o setor elétrico é uma oportunidade, no geral, por ter grande presença no mercado. Serhan e Palma também gostam de mobilidade (rodovias, portos, aeroportos). Trata-se de uma categoria que cresceu bastante por demanda de capital.

Por outro lado, o setor de telecomunicações é o que mais precisa de atenção. Palma destacou que é um mercado que tem mais risco naturalmente, porque é altamente competitivo. Para Serhan, o segmento B2C é o que mais demanda cuidado, pois, além da competição, é preciso se atentar aos custos.

Superclássicos de FIIs: por dentro do universo dos fundos imobiliários

O Superclássicos de FIIs marcou uma semana cheia de conteúdo sobre fundos imobiliários. Dedicado a analisar o cenário atual da indústria e levantar as grandes oportunidades, o evento contou com cinco lives transmitidas no canal do YouTube da XP.

Recebemos analistas e gestores para debater tendências em diversos segmentos de fundos imobiliários.

Perdeu alguma live? Confira:

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