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Com perspectiva de queda da Selic é hora de investir em FIIs de Recebíveis?

Oportunidades com valores descontados e riscos reduzidos em fundos de papel.

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No dia 31/05, realizamos o evento XP Talks Fundos Listados, que reuniu gestores, assessores e analistas de mercado, além de nomes como José Berenguer, CEO Banco XP, e João Pedro Nascimento, presidente da CVM, para discutir as perspectivas dos fundos listados no Brasil. De forma geral, as principais mensagens do evento foram: (i) grandes oportunidades em fundos de recebíveis com valores patrimoniais descontados (ii) otimismo em relação aos FIIs de tijolos (iii) bom momento para FIAgros e Fi-Infras (iv) inovações regulatórias da CVM diante do desenvolvimento da indústria. 

Embora a redução da taxa de juros Selic afete negativamente os fundos de papel, os investidores têm sido capazes de evitar grandes perdas ao diferenciar os momentos de estresse de crédito. Existe um cenário de maior cautela em crédito, mas os preços descontados e os riscos reduzidos da classe oferecem oportunidades de investimento nos FIIs de papel. 

O primeiro painel do evento abordou os fundos de Crédito, suas expectativas e estratégias diante do cenário atual. O cenário de possíveis cortes nas taxas de juros Selic, tem impactado negativamente os fundos de papel, já que sua redução diminui o valor dos ativos. No entanto, os painelistas acreditam que os investidores têm sido capazes de diferenciar os momentos de estresse de crédito, evitando grandes perdas. Os fundos lastreados em CRIs têm apresentado poucos casos de inadimplência e mantido rendimentos robustos. Apesar disso, os gestores reconhecem o potencial de defaults se não houver cortes futuros na taxa de juros. 

Além disso, Gustavo Ribas, CEO da Navi, e Alessandro Vedrossi destacaram que o custo de oportunidade dos fundos de papel está elevado devido ao alto carrego. Ainda existem oportunidades interessantes nos fundos de crédito, especialmente para papéis indexados ao IPCA de 5% a 6%. 

Os fundos de papel estão sendo negociados com desconto em relação aos seus valores patrimoniais, o que mantém o otimismo. Bruno Bagnariolli enfatiza que os descontos atuais estão relacionados à saída de investimentos e realocação de capital entre classes, mas os riscos desses fundos são baixos. Portanto, com os preços descontados e os riscos reduzidos, ainda existem oportunidades de investimento. 

Segundo Alessandro Vedrossi, Managing Partner e Co-Head de Real Estate da Valora Gestão de Investimentos, é fundamental que a gestão dos fundos acompanhe de perto suas operações, considerando o ambiente atual mais desafiador para esses fundos, e tome medidas preventivas. No entanto, essa classe de ativos possui uma característica resiliente durante períodos de estresse. 

Bagnariolli esclarece que essa classe apresenta um amortecimento natural, mesmo em momentos de baixos rendimentos, e continua a receber investimentos. Nessas ocasiões, surgem muitas oportunidades. Por exemplo, a Valora foi capaz de substituir os ativos da empresa Americanas por ativos de melhor qualidade em meio aos impactos da Recuperação Judicial. Embora a valorização do valor patrimonial dos fundos de papel possa não ser tão expressiva em momentos de alta, os impactos negativos também são reduzidos em períodos de estresse de crédito. 

Além das perspectivas sobre o contexto atual, o evento XP Talks Fundos Listados buscou compreender a estratégia que os gestores enxergam em termos de localização e segmentação. Segundo Gustavo Riba, a localização é extremamente importante para os fundos de crédito. Ele também ressalta que há uma tendência de preferência por imóveis em São Paulo. Essa preferência está relacionada à representatividade significativa de São Paulo em termos de Valor Geral de Vendas (VGV), contando com 20% do setor residencial, embora represente apenas 5% da população e 10% do PIB. Alessandro Vedrossi destaca que São Paulo é “quase um país por si só”, e não há problema em concentrar-se na cidade, mas é essencial manter oportunidades de investimento em outras localidades, analisando critérios microeconômicos. 

No que diz respeito aos diferentes segmentos, o setor residencial foi o mais resiliente durante a pandemia, surpreendendo o mercado, uma vez que costuma ser o mais afetado por altas na taxa Selic. Portanto, espera-se que os preços não caiam, mas mantenham-se estáveis no futuro. No caso dos shoppings, setor no qual Vedrossi enxerga oportunidades, os resultados têm sido positivos e rendimentos baixos não condizem com a perspectiva. No entanto, ele ressalta que esse setor não é simples de lidar. O segmento de lajes corporativas apresenta forte correlação com o cenário macroeconômico. Já no segmento de créditos voltados para galpões, os preços das cotas estão em alta, com baixo histórico de vacância, mas ainda existem oportunidades de concessão de crédito, segundo Vedrossi.

Apesar da possibilidade de concentrar-se em São Paulo e ingressar em diferentes segmentos para diversificação, Bagnariolli ressalta que a securitização para os fundos de crédito não é tão simples quanto agregar diversos ativos em uma estrutura. As estratégias adotadas para criar uma carteira equilibrada e diversificada estão mais relacionadas a compreender bem os riscos aos quais os ativos estão expostos e conhecer em profundidade o papel que o fundo está escolhendo. O gestor de um fundo precisa ter clareza sobre os riscos de desempenho, projeto, locação, obra, entre outros, a fim de realizar efetivamente a securitização para o fundo. Segundo Bagnariolli, a qualificação do risco de um fundo não se limita apenas à diversificação, vai além disso. É necessário que a equipe tenha expertise para lidar com os riscos e os problemas que podem surgir em cada tipo de situação.

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